Propedeutico Hermeneutica

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A HERMENÊUTICA

BÍBLICA

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1. A Hermenêutica Bíblica reside tanto na
história do pensamento judaico, como
aquele cristão.
2. Em geral, a palavra hermenêutica está
associada a antigas formas de superar,
atualizar, controlar a interpretação dos
textos “canônicos”, i. é., aqueles
escolhidos pela Comunidade, como
sagrados e portadores de mensagem
religiosa normativa.
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• Na sua conduta, parece
pertencer à chamada teologia
fundamental,
• ramo da teologia se ocupa dos
Princípios e Fundamentos da
Revelação e da Fé
• em relação às ciências, à
Filosofia, da Religião, à
cultura. 3
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Na perspectiva da exegese bíblica, pode
significar simplesmente o método para fazer
exegese:
• isto é, para chegar à intenção original de um
escritor bíblico,
• ou melhor, para extrair do texto bíblico
pensamentos úteis para a vida cristã.

Do período do Iluminismo (séc. XVIII) em


diante, com suas questões específicas de leitura, a
hermenêutica implica também:
• a relação entre ciência e fé na interpretação
bíblica.
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A HERMENÊUTICA BÍBLICA:
JUDAICO- CRISTÃ

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• Os dois princípios hermenêuticos
judaicos: a haggadá e a halakká:

1. Haggadá
• entende-se a narrativa da História de
Israel na Páscoa, i.e, quando os Judeus,
atravessando o Mar dos Juncos, na
Península do Egito, “retornam” ao País
de Canaã, à “terra prometida”. Deste
núcleo narrativo se constroem as
identidades narrativas da consciência
de Israel. 7
2. Halakká, consiste no corpo jurídico-literário
de Israel.
• São as coleções de textos e tradições da Lei
Mosaica, dos Códigos de comportamento.
Textos da interpretação de corpos jurídicos,
provavelmente oriundos do período do
reinado de Davi e Salomão.
• Pois, neste momento, no Xo século,
estabelecem-se, por escrito, e são organizados,
em códigos, as leis, em parte de origem
Mosaica.
• Além de leis oriundas das reformas ocorridas
no período do quarto século a.C. depois do
retorno da Babilônia. 8
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Diversos gêneros literários produzidos na
história da literatura judaica:
• Os midrashin (darash = exegese) são leituras
interpretativas de natureza alegorizante de
fatos e narrações de Israel.
• Os Targumin, produzidos em língua aramaica,
são textos homiléticos, que, pouco a pouco,
foram assumindo um lugar na hermenêutica
da liturgia, explicando os textos do Torah (Lei
Mosaica) e dos profetas.
• Podem ser, também, reconhecidos no famoso
estilo “parabólico”, utilizado por Jesus em sua
pregação.
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A Hermenêutica Bíblica Judaica

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• A criação da exegese judaica ocorreu no
período anterior à revolta macabéia.
• Grande número de “correções”(tiqunê
soperin) foi obra de escribas saduceus da
época hasmonéia, de modo que os
fariseus herdaram um texto já corrigido.
• Para falar de gênesis e desenvolvimento
da interpretação bíblica das épocas
persa e helenística, diversos são os
fatores a serem considerados.
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1. escritos tardios, ou “deutero-canônicos”:
• como as coleções da literatura sapiencial
e apocalíptica constituíssem
necessariamente uma interpretação e
reflexão sobre os livros e tradições de
época anterior,
• também os “apócrifos”, livros sem valor
para a coleção sagrada (cânon),
prosseguiram no esforço de atualização e
reescritura dos textos bíblicos
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2.
• Muitos textos bíblicos já ofereciam
dificuldades de intelecção, além de
verdadeiras corrupções textuais, exigindo
todo um esforço de interpretação.

3.
• Momentos de ameaça de desintegração sócio-
religiosa, como o exílio da Babilônia fez
necessária a criação de “releitura” e uma nova
compreensão de velhos textos legais e
tradições históricas.
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4.
A necessidade de traduzir textos
sagrados do hebraico
• para a língua aramaica,
• para língua grega,
• Obrigava a um grande esforço
de interpretação e de
atualização dos textos
hebraicos 16
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Para muitos autores, a Escritura é a
primeira intérprete de si mesma.

• Um fenômeno de intertextualidade,
no tocante à formação de textos
antigos, como aqueles do AT,
• no qual não cabe estabelecer um corte
radical entre a forma final de um
texto e os comentários posteriores.
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• Desde os começos da tradição bíblica, a
interpretação é parte integrante do seu texto.
• Os profetas clássicos do VIIIo séc. inspiraram-
se em tradições antigas, para interpretar os
acontecimentos de sua época.
• Seus discípulos não fizeram outra coisa que
continuar este processo interpretativo, criando
e recriando o texto.
• O processo da interpretação continuará,
inclusive, depois da estabilização do texto.

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Na história da interpretação judaica, um dado
importante é
• a tradição histórica, na qual o elemento
hermenêutico reside, na convicção de que a
tradição é regra de exegese de textos sagrados.
• Isto é, o contexto da recepção de textos torna-
se critério Hermenêutico para entender e
reescrever outros textos.
• Isto porque, para eles, a Revelação (fonte de
autoridade e a função do texto escrito) não era
nem imediata, nem direta.
• Esta se produz sempre em contato com a
tradição autorizada que a transmite e
interpreta. 21
A TRADUÇÃO DOS LXX
A SEPTUAGINTA

A versão da LXX, obra de


tradução é, ao mesmo tempo, e
por isso mesmo, uma obra de
interpretação.
A versão da LXX constitui-se
numa obra da exegese judaica.
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Porém, para entender as perspectivas da
leitura cristã, duas vertentes culturais são
obrigatórias nesta gênesis:

• De um lado, o Helenismo cultural que se


desenvolve sob a inspiração de
Alexandre Magno e, mesmo durante o
período romano, continuará a influenciar
as posturas assumidas pelas primeiras
gerações cristãs.
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Neste texto, de fato, percebe-se
• a formação de uma interpretação
produzida na Diáspora judaico-helenista,
• que influencia a escrita literária, o léxico e
as categorias de origem filosófica dos
escritos do Novo Testamento.
• Além da língua grega, que será a escolhida
para a fixação dos textos e ideias do
Cristianismo, em suas incursões no
Helenismo do 1o século, na Província
Oriental do Império Romano (Ásia
Menor).
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A HERMENÊUTICA
CRISTÃ

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• Desde os primórdios
compreendeu-se que o mesmo
Espírito Santo, que levou os
autores do Novo Testamento a
colocar por escrito a mensagem
da Salvação (DV 7), traz
igualmente à Igreja uma
assistência contínua para a
interpretação de seus Escritos
Inspirados. 28
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• De fato, já o próprio Cristo
ressuscitado o fez e, através do
Espírito, permanece mostrando à
Igreja, em meio aos fatos deste
mundo que a provocam e
desafiam, o valor incomensurável
da Autocomunicação Divina
mesmo, às vezes, atingido pela
agressividade de fatos exteriores.
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• Sem intervenção do Cristo ‘pneumático’,
permaneceria velado aos olhos e ao
coração da Igreja, em seu caminho e em
seu inevitável martírio do Cristo (Lc 24,
27):
καὶ ἀρξάμενος ἀπὸ Μωϋσέως καὶ ἀπὸ
πάντων τῶν προφητῶν διερμήνευσεν
αὐτοῖς ἐν πάσαις ταῖς γραφαῖς τὰ περὶ
ἑαυτοῦ.
• O Cristo interpreta o tempo como instrumento
privilegiado de sua misteriosa e eficaz ação
histórico-salvífica.
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