Aula.3.ESCOLAS CLÁSSICAS DE TERAPIA FAMILIAR 2

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 27

ESCOLAS CLÁSSICAS DE TERAPIA

FAMILIAR

Profª Sandra Freire


TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA DE
BOWEN
TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA DE BOWEN
 BOWEN

- Psiquiatra com grande experiência clínica


- 1940 interessa-se pelo trabalho com famílias ao dirigir sua atenção para o
enigma da esquizofrenia
- Década de 1950 – iniciou atendimento ao grupo familiar / publicação de
artigos sobre sua prática
- 1954, iniciou o projeto de hospitalizar famílias inteiras com membros
esquizofrênicos

Intenso laço emocional/apego ansioso/pessoas=prisioneiras


emocionais/relacionamentos fundidos/padrão repetitivo
 1959 universidade Goorgetown – trabalho com famílias cujos
problemas eram menos graves
 Percebeu a presença de mecanismos nessas famílias que também se
encontravam nas famílias dos psicóticos
 Famílias variam ao longo de um contínuo que vai da fusão emocional à
diferenciação

PROBLEMA NA FAMÍLIA OBJETIVO PRINCIPAL TERAPIA

Fusão emocional Diferenciação


 Relações humanas são impulsionadas por duas forças de vida que se
equilibram

INDIVIDUALIDADE X PROXIMIDADDE

Independência companhia

 TEORIA

- Bowen descreve a partir de seis conceitos interligados como a família


molda a interação entre individualidade e proximidade
 TRIÂNGULOS EMOCIONAIS

- Dificuldade da pessoa em se separar da família de origem


- Processo que ocorre de geração em geração, até que um membro perca
totalmente a capacidade de diferenciação, que resulta na simbiose
- Nesse processo uma terceira pessoa entra em cena para oferecer
segurança ou acalmar as coisas

- Ansiedade
- Exerce influência na atividade do triângulo
- Aumento – necessidade de maior proximidade emocional; ou em
relação a pressão dos outros
- Pessoas mais impulsionadas pela ansiedade = menos tolerantes com as
outras
- Uma terceira pessoa diminui a ansiedade da dupla ao espalhar por três
o problema
 DIFERENCIAÇÃO DO SELF

- É a capacidade de refletir, de não responder automaticamente à


pressões emocionais internas e externas
- Capaz de equilibrar pensamento e sentimento

 PROCESSO EMOCIONAL DA FAMÍLIA NUCLEAR

 Forças emocionais na família que operam ao longo dos anos em


padrões recorrentes

 Ausência de diferenciação na família de origem = rompimento


emocional dos pais = fusão no casamento = recursos emocionais
limitados = projetar todas as necessidades no outro
 PROCESSO DE PROJEÇÃO FAMILIAR

 Pais transmitem sua falta de diferenciação aos filhos

 Consequências da fusão emocional do casal: conflitos, distancia


emocional, muito ou pouco funcionamento recíproco

 PROCESSO DE TRANSMISSÃO MULTIGERACIONAL

 Descreve a transmissão de ansiedade de geração para geração

 Filho mais envolvido na fusão familiar – avança para um nível baixo de


diferenciação do self (ansiedade crônica) ... Filho menos envolvido –
avança para um nível mais elevado diferenciação (menor ansiedade)
 POSIÇÃO DE NASCIMENTO DOS IRMÃOS

 Os filhos desenvolvem características de personalidade com base em


sua posição na família

 Primogênitos – tendem a se identificar com o poder e autoridade

 Os que nascem depois, são inclinados a se identificar com os oprimidos


e a questionar o status quo.
 PROCESSO TERAPEUTICO

 Objetivo: levar as pessoas a aprenderem mais sobre si mesmas, para


que possam assumir a responsabilidade pelos seus próprios problemas

 Traçar padrão dos problemas familiares – ter atenção ao processo


(padrões de reatividade emocional) e à estrutura (rede interligada de
triângulos)

 Mudança na família = mudança no triângulo (envolve casal)

 Metodologia clínica requer:


1. Aumentar a capacidade dos pais de manejar a própria ansiedade
2. Fortalecer o nível de funcionamento emocional do casal (agir com menos
ansiedade)

Modelo – tira o foco do sintoma em favor da dinâmica sistêmica


TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL
 Salvador Minuchim

- Argentino

- Principal teórico da escola estrutural

- 1952 – Israel, trabalha com crianças refugiadas

- 1954 – volta aos Estados Unidos, inicia sua formação analítica

- Wiltwyck School – trabalhou com adolescentes delinquentes,


sugerindo aos colegas que atendessem às famílias

- Criou esse modelo para trabalhar a família


- Ele e seus colegas usavam um espelho de observação e se revezavam nessa
observação

- família é um sistema que se define em função dos limites de uma organização


hierárquica

- T.E.F. – oferece uma estrutura que traz ordem e significado às interações familiares

- Conceito de estrutura – permite ao terapeuta intervir de maneira sistemática e


organizada

- Foco de Interesse: estrutura

- Sistema Familiar: formado de subsistemas organizados segundo uma hierarquia e


delimitado por fronteiras mais ou menos permeáveis.

- Sintoma – produto de um sistema familiar disfuncional / estrutura normal


desaparecimento do sintoma
TEORIA
 Oferece um esquema para analisar os processos de interação familiar

 Três construtos compõem essencialmente a T.F.E.: Estrutura,


subsistemas, fronteiras

 Estrutura Familiar

 Refere-se ao padrão de organização da família (interação dos membros)

 Estabelecimento de padrões (previsibilidade de comportamentos /


uniformidade) – reforçado pelas expectativas que estabelecem as regras
familiares

 Mudança da estrutura – não a básica, mas a estrutura subjacente – efeito


sobre todas as transações familiares
 As famílias não chegam entregando seu padrão estrutural – trazem
CAOS e CONFUSÃO

 A estrutura só se torna observável quando se observa as interações


concretas

 SUBSISTEMAS

- As famílias se diferenciam em subsistemas baseados em: geração,


gênero e interesses comuns

- Cada membro da família desempenha vários papéis


 FRONTEIRAS

- Barreiras invisíveis que regulam o contato com os outros

Ex.: Regra – não atender o telefone nas refeições (protege a família de


intrusões externas)

- Subsistemas que não são adequadamente protegidos por fronteiras,


limitam o desenvolvimento de habilidades interpessoais

- Fronteira Interpessoais

- Rígida – excessivamente restritivas, permitem pouco contato com


subsistemas externos – resulta em desligamento

Subsistemas e indivíduos desligados (independentes e isolados)


 Difusa – emaranhada.

- Sentimento amplo de apoio mútuo à custa da independência e da


autonomia

- Pais amorosos e atenciosos; passam muito tempo com os filhos e fazem


tudo por eles

- Filhos – tornam-se dependentes / não gostam de estar sozinhos /


dificuldade de se relacionar com pessoas de fora

Fronteira Rígida Fronteira Clara Fronteira Difusa


__________________________ _______________ ......................
Desligamento Intervalo Normal Emaranhamento
As fronteiras difusas se caracterizam por serem frágeis e de fácil atravessamento.
Nestas famílias, ocorre uma indiferenciação entre os subsistemas e a distância
entre seus membros é quase inexistente. desencorajar a autonomia e a procura de
recursos para resolver e lidar com os problemas.

Fronteiras Difusas
Fronteiras rígidas - a comunicação entre os subsistemas é dificultada e a função
protetora da família fica comprometida. Neste tipo de família, a relação é marcada pelo
distanciamento emocional, apresentando vínculos frágeis entre os membros, o que
prejudica a formação de sentimentos de lealdade e pertencimento para com a família.

Fronteiras Rígidas
Fronteiras nítidas - permiti que cada membro do sistema exerça suas funções de
forma apropriadaapropriada, evitando as interferências indevidas, ao mesmo
tempo em que é permitido o contato entre os membros de um subsistema e de
outro, não sobrecarregam os filhos com problemas os quais não são capazes de opinar e
resolver, assim como asseguram o espaço da conjugalidade sem interferências.

Fronteiras Nítidas
 Casal Sadio

- Ambos dão e recebem


- Precisam desenvolver padrões complementares e apoio mútuo
- Criar subsistemas que o separa de pais, filhos e das pessoas de fora

 Desenvolvimento Familiar Normal

- Não é a ausência de problemas, mas uma estrutura funcional para lidar


com eles
 Processo Terapêutico

- Objetivo: alterar a estrutura familiar, para que a família possa resolver


os seus problemas

- Problemas familiares estão inseridos em estruturas disfuncionais


(modelo criticado)

- O terapeuta estrutural reúne-se ao sistema familiar para ajudar seus


membros a mudarem a estrutura

- Ao alterar as fronteiras e realinhar sistemas, o terapeuta contribui para


a mudança do comportamento e da experiência de cada membro da
família

- É tarefa da família, e não do terapeuta, resolver os problemas


 Técnicas Terapêuticas

- Três fases que se sobrepõem no processo da terapia familiar: o


terapeuta
- 1 Se reúne à família em uma posição de liderança
- 2 Mapeia sua estrutura subjacente
- 3 Intervém para transformar essa estrutura

Obs.:
- é um plano simples, mas complicado devido à infinita variedade de
padrões familiares
- Os movimentos do terapeuta não podem ser planejados e ensaidos;
bons terapeutas são mais do que técnicos
 Em geral a T.F.E. segue sete passos:

1 União e acomodação

- Terapeuta familiar – estranho importuno


- Terapeuta precisa desarmar as defesas e aliviar a ansiedade

2 Encenação

- A estrutura familiar se manifesta na maneira pela qual os membros da


família interagem, não pode ser inferida a partir de suas descrições
- Se o terapeuta iniciar dando a cada pessoa a oportunidade de falar –
alguém dirá algo sobre o outro – pode ser um trampolim para uma
encenação
- Iniciada a encenação, o terapeuta pode descobrir muitas coisas da
estrutura a família
 Famílias emaranhadas: falam por outros membros, azem coisas para os
filhos que estes podem fazer sozinhos ou brigam constantemente

 Famílias desligadas: enquanto a mulher chora, o marido permanece


sentado impassível, uma total ausência de conflito, uma surpreendente
ignorância de informações importantes sobre os filhos ou falta de
consideração pelos interesses dos outros

3 Mapeamento Estrutural

- Avaliações estruturais levam em conta tato o problema que a família


apresenta, quanto a dinâmica estrutural revelada
- Sem uma formulação e um plano estruturais, o terapeuta fica defensivo
e passivo
4 Focalização e Modificações de Interações

- Quando as famílias começam a interagir surgem transações


problemáticas
- Reconhecer suas implicações estruturais exige um foco no processo,
não no conteúdo
- A estrutura familiar é revelada não ao ouvir quem é a favor de quem, e
sim, por quem diz o que a quem e de que maneira

- Truque para modificar o padrão:

- Intensidade – bloqueia o fluxo de interações


- Competência – criar competência é como dar uma cutucada a fim de
mudara direção do fluxo
5 Criação de Fronteiras

- Dinâmica familiar disfuncional = fronteiras demasiadamente rígidas ou


difusas
- Os terapeutas estruturais intervém para realinhar as fronteiras
- Famílias emaranhadas - objetivo da intervenção terapêutica é
fortalecer as fronteiras entre subsistemas
- Famílias desligadas – tendem a evitar conflitos, minimizando as
interações

6 Desequilíbrio

- Ao criar desequilíbrio, o terapeuta quer mudar o relacionamento


dentro de um subsistema
7 Desafiar suposições improdutivas

Você também pode gostar