Roteiro de Estudos 2 Contabilidade JR 2

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ROTEIRO DE ESTUDO 2

CONTABILIDADE PROF. JOSÉ RICARDO


Semana de 04 a 08 de MAIO

TURMAS: 2CA

Caro aluno, em tempos de Pandemia estará realizando estudo remoto até a normalização. Então
caminhemos juntos nesta nova realidade.

OBSERVAÇÃO: CASO A ATIVIDADE NECESSITE SER REALIZADA EM UMA FOLHA EM ANEXO (COMO
DESENHOS), ESTA PODE SER COLADA NO CADERNO OU GUARDADA EM PASTAS. BONS ESTUDOS!!!

Contabilidade de Custos
Capítulo 2 – Classificação de Custos

Conforme foi visto no capítulo anterior, a função da Contabilidade de Custos é fornecer aos
dirigente da empresa informações sobre:

 O custo total da produção;


 O custo real comparado ao custo esperado;
 O custo dos departamentos.

É importante notar que não se trata de três custos diferentes, mas de um mesmo valor
analisado de três ângulos diferentes. Suponhamos um custo total no valor de $ 500.000,00. Do
ponto de vista de custo de produção, ele será decomposto e analisado por produto; Do ponto
de vista de custo de departamento, ele será decomposto e analisado por departamento. Além
disso, esse custo será confrontado com o custo previsto (orçamento) pela empresa em seu
planejamento. Essas, possibilidades de análise fornecem ao administrador um amplo leque de
informações e maior segurança na condução dos negócios.

Assim, a partir do custo total de produção, pode-se obter o custo de cada produto ou de cada
departamento, decompondo-se o valor total pelos produtos ou pelos departamentos,
respectivamente.

Ocorre que, para o levantamento do custo da produção, a Contabilidade de Custos recebe um


volume bastante grande de informações de forma desordenada. Para que se tornem
utilizáveis, essas informações devem ser agrupadas de forma a permitir a identificação de um
custo de produção que seja o mais próximo possível da realidade.

As principais classificações utilizadas no agrupamento de informações estão relacionadas:

 Quanto à forma pela qual os materiais e serviços são aplicados na produção (custo
diretos e custos indiretos)
 Quanto ao volume de materiais e serviços empregado na produção (custos fixos e
custos variáveis)
 Quanto ao tipo dos materiais e serviços empregados na produção (materiais, mão de
obra e gastos gerais de produção)
 Quanto às etapas de produção (materiais, produtos em elaboração e produtos
acabados)
 Quanto ao período em que os custos ocorrem. (custo da produção do período, custo
da produção acabada do período e custo dos produtos vendidos).

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Essas classificações auxiliam na produção dos custos e podem ser usadas de acordo com a
necessidade de cada empresa. Do ponto de vista de registro contábil , em cada empresa, a
Contabilidade divide a conta Estoques em sub-contas adequadas suas necessidades no que se
refere a informações gerenciais e exigências fiscais. Assim, por exemplo a legislação fiscal
obriga que haja contas que registrem o custo da produção do período, mas não que estas
sejam subdivididas em outras que determinem o custo direto e indireto; Entretanto, essa
classificação é útil aos dirigentes da empresa, nada impedindo que se criem contas específicas.

CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS

Quanto à forma pela qual os materiais ou serviços podem ser aplicados na produção, os custos
classificam-se em diretos e indiretos.

Os custos diretos referem-se a materiais ou serviços cuja quantidade empregada no produto pode ser
identificada, bastando que haja uma medida de consumo. Essa medida de consumo pode ser fixada
em Kilogramas, litros, m2, m3, Kwh, H/h, etc.

Os custos indiretos referem-se a materiais e serviços cuja quantidade precisa aplicada em cada
produto não pode ser identificada. Para determinar o quanto foi empregado em cada produto é
necessário empregar um método estatítico ou matemático. Esse metido é conhecido contabilmente
como critério de rateio. Os custos indiretos, portanto, para serem distribuídos aos produtos, precisam
ser definidos anteriormente por rateio.

Note que a adoção de um critério de rateio sempre acarreta certa subjetividade para a distribuição de
custos. Tomemos o exemplo de uma confecção. Seus custos diretos seriam o tecido utilizado na
fabricação das roupas, pois é suficiente saber a metragem gasta em cada peça para identificar a
quantidade agregada à produção; A mão de obra das costureiras, cuja medida de consumo são as
horas trabalhadas. Se não houvesse como identificar o tempo de mão de obra gasta em cada peça, a
mão de obra seria um custo indireto.

Os custos indiretos seriam o aluguel do galpão onde a confecção está instalada, os gastos com
manutenção das máquinas de costura, entre outros.

Não é possível identificar quanto do aluguel correspondente a cada peça de roupa. Existe, portanto, a
necessidade de estabelecer um critério de rateio que determine esse custo. Esse critério poderá ser,
por exemplo, o de que o valor do aluguel alocada a cada peça de roupa seja proporcional ao valor da
matéria-prima empregada em cada uma delas.

CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS

Custo Fixos são aqueles que não dependem do voluma da produção, permanecendo inalterados com
seu aumento ou diminuição.

Custos Variáveis, ao contrário, são aqueles que dependem do volume da produção . À medida que a
produção aumenta, esses custos também aumentam; À medida que a produção diminui, eles também
diminuem. Existe, portanto, uma proporcionalidade entre o total dos custos variáveis e o total da
produção.
Suponhamos novamente uma confecção. Os custos variáveis seriam o tecido, as linhas de costura, os
botões, etc, utilizados na confecção das roupas, pois quanto maior for a produção, maior será a
utilização desses materiais.

O aluguel do galpão onde está instalada a confecção seria o custo fixo. Independentemente da
quantidade de roupas produzidas, o aluguel no fim do mês é o mesmo.

Pelos exemplos apresentados, podemos verificar que um custo poderá ser ao mesmo tempo direto e
variável, ou indireto e fixo, ou ainda, em alguns casos, indireto e variável. Ou, de outra forma, todos os
custos são diretos ou indiretos e fixos ou variáveis.

O conjunto de informação detalhadas que essas classificações proporcionam permite avaliar se os


objetivos da empresa em termos de custos estão sendo atingidos e se há necessidade de adotar
medidas corretivas. Vamos analisar um exemplo bem simples, mas que nos dá uma noção da
importância de dados. Suponhamos que uma empresa tenha de vender seu produto por $ 70.00 a
unidade para poder competir com empresas concorrentes. Após a venda de 100 unidades, constata-se
o seguinte resultado:

Vendas $ 7000,00

CPV ($ 8000,00)

Lucro Bruto ($ 1000,00)

O valor do custo é maior do que o das vendas, e o resultado é negativo, (prejuízo). É evidente que, se a
empresa deseja continuar concorrendo com os preços de mercado, são necessárias medidas
corretivas, e elas devem ser tomadas a partir da análise mais específica dos custos. Vamos verificar,
por exemplo, quais foram os custos fixos e variáveis unitários:

Vendas $ 70.00

Custos Fixos $ 10.00 CPV ($ 80.00)

Custos Variáveis $ 70.00 Prejuízo ($ 10.00)

Pela análise dos custos fixos e variáveis, nota-se que o problema se concentra nos variáveis, cujo valor
é igual ao preço de venda. Trata-se, então, de investigar porque os custos variáveis estão altos e
descobrir se estão ocorrendo desperdícios ou falhas em alguma etapa da produção. Nessa situação é
útil fazer comparações com o custo do mesmo do mesmo produto em períodos anteriores, para
detectar variações anormais. Só depois desse estudo a empresa poderá decidir se a fabricação do
produto é inviável ou se existem meios de diminuir o custo variável e, automaticamente, o CPV.

CUSTO DE MATERIAIS, MÃO DE OBRA E GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO

Essa classificação se dá em função da espécie, da natureza do material ou do serviço empregado na


produção.

Todos os gastos com materiais empregados no processo de fabricação representam um custo, sejam
eles principais ou secundários. Numa fábrica de móveis, temos:

 Material principal – madeira


 Materiais secundários – cola, pregos, fechaduras, etc,.
 Materiais de acabamento – lixas, verniz, etc.
 Materiais de embalagem – estrados, papelão, cintas plásticas, etc.

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O volume de alguns desses materiais empregados em cada produto (o da madeira, por exemplo) pode
ser identificado com precisão.

Mas há casos em essa identificação é muito difícil ou até impossível, como por exemplo o dos produtos
químicos empregados no tratamento das madeiras, uma vez que algumas delas necessitam de mais
tratamento que outras. No entanto os valores relativos a esses materiais, determinados diretamente
ou por rateio, devem ser agregados ao custo. Normalmente, os custos com materiais são diretos e
variáveis.

Todos os gastos com a mão de obra, ou seja, com o pessoal direta ou indiretamente envolvido na
produção, representam custos. Compõem o custo do produto, além do salário, os encargos
obrigatórios (FGTS, Previdência Social, 13º salário, férias, etc) e os benefícios que a empresa, por
liberalidade, venha a conceber a seus colaboradores (transporte, alimentação, moradia, assistência
médica, etc). Por pessoal indiretamente envolvido na produção, entende-se aquele cujo trabalho não é
possível quantificar por unidade produzida, como, por exemplo, o pessoal envolvido com a
manutenção das máquinas. A mão de obra direta é um custo direto e variável, e a indireta pode ser
um custo fixo ou variável.

Outros gastos de fabricação que contribuem para o processo produtivo devem ser agregados ao custo.
Normalmente, também envolvem o estabelecimento de um critério da rateio, quer seja para
determinar o que será custo e o que será considerado despesa, quer seja para distribuir esse valor
entre os diversos produtos elaborados. Veja alguns exemplos:

 Energia elétrica – implica o rateio entre a administração e a produção e, posteriormente, entre


os diversos bens produzidos;
 Materiais de manutenção – rateio entre os diversos bens produzidos ou agregação dos
respectivos valores do imobilizado, em tratando de reformas que impliquem aumento da vida
útil de um bem ou aprimoramento das condições de operação;
 Depreciação – separação entre a depreciação dos bens do imobilizado empregado na área
administrativa, cujo valor será agregado a despesa de depreciação, e dos bens empregados na
produção, cujo valor comporá o custo de produção.
Normalmente, os gastos gerais de fabricação são custos fixos e indiretos.

CUSTOS DE MATERIAIS EM ESTOQUE, DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO E DE PRODUTOS ACABADOS

Essa categoria compreende os custos segundo as etapas de produção.

O materiais em estoque são aqueles adquiridos pela empresa que ainda não sofreram qualquer
transformação decorrente do processo produtivo, foram simplesmente adquiridos e estocados. Nesse
caso esta classificação coincide com a anterior, feita em função da espécie do material.

Os produtos em elaboração (também denominados produtos em processo ou produtos semi-


acabados) são aqueles incluídos em qualquer estágio do processo produtivo da empresa, mas que
ainda não se encontram acabados.

Podem existir muitas fases de elaboração e todas elas precisam ser identificadas, pois, à medida que o
produto passa de uma fase para outra, maior volume de custos é agregado à ele. Além disso, ao
término de um período, os produtos que se encontram em elaboração devem ser transferidos para o
período seguinte com o mesmo valor.

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Os produtos acabados são aqueles prontos para venda. Devem ser estocados em lugares próprios até
o momento de serem vendidos.

O custo dos produtos acabados compreende todos os gastos realizados para sua elaboração até sua
conclusão . Qualquer gasto posterior relativo ao produto, como transporte, armazenagem etc, não é
considerado custo, mas sim despesa.

Há situações em que o mesmo produto pode ser considerado acabado ou em processo. Ocaso pode
ocorrer, por exemplo, numa indústria de papel. A celulose produzida pode ser vendida para terceiros;
Nesse caso, é considerada produto acabado, e seu custo, quando a venda ocorrer , deve ser
transferido para CPV. Pode, ainda, ser utilizada no processo de produção de papel; Nesse caso, é
produto em elaboração, e os custos decorrentes devem ser agregados ao processo.

Note também, que alguns serviços incluídos no processo produtivo não transitam pelos produtos em
estoque, sendo seus valores diretamente agregados ao produto em elaboração. É o caso, por exemplo,
da mão de obra, do aluguel, da depreciação, da energia. Normalmente, o estoque inicial se refere
somente aos materiais e aos custos a eles restritos.

Esquematicamente, podemos apresentar a relação entre os custos da seguinte forma:

Materiais Produtos Produtos

em ------------ em ----------- Acabados

Estoque Elaboração

Custo dos Custo de venda

outros
materiais bens

adquiridos e serviços

Custo dos

Produtos

Vendidos

CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO, CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA CUSTO DO PRODUTO VENDIDO.

Enquanto a classificação anterior leva em conta as etapas de produção, esta se baseia no


levantamento de custos de um determinado período. Esse período não é uniforme em todas as
empresas, mas para a maioria delas é de um mês. Oficialmente, a contabilidade deve fazer a apuração
de custos e apresentar as demonstrações financeiras ao final de cada exercício.

O custo da produção do período é a soma de todos os custos incorridos tempo determinado. Veja um
exemplo de custos incorridos no mês de maio de 20x1, a um volume de 70 unidades.

Materiais..............................................$ 1500,00

Mão de Obra........................................$ 700,00

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Outros custos.......................................$ 800,00

Total.....................................................$ 3000,00

O custo da produção do período, é de $ 3000,00. Note que a apuração do valor desse custo independe
do volume de produtos acabados ou em elaboração.

Uma vez determinado do custo da produção do período, ele é distribuído entre os produtos em
elaboração e acabados. No exemplo em questão, temos 30 unidades em elaboração e 40 acabadas, no
mês de maio. Vamos supor, então, que o custo da produção do período seja distribuído em um terço
para produtos em elaboração e dois terços para produtos acabados.

 Custo dos produtos em elaboração = 1/3 de $ 3000,00 = $ 1000,00


 Custo de produtos acabados = $ 2/3 de $ 3000,00 = $ 2000,00

É importante destacar que o custo da produção do período restringe-se aos gastos totais efetuados
para a confecção do produto em um limite de tempo específico. Isso significa que não se consideram
os custos de produção anteriores de produtos que já estavam em elaboração. Em nosso exemplo, se
algumas unidades passaram do mês de abril para maio em processo produtivo, apenas serão
considerados seus custos de maio.

O Custo da produção acabada do período engloba, como no próprio nome esclarece, os gastos
referentes à produção acabada no período.

Se a confecção do produto foi iniciada e concluída no período em questão, o custo da produção


acabada corresponderá ao custo da produção do período (caso todas as unidades sejam acabadas) ou
a uma parte deste (caso algumas unidades não sejam concluídas). Retomando o exemplo anterior,
vamos supor que todas as 70 unidades tenham começado a ser confeccionadas em maio:

 Se as 70 unidades forem concluídas, o custo da produção acabada será de $ 3000,00;


 Se apenas 40 unidades (2/3 da produção) forem concluídas, o custo da produção acabada será
de $ 2000,00.

Se existirem produtos acabados cuja produção começou em período anterior, o custo da produção
acabada deverá incluir também os custos anteriores. Vamos considerar novamente que, das 70
unidades produzidas em maio, 40 foram concluídas. Destas 40, 10% tinham sido iniciadas em abril de
20x1, a um custo de $ 270,00 . Ao custo da produção acabada em maio ($ 2000,00) adicionamos o de
abril, chegando ao total de $ 2270,00.

O custo do produto vendido reúne os custos de fabricação dos produtos que estão sendo vendidos.
Esses produtos podem ter sido produzidos no período ou qualquer outro anterior. Admitindo o custo
da produção acabada no mesmo exemplo, teremos:

 Custo da produção acabada (40 unidades).................................$ 2270,00


 Custo unitário: $ 56,75
 Considerando que as vendas do mês foram de 35 unidades, teremos:

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CPV = $ 56,75 x 35 unidades = $ 1986,25

As três últimas classificações apresentadas (tipo de material ou serviço / etapa de produção / período
de apuração), além de auxiliarem ao controle de custos, são necessários para o cumprimento da
legislação fiscal. Assim sendo, devem existir contas específicas para materiais, mão de obra e gastos
gerais de fabricação, produtos em elaboração, produtos acabados e custo do produto vendido. O
custo da produção do período e o da produção acabada são calculados a partir dessas contas.

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