Este documento discute a evolução histórica e o regime jurídico da atividade notarial. Aborda a origem da profissão notarial na Suméria e Grécia antiga e seu desenvolvimento no Império Romano. Também descreve as competências e funções dos notários, incluindo a formalização de atos jurídicos e a conferência de fé pública. Explora ainda os princípios do registro predial como a presunção de verdade, prioridade e inoponibilidade perante terceiros.
Este documento discute a evolução histórica e o regime jurídico da atividade notarial. Aborda a origem da profissão notarial na Suméria e Grécia antiga e seu desenvolvimento no Império Romano. Também descreve as competências e funções dos notários, incluindo a formalização de atos jurídicos e a conferência de fé pública. Explora ainda os princípios do registro predial como a presunção de verdade, prioridade e inoponibilidade perante terceiros.
Este documento discute a evolução histórica e o regime jurídico da atividade notarial. Aborda a origem da profissão notarial na Suméria e Grécia antiga e seu desenvolvimento no Império Romano. Também descreve as competências e funções dos notários, incluindo a formalização de atos jurídicos e a conferência de fé pública. Explora ainda os princípios do registro predial como a presunção de verdade, prioridade e inoponibilidade perante terceiros.
Este documento discute a evolução histórica e o regime jurídico da atividade notarial. Aborda a origem da profissão notarial na Suméria e Grécia antiga e seu desenvolvimento no Império Romano. Também descreve as competências e funções dos notários, incluindo a formalização de atos jurídicos e a conferência de fé pública. Explora ainda os princípios do registro predial como a presunção de verdade, prioridade e inoponibilidade perante terceiros.
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Notariado, função notarial
Competências do notário, actos
notariais em geral. 3° Grupo CAPITULO I: Introdução • O presente trabalho tem por objectivo demonstrar a evolução, o regime jurídico e a importância das funções notariais na sociedade contemporânea um apanhado histórico da actividade notarial, dedicando-se um momento para abordar as nuanças históricas da actividade notarial na política notarial, ressaltando, sobretudo, o seu novo regime jurídico, também vale ressaltar as múltiplas funções da actividade notarial na formalização dos actos e negócios jurídicos, por meio de uma actividade jurídica preventiva, conferidora de segurança jurídica, e com autoridade na realização da paz social e na estabilidade das relações humanas. 1.1. Objectivos 1.2. Objectivos Gerais • Descrever o regime jurídico e a importância das funções notariais na sociedade contemporânea. 1.3. Objectivos Específicos • Destacar a evolução, o regime jurídico e a importância notarial. • Abordar as nuanças históricas da actividade notarial na política notarial. 1.4. Metodologias 1.4.1. Tipo de Pesquisa • a) Quanto aos objectivos a presente pesquisa configura-se como descritiva que permite ao investigador ampliar seu conhecimento em torno de um determinado problema. • b) Quanto a natureza é uma pesquisa aplicada com leitura, análise crítica e interpretação da bibliografia seleccionada e necessária para a indagação do assunto. • c) Quanto à abordagem a pesquisa é qualitativa. Os estudos qualitativos podem descrever a complexidade de um determinado problema e a interacção de certas variáveis, compreender e classificar os processos dinâmicos vividos por grupos sociais. Cont. • d) Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa é documental, visto que baseia-se na observação e colecta de dados, para apurar os resultados. • e) Quanto ao objecto a pesquisa é bibliográfica. Foi elaborada a partir de material já publicado, com matérias relacionadas (Vera, 2004). 1.4.2. Métodos da pesquisa • Os métodos podem ser subdivididos em métodos de abordagem e métodos de procedimentos. CAPITULO II: Contextualização • Segundo Leonardo Brandelli, A actividade notarial não é, assim, uma criação académica, fenómeno comum no nascimento nos institutos jurídicos do direito romano-germânico, tampouco uma criação legislativa. É, sim, uma criação social, nascida no seio da sociedade, a fim de atender às necessidades desta diante do andar do desenvolvimento voluntário das normas jurídicas Daí se afirmar que o nascimento da actividade notarial se deve ao clamor social, havendo registros da existência deste profissional desde as civilizações Cont. • Felipe Leonardo Rodrigues e Paulo Roberto Gaiger Ferreira (2013) apontam a existência de contractos imobiliários de terras da Suméria formalizados sob a pele animal (de 3500 a 3000 a.C.), os quais, posteriormente, foram legalizados por um profissional com actividade semelhante à notarial, ante a conquista do território pelos gregos. • Na Grécia, nasce a figura dos “mnemons”, técnicos da memorização, aos quais competia a função de lavrar os negócios jurídicos entre os particulares. Aristóteles (1991), no livro “A Política”, faz referência a esse oficial público, considerando-o essencial em todos os povos civilizados e em sociedades bem organizadas. • É no Império Romano, no entanto, que se encontra o legítimo precursor do notário de hoje: os “tabelliones”. O “tabellion” era incumbido de lavrar os negócios jurídicos, assessorar as partes e conservar os documentos realizados. Ao lado desse oficial, surgiram outros, dentre os quais se destacam: os “notarii”, os “argentarii” e os “tabularii”. 2.1. A actividade notarial A legislação portuguesa era a principal fonte normativa do Direito em Moçambique, perdurando até o século XX. Desse modo, a regulamentação atinente à actividade notarial obedecia às Ordenações portuguesas. • No Brasil e na América, é possível verificar a presença da actividade notarial no período das grandes navegações. Com a chegada dos portugueses, tem-se notícia do primeiro acto notarial praticado em solo brasileiro: trata-se da Carta de Pero Vaz de Caminha dirigida ao Rei de Portugal que narra, em minúcias, a descoberta das terras brasileiras. • Em nosso país, o notariado nasceu e cresceu à margem do poder judicial. Antigamente, ‘cartórios’ eram dados aos amigos dos governantes e, depois, negociados por seus ‘proprietários’ ou legados aos filhos. Com isso, a profissão atrofiou-se, situação que somente se alterou no século XX, com o aperfeiçoamento dos concursos públicos judiciais e, finalmente, específicos para as delegações notariais. 2.1.1. REGIME JURÍDICO DAS ATIVIDADES NOTARIAIS • Em palavras outras, assim como o inquérito policial não é processo judicial nem processo administrativo investigatório, mas inquérito policial mesmo (logo, um tertium genus); • Os serviços forenses não são propriamente uma modalidade de serviço público, mas apenas serviços forenses em sua peculiar ontologia, também assim os serviços notariais e de registro são serviços notariais e de registro, simplesmente, e não qualquer outra actividade estatal. 2.1.2. A FUNÇÃO NOTARIAL • Frise-se que a função notarial vai além da mera redacção de documentos e simples conferência da fé pública aos actos e negócios jurídicos, atribuindo ao tabelião a função precípua de presidir o desenvolvimento das transacções, numa verdadeira polícia jurídica, que vai desde o prévio assessoramento aos interessados até a manifestação de vontade desses na declaração, constituição ou extinção de direitos. Trata-se de cátedra imparcial exigida daqueles que reclamam seus ministérios, para garantir actos e negócios jurídicos válidos e eficazes. 2.1.3. Competência dos notários 1. Compete, em especial ao notário: • a) Lavrar testamentos públicos, instrumentos de aprovação, depósito e abertura de testamentos cerrados; • b) Lavrar outros instrumentos públicos nos livros de notas e fora deles; • c) Exarar termos de autenticação em documentos particulares, ou de reconhecimento das assinaturas neles apostas; • d) Passar certificados de vida e identidade, e bem assim do desempenho de cargos públicos, de gerência ou de administração de pessoas colectivas; Cont. • e) Passar certificados de outros factos que haja devidamente Verificado; • f ) Certificar, ou fazer e certificar, traduções de documentos. • g) Passar certidões de instrumentos públicos e de outros documentos arquivados, ou passar públicas-formas de documentos que, para esse fim, lhe sejam presentes pelos interessados; • h) Expedir fotocópias de instrumentos e de outros documentos, ou conferir com os respectivos originais as fotocópias extraídas pelos interessados; • i) Meios informáticos sob forma certificada, o teor dos instrumentos públicos, registos e outros documentos que se achem arquivados no cartório, a outros serviços públicos perante os quais tenham de fazer fé e receber os que lhe forem transmitidos, por esses serviços, nas mesmas condições; • j ) Lavrar instrumentos de actas de reuniões de órgãos sociais; e • k) Intervir nos actos jurídicos extrajudiciais, a que os interessados pretendam dar garantias especiais de certeza ou de autenticidade. • 2. Salvo disposição em contrário, o notário pode praticar, dentro da área de jurisdição da respectiva repartição, todos os actos da sua competência, que lhe sejam requisitados, ainda que respeitem a pessoas domiciliadas ou a bens situados fora dessa área. • 3. À solicitação dos interessados, o notário pode requisitar, por qualquer via, a outros serviços públicos os documentos necessários à instrução dos actos da sua competência. 2.1.4. EFEITOS E PRINCÍPIOS DO REGISTO • O registo predial ao promover a publicidade da situação jurídica dos prédios visa a segurança do comércio jurídico imobiliário. • Este objectivo é alcançado por força dos efeitos que a lei confere ao registo, os quais, por sua vez, assentam numa teia de regras e princípios a que o registo é submetido. • Efeitos do registo são, no nosso ordenamento jurídico: • a) A presunção de que o direito existe e pertence ao titular inscrito nos precisos termos em que aquele o define (princípio da presunção de verdade; Cont. • b) – A prevalência do direito prioritariamente inscrito sobre os que lhe seguirem na ordem do registo (princípio da prioridade) • – A eficácia contra terceiros dos factos a ele sujeitos a partir (apenas) da data do registo e consequente ineficácia perante terceiros dos factos não registados (princípio da inoponibilidade). • - Do princípio enunciado na al. c) resulta que um acto só se torna oponível perante todos a partir da data do respectivo registo, embora possa ser invocado entre as próprias partes. • - Do princípio enunciado na al. c) resulta que um acto só se torna oponível perante todos a partir da data do respectivo registo, embora possa ser invocado entre as próprias partes. 2.1.5. Princípio da tipicidade • - Os factos sujeitos a registo são só os taxativamente previstos na lei; • - A disposição que prevê a submissão a registo de “quaisquer outras restrições ao direito de propriedade, quaisquer outros encargos e quaisquer outros factos sujeitos por lei a registo” não contraria este princípio. 2.1.6. Princípio da especialidade • - Resulta de diversas disposições e traduz-se na ideia de que o prédio ou prédios a registar têm de estar concretamente identificados; • Este é o sentido estrito. • Se o registo for efectuado de forma a gerar dúvida ou incerteza quanto à identidade do prédio ele é ferido de nulidade). • - Há quem encare este princípio num sentido amplo, englobando não só o objecto (o prédio) mas também os sujeitos da relação jurídica e o facto a inscrever. Cont. • Todos estes elementos do registo – os sujeitos, o objecto e os factos – devem ser certos e determinados; • - Relativamente aos sujeitos pode acontecer que no momento em que é pedido o registo eles não possam ser identificados com todos os elementos, mas a sua identificação tem de ser determinável; • - No que toca aos factos essa certeza mostra-se desde logo assegurada pela vigência da regra do “numerus clausus”; • - Em conformidade com este princípio a lei fixa os requisitos gerais, e especiais que a inscrição deve conter. 2.1.7. Princípio da prioridade • - Esta norma estabelece a prevalência do direito inscrito em primeiro lugar sobre os que se lhe seguirem, relativamente aos mesmos bens, ainda que estes tenham nascido antes; • - Encontramos manifestações deste princípio nos registos provisórios quando convertidos em definitivos e nos registos recusados que venham a ser efectuados na sequência de recurso julgado procedente; • - O princípio da prioridade engloba duas vertentes, consoante os direitos inscritos sejam ou não compatíveis entre si; 2.1.8. Princípio da legalidade • - O princípio da legalidade tem consagração legal no artigo 68.º; de acordo com esta norma a viabilidade do pedido tem de incidir sobre: • a) – As disposições legais aplicáveis; • b) – Os documentos apresentados; • c) – A situação tabular, isto é o historial descritivo e inscritivo do prédio objecto de registo. 3. Considerações finais • A vida social se reveste de grande complexidade, exigindo um ordenamento jurídico abarrotado de regras e princípios aptos a conferir segurança jurídica às relações humanas. • Sob esse viés, a instituição notarial tem ganhado cada vez mais reconhecimento. Por certo, a função do tabelião tem em muito contribuído com a segurança jurídica nas relações, com a desburocratização do Judiciário e com a realização de trabalho de carácter eminentemente preventivo. • Durante longo período negou-se à actividade notarial seu real escopo: participar, de forma permanente, da realização do primado da justiça, proporcionando estabilidade às relações sociais de cunho patrimonial ou mesmo familiar.
Regulação da atividade notarial e registral: a independência jurídica de notários e registradores como parâmetro para o exercício da competência normativa do Poder Judiciário