Módulo 5 - Teorema de Transporte de Reynolds

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Teorema de Transporte de Reynolds

Prof.ª Tainara Ramos da Rocha Lins de Brito Rodrigues


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1
Revisão

Propriedades intensivas e extensivas


• Grandeza intensiva: qualquer grandeza associada a uma
substância que seja independente da sua massa.
Ex.: temperatura, velocidade...
• Grandeza extensiva: é aquela que depende da massa da
substância (i.e. do tamanho do sistema).
• Toda a grandeza extensiva tem uma intensiva a ela associada,
denominada grandeza específica:

2
Revisão

Propriedades intensivas e extensivas

3
Revisão

Sistema
• Quantidade de matéria de massa e identidade fixa, que
escolhemos como objeto de estudo.
• Quantidade de matéria que está contida por uma fronteira
através da qual não há fluxo de massa.
• Não existe variação de massa no tempo em um sistema.

4
Revisão

Sistema
• Uma certa massa de ar aspirada por um compressor de ar pode
ser considerada como um sistema.
• Ela apresenta mudança de forma e tamanho quando é
comprimida e sua temperatura pode variar durante o processo
de compressão.
• Entretanto, a massa do sistema que estamos analisando é
constante.
Massa  constante

5
Revisão

Volume de Controle
• É uma determinada região delimitada por uma fronteira onde
uma determinada quantidade de matéria é observada.
• No volume de controle pode haver perda de massa com o
tempo.
• Não se sabe o que está acontecendo
dentro do VC.

6
Revisão

Volume de Controle
• O VC pode ser móvel e deformável. (Ex: bexiga esvaziando)
• A maioria dos casos analisados pode ser considerada como
volumes de controle fixos e não deformáveis.
• A matéria contida no VC pode variar ao longo do tempo e,
consequentemente, a quantidade de massa no VC também
pode variar com o tempo.
• O VC é uma entidade geométrica e independe do fluido.

Massa  pode variar

7
Revisão

Superfície de Controle
• É a fronteira (contorno geométrico) de um volume de controle.

Superfície de controle s.c.

8
Revisão

9
Revisão

Classificação do escoamento quanto à variação no tempo


• Permanente
• As propriedades médias estatísticas das partículas fluidas,
contidas em um volume de controle permanecem constantes.

• Não Permanente
• Quando as propriedades do fluido mudam no decorrer do
escoamento.

10
Revisão

Descrição do problema
• Lagrangeana (sistema)
• Consiste em identificar certas partículas do fluido e a partir daí
observar variações de propriedades ao longo do tempo.

• Euleriana (volume de controle)

• Consiste em fixar o tempo e observar as


propriedades do fluido em vários pontos pré-
estabelecidos podendo-se assim obter uma
“visão” do comportamento do escoamento
naquele instante
11
Revisão

Tipos de Balanços
• Globais
• Abordagem Euleriana.
• O volume de controle delimita uma caixa preta.
• As equações de balanço são aplicadas através da envoltória
do volume de controle.
• O volume de controle pode incluir paredes sólidas, e não
fornece informações sobre o comportamento ponto a ponto
do sistema, apenas valores globais (ou seja, entradas e
saídas).
12
Revisão

Tipos de Balanços
• Diferenciais
• Abordagem Lagrangeana.
• O elemento de volume é infinitesimal; está dentro da caixa
preta.
• Permite ao observador “observar” variações das grandezas no
interior do volume de controle

13
Leis da Dinâmica dos
Fluidos

14
Leis da Dinâmica dos Fluidos

• Conservação da massa
• Conservação da quantidade de movimento (2ª Lei de
Newton)
• Conservação da energia (1ª Lei da Termodinâmica)

15
Leis da Dinâmica dos Fluidos

Conservação da Massa
• Da definição de sistema, as fronteiras não permitem entrada
e/ou saída de massa.

D
 ρ  dV  0
Dt Sistema

16
Leis da Dinâmica dos Fluidos

Conservação da Quantidade de Movimento


• Da definição de sistema, as fronteiras não permitem entrada
e/ou saída de massa.

D
 F  Dt  u  dV
Sistema

17
Leis da Dinâmica dos Fluidos

Conservação da Energia

  D
Q W   e  dV
Dt Sistema
u2
e  energia int .   gz
2

18
E em um volume de controle?
Como ficam essas equações?

19
Teorema do Transporte de Reynolds
• Este teorema tem como premissa transformar as equações
válidas para um sistema em equações válidas para um
volume de controle. (i.e. converte do sistema Lagrangeano
para o Euleriano)

20
Teorema do Transporte de Reynolds
• Por que a formulação em um volume de controle?
• É extremamente difícil identificar e seguir a mesma massa de
fluido em todos os instantes, como deve ser feito para aplicar a
formulação do sistema.
• O que nos interessa, geralmente, não é o movimento de uma
dada massa de fluido, mas sim o efeito do movimento global
de fluido sobre algum dispositivo ou estrutura

21
Teorema do Transporte de Reynolds
• Usaremos o símbolo N para representar qualquer uma das
propriedades extensivas do sistema, então:

N
N  dV     dV
Sistema
m Sistema

onde η é uma propriedade intensiva.

22
Teorema do Transporte de Reynolds
• Com base nas equações de sistemas e por meio de uma
comparação entre sistema e volume de controle, obtemos
uma relação fundamental:

DN Sistema d
  dV   n̂u dA
Dt dt  A

DN Sistema d
   dV   nˆu dA
Dt dt VC ou SC

23
Teorema do Transporte de Reynolds
• Interpretação de cada termo do TTR:

24
Teorema do Transporte de Reynolds
• Avaliação do produto vetorial :

25
Teorema do Transporte de Reynolds
• Fluxo de entrada  produto escalar negativo.

26
Teorema do Transporte de Reynolds
• Fluxo de saída  produto escalar positivo.

27
Teorema do Transporte de Reynolds

Possíveis configurações da velocidade numa região da superfície de controle:


a) Alimentação
b) Sem escoamento através da superfície
c) Descarga de fluido
28
Teorema do Transporte de Reynolds

29
Teorema do Transporte de Reynolds

DNsis d
Dt
 
dt v.c
dV   n̂  VdA
s.c

Taxa de variação da propriedade Fluxo da propriedade extensiva


extensiva no V.C através da superfície de controle

≠ 0 somente aonde o fluido


atravessa a superfície de controle
Teorema de Transporte de Reynolds
aplicado à Conservação da Massa

31
TTR aplicado à Conservação da Massa
• O primeiro princípio físico ao qual aplicamos a relação entre
as formulações de sistema e volume de controle é o princípio
da conservação de massa.
• A massa de um sistema permanece constante.
• Em linguagem matemática:

Dm
0
Dt Sistema

32
TTR aplicado à Conservação da Massa
• Partindo do Teorema do Transporte de Reynolds:


DN Sistema d
Dt
 
dt VC
 
 d   V  nˆ dA
SC

• Para deduzir a formulação para volume de controle da


conservação de massa, fazemos:
N m
N  massa  m      1
m m
N m
 1
33
TTR aplicado à Conservação da Massa
• Que substituídos na equação genérica do TTR fornece:

DN Sistema d 
Dt
 
dt VC
d   V  nˆ dA
SC

• Da conservação da massa do sistema:

DN Sistema
0
Dt

34
TTR aplicado à Conservação da Massa

Variação interna da Fluxos de entrada e


massa no V.C. saída na S.C.

d 

dt VC
  d   V  nˆdA  0
SC

Balanço Geral para a conservação da massa em um


volume de controle

35
TTR aplicado à Conservação da Massa
• Uma expressão muito utilizada para a avaliação da vazão em
massa, , numa seção da superfície de controle que apresenta
área A é:

m  ρQ  ρAV

Onde ρ é a massa específica do fluido, Q é a vazão em volume (m³/s) e V é o


componente do vetor velocidade perpendicular a área A. Como:

m   ρVnˆ dA
A

36
TTR aplicado à Conservação da Massa
• O uso da equação para envolve a utilização de valores
representativos das médias da massa específica do fluido,
ρ, e da velocidade do escoamento na seção considerada.

m   ρVnˆ dA
A

• Assim, o valor da velocidade que deve ser utilizado é o


médio do componente do vetor velocidade normal a área que
estamos analisando.

37
TTR aplicado à Conservação da Massa
• Velocidade média do escoamento em qualquer seção:

 ρVnˆdA
V  A
A

• Se o perfil de velocidade é uniforme na seção transversal,


temos:
 ρVnˆdA
V  A
V
A

38
TTR aplicado à Conservação da Massa

CASOS ESPECIAIS
Volume de controle não deformável Volume de controle não
deformável

Saída

Taxa de massa Taxa de massa Taxa de massa


acumulada que sai que entra

d    i ui Ai sai    j u j A j entra  0


n m
d

dt VC i 1 j 1
39
TTR aplicado à Conservação da Massa
Escoamento permanente
Variação interna da Fluxos de entrada e
massa no V.C. saída na S.C.

d 

dt VC
  d   
SC
 V  ˆ
n dA  0

0

SC
 V  nˆdA  0
40
TTR aplicado à Conservação da Massa
Escoamento incompressível (propriedades do fluido são constantes)

  d    ui Ai sai    u j A j entra  0


n m
d
dt VC i 1 j 1

d n
  ui Ai sai   u j A j entra  0
m

dt i 1 j 1

41
TTR aplicado à Conservação da Massa
Escoamento incompressível (propriedades do fluido são constantes)
• Regime permanente;
• Volume de controle não deformável:

  u j A j entra
n m

 u A 
i 1
i i sai
j 1

  Q j entra
n m

 Q 
i 1
i sai
j 1

42
TTR aplicado à Conservação da Massa

CASO MAIS SIMPLES


Volume de controle não
deformável

Entrada Saída

A1, u1 A2, u2

u1 A1  u2 A2
Q1  Q2
43
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 1:
Considere o escoamento permanente de água em uma junção de tubos conforme mostrado
no diagrama. As áreas das seções são: A 1 = 0,2 m²; A2 = 0,2 m²; A3 = 0,15 m². O fluido
também vaza para fora do tubo através de um orifício no ponto 4, com uma vazão
volumétrica estimada em 0,1 m³/s. As velocidades médias nas seções 1 e 3 são u 1 = 5 m/s
e u3 = 12 m/s. Determine a velocidade do escoamento na seção 2.

44
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 2:
Um reservatório se enche de água por meio de duas entradas unidimensionais. A altura da
água é h. (a) Encontre uma expressão para a variação da altura da água, dh/dt. (b) Calcule
dh/dt para D1 = 25 mm, D2 = 75 mm, u1 = 0,9 m/s, u2 = 0,6 m/s e Ares = 0,18 m²,
considerando a água a 20 ºC. aberto

45
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 3:
Um tanque de volume V = 0,05 m³ contendo ar a p = 800 kPa (absoluta) e T = 15ºC.
Em t = 0, o ar começa a escapar por uma válvula. O ar sai como uma velocidade u
= 300 m/s e massa específica ρ = 6 kg/m³ através de uma área A = 65 mm².
Determine a taxa de variação da massa específica do ar no tanque em t = 0

46
TTR aplicado à Conservação da Massa
Volume de controle Indeformável e Móvel
• Muitas vezes é necessário analisar um problema utilizando um
volume de controle indeformável solidário a um referencial
móvel.
Exemplos: turbinas de avião; chaminés de navios; tanques de
combustível de automóveis em movimento.

47
TTR aplicado à Conservação da Massa
Volume de controle Indeformável e Móvel
• Velocidade do fluido em relação ao volume de controle móvel
(velocidade relativa – W):

V  W  VVC

Onde:
W: velocidade do fluido vista por um observador solidário ao volume de controle.
VVC: velocidade do volume de controle detectada por um observador solidário a um sistema de coordenadas fixo.
V: velocidade detectada por um observador imóvel solidário ao sistema de coordenadas fixo.

48
TTR aplicado à Conservação da Massa
• Substituindo o vetor velocidade pela velocidade relativa – W,
temos:

DM Sistema d
Dt
 
dt VC
d   W  nˆdA
SC

• Como a massa não varia:

d

dt VC
d   W  nˆ dA  0
SC

49
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 4:
O avião esboçado na figura a seguir voa a 971 km/h. A área da seção frontal de
alimentação de ar da turbina é igual a 0,8 m² e o ar, neste local, apresenta massa específica
igual a 0,736 kg/m³. Um observador solidário ao solo detecta que a velocidade dos gases
de exaustão é igual a 1050 km/h. A área da seção transversal de exaustão da turbina é
0,585 m² e a massa específica destes gases é 0,515 kg/m³. Estime a vazão em massa de
combustível utilizada nesta turbina.

50
TTR aplicado à Conservação da Massa
Volume de controle Deformável
• A utilização de um volume de controle deformável pode
simplificar, algumas vezes, a solução de um problema.
• Note que o tamanho de um volume de controle deformável
varia e, por isto, a superfície de controle se movimenta.

DM Sistema d
Dt
 
dt VC
d   W  nˆ dA  0
SC

51
TTR aplicado à Conservação da Massa
Volume de controle Deformável
• A taxa de variação da massa contida no volume de controle
normalmente não é nula e precisa ser calculada
cuidadosamente porque a fronteira do volume de controle
varia com o tempo.

d

dt VC
d  0

52
TTR aplicado à Conservação da Massa
Volume de controle Deformável
• Já o outro termo da equação precisa ser calculado com a
velocidade do escoamento em relação a superfície de controle,
W.

 W  nˆdA
SC

53
TTR aplicado à Conservação da Massa
Volume de controle Deformável
• Como o volume de controle é deformável, a velocidade da
superfície de controle não é necessariamente uniforme e
idêntica a velocidade do volume de controle, VVC.
• Assim, para um volume de controle deformável:

V  W  VSC
Onde:
W: velocidade do fluido vista por um observador solidário ao volume de controle.
VSC: velocidade da superfície de controle detectada por um observador fixo.
V: velocidade detectada por um observador imóvel solidário ao sistema de coordenadas fixo.

54
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 5:
A figura a seguir mostra o esquema de uma seringa utilizada para vacinar bois. A
área da seção transversal do êmbolo é 500 mm². Qual deve ser a velocidade do
êmbolo para que a vazão de líquido na agulha seja igual a 300 cm³/min? Admita
que ocorre um vazamento de líquido entre o êmbolo e a seringa com vazão igual a
10% daquela na agulha.

55
Teorema de Transporte de Reynolds
aplicado à Conservação da
Quantidade de Movimento

56
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento

• A quantidade de movimento de um sistema é igual ao


produto de sua massa por sua velocidade.

• Pode ser expressa por:

 
P  m V

57
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
• Partindo do Teorema do Transporte de Reynolds:

DN Sistema d
   dV   n̂u dA
Dt dt VC SC

• Para deduzir a formulação para o volume de controle da


conservação da quantidade de movimento, fazemos:
 
 P m V 
N  P    V
m m

NP

 V
58
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
• Que substituídos na equação genérica do TTR fornece:


DPSistema     
Dt
 
t VC
 
Vd   V V  n dA
SC

• O que significa o termo ?

59
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
• Analisando da 2ª Lei de Newton:

 
 
FR  ma  m
DV D mV

 
Dt Dt
• Resulta em:


 DP
FR 
Dt
60
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
Variação da Fluxos de entrada e
Soma das forças quantidade de saída de quantidade
que atuam sobre o movimento com o de movimento através
sistema tempo no V.C. da S.C.

     
F Sistema

  Vd   V V  n dA
t VC

SC

Conservação da quantidade de movimento em um


volume de controle

61
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
• Há dois tipos de força que se combinam para dar lugar a :
• Forças de superficiais ou contato: exigem, para sua aplicação,
o contato físico.

  
FS  Fn  Ft Pressão (normais) e viscosas (tangenciais)

62
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
• Forças de campo ou mássicas: Um dos corpos gera um campo
e quaisquer corpos que estejam sob sua influência e
apresentam as condições corretas, experimentarão forças de
campo.


   F
FC   Bd
VC
onde B
m

Forças gravitacionais:
 
B   gk

63
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
       
FR  FS  Fc  
t VC
 
Vd   V V  n dA
SC

 
Fx 


t VC
 
ud   u V  n dA
SC

 
• Componentes: Fy 


t VC
 
vd   v V  n dA
SC

 
Fz 


t VC

wd   w V  n dA
SC

64
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
Escoamento permanente

       
FR  FS  Fc  
t VC
 
Vd   V V  n dA
SC

   

FR   V V  n dA 
SC

65
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
Volume de controle não deformável
Volume de controle não
deformável
Entrada
Saída

Taxa de Taxa de
quantidade de quantidade de
movimento movimento
que sai que entra

  
VdV   ui  i Qi sai   u j  j Q j entra
n m
FR  
t VC i 1 j 1

66
TTR aplicado à Conservação da Quantidade
de Movimento
Volume de controle não deformável
Escoamento permanente
  
   
n m
FR   Vi  i Qi sai
  V j  jQ j entra
i 1 j 1

Fx   ui  i Qi sai   u j  j Q j entra


n m

i 1 j 1

Fy   vi  i Qi sai   v j  j Q j entra


n m

i 1 j 1

Fz   wi  i Qi sai   w j  j Q j entra


n m

i 1 j 1
67
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 6:
Calcule a força exercida no cotovelo redutor devido ao escoamento, para um
escoamento permanente. V2
2

1
θ

V1

68
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 7:
A figura a seguir mostra um jato d’água horizontal inclinado num anteparo estacionário. O
jato é descarregado do bocal com velocidade uniforme igual a 3,0 m/s. O ângulo entre o
escoamento de água, na seção de descarga do anteparo, e a horizontal é θ. Admitindo que

os efeitos gravitacionais e viscosos


são desprezíveis, determine a
força necessária para manter o
anteparo imóvel.

69
Teorema de Transporte de Reynolds
aplicado à Conservação da Energia

70
TTR aplicado à Conservação da Energia

• A energia se conserva entre dois pontos.

“Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”


(Lavoisier, século XVIII)

71
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Partindo do Teorema do Transporte de Reynolds:

DN Sistema d
   dV   n̂u dA
Dt dt VC SC

• Para deduzir a formulação para o volume de controle da


conservação da quantidade de movimento, fazemos:
E
N  E    e
m
NE
 e
72
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Que substituídos na equação genérica do TTR fornece:

 
DESistema 
Dt
 
  ed   e V  n dA
t VC SC

• O que significa o temo e?

73
TTR aplicado à Conservação da Energia

• A energia total do sistema é dada por:

ESistema   edm

m sist
  ed
  Vol sist

e = energia específica = E/m


• Sendo que:

e  eint erna  ecinética  e potencial  eoutras

eoutras = química, eletrostática, nuclear, magnética. Nós desprezamos estas


energias.
74
TTR aplicado à Conservação da Energia

• A energia interna (Eu) está associada com:


• Atividade molecular (energia armazenada);
• Forças entre moléculas;
• Difícil de ser estimada;
• Pequena em relação a outras.

75
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Energia Cinética está associada à velocidade local:

mV 2
Ec 
2

• Energia Potencial está associada à cota do ponto:

E p  mgz

76
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Se a energia total do sistema é dada por:

ESistema  Eu  Ec  E p

• Então, dividindo os termos por m:

V2
eSistema  eu   gz
2

77
TTR aplicado à Conservação da Energia

Variação da Variação da
Fluxos de entrada e
Energia no Energia com saída de Energia
Sistema o tempo no V.C. através da S.C.

  
DE
Dt

 
  eu 
t VC 
V2
2
 
 gz  d    eu 
V2
2
 
 gz  V  n dA
Sistema  SC 

Conservação da Energia em um volume de controle

O que significa
esse termo?
78
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Os estados inicial e final de energia de um sistema


dependem do calor adicionado ou retirado e do trabalho
realizado sobre ou pelo o sistema (1ª Lei da Termodinâmica):

dE  dQ  dW

dQ = Calor agregado ou retirado ao sistema


dW = Trabalho realizado
dE = Variação da Energia

79
TTR aplicado à Conservação da Energia

• A equação pode ser escrita em termos de taxas de energia,


calor e trabalho: dQ
dW 0
0 dt
dt
dE dQ dW
 
dt Sistema dt dt

Sistema

dW dQ
0 0
dt dt
80
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Examinando cada termo:

dQ Condução, convecção e radiação


dt (considerado como um termo único)

dW Realizado por um eixo, pressão e tensões


dt Viscosas (o trabalho das forças gravitacionais
é incluído na energia potencial)

81
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Trabalho realizado:

dWeixo Trabalho transmitido ao V.C. por uma máquina


ex.: bomba, turbina, pistão
dt
Trabalho devido às forças de pressão
dW pressão   dW pressão  dl

 
dW pressão  F  dl   lim t 0 F   F V
dt dt dt

Trabalho devido às forças viscosas


dWvisc .
dWvisc.  
dt    tan g  VdA
dt SC

82
TTR aplicado à Conservação da Energia

Turbinas

83
TTR aplicado à Conservação da Energia

Bombas

84
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Como o trabalho é igual ao produto escalar da força pelo


deslocamento, a taxa de trabalho (potência) é o produto escalar
da força pela velocidade de deslocamento.

.
W  F .x W  F .v
• Então, a potencia transferida em um eixo (W eixo), está relacionada
ao torque que provoca a rotação e a velocidade angular do eixo.

.
Weixo  Teixo .
85
TTR aplicado à Conservação da Energia

• A transferência de trabalho também pode ocorrer quando


uma força associada com a tensão normal no fluido é
deslocada.
• Para o caso da figura, as tensões normais no fluido, σ, são
iguais a pressão com sinal negativo

  p

86
TTR aplicado à Conservação da Energia

• A potência associada com as tensões normais que atuam em


uma partícula fluida, pode ser avaliada em relação a força
normal associada a esta tensão e à velocidade da
partícula.

.
 Wtensão,normal  Ftensão,normal .V

87
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Se a força devida a tensão normal for expressa como o produto da


pressão local, pois σ = - p, pela área da partícula fluida, então:

.
 Wtensão,normal   nA.V   p nA.V   pV nA

• Assim, o trabalho da tensão normal referente a todas as partículas


que estão na SC em um dado instante é dado por:

.
 Wtensão,normal   V nA    pV nA
SC SC

88
TTR aplicado à Conservação da Energia

• Partindo da Equação da Conservação de Energia,


considerando escoamento permanente:

   

Qliq ,e  Wliq ,e    pV  n.dA   e. dV   e. V  n dA 
SC VC SC

• Então:
   
Qliq ,e  Wliq ,e  
  e.dV   e. V  n dA   pV  n.dA
VC SC SC

89
TTR aplicado à Conservação da Energia

 
Qliq ,e  Wliq ,e   e.dV   (e 
p

 
). V  n dA
VC SC

• Lembrando que:

V2
e  eu   gz
2
90
TTR aplicado à Conservação da Energia

Variação da Variação da
Fluxos de entrada e
Energia no Energia com saída de Energia
Sistema o tempo no V.C. através da S.C.

p  
dQ dWeixo  
dt

dt
   eu 
t VC 
V2
2
 
 gz  d    eu 
V2
2
 
 gz   V  n dA

 SC

Conservação da Energia em um volume de controle

91
TTR aplicado à Conservação da Energia

Escoamento permanente

p  
dQ dWeixo  
dt

dt
   eu 
t VC 
V2
2
 
 gz  d    eu 
V2
2
 
 gz   V  n dA

 SC

p  
dQ dWeixo
dt

dt

   eu 
V2
2

 gz   V  n dA


SC

92
TTR aplicado à Conservação da Energia

CASOS ESPECIAIS
Volume de controle não deformável Volume de controle não
deformável
Entrada
Saída

Taxa de Energia Taxa de Energia


que sai que entra

p      
 V2
  V2 p V2 p
SC eu  2  gz    V  n dA   eu  2  gz   Q    eu  2  gz   Q 
  sai   entra
93
Aplicação do Conteúdo
EXERCÍCIO 8:
A figura a seguir mostra o esquema de uma bomba d’água que apresenta vazão, em regime
permanente, igual a 0,019 m³/s. A pressão na seção (1) da bomba – seção de alimentação da bomba – é
1,24 bar e o diâmetro do tubo de alimentação é igual a 89mm. A seção de descarga apresenta diâmetro
igual a 25mm e a pressão neste local é 4,14 bar. A variação de elevação entre os centros das seções (1)
e (2) é nula e o aumento de energia interna específica da água associada com o aumento de
temperatura do fluido, , é igual a 279 J/kg. Determine a potência necessária para operar a bomba
admitindo que esta opere de modo adiabático.

94
Teorema de Transporte de Reynolds
aplicado à Conservação da Energia
(Equação de Bernoulli)

95
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

EQUAÇÃO DE BERNOULLI
• Caso particular da Equação da Conservação de Energia.
• Aplicada à um tubo de corrente.

• No interior de um fluido em escoamento


existem infinitas linhas de corrente
definidas por suas partículas fluidas.
• A superfície constituída pelas linhas
de corrente formada no interior do
fluido é denominada de tubo de
corrente ou veia líquida.
96
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

• Em um tubo de corrente não deformável (escoamento


laminar):

dQ dWeixo  V2 p   V2 p 
  eu 

 gz 

 2V2 A2    eu   gz   1V1 A1 

dt dt  2  2  2  1

97
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

• Dividindo todos os termos por:

dm
m    V  A 
dt

• E considerando ρ constante:

dQ dWeixo  V2 p   V2 p 
  eu   gz   eu   gz 
dm dm  2 
 2  2  1

98
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

• Reorganizando a equação:
p1 V12 p2 V22  dQ dWeixo 
  gz1    gz 2   eu 1  eu 2   
1 2 2 2  dm dm 

• Dividindo por g:
p1 V12 p2 V22 1 dQ dWeixo 
  z1    z 2   eu 1  eu 2   
 1 2g  2 2g g dm dm 

Decréscimo líquido na
Trabalho de um
energia mecânica do
Altura de Altura de Cota eixo por unidade
sistema (transformado
pressão velocidade de peso
em perdas)

99
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

• A equação pode ser escrita em termos de cotas:

H1  H 2  H eixo  H L

Energia
Perdida por
Energia Energia Energia atrito e calor
em 1 em 2 fornecida (+) ou
retirada (-) por
um eixo

Equação de Bernoulli modificada

100
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

H1  H 2  H eixo  H L

• Máquinas hidráulicas
• Bomba: insere energia ao sistema (heixo > 0);
• Turbina: utiliza a energia do sistema (heixo < 0).

.
Weixo
heixo 
Q
101
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

• Considerando as seguintes suposições:


• Escoamento permanente e laminar;
• Não há perdas por atrito;
• Não há eixo realizando ou fornecendo trabalho;
• Não há transformação de calor;
• A energia interna é constante em dois pontos.

102
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

p1 V12 p2 V22
  z1    z 2  const
 1 2g  2 2g
Equação de Bernoulli
“A energia ao longo de um tubo de corrente é constante”

103
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

• É importante saber que:

z Carga potencial

p
 Carga de pressão

v2
 Carga cinética
2g

104
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

105
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

106
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

107
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

108
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

• Linha de energia

109
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

1 Plano de Energia

h h h Linha das
pressões

2 3 Sem escoamento
Plano de referência

110
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

1 Plano de Energia

h1 Linha das
h2 h3 pressões

2 3
Plano de referência

H1 = H2 = H3 = CONSTANTE
111
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

V22/2g
V32/2g
1

h1 p2 = h2.
p3 = h3.

2 3

H1 = H2 = H3 = CONSTANTE
112
TTR aplicado à Conservação da Energia –
Equação de Bernoulli

Plano de energia
L
H Hf

Plano de referência

A perda ao longo da canalização é uniforme em qualquer trecho de


dimensões constantes, independente da posição da tubulação. A perda de
carga é uma perda de energia do sistema devido a transformação de
Energia Mecânica para Térmica causada pelo atrito (interno e contato com
superfícies sólidas).
113
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 9:
Em uma tubulação sem máquinas e com perda de energia desconsiderável, por
onde escoa uma vazão de 20 L/s determinar uma equação para a queda de
pressão entre a entrada e a saída?

114
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 10:
Em uma tubulação com eixo horizontal, sem máquinas e com perda de energia
desconsiderável, por onde escoa uma vazão de 20 L/s. Determine a queda de
pressão entre a entrada (D1 = 150 mm) e a saída (D2 = 100 mm)?

115
Aplicação do Conteúdo

EXERCÍCIO 11:
A vazão da bomba d’água indicada na figura a seguir é igual a 0,056 m³/s e o
equipamento transfere 7,46 kW para a água que escoa na bomba. Sabendo que a
diferença entre as cotas das superfícies dos reservatórios indicados na figura é 9,1
m, determine as perdas de carga e de potência no escoamento de água?

116

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