Fases Do Desenho e Escrita

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AS FASES DA ESCRITA E DO DESENHO

NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO.

PROFESSORA Me.
MARY MEIRY DE MOURA
MINISTRANTE: ANA PAULA

EMED/DEE
EMILIA FERREIRO, ANA TEBEROSKY E A
GÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PRECURSORES DA ESCRITA
No desenvolvimento infantil o desenho é
considerado forma de linguagem e
precursor da escrita, portanto fundamental
para o processo de constituição humana e
escolarização.
Assim como as demais funções do
desenvolvimento, para a teoria histórico-
cultural, o desenho é constituído a partir
das relações sociais.
https://www.youtube.com/watch?v=d0Yck
FT7CYY
PSICOGÊNESE

DA LÍNGUA ESCRITA
*Emilia Ferreiro e Ana Teberosky partiram
do pressuposto da teoria piagetiana – de que
todo conhecimento possui uma origem – e,
pelo método clínico de Piaget, observaram
108 crianças e seu funcionamento do
sistema de escrita.
*Elas queriam entender como as crianças
se apropriam da cultura escrita, criando a
obra intitulada de Psicogênese da Língua
Escrita, introduzida no Brasil por volta dos
anos 1980 (Picolli; Camini, 2013).
O fato de questionarem e considerarem o
que as crianças sabem antes da alfabetização
(da entrada na escola) modificou toda a
forma de pensar da época, e ainda hoje tais
ideias embasam muitos profissionais.
*Diversas práticas construtivistas foram
lançadas no dia a dia da sala de aula por
influência da Psicogênese da Língua
Escrita (Picolli; Camini, 2013).
 Ferreiroe Teberosky sustentam que a
grande maioria das crianças com seis anos
de idade sabe distinguir textos de
desenhos. Aquelas crianças que ainda
“leem” desenhos e não letras são crianças
que não têm contato com a escrita em seus
diversos materiais (Multieducação).
É preciso que haja certo número de letras (2 a 4).
Uma letra sozinha não representa nada escrito.
*As crianças rejeitam letras repetidas, pois só
podem ser lidas palavras com letras diferentes.
Mais tarde, pode haver dificuldade para perceber
que uma oração pode ser fragmentada em
pedaços e que cada pedaço é uma palavra a ser
lida.
 Nível 1: A criança tem traços típicos, como linhas e
formas semelhantes a emes em letra cursiva. Apenas
quem escreveu sabe o que significa.
 Ainda não se pode distinguir desenho e escrita em seus
registros, recorrendo à utilização de desenhos. A escrita
deve possuir variedade de caracteres. A quantia de
grafias para cada palavra deve ser constante (Picolli;
Camini, 2013).
 A escrita dos nomes é proporcional à idade ou tamanho
da pessoa, do animal ou do objeto a que se refere. Ela
escreve boi de forma gigante e formiga de forma
mínima (Multieducação).

Nível 2: Para ler coisas diferentes deve haver diferença
na escrita. Fixa-se a quantidade mínima de caracteres
para escrever – os caracteres aparecem organizados
linearmente nesse nível. A forma dos caracteres está mais
próxima das formas das letras e podem aparecer junto
com números (Picolli; Camini, 2013).
A criança passa a adquirir formas fixas de escrita,
utilizando letras do seu próprio nome ou letras
conhecidas (aron, lido como sapo; aorn, lido como
pato; raon, lido como casa) como fonte principal para
seu registro. Cada letra não possui ainda valor sonoro por
si só. Assim, a leitura permanece realizada de modo
global (Picolli; Camini, 2013). Predomina a escrita em
letra de imprensa maiúscula (Multieducação).
NÍVEL SILÁBICO
 Nível 3: Aparece a hipótese silábica – a criança atribui
um valor sonoro a cada sílaba das palavras que registra.
As crianças relacionam a escrita à fala.
 Algumas crianças escrevem silabicamente, sem valor
sonoro (Picolli; Camini, 2013).
 Começa um conflito entre a hipótese silábica e a
quantidade mínima de letras exigidas para que a palavra
possa ser lida.
 Ela utiliza duas formas gráficas para escrever palavras
com duas sílabas, o que vai de encontro à ideia inicial de
precisar no mínimo de três caracteres (Multieducação).
NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO
 Nível4: Passagem da hipótese silábica para a
alfabética. A criança se aproxima de uma
análise de fonema a fonema (Picolli; Camini,
2013). “Percebe que escrever é representar
progressivamente as partes sonoras das
palavras” (Multieducação).
NÍVEL ALFABÉTICO
 Nível 5: A criança desenvolve uma análise
fonética, produzindo escritas com
hipóteses alfabéticas. Daqui para a frente,
as crianças enfrentariam outros desafios,
como, por exemplo, a ortografia (Picolli;
Camini, 2013).
 NA SUA OPINIÃO, HÁ ALGUMA
DIFERENÇA ENTRE LETRAMENTO E
ALFABETIZAÇÃO?

 É POSSÍVEL ALFABETIZAR SEM


LETRAR E LETRAR SEM
ALFABETIZAR?
http://youtu.be/K8RHXK0eTQQ
 De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da
Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até
que esteja alfabetizada:
 pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os
sons da língua falada;
 Silábica: interpreta a letra a sua maneira, atribuindo
valor de sílaba a cada uma;
 silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com
a identificação de algumas sílabas;
 alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.
 “...a aprendizagem da leitura e da escrita não se dá
espontaneamente; ao contrário, exige uma ação deliberada do
professor e, portanto, uma qualificação de quem ensina. Exige
planejamento e decisões a respeito do tipo, frequência,
diversidade, sequência das atividades de aprendizagem. Mas
essas decisões são tomadas em função do que se considera
como papel do aluno e do professor nesse processo; por
exemplo, as experiências que a criança teve ou não em relação
à leitura e à escrita. Incluem, também, os critérios que definem
o estar alfabetizado no contexto de uma cultura” (grifo nosso).
 http://youtu.be/BD4MMZJWpYU

“Quem tem muito pouco, ou
quase nada, merece que a escola
lhe abra horizontes”
(Emília Ferreiro)
"... se eu tivesse que perder todas minhas posses
e atribuições, com apenas uma exceção,
escolheria ficar com o poder da comunicação,
pois com ele eu logo reconquistaria todo o resto.“

Daniel Webster
el Webster

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