HIV em Criança
HIV em Criança
HIV em Criança
- Inibir lactação imediatamente após o parto, utilizando-se cabergolina 1mg VO, em dose única (dois
comprimidos de 0,5mg VO), administrada antes da alta hospitalar
- A puérpera deve ter alta da maternidade com consulta agendada no serviço de saúde
especializado, para seu acompanhamento e o da criança.
MUDANÇAS NA
CONDUÇÃO DO RN EXPOSTO AO HIV
COLHER 1ª CARGA VIRAL
Coleta de CARGA VIRAL (CV) no RN exposto ao HIV, ainda na maternidade:
A primeira coleta de CV-HIV deve ser realizada imediatamente após o nascimento. O
exame deverá ser coletado através de punção periférica (não deve ser feita a coleta
de material de cordão umbilical), preferencialmente antes do início da profilaxia com
antirretrovirais. No entanto, a coleta não deve atrasar a administração dos
medicamentos.
Contraindicação de coleta de CV-HIV pelo peso – < 2500g (alto volume de sangue
necessário para a execução do exame)
MUDANÇAS NA
CONDUÇÃO DO RN EXPOSTO AO HIV
Iniciar a primeira dose do esquema profilático (preferencialmente
ainda na sala de parto), logo após os cuidados imediatos ou nas
primeiras 4 horas após o nascimento.
Classificação
BAIXO Uso de TARV desde 1ª metade da gestação E com carga viral
RISCO indetectável a partir do 3° trimestre E sem falha na adesão à TARV
ALTO Mães sem pré-natal; sem TARV durante a gestação; com indicação
RISCO para profilaxia no momento do parto e que não a receberam; com início
de TARV após 2ª metade da gestação; com infecção aguda pelo HIV
durante a gestação ou aleitamento; com CV-HIV detectável no 3º
trimestre, recebendo ou não TARV; sem CV-HIV conhecida; com teste
rápido HIV positivo no momento do parto sem diagnóstico e/ou
seguimento prévio
MUDANÇAS NA
CONDUÇÃO DO RN EXPOSTO AO HIV
2 – Definir esquema de acordo com a classificação de risco gestacional
3 – Prescrever esquema de acordo com classificação de risco e IG
Classificação Idade gestac Esquema Tempo de uso
BAIXO Uso de TARV desde 1ª metade da gestação e Qualquer IG AZT 28 dias
com carga viral indetectável a partir do 3°
RISCO
trimestre e sem falha na adesão à TARV
ALTO Mães sem pré-natal; sem TARV durante a ≥ 37 semanas AZT+3TC 28 dias
gestação; com indicação para profilaxia no
RISCO +RAL
momento do parto e que não a receberam;
com início de TARV após 2ª metade da 34-37 semanas AZT+3TC AZT+3TC 28 dias
gestação; com infecção aguda pelo HIV +NVP + NVP 14 dias
durante a gestação ou aleitamento; com CV-
HIV detectável no 3º trimestre, recebendo ou <34 semanas AZT 28 dias
não TARV; sem CV-HIV conhecida; com teste
rápido HIV positivo no momento do parto sem
diagnóstico e/ou seguimento prévio
MUDANÇAS NA
CONDUÇÃO DO RN EXPOSTO AO HIV
Zidovudina (AZT) Solução Oral 10mg/mL – administrado por 28 dias:
Uso isolado se classificação de Baixo Risco ou < 34 semanas IG
a) RN ≥ 35 semanas: 4mg/kg/dose, 12/12 h;
b) RN entre 30 e 35 semanas: 2mg/kg/dose de 12/12h por 14 dias e 3mg/kg/dose de 12/12h a partir do 15º dia;
c) RN < 30 semanas: 2mg/kg/dose, de 12/12h;
A dose do AZT intravenoso, quando necessária, é 75% da dose para uso oral, com o mesmo intervalo entre as doses.
Lamivudina (3TC) Solução Oral 10mg/mL – administrado por 28 dias:
RN ≥ 34 semanas: 2mg/kg/dose, de 12/12h.
A 3TC não pode ser administrada em crianças com idade gestacional abaixo de 34 semanas
Raltegravir (RAL) 100 mg granulado para suspensão oral – administrado por 28 dias:
RN ≥ 37 semanas: 1ª semana: 1,5 mg/kg 1x por dia; a partir da 2ª semana: 3 mg/kg 2 x por dia
O RAL não pode ser administrado em crianças com idade gestacional abaixo de 37 semanas
O RAL deve ser diluido em 10ml de água e administrado em ate 30 minutos após diluição (desprezar volume residual)
Nevirapina (NVP) Solução Oral 10mg/mL – administrado por 14 dias:
a) RN ≥ 34 e < 37 semanas: 1ª semana: NVP 4 mg/Kg por dose 2 x por dia; 2ª semana: 6 mg/Kg por dose 2 x por dia.
A NVP não pode ser administrada em crianças com idade gestacional abaixo de 34 semanas nem acima de 37 semanas
O PROTOCOLO DE REDUÇÃO DA TRANSMISSAO
VERTICAL DO HIV
Cuidados antes da alta:
É recomendado o alojamento conjunto em período integral, com o intuito de fortalecer o vínculo
mãe-filho.
Anotar no resumo de alta do RN as informações do pré-natal, as condições do nascimento, o
momento do início da profilaxia antirretroviral, dose utilizada, periodicidade e data de término,
além das mensurações antropométricas, tipo de alimento fornecido à criança e outras
informações importantes relativas ao parto. Essas informações deverão ser disponibilizadas ao
SAE e à UBS que acompanharão a criança e a puérpera. Atentar para as anotações feitas na
carteira do RN referentes a dados que remetam à exposição ao HIV (comprometendo o sigilo),
uma vez que se trata de um documento comumente manuseado pela família e algumas vezes
requerido no trabalho dos progenitores para liberação do salário-família e para frequência à
creche
A alta da maternidade é acompanhada de consulta agendada em serviço especializado SAE
PEDIATRICO – HOSPITAL MATERNO INFANTIL para seguimento de crianças expostas ao HIV. A
data da primeira consulta não deve ser superior a 15 dias a contar do nascimento
Preencher as fichas de notificação da criança exposta ao HIV
O PROTOCOLO DE REDUÇÃO DA TRANSMISSAO
VERTICAL DO HIV
O exame deverá ser coletado através de punção periférica (não deve ser feita a coleta de material de cordão
umbilical), preferencialmente antes do início da profilaxia com antirretrovirais. No entanto, a coleta não deve
atrasar a administração dos medicamentos
A exclusão definitiva do diagnóstico na criança é
baseada na presença de todos os critérios abaixo:
A) pelo menos duas CV-HIV indetectáveis obtidas após a suspensão da profilaxia
antirretroviral (sendo uma coletada com pelo menos 2 semanas e outra com
pelo menos 8 semanas após a suspensão);
B) boas condições clínicas, bom desenvolvimento neuropsicomotor e sem
evidência de déficit imunológico;
C) uma sorologia anti-HIV não reagente realizada depois de 12 meses de idade.
Na presença de não ocorrência de sororreversão nesta idade, deve se aguardar
até os 18 meses para nova coleta de anti-HIV.
A infecção pelo HIV pode ser excluída presumivelmente quando a criança não está
sendo amamentada, esteja assintomática e com imunidade normal, e com pelo
menos duas CV-HIV negativas, sendo uma coletada com pelo menos 2 semanas e
outra com pelo menos 8 semanas após o término da profilaxia antirretroviral.
A criança exposta ao HIV
A criança exposta ao HIV
Monitoramento de efeitos adversos devidos à exposição intrauterina e pós-natal aos ARV, bem
como na importância da identificação precoce das repercussões sistêmicas da infecção pelo HIV
Potencial de teratogenicidade e carcinogêse, além da farmacocinética e da toxicidade fetal
A avaliação clínica deve sempre conter o exame físico detalhado da criança, acompanhado da
observação dos sinais específicos do HIV: presença de linfonodos, alterações no perímetro
cefálico, retardo de crescimento e desenvolvimento, hepatoesplenomegalia, candidíase oral
e/ou genital e sinais clínicos de má formação congênita associada ao uso de ARV1
Toxicidade mitocondrial: O aumento transitório do lactato sérico pode ocorrer em crianças expostas aos
inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa; porém, não se sabe ao certo o seu significado clínico.
Convulsões febris: Foi também observado, em um estudo de coorte francesa, um aumento na taxa de
convulsões febris precoces em crianças não infectadas e expostas a ARV, cujo risco cumulativo foi de 11/1.000
(1,1%), comparado ao risco de 4,1/1.000 (0,4%) nas crianças do grupo sem exposição aos ARV.
Alterações cardíacas: As alterações cardíacas relacionadas à exposição aos ARV variam desde
miocardiopatia assintomática até quadros de insuficiência cardíaca grave.
Redução dos níveis séricos de insulina no RN: níveis de insulina foram inferiores aos do grupo controle;
porém, não se verificou diferença quanto à glicemia neonatal. Tais resultados podem ser explicados porque
alguns ARV diminuem a tolerância à glicose. Isso se dá pela secreção e/ou ação diminuída da insulina ou pelo
efeito tóxico direto desses agentes sobre as células betapancreáticas. O uso dos inibidores de protease tem
sido relacionado ao surgimento de intolerância à glicose e casos de diabetes.
(e) Coletar anti-HBs para verificar
soroconversão 30-60 dias após o
término de esquema de vacinação
com 3 doses. Crianças expostas ao
HIV devem realizar esquema
vacinal para hepatite B.
(f) Para as crianças cujas mães têm
exame reagente para o HTLV. Caso
reagente, encaminhar para serviço
especializado.
(g) Indicado para locais em que a
doença de Chagas é endêmica, ou
caso a mãe seja portadora.
(a) Sempre que houver dúvidas em relação ao estado de infecção da mãe (p. ex., crianças abandonadas ou mães sem documentação confiável em relação a seu estado
de infecção).
(b) Caso o resultado da sorologia seja positivo ou indeterminado, recomenda-se repetir exame.
(c) Em caso de CV-HIV detectável, repetir imediatamente o exame
(d) Sorologias para toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes simples.
Hemograma completo: O efeito adverso hematológico mais comum é a
anemia relacionada ao uso de AZT.
A interpretação das variações na contagem de LT-CD4+ deve ser cuidadosa, lembrando que
flutuações transitórias podem ocorrer devido a doenças comuns na infância, imunizações e métodos
laboratoriais. Dessa forma, recomenda-se repetir o exame de LT-CD4+ com pelo menos uma
semana de intervalo para confirmação dos valores. Se a criança apresentar infecção ou tiver sido
vacinada, o exame de LT-CD4+ deve ser repetido após um mês, pela possibilidade de ativação trans-
heteróloga
CLASSIFICAÇÃO
COMPORTAMENTO DA CARGA VIRAL
A dinâmica viral na história natural da infecção vertical pelo HIV é diferente
da observada no adulto.
A evolução da infecção pelo HIV é mais rápida em crianças do que em adultos; além
disso, os parâmetros (exames de LT-CD4+ e CV) parecem menos sensíveis para
predizer o risco de progressão e o benefício evidente do início imediato da TARV,
tanto em relação a desfechos clínicos quanto para a redução do processo
inflamatório e dos reservatórios virais
Não é necessário
aguardar resultado da
geotipagem para o início
da TARV
TARV
IP inibidor de protease: Atazanavir, Darunavir, Lopinavir, Ritonavir, Tipranavir
A maior experiência em pediatria é com AZT + 3TC, com dados de segurança bem documentados.
A associação preferencial de ITRN inclui AZT + 3TC, ABC + 3TC ou TDF + 3TC, conforme a faixa
etária
A associação ABC + 3TC tem se mostrado tão ou até mais potente do que AZT + 3TC.
Em casos graves, não se deve postergar a terapia na indisponibilidade ou atraso do resultado do exame.
Nesse caso, introduzir outro ITRN alternativo e, caso possível, fazer a troca para o ABC posteriormente.
Os inibidores de protease (IP) têm eficácia clínica, virológica e imunológica bem documentada e elevada
barreira genética. Na faixa de 14 dias a 24 meses, o LPV/r é o único IP disponível e indicado pela sua
segurança e eficácia
TRATAMENTO PARA CRIANÇAS VIVENDO COM HIV
DOLUTEGRAR
ABC deve ser iniciado após o resultado de HLA*B5701. A indisponibilidade do exame não deve postergar
o início de TARV, devendo ser realizado com esquemas alternativos.
Tenofovir - A partir de 35kg.
Dolutegravir – a partir de 20kg. Em crianças co-infectadas com TB não usar Dolutegravir
EFZ deve ser prescrito para aqueles indivíduos com genotipagem prévia sem resistência ao EFZ ou NVP.
Em contexto mundial, constata-se que a Nevirapina (NVP) Suspensão Oral
apresenta altas taxas de resistência e que o Raltegravir (RAL) 100 mg —
apresentação em grânulos para Suspensão Oral — dispõe de melhor eficácia e
barreira genética.
A imunorreconstituição que ocorre após o início da TARV e da supressão máxima da replicação viral
geralmente se instala de maneira rápida e a maioria das crianças experimenta uma excelente
resposta terapêutica.
Na SIR, as pessoas apresentam piora clínica, apesar do controle viral e da elevação da contagem de
LT-CD4+. Também podem apresentar infecções paradoxais ou processo inflamatório na vigência de
recuperação imunológica.
Estima-se sua ocorrência, em geral, em 10% a 20% das crianças com infecção pelo HIV que
iniciaram TARV. Parece variar de acordo com condições definidoras de aids (p. ex., a SIR ocorreu em
37,7% das pessoas com retinite por CMV, em 19,5% das pessoas com meningite por Criptococcus sp
e em 15,7% das pessoas com tuberculose).
Em crianças, as causas mais comuns de SIR são infecção por micobactéria (TB,
micobacteriose atípica) e vacina BCG
Síndrome inflamatória da reconstituição imune
A SIR pode ser de dois tipos.
SIR desmascarada - por se caracterizar por infecção oportunista oculta e subclínica, com
patógeno geralmente detectável.
CONDUTA: tratamento da infecção oportunista que se apresenta inicialmente de forma oculta
e depois subclínica é o recomendado e suficiente. As vezes, descontinuação temporária de
TARV pode ser necessária.
SIR paradoxal – caracteriza-se por recrudescência ou relapso de infecção tratada com sucesso
anteriormente e marcada ativação imune induzida por antígeno, com nenhum ou poucos patógenos
detectáveis. Pode apresentar-se com adenomegalias, febre, perda de peso e piora de sintomas
respiratórios e radiológicos.
CONDUTA: medidas anti-inflamatórias específicas (p. ex., antibioticoterapia na ocorrência de
infecções bacterianas). Casos leves: observação. Casos moderados: anti-inflamatórios não
hormonais. Casos graves corticosteroides, interrupção temporária da TARV e até ressecção
cirúrgica
Resposta incompleta à TARV
Qualquer das seguintes situações:
› Diminuição < 1 log 10 no número de cópias/mL de RNA-HIV após oito a 12 semanas de TARV;
Por outro lado, CV repetidamente detectada (≥ 500 cópias/mL) geralmente representa rebote e
falha virológica.
FALHA CLINICA: ocorrência de infecção oportunista e/ou outra
evidência clínica de progressão da doença após o início da TARV
A supressão viral é importante e deve ser considerada para troca de um ARV por toxicidade.
Os efeitos agudos podem estar relacionados com quaisquer ARV, apresentando- -se como
náusea, diarreia, cefaleia, exantemas (que podem ser mínimos, leves ou graves, como a
Síndrome de Stevens-Johnson), disfunção hepática (desde elevação de enzimas
assintomáticas até hepatite induzida por medicamentos) e reações alérgicas.
Caso esses efeitos sejam graves, os ARV devem ser descontinuados, com a reintrodução
gradativa de cada ARV suspeito.
EVENTOS ADVERSOS
Em um período mais longo, disfunções orgânicas específicas, complicações hematológicas e
distúrbios metabólicos podem ocorrer, incluindo toxicidade mitocondrial, perda mineral óssea,
lipodistrofia, aumento do colesterol e dos triglicerídeos, aumento da glicemia ou resistência
periférica à insulina.
Alteração do SNC, alteração da função renal, hepatite ou perda óssea podem ser tanto
atribuídos aos ARV como ao próprio HIV.
EVENTOS ADVERSOS
ITRNN
Nevirapina: exantema cutâneo, hepatite e SSJ; redução se iniciado com a metade da dose nas duas
primeiras semanas de uso; não pode ser usada em crianças com disfunção hepática ou com a administração c
oncomitante de outros medicamentos hepatotóxicos
ITRN
Abacavir: hipersensibilidade associada à presença do HLAB*5701 (reação fatal)
Tenofovir: alteração óssea (perda mineral óssea) e renal (proteinúria e hipofosfatemia - taxa de filtração glomerular
menor que 50 mL/min, na hipertensão descontrolada, diabetes ou falência renal não devem usar TDF)
AZT: lipoatrofia, neuropatia periférica, acidose láctica e toxicidade mitocondrial. Toxicidade de medula óssea,
causando anemia macrocítica e neutropenia – mais raramente, trombocitopenia ou supressão da medula óssea
com pancitopenia –, podendo afetar a recuperação dos níveis de LT-CD4+
3TC: geralmente é bem tolerado; entretanto, pode causar reações alérgicas e sintomas constitucionais.
EVENTOS ADVERSOS
IP lopinavir, ritonavir, darunavir - dislipidemia e lipodistrofia
II – mais seguros
Raltegravir:
Dolutegravir: não está recomendado para menores de 12 anos; seu uso pode estar associado a alterações de
enzimas hepáticas; contraindicação no período pré-concepção, pelo risco de malformação congênita
Dislipidemia
Na ocorrência de dislipidemia, realizar orientação para dietas especiais e um
programa de atividade física e exercícios.
Sem melhora em seis a 12 meses, indicam-se agentes hipolipemiantes ou
mudanças nos ARV
Síndrome lipodistrófica
caracterizada pela alteração da distribuição da gordura corporal e/ ou
distúrbios metabólicos. Existe menos conhecimento sobre lipodistrofia em
crianças
TDF em associação com 3TC e EFV podem levar a alteração da densidade mineral
óssea
A profilaxia por nove meses protege mais do que por seis meses em
pessoas que vivem com HIV, e a quantidade de doses tomadas é mais
importante do que o tempo de tratamento.
Assim, recomenda-se tomar 180 doses por seis a nove meses ou 270
doses por nove a 12 meses, com isoniazida (H) 10mg/kg/dia, VO, 1x/dia
(dose máxima: 300mg/dia)
Pneumonia por Pneumocystis jiroveci
Profilaxia primária Indicação: instituir TARV em crianças entre 4 e 6 semanas até
12 meses de idade; nas crianças entre 1 e 5 anos de idade, com contagem de
LT-CD4+ abaixo de 500 céls/mm3 ou menor que 15%; e nas crianças > 6 anos
de idade, com infecção comprovada e valor de LT-CD4+ abaixo de 200 céls/mm3
ou menor que 15%.
Profilaxia primária
Primeira escolha: Claritromicina 15mg/kg/dia, duas vezes ao dia; ou azitromicina
20mg/kg/dia, uma vez por semana.
Doença bacteriana invasiva
Profilaxia primária Indicada em caso de diagnóstico recente com estádio de aids
moderado/grave, até recuperação imunológica.
Citomegalovirose
Histoplasmose
Criptococose
Herpes vírus
Leishmaniose visceral
Profilaxia: somente secundária
Vacinas contra febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola (atenuados)l: Não deve
ser administrada nas crianças com categoria C (grave) ou imunodepressão grave
– que apresentem LT-CD4+ <15% em ≤ 5 anos e LT-CD4+ < 200 cel/mm3 para
os > 5 anos
Atende em média 350 pacientes por mês, na faixa etária de zero a 13 anos
incompletos; conta com duas infectopediatras, dois enfermeiros e quatro
atendentes
A experiência no SAE pediátrico (HUMI):
Fatores relacionados à transmissão vertical do HIV vs. desfecho clínico entre 183 pacientes acompanhados
em SAE pediátrico, São Luís, 2017-2018.
Variáveis n %
Tempo entre o nascimento e a 1° CV
Até 60 dias 71 41,0
> 60 dias 102 59,0
Tempo entre o nascimento e a 2° CV¹
Até 180 dias 116 67,4
> 180 dias 56 32,6
Sem 2° CV 21 10,4
Total 173 100,0
A experiência no SAE pediátrico (HUMI):
Definição do desfecho sorológico e tempo para diagnóstico de 173 pacientes atendidos no SAE-PED no
período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019
Variáveis n %
Desfecho sorológico¹
Negativo 161 93,1%
Positivo 12 6,9%
Tempo para diagnóstico
Demora no diagnóstico 109 63,0%
Diagnostico em tempo adequado 64 37,0%
Total 173 100%
A experiência no SAE pediátrico (HUMI):
Características demográficas de 105 crianças vivendo com HIV/aids atendidas em Hospital de Referência do
Maranhão. São Luís, Maranhão, 2020.
Variáveis n %
Sexo
Feminino 50 47,6
Masculino 55 52,3
Idade
Lactente (0 a 2 anos) 4 3,8
Pré-escolar (2 a 4 anos) 25 23,8
Escolar (5 a 10 anos) 55 52,3
Adolescente (11 a 13 anos incompletos) 32 30,4
Mesorregião maranhense de residência
Norte 76 72,3
Oeste 9 8,5
Centro 9 8,5
Leste 10 9,5
Sul 1 0,9
Total 105 100
A experiência no SAE pediátrico (HUMI):
Características epidemiológicas, Variáveis n %
clínicas e virológicas Idade da definição diagnóstica
Antes de 6 meses 33 31,4
Entre 6 e 18 meses 16 15,2
Após 18 meses 56 53,5
Modo de transmissão do HIV
Vertical 103 98,1
Adquirida 2 1,9
Classificação Clínica
N1 76 72,4
N2 6 5,7
N3 1 0,9
B1 17 16,2
B3 1 0,9
C1 4 3,8
Carga Viral (cópias/ml)
Menor que 50 65 62
Entre 50 e 1000 19 18
Maior que 1000 21 20
Total 105 100
A experiência no SAE pediátrico (HUMI):
Classificação imunológica de 105 crianças vivendo com HIV/aids atendidas em Hospital de Referência do
Maranhão. São Luís, Maranhão, 2020.
Classificação imunológica
1 2 3
(sem imunossupressão) (imunossupressão moderada) (imunossupressão grave)
Idade n % n % n %
< 12 meses - - - - - -
1 a 5 anos 26 24,7 2 1,9 1 0,9
6 a 12 anos 71 67,6 4 3,8 1 0,9
Total 97 92,3 6 5,7 2 1,8
A experiência no SAE pediátrico (HUMI):
Características terapêuticas de 105 crianças vivendo com HIV/aids atendidas em Hospital de Referência do
Maranhão. São Luís, Maranhão, 2020.
Variáveis n %
Nº de esquemas de TARV usados desde o diagnóstico
Um 54 51,4
Dois 42 40,0
Três 8 7,6
Quatro 1 0,9
Esquema ARV atual
2 ITRN + 1 IP 47 44,7
2 ITRN + 1 ITRNN 38 36,1
2 ITRN + 1 II 15 14,2
2 ITRN + 1 IP + 1 II ou 1 ITRNN 4 3,8
ITRN + 1 IP + 1 II 1 36,1
Motivos de troca da TARV
Resistência viral 47 77
Melhorar adesão 7 11,4
Efeitos adversos 4 6,5
Indisponibilidade na farmácia para dispensação 3 4,9
A experiência no SAE pediátrico (HUMI) é positiva – mas
temos que avançar muito ainda para garantir atenção integral
à criança vivendo com HIV conforme preconizado