Formação de Preços Aula 01
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Você já deve ter escutado a frase “custos são como unhas, devem ser cortados com regularidade”. Contudo,
antes de demitir funcionários ou trocar a matéria-prima dos seus produtos por outra mais barata para reduzir
custos, é preciso fazer uma imersão nos conceitos relativos aos gastos da empresa para identificar os custos, as
Contabilidade de Custos não serve apenas aos contadores. Dominar e aplicar esse conhecimento, que é uma
excelente ferramenta de gestão para qualquer tipo de empresa, pode representar um diferencial perante os
Para começar, devemos saber que todo desembolso feito em uma empresa é um gasto que precisa ser
Considere os seguintes gastos no processo produtivo de uma empresa que fabrica roupas: a compra
de 1.000 metros de tecido e a quitação da conta de energia elétrica consumida para a produção. Sabemos
que ambos são custo e não despesa, porque estão no processo produtivo, mas que de tipo de custo eles
representam?
Analisando o gasto, a empresa consegue identificar quantos metros de tecido vai utilizar para produzir um
vestido, mas saber quanto foi consumido de energia elétrica na produção da peça não é tão simples, uma
vez que a conta de energia elétrica está relacionada ao gasto geral da fábrica, não simplesmente à produção
específica daquele item.
Nesse caso, o tecido será um custo direto, por ser facilmente identificado no produto, e seu
gasto mensurado de forma direta em relação à matéria-prima total. Já a energia elétrica será
custo indireto, uma vez que não é fácil identificar qual o consumo apenas para o vestido
produzido – é preciso observar critérios de rateio para esse gasto ser associado ao custo do
vestido pronto, que poderia ser alguma métrica de kwh (quilowatt-hora), por exemplo.
Quanto aos conceitos de custo fixo e custo variável, eles podem ser entendidos em função
de uma pergunta: “esse custo tem variação conforme o volume de produção?” Na produção
de uma cadeira, por exemplo, quanto mais cadeiras forem produzidas, mais madeira será
necessária, e o gasto com a madeira será um custo variável, ou seja, que se altera com a
produção.
Quando o custo não muda conforme o volume de produção, ele será considerado custo fixo.
É o caso do aluguel do galpão da fábrica. A empresa pode produzir 1.000 peças, 100 peças
ou nenhuma peça, o valor do aluguel não se altera em função da produção.
Pode ocorrer, também, de um custo ser semifixo ou semivariável, ou seja, parte dele ser fixo apesar
do volume de produção. Esse é o caso da energia elétrica, que tem uma tarifa de utilização cobrada
mesmo sem consumo. A mão de obra tem salário fixo independente da produção, mas, em função
do volume de produção, pode exigir horas extras, as quais podem ser consideradas como custo
variável.
ELEMENTOS DO
CUSTO
Toda empresa, para controlar seus custos, precisa
detalhar seus gastos de forma a entender em que
etapa, com que atividade e com que frequência os
realiza. Por isso, além das classificações acerca do
volume de produção ou da relação direta ou
indireta com o produto, os custos também podem
ser classificados como custos primários, custos de
transformação e custos de fabricação.
Para saber a diferença entre eles, primeiro
precisamos aprender sobre os elementos de
custos e formação do custo de fabricação,
também conhecido como custo fabril.