Introdução Paleografia

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PALEOGRAFIA

PROFA. DRA. JUCIENE RICARTE


APOLINÁRIO
ETIMOLOGIA
Grego: PALAIOS + GRAPHEIN
Latim: PALEO(S) + GRAPHU(US)
Português: PALEO + GRAF(O) + IA = Estudo da escrita Antiga
O termo foi usado pela primeira vez por Bernardo Montfaucon
(1663 – 1718)

CONCEITOS
•MAURICE PROU: “É a ciência das antigas escritas e tem por
objeto a decifração dos escritos da Antiguidade e Idade Média.”

•JESUS MUÑOZ Y RIVERA: “Paleografia é a ciência da decifração


dos manuscritos tendo em consideração as vicissitudes
sofridas pela escrita em todos os séculos e nações, seja qual
for a matéria em que ela apareça.”
• JOÃO FRANKLIN LEAL:
“É o estudo técnico de textos antigos, na sua forma exterior,
que compreende o conhecimento dos materiais e
instrumentos para escrever, a história da escrita e a
evolução das letras, objetivando sua leitura e transcrição.”

VERA LÚCIA COSTA ACIOLI:

• “É a ciência que lê e interpreta as formas gráficas antigas,


determina o tempo e lugar em que foi escrito o manuscrito,
anota os erros que possa conter o mesmo, com o fim de
fornecer subsídios à história, à filologia, ao direito e a outras
ciências que tenham a escrita como fonte de conhecimento.”
OBJETO E FINS DA PALEOGRAFIA:
• Estudo das características extrínsecas dos
documentos e livros manuscritos
para permitir a leitura e transcrição dos
mesmos, além da determinação de sua data
e origem.

CARACTERÍSTICA DOS DOCUMENTOS


PALEOGRÁFICOS:
• Manuscrito
suportes: papel, tecido ou outra matéria
branda, isto é, pergaminho, papiro,
tabuinhas enceradas
ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS
PALEOGRÁFICOS
• Origem no século XVII.
• Guerra dos Trinta Anos (1618-1648): surge os estudos
paleográficos na Alemanha.
• Documentos falsos nos tribunais alemães: passaram a
comparar tipos de papel, tinta e traços das letras.
PRIMEIRO PERÍODO
• No início confunde-se com a Diplomática.
• Polêmica entre religiosos (Padre Daniele Van Papenbroek X D.
Jean Mabillon)
SEGUNDO PERÍODO
• Na segunda metade do século XVIII, os estudos paleográficos
tomaram vulto e passaram a constituir cátedras universitárias
na Alemanha, Itália e Espanha.
PERÍODO MODERNO
(Final do século XVIII e começo do século XIX):
• A Paleografia latina afirma-se como ciência distinta das
outras;
• Paleografia no Brasil: tem inicio no final
do século XIX ao início do XX.
• Estudos paleográficos: só são incluídos no
currículum universitário no Brasil, como
disciplina complementar a História em
1952 na USP.
• 1964: é criado o Centro de Pesquisa
Histórica na Universidade do Recife e
depois se estendeu para alguns cursos de
História no Nordeste.
QUANTO AO TRABALHO DESENVOLVIDO:
• Elementar: quando trata somente de leitura;
• Crítica: deduz informações sobre o material, época, tipo de
escrita, tintas, autores etc.
EM RELAÇÃO À CIÊNCIA QUE APÓIA:
• Paleografia diplomática: que se ocupa do texto de documentos
antigos;
• Paleografia bibliográfica: que estuda gêneros de letras em livros
anteriores ao descobrimento da imprensa;
• Paleografia numismática: que estuda inscrições em moedas,
medalhas;
• Paleografia epigráfica: que estuda a escrita de lápides e
inscrições.
EM RELAÇÃO AO TEMPO EM QUE FORAM LAVRADOS OS
DOCUMENTOS, A PALEOGRAFIA CLASSIFICA-SE EM:
- antiga;
- medieval;
- pós-medieval ou moderna.
RELAÇÕES DA PALEOGRAFIA COM
OUTRAS CIÊNCIAS

• Papirologia, estudo de documentos em papiro,


especialmente de origem egípcia;
• Codicologia, estuda os códices medievais, geralmente
grafados em pergaminhos.

TAMBÉM VINCULAM-SE À PALEOGRAFIA, COMO


CIÊNCIAS AFINS:

• Epigrafia: inscrições em matérias não brandas (pedra,


mármore, osso, madeira, metais).
• Numismática: moedas, medalhas;
• Sigilografia: sinetes, selos, lacres.
• História dos Incunábulos: primeiros livros impressos no
século XV por Gutenberg e ou precursores da imprensa.
A PALEOGRAFIA SERVE-SE DE CIÊNCIAS
QUE A AUXILIAM, AO MESMO TEMPO QUE
LHES PRESTA SERVIÇO. SÃO ELAS:

• Diplomática: nasceu junto com a Paleografia,

• Filologia: estuda a evolução da escrita das línguas;

• História, sem o concurso da Paleografia, não poderia


reconstituir registros e fatos de diferentes períodos
históricos, sobretudo os mais antigos.

Enfim, estabelecendo relação direta com as


gerações passadas, a Paleografia auxilia na
compreensão das antigas instituições, seus
costumes, literatura, crenças, modo de ser etc.
A ESCRITA
• Escrita
• verbo latino scribere - que significa traçar
caracteres, escrever, fazer letras.
Sentido amplo:
• a escrita compreende qualquer sistema semiótico
de caráter visual e espacial;
Sentido restrito:
• designa a notação de caráter visual e espacial da
linguagem verbal.
“É a expressão gráfica do discurso, a fixação da
linguagem falada de forma permanente ou semi-
permanente”. (David Diringer)
MATERIAL DE ESCRITA

SUPERFÍCIES – podem ser classificados em dois grupos:


a) De uso restrito -são os materiais que os homens usaram
esporadicamente para gravar suas idéias, tais como:
• Argila, folhas, cascas de árvore, tecido, bronze, chumbo,
pedras e mámore, metais..

b) De uso corrente – ou fabricados propriamente para


receber a escrita.
• Tábuas enceradas, papiro (Cyperus Papyrus),pergaminho
e papel.
TINTAS
• Primeira tinta a ser usada: tinta negra,
feita de sulfato de ferro adicionado a
gordura.
• Prata e ouro: foram usados em códices de
luxo e costumava-se tingir o pergaminho
de púrpura para fazer realçar a escrita.
• Tintas a base de mínio (óxido salino de
chumbo): eram utilizado normalmente na
cor vermelha usado para pintura de
figuras que ornamentavam os códices
(arte da miniatura – pinturas pintadas com
mínio).
INSTRUMENTOS
• Cinzel: usado na gravação da escrita
sobre pedra. Era pontiagudo e de muita
resistência.
• Estilete: instrumento usado para gravar as
tábuas enceradas.
• Cálamo: feito com material do caule de
uma planta gramínea. Era poroso e
retinha a tinta por capilaridade.
• Pena de Ave: utilizada na escrita a tinta.
• Pincel: usado na escrita sobre telas e
tecidos.

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