Hérnias e Hérnia de Amyand
Hérnias e Hérnia de Amyand
Hérnias e Hérnia de Amyand
DISCUSSÃO DE CASO
CLÍNICO - LIAH - GV
RELATO DE CASO
História clínica:
MF, 1 ano, sexo masculino, branco, natural e procedente de cidade do interior, acompanhado pela mãe,
procurou atendimento com queixa de “inchaço em escroto”.
Mãe do paciente refere que criança apresentou dor, inchaço e hiperemia em região escrotal, taquipnéia e
irritabilidade, sendo então trazido ao Pronto Atendimento. Relata também que o inchaço era intermitente que
piora ao esforços, no entanto dessa vez não diminuiu.
Nega doenças prévias, alergias, cirurgias e hemotransfusões. Não há relatos de hipertensão e diabetes na
família. Relata que o pai da criança é tabagista e etilista social. Mora em casa de alvenaria na zona rural, com
seus pais e mais três irmãos. Mantém contato com animais. Relata que em sua moradia não há tratamento de
esgoto, sendo este deslocado para fossa.
RELATO DE CASO
História clínica:
MF, 1 ano, sexo masculino, branco, natural e procedente de cidade do interior, acompanhado pela mãe,
procurou atendimento com queixa de “inchaço em escroto”.
Mãe do paciente refere que criança apresentou dor, inchaço e hiperemia em região escrotal, taquipnéia e
irritabilidade, sendo então trazido ao Pronto Atendimento. Relata também que o inchaço era intermitente que
piora ao esforços, no entanto dessa vez não diminuiu.
Nega doenças prévias, alergias, cirurgias e hemotransfusões. Não há relatos de hipertensão e diabetes na
família. Relata que o pai da criança é tabagista e etilista social. Mora em casa de alvenaria na zona rural, com
seus pais e mais três irmãos. Mantém contato com animais. Relata que em sua moradia não há tratamento de
esgoto, sendo este deslocado para fossa.
RELATO DE CASO
Exame Físico:
• Sinais vitais: FC: 172 bpm; FR: 70 irpm; PA: 100x70 mmHg;
Temperatura: 36,6°C; SatO2: 98%
Exame Físico:
• Pulmonar: tórax atípico, eupneico, sem esforço respiratório e com expansibilidade
preservada. FTV normal. Som claro atimpânico à percussão. MV normal, sem RA.
• Cardíaco: ictus impalpável. Ritmo cardíaco regular em dois tempos sem sopros.
Pulsos periféricos simétricos e palpáveis, sincrônicos e com boa amplitude.
Ausência de turgência jugular.
Exame Físico:
• Urogenital: Genitália masculina típica com presença
de abaulamento na escroto nas posição ortostática e
decúbito dorsal que piora com a manobra de
Valsalva. Não foi possível realizar manobra de
Landivar, devido a dor. Sinal de seda de Gross
positivo.
RELATO DE CASO
Exame Físico:
• Urogenital: Genitália masculina típica com presença de
abaulamento no escroto nas posição ortostática e decúbito
dorsal que piora com a manobra de Valsalva. Não foi
possível realizar manobra de Landivar, devido a dor. Sinal
de seda de Gross positivo.
RELATO DE CASO
QUAL O DIAGNÓSTICO ?
RELATO DE CASO
Cirurgia:
Internado eletivamente no HMVB-MG para submeter-se a
tratamento cirúrgico de hérnia inguinal bilateral.
RELATO DE CASO
Cirurgia:
• Iniciada herniorrafia pelo lado esquerdo,
detectou-se apêndice cecal e ceco no interior do
saco herniário.
RELATO DE CASO
Cirurgia:
• Iniciada herniorrafia pelo lado esquerdo,
detectou-se apêndice cecal e ceco no interior do
saco herniário.
RELATO DE CASO
Cirurgia:
• Iniciada herniorrafia pelo lado esquerdo,
detectou-se apêndice cecal e ceco no interior do
saco herniário.
RELATO DE CASO
Cirurgia:
• No segundo dia de pós-operatório o paciente
apresentou distensão abdominal sem eliminação
de fezes ou gases.
RELATO DE CASO
Cirurgia:
• No segundo dia de pós-operatório o paciente
apresentou distensão abdominal sem eliminação
de fezes ou gases.
O QUE ACONTECEU ?
RELATO DE CASO
Cirurgia:
• Durante a laparotomia foi encontrado má rotação
do tipo IIIA – Rotação normal do duodeno, com
não rotação do cólon e ausência da banda de
Ladd.
Cirurgia:
• Durante a laparotomia foi encontrado má rotação
do tipo IIIA – Rotação normal do duodeno, com
não rotação do cólon e ausência da banda de
Ladd.
Cirurgia:
• Durante a laparotomia foi encontrado má rotação
do tipo IIIA – Rotação normal do duodeno, com
não rotação do cólon e ausência da banda de
Ladd.
Pós-cirúrgico:
• O paciente evoluiu sem anormalidades recebendo
alta no 4o dia de pós-operatório.
Hérnias
DISCUSSÃO
Hérnias
História:
• A referência mais antiga sobre a doença herniária apareceu no papiro
egípcio de Ebers (cerca de 1552 a C.).
Hérnia
Umbilical em
terracota
fenícia do séc
5 a.C
Hérnias
História:
• Galeno (129-199 d C.), cirurgião dos gladiadores romanos,
declarou que as hérnias surgiam devido a rupturas no peritônio
e destruição das fáscias e músculos, recomendando operação,
que consistia da ligadura do saco herniário e amputação do
testículo.
Hérnias
História:
• Operação de hérnia, ilustrada em “Practica Copiosa”,
1559, por Kaspar Stromayr, que advogava a retirada do
testículo concomitante à herniorrafia.
Hérnias
Etimologia:
Do Lat. Hernia = Ruptura.
Definição:
Hérnia epigástrica
Hérnia umbilical
Hérnia epigástrica
Hérnia umbilical
Hérnia epigástrica
Hérnia umbilical
Hérnia incisional
Hérnia Spiegel
Anatomia
M. Oblíquio E
M. Oblíquio E
Lig. inguinal
M. Cremaster
Fibras intercrurais
Lig. Reflexo
Pilar lateral
Lig. Fundiforme
do Penis Pilar medial
Fun. Espermático
Anatomia
Ap.M. Oblíquio E
M. Oblíquio I
M. Transverso do Ab Anel inguinal profundo
N. ilioinguinal
A. Vv. Epigástricas I
F. transversal
A. do ducto deferente F. Transversal
Ducto deferente N. Ilioinginal
P. pampiniforme Anel inguinal superficial
N. genitofemoral Lig. Reflexo
R. genital
M. cremaster N. genitofemoral
R. genital
Lig. inguinal
F. espermática
externa
Anatomia
Anel inguinal
profundo
Parede anterior:
• Músculo oblíquo interno
• Músculo oblíquo externo
Parede posterior:
• fáscia transversal
Teto:
• fáscia transversal
Pavimento:
• ligamento inguinal
Anatomia
Anel inguinal
superficial
Parede anterior:
• Ap. do oblíquo
externo
Parede posterior:
• Tendão conjunto
Teto:
• Pilar medial do m. o
oblíquo externo
Pavimento:
• ligamento lacunar
Anatomia
Anel inguinal
profundo Parede anterior:
• Músculo oblíquo interno
• Músculo oblíquo externo
Parede posterior:
• fáscia transversal
Teto:
Parede anterior: • fáscia transversal
• A. do oblíquo Pavimento:
externo • ligamento inguinal
Parede posterior:
• Tendão conjunto Anel inguinal
Teto: superficial
• Pilar medial do m. o
oblíquo externo
Pavimento:
• ligamento lacunar
Anatomia
Parede anterior:
• A. oblíqua externa
Parede posterior:
• fáscia transversal
Teto: Meio do canal
• fibras arqueadas do mm. inguinal
oblíquo interno e
transverso do abdómen
Pavimento:
• ligamento inguinal
Anatomia r. genital do n.
genitofemoral
N. ilioinguinal
Funículo espermático
Tipo mais comum de hérnia (>
75% dos casos)
Hérnia Inguinal
Hidrocele testicular
Hérnia Inguinal
Apresentação clínica:
• Dor ou desconforto inguinal leve
• Protuberância visível na região da virilha.
• Pode estar associado a uma hidrocele
comunicante.
• Pode ser observado eritema sobre a hérnia se
existir estrangulamento e morte do tecido.
Hérnia Inguinal
Complicações:
Encarceramento:
• Incapacidade do conteúdo herniário voltar à sua
cavidade original
• Apresenta-se com dor intensa e uma protuberância
não redutível
• Se o cólon estiver encarcerado, desenvolvem-se
sintomas de obstrução intestinal.
Estrangulamento:
• O conteúdo da hérnia deve primeiro ficar
encarcerado.
• O suprimento de sangue para os órgãos
encarcerados fica comprometido, causando
isquemia e consequente morte do tecido.
Semiologia
Manobra de Valsalva
Semiologia
Manobra de Landivar
Hernia de Amyand:
• Em 1735, Claudius Amyand descreveu um caso de
herniação do apêndice vermiforme através da
parede abdominal da região inguinal direita de uma
criança de onze anos de idade.
Hérnia Amyand
Tipo mais comum de hérnia (>
75% dos casos)
Hérnia Amyand
HÉRNIA ETIOLOGIA
Hérnia de Amyand Direita Indireta em sua maioria, podendo ser direta em raros casos
Ceco móvel
Hérnia Amyand
Hérnia Amyand
Hérnia Amyand
Hérnia Amyand
Organização:
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