Ana - Relatório de Obstetrícia
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Sumrio
1. Introduo
3. Justificativa
4. Referencial Terico
5. Metodologia
6. Concluso
7. Referencial Bibliogrfico
8. Anexos
INTRODUO
O parto um momento especial para a mulher, perodo em que se encerra um ciclo e se inicia um novo, ou melhor, uma nova vida tanto para a me quanto para a criana que vai ter seu desenvolvimento contnuo dependente da progenitora. Este momento to importante na vida da me e da famlia requer assistncia especializada, e tratando disto que o presente trabalho ser embasado, nos cuidados direcionados parturiente e purpera realizados na Clnica Obsttrica do Hospital Municipal de Santarm incluindo os cuidados neonatais. O estgio supervisionado teve incio no dia 16 de fevereiro de 2012 sendo concludo no dia 15 de maro de 2012 sob a superviso da Enfermeira Obstetra Maria Naceme Arajo de Freitas.
OBJETIVO GERAL
Conhecer as normas e rotinas da Clnica Obsttrica entendendo como se d toda a dinmica do setor de maneira hbil e responsvel, cumprindo a grade curricular referente s 80 horas de Estgio Supervisionado das Faculdades Integradas do Tapajs.
OBJETIVOS ESPECFICOS
1. Conhecer a Clnica Obsttrica procurando absorver conhecimento a cerca do setor; 2. Entender como se d a assistncia de enfermagem no pr-parto, parto e puerprio; 3. Realizar sistematicamente os procedimentos relacionados Enfermagem Obsttrica; 4. Conhecer os impressos do setor, e entender como manipul-los; 5. Correlacionar o que se aprendeu nas aulas tericas prtica do Estgio; 6. Realizar educao em sade, prescrio de medicamentos e atender demanda da Clnica; 7. Proporcionar conforto, bem estar e segurana s pacientes da Clnica Obsttrica;
JUSTIFICATIVA
Trabalhar no setor obsttrico requer amor, pacincia e muita dedicao. Ingredientes estes que no faltam para a equipe da Clnica Obsttrica do HMS. Mas alm desses componentes que partem do comprometimento profissional de cada um, tambm se faz necessrio algo muito importante: conhecimento. Para se trabalhar num setor to especial e ao mesmo tempo complexo (pois ali os profissionais lidam com duas vidas simultaneamente) preciso compreender e respeitar as normas, a equipe multiprofissional, reconhecer as dificuldades e buscar sempre se aprimorar para que se possa prestar um atendimento de qualidade para a clientela. Eis o motivo de tanto esforo: melhorar. Dar o melhor de si, estudando novas maneiras a cada dia de repassar conhecimento para o paciente e aprender tambm lies de vida com cada histria que se vivencia na Obstetrcia. Dessa forma provvel alcanar as metas propostas no interior de cada um durante o Estgio Supervisionado, entre elas a de se superar como profissional e pessoa. S dessa maneira - aprendendo e atuando possvel chegar a excelncia.
REFERENCIAL TERICO
O parto um momento que causa bastante expectativa para a mulher, deste modo, proporcionar uma assistncia adequada imprescindvel, pois atualmente possvel observar este momento como objeto de medo para a mulher, por isso to frequente o nmero de cesreas pois o parto normal deixou de ser encarado como algo natural (da o nome parto normal) e sim visto como uma situao dolorosa e de extremo desconforto. A assistncia purpera deve ser prestada desde o pr-natal, esclarecendo as dvidas e tentando minimizar possveis inseguranas relacionadas ao parto. Para isso, se faz necessrio a existncia de profissionais qualificados, que prestem assistncia integral para a mulher, mostrando que esta pode ter total autonomia sobre seu parto, deixando-a apta fsica e psiquicamente para esta nova etapa de sua vida. Outro fator que colabora para que haja uma desmitificao do parto normal a humanizao. Prestar acolhimento parturiente proporciona mais segurana neste momento to delicado para a mulher, pois a paciente sente-se frgil, e a maioria dos procedimentos a expem, causam tenso e dor, aumentando o medo acerca do parto. importante que haja dilogo entre a equipe assistencial e a mulher e seu acompanhante, para que haja qualidade na assistncia prestada. Esclarecer a rotina da instituio, os procedimentos a serem realizados, pode favorecer o atendimento obtendo colaborao por parte da parturiente e afastar o medo que geralmente provm do desconhecido. O PARTOGRAMA O partograma um instrumento utilizado para controle do trabalho de parto. Segundo o protocolo do setor de obstetrcia do HMS, este impresso iniciado a partir de 4 cm de dilatao uterina. Neste impresso ser possvel prever aproximadamente a durao do trabalho de parto, sendo orientado pela dilatao da grvida, possibilitar tambm discriminar a
posio fetal, as condies da bolsa de lquido amnitico, e identificar situaes de sofrimento fetal. um documento que ampara a equipe que est prestando atendimento aquela gestante. O PR PUERPRIO Existem exerccios de relaxamento que incluem a respirao que podem auxiliar no momento pr-puerperal. A posio de Sims pode ajudar assim como tomar banho de imerso, ou at mesmo chuveiro pode proporcionar conforto mulher. (MINISTRIO DA SADE, 2001). Deambular durante as contraes traz o alvio da dor para a parturiente. Alguns estudos sugerem que deambular ajuda na dilatao eficaz do colo do tero, pois faz com que as contraes sejam mais intensas e eficientes. O TRABALHO DE PARTO O canal plvico (canal do parto) o trajeto atravs do qual o feto se movimenta durante o parto; seu tamanho e forma so, portanto fatores muito importantes no mecanismo do parto. Uma leve desproporo entre o tamanho da cabea do feto e o tamanho da pelve materna pode atrasar o progresso do parto; despropores maiores podem tornar o parto atravs da pelve muito difcil ou impossvel. O conhecimento da estrutura e do tamanho da pelve materna importante para a compreenso do mecanismo pelo qual o feto passa atravs do canal do parto (ZIEGEL, CRANLEY, 1985). Durante o toque, pode-se identificar o apagamento progressivo e dilatao da crvix, nesse perodo podemos dizer que a mulher entrou em trabalho de parto e que eventualmente nas condies propcias ocorrer a expulso do feto e dos anexos da concepo. Chama-se de parto o efetivo nascimento do feto.
No incio do trabalho de parto as contraes uterinas so fracas e pouco frequentes, estando de 10 a 30 minutos separadas umas das outras. medida que o trabalho de parto se desenvolve, as contraes se tornam cada vez mais fortes e mais frequentes, at que o intervalo entre elas seja de aproximadamente de dois a trs minutos. Essas contraes uterinas dilatam a crvix at que esteja ampla o bastante para permitir que o feto passe atravs dela; ento com o auxlio da contrao voluntria dos msculos abdominais as contraes uterinas empurram o feto para baixo atravs do canal do parto. Aps alguns minutos a placenta descolada da parede uterina e expulsa (ZIEGEL, CRANLEY, 1985). .O trabalho de parto se divide em trs etapas: 1. Primeira etapa ou etapa da dilatao comea com o incio das contraes regulares e termina com a dilatao completa da crvix. 2. Segunda etapa ou etapa de expulso comea com a dilatao completa da crvix e a sada completa do feto. 3. Terceira etapa ou etapa placentria comea imediatamente aps a criana nascer e termina quando a placenta liberada. A durao do trabalho de parto normal pode variar de um tempo extremamente curto, consistindo somente umas poucas contraes, at aproximadamente 24 horas. O trabalho de parto mais demorado em primparas quando comparado ao de multparas deve-se ao fato da maior resistncia oferecida pela crvix, pelas partes moles da vagina pelo assoalho plvico e pelo perneo (ZIEGEL, CRANLEY, 1985).
Aps o beb ser expelido da vida intrauterina, so realizados os primeiros cuidados como o clampeamento seguido de corte do cordo umbilical. O importante ressaltar a induo do contato pele a pele nessa fase, inclusive o aleitamento, que funcionar como mecanismo de preveno de hemorragias e estabelece o primeiro contato afetivo entre me e filho. A amamentao precoce de fundamental importncia para o recm-nascido, pois permite que este receba o colostro (imunidade passiva) e estimule maior produo de leite. (BURROUGHS, 1995).
METODOLOGIA
O mtodo utilizado para obteno de conhecimento foi terico prtico, atravs de aulas presenciais no setor de obstetrcia, impressos (organograma, formulrios de admisso da grvida etc.) sendo
desenvolvido em ambiente hospitalar juntamente com a equipe de enfermagem, onde foram realizadas atividades de interao e
atendimento a clientela. No primeiro dia, foi apresentado equipe de estgio o organograma e fluxograma da clnica, instrumentos de avaliao e impressos.
Sequencialmente nos outros dias foram realizados: estudo do partograma e seus componentes (variedade de posio, dinmica uterina,
apresentao fetal e BCF, colo uterino, bolsa amnitica, plano de De LEE), oficinas de episiorrafia, de montagem da sala de parto e neonatologia. Foram realizadas tambm as educaes em sade envolvendo os cuidados direcionados me e ao recm-nascido, assistncia
supervisionada ao aluno gerente sendo que cada dia era escolhido um aluno para gerenciar a clnica obsttrica.
CONCLUSO
A Clnica Obsttrica e Maternidade do HMS responsvel por uma demanda de partos no s da cidade de Santarm mas tambm referncia para a regio. A equipe multiprofissional ali presente (enfermeiros, tcnicos de enfermagem e mdicos) faz a diferena no quesito responsabilidade e profissionalismo para com seus pacientes. Portanto foi possvel alcanar um nvel de aproveitamento de 99,9% no presente estgio, relacionando sempre a teoria com a prtica diria. Agora esquecendo um pouco as formalidades, descrever os sentimentos vivenciados durante o perodo de Estgio seria impossvel. Foram experincias nicas, mas que se Deus permitir se repetiro certamente. Gostaria de agradecer toda a equipe presente no setor, tanto a equipe estagiria (Iliandre, Sidney, Janecely, Natlia e Ingrid) quanto a equipe do HMS. Agradecer enfermeira Rubdia, que com o seu profissionalismo e amor demasiado pela profisso faz do difcil algo possvel e prazeroso, dizer que o seu amor e a sua doao integral me incentivou a seguir com fora quando preciso lutar, mas principalmente com responsabilidade e alegria. Agradecer equipe tcnica, que fazem acontecer na C.O, auxiliando, cuidando, ouvindo e segurando as pontas onde for possvel, as verdadeiras tudologistas que tanto amamos e que sem elas o andamento do trabalho seria muito mais complicado. E, falar da nossa Instrutora de Estgio, enfermeira Naceme, que com sua pacincia, sua voz calminha e aconchegante pode acalmar tantas incertezas relacionadas obstetrcia e me ajudou a realizar meu primeiro parto. Admito que quando soube que teramos que meter a mo na massa mesmo, me espantei me senti insegura e por noites a fio pensei em desistir. Mas a enfermeira Naceme estava ali, durante todo o tempo presente nos auxiliando e nos dando confiana.
Enfermeira gostaria de lhe dizer que tudo o que eu alcancei nesses dias foi graas ao seu comprometimento com nosso grupo, e que no foi apenas mais um Estgio, mas foram dias de vitria, de superao sobre ns mesmos. Obrigada pelo carinho, pelo acolhimento e por fazer seu trabalho de forma to especial. E esses so os sentimentos que ficam com o trmino desse estgio, sensao de dever de cumprido, de que nada ficou a desejar. E principalmente j perceptvel uma saudade da equipe. E isso que eu desejo a todas da Clnica Obsttrica, muita felicidade, muita sade e principalmente muita sorte para encontrar pessoas especiais assim como as Enfs Naceme e Rubdia. Muito obrigada por tudo! E at a prxima oportunidade!
REFERENCIAL BIBLIOGRFICO
1. BURROUGHS, Arlene. Uma Introduo Enfermagem Materna. 6 ed. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1995. 2. MINISTRIO DA SADE. Parto, Aborto e Puerprio: Assistncia Humanizada a Mulher; Braslia, DF; 2001. 3. REZENDE, Jorge de. Obstetrcia 10 edio; Guanabara Koogan Rio de Janeiro - RJ, 2005. 4. ZIEGEL, Erna, E.; CRANLEY, Mecca. S.. Enfermagem Obsttrica. 8 edio; Guanabara Koogan Rio de Janeiro - RJ, 1985.
ANEXOS