Carta Do Leitor
Carta Do Leitor
Carta Do Leitor
À revista ISTOÉ,
Ricardo Pessoa
Como leitor, redija uma carta ao editor do site G1 manifestando sua opinião em
relação ao tema abordado na publicação “Vítimas de 'nude selfie' e 'sexting' na
internet dobram no Brasil, diz ONG”. Use até 15 linhas. Assine como Darci.
Maringá, 7 de julho de 2014.
Senhor editor do site G1,
Li a notícia recentemente publicada “Vítimas de 'nude
selfie' e 'sexting' na internet dobram no Brasil, diz ONG” e
confesso que fiquei perplexa com a grandiosidade deste
problema e por isso quero expor o quanto repudio a
exposição excessiva na internet. Vejo que essa prática de
postar fotos com pouca ou nenhuma roupa tem se tornado
banal. Não consigo entender como alguém pode trocar uma
frase de carinho por uma foto despido (a). É degradante
pensar que etapas são puladas e o acesso à intimidade é
imediato, representação clara da perda de valores da
geração atual.
Tenho uma filha, prezado editor, e procuro orientá-la quanto
a isso, para não sofrer consequências com o “sexting”, afinal
tão ou mais rápido que o compartilhamento de fotos alheias é
fim dos relacionamentos, os quais fazem a prova de amor de
outrora se tornar ferramenta de vingança. Considero
irresponsáveis esses jovens que trocam por mensagens o
futuro deles, o comprometimento de uma vida pessoal e
profissional. Sendo assim, ao mesmo tempo que me
entristece uma notícia como essa me causa nojo da
superficialidade e banalização do corpo e dos laços afetivos.
Sugiro-lhe publicar outras matérias a este respeito para
alertar dos riscos dessa exposição impensada.
O poder de validação
Stephen Kanitz
Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes
simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores,
chefes nem colegas de trabalho.
Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos
primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que
já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada,
da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte
tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente
sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro
desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria
muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um
pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais
a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir
esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando
mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão:
segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente
fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada
definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação",
embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação
estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é
verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar
alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real,
verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de
dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O
autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém
pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém.
Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".
Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo
que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma
grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de
validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar
todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não
temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar
que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e
cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos,
esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se
valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo
onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de
poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente
são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças
à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão
para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor,
precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar
alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora
certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um
"valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro
que você esteja.
Cartas do leitor
sobre o artigo de
Kanitz
O Poder da Validação
Caro Stephen Kanitz, Desejo felicitá-lo por seu artigo "O Poder da
Validação". Ofereço-lhe, assim, minha "validação", o meu "valeu"
pelo seu artigo tão bem interpretado, tão humanizador e tão
verdadeiro. Quem não precisa de uma palavra de apoio? Com
admiração, Joanita. (Embaixada do Brasil em Abidjan, Costa
do Marfim, Africa Ocidental)
Stephen, estou te validando hoje. Valeu, Stephen, valeu, seu artigo
na Veja, valeu, meu dedão está para cima... Abraços Nahor Boa
tarde!
Meus cumprimentos pelo artigo "O poder da validação" na revista Veja.
Acho importante um elogio bem colocado, desde que merecido, um apoio
para quem necessita, um estímulo, um incentivo para um talento escondido.
Faz parte da vida reconhecer coisas boas nas pessoas. Parabéns, Sr. Kanitz.
Valeu. Um dedão para cima para o senhor. Roberto J. G. Unger
Quem tem a sabedoria para escrever um artigo desse naipe, somente pode
se sentir inseguro pela própria condição de humano. Sou leitora de VEJA e
nunca me identifiquei tanto com um artigo, ao ponto, só para VALIDAR,
de enviar este e-mail, a fim de parabenizá-lo pela sensibilidade e visão real
do que é viver com qualidade. Acrescento mais: o ato e o hábito de validar
acaba tornando seguro não só quem foi validado, mas, igualmente, quem
valida, até porque acredito que retorna o que cada um irradia. Comigo é
assim. Eneida Dias de Miranda
Prezado Sr. Stephen Kanitz, É com um misto de prazer e admiração
que invisto alguns minutos do meu horário de almoço para, pela
primeira vez, parabenizá-lo por seus artigos na revista Veja. Não sei
se é uma feliz coincidência, mas não li, ainda, um artigo seu em que
não concordasse na íntegra; é sempre prazeiroso ler alguém que
"fala" de maneira tão clara e direta, sem o emprego de expressões e
palavras complicadas. Oxalá todos se expressassem de forma tão
direta e sem o uso de idéias e expressões tão complicadas apenas
com a itenção de mater o "status". Sou Administrador por formação
e me sinto muito orgulhoso por saber que pertenço a uma profissão
na qual o Sr. também faz parte. Obrigado por tornar a leitura de
uma página tão prazeirosa Sergio Kill
Sempre que tenho em mãos a Revista Veja , vou direto
ao súmario para saber se entre os colunistas da semana
consta o Ponto de Vista de Stephen Kanitz . Parabéns ,
adoro seus artigos , são humanos e nos leva a refletir
sobre nossa conduta e nosso comportamento. Obrigado ,
continue nos dando este prazer. Benedito Ronaldo da
Silva
Outros exemplos
Senhor Editor do Departamento de Cartas da Revista Superinteressante,
Na última edição da Revista Julho/2011 – onde fala sobre a meia
entrada para estudantes, acho válido algumas afirmações, mas não
concordo com outras. Afinal a venda de ingressos pela metade do preço
atrai mais pessoas, e isso acaba aumentando o lucro, apesar de ser 80%
o número de pagantes.
Por outro lado, os empresários responsáveis por esses locais deviriam
entrar em acordo para que pelo menos 50% pagasse meia e não 80%
como é atualmente, e a outra metade pagasse inteira, talvez isso
diminuía o prejuízo.
Mas também o empresário tem outras alternativas como elevar os
preços de serviços que são oferecidos pelo local, como Alimentação,
Estacionamento entre outros, isso ajuda a minimizar as consequência.
Bom isso é o que o penso sobre a meia entrada para os estudantes.
P.R.S.R, Maringá – Paraná
Arapongas, 05 de Julho de 2013.
Prezado Sr. Silva,
Como leitor assíduo da revisa Saúde, em primeiro lugar, venho
agradecer o benefício que os artigos publicados vêm proporcionando à
minha família. Muitas das dicas fornecidas, conseguimos colocar em
prática e, dessa forma, melhorando consideravelmente nosso bem estar.
No último número da revista, lemos uma matéria sobre os perigos que o
excesso de sal na alimentação podem provocar à nossa saúde. É fato que já
tínhamos algum conhecimento sobre o assunto, porém, não em detalhes.
Como nossa família está sempre em busca de uma vida mais saudável,
desejamos, também, colocar em prática algumas destas dicas.
Ocorre que o sal já faz parte de nossas vidas há tempos e não se
encontra com tanta facilidade receitas que não o utilizem. Sendo assim,
solicito a gentileza de, se puderem, publicar receitas de pratos onde
possamos substituir o sal por outras ervas ou condimentos que não
prejudiquem nossa saúde. Atenciosamente,
Leitor.
Vestibular inverno 2017 UEM
Contexto de produção: Você está em sua página pessoal de uma rede social quando, no
feed de notícias, depara-se com o texto “Idosos órfãos de filhos vivos são os novos
desvalidos do século XXI”, publicado na revista Pazes. O título desperta sua atenção,
pois você tem uma avó. Ao ler o texto, percebe que, assim como seus pais, você contribui
para a solidão dela. Você sente, então, que deve participar mais da vida de sua avó e
resolve escrever para a revista onde o texto foi publicado.
Comando de produção: Escreva uma CARTA DO LEITOR endereçada à revista Pazes,
comentando o texto “Idosos órfãos de filhos vivos são os novos desvalidos do século
XXI”, de Ana Fraiman (texto 1), relatando como era a relação de descaso, sua e de seus
familiares, para com sua avó e informando como pretende agir a fim de estabelecer um
“verdadeiro diálogo” com ela. Sua carta deve ter o mínimo de 10 e o máximo de 15
linhas. Não dê nome à sua avó, para manter a privacidade dela e de sua família. Assine
apenas como Leitor ou Leitora.
Maringá, 17 de julho de 2017
Ao senhor editor da revista Pazes,
Digno de aplausos o texto, de Ana Freiman, “Idosos órfãos de filhos vivos são os novos
desvalidos do século XXI”. Após ler a matéria, percebi a veracidade de seus argumentos, pois
durante os últimos meses venho colaborando junto aos meus pais a promover a solidão da
minha avó.
Percebi senhor editor, que durante esses mesmos preparei me exclusivamente para adentrar na
Universidade que tanto desejo comecei a adiar as visitas sempre solicitadas por minha avó,
mantive o vínculo apenas por meio de mensagens. Entretanto, estou disposta a mudar esse
relacionamento, evitando os excessos das aulas de biologia por exemplo. Porque agora vejo
como uma simples visita inesperada ou um pequeno café da tarde pode criar um verdadeiro
diálogo e transformar a solidão dela em felicidade.
Em razão disso, venho parabenizá-lo e solicitar mais textos que promovam a conscientização
de jovens e adultos sobre a importância do carinho e atenção com os idosos.
Atenciosamente,
Leitora
Proposta
http://www.cvu.uem.br/2008-EAD/uemEAD2008p2.pdf