Cópia Não Controlada: PR - MAT.012 Emissão: 01/06/2020 Versão: 1 Revisão: 23/02/2021 Página: 1 de 10
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012
PROTOCOLO DE
Emissão: 01/06/2020
PROFILAXIA DA
Versão: 1
TRANSMISSÃO
Revisão: 23/02/2021
VERTICAL DO HIV
Página: 1 de 10
1. INTRODUÇÃO
O HIV é uma doença que pode acometer todas as faixas etárias. Quando
acomete mulheres no período gestacional, pode resultar na transmissão vertical
para neonatos. A transmissão vertical pode ocorrer durante a gestação, parto ou
pós-parto, através do aleitamento materno. Sua ocorrência é estimada entre 20-
40%, dependendo da população estudada. A taxa pode ser reduzida para menos
de 1% com as intervenções médicas adequadas.
2. JUSTIFICATIVA
A
Padronizar na instituição as normas do Ministério da Saúde, visando a
D
excelência no atendimento e atingir o resultado planejado.
LA
3. OBJETIVOS
Redução da transmissão vertical do HIV <1%.
O
4. DEFINIÇÕES E CONCEITOS
TR
Infecção pelo HIV: o diagnóstico da infecção pelo HIV é baseado na
evidência laboratorial do vírus no sangue do paciente ou no desenvolvimento
de anticorpos anti HIV, após a exposição ao vírus.
N
O
5. RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS
O
Ã
Antes do parto, avaliar o resultado da carga viral de HIV coletada após a 34ª
semana de gestação.
C
Via de parto: se carga viral >1.000 cópias/mL, o parto deve ser cesariano;
se carga viral <1.000 cópias/mL, o parto pode ser vaginal.
Iniciar z i d o v u d i n a ( AZT) endovenosa n as gestantes HIV positivas com
carga viral detectável ou desconhecida: 2mg/Kg na primeira hora seguido
de infusão contínua de 1mg/Kg/hora;
Parto via vaginal: ao início do trabalho de parto até o clampeamento do
cordão umbilical;
Parto cesárea: iniciar 03 horas antes da cirurgia.
Em mulheres com CV-HIV <1.000 cópias/mL, mas DETECTÁVEL, pode ser
realizado parto vaginal, se não houver contraindicação obstétrica. No
entanto, o serviço deve estar ciente de que essa mulher tem indicação de
receber AZT intravenoso.
A (o) enfermeira (o) é responsável pelo preparo do AZT;
Gestante com carga viral indetectável após a 34ª semana de gestação, não
tem indicação de usar AZT endovenoso;
PONTO DE ATENÇÃO: AZT via oral deve ser utilizada apenas em situações
de indisponibilidade do AZT injetável no momento do parto (dose: 300mg de
zidovudina oral no começo do trabalho de parto ou na admissão, seguida de
300mg a cada três horas e suspender após o clampeamento do cordão
umbilical);
Durante o trabalho de parto ou no dia da cesárea programada, manter os
A
medicamentos antirretrovirais (ARV) orais utilizados pela gestante, nos
D
seus horários habituais, independentemente do jejum, ingeridos com
LA
pequena quantidade de água, inclusive durante o período de infusão
venosa da zidovudina (AZT);
Durante a gestação, trabalho de parto e parto, devem ser evitados o
O
recolhimento do sangue do cordão umbilical e de líquido amniótico, além
do uso de fórceps. No parto normal, deve-se evitar a episiotomia e o
TR
trabalho de parto deve ser monitorado usando gráfico de
acompanhamento da evolução (partograma), evitando toques vaginais
N
repetidos;
A amniocentese e a amniotomia não são aconselháveis, salvo condição
O
corpóreos;
A cesárea eletiva deve ser feita com 38 semanas completas para a gestante
A
A
D
5.3. Manejo no trabalho de parto pré-termo:
Se o TPP ocorrer antes de 34 semanas, a conduta expectante parece ser a
LA
mais adequada, em razão dos maiores riscos da prematuridade para o RN
do que aqueles devidos à TV do HIV e à tentativa de inibição do parto.
O
Orienta-se a introdução do AZT intravenoso materno concomitantemente à
inibição medicamentosa do parto, a investigação de causas infecciosas e
TR
seus respectivos tratamentos e o uso de corticosteroides para maturação
pulmonar quando indicado. Ao se conseguir a inibição do parto, o AZT
N
intravenoso deve ser descontinuado.
No caso de TPP em que se decida pela conduta ativa, recomenda-se
O
40 Kg 8 ml 92 ml 100 ml/h
PI
50 Kg 10 ml 90 ml 100 ml/h
60 Kg 12 ml 88 ml 100 ml/h
Ó
70 Kg 14 ml 86 ml 100 ml/h
C
80 Kg 16 ml 84 ml 100 ml/h
90 Kg 18 ml 82 ml 100 ml/h
100 Kg 20 ml 80 ml 100 ml/h
MANUTENÇÃO (1 mg/Kg/hora) EM INFUSÃO CONTÍNUA EM 3 HORAS
40 Kg 12 ml 238 ml 83 ml/h
50 Kg 15 ml 235 ml 83 ml/h
60 Kg 18 ml 232 ml 83 ml/h
70 Kg 21 ml 229 ml 83 ml/h
80 Kg 24 ml 226 ml 83 ml/h
90 Kg 27 ml 223 ml 83 ml/h
100 Kg 30 ml 220 ml 83 ml/h
A
imediatamente para banho em água corrente, estando contraindicado o
primeiro banho em banheiras pediátricas.
D
Se necessário, aspirar delicadamente as vias aéreas do RN, evitando
LA
traumatismos em mucosas.
Aspirar delicadamente o conteúdo gástrico de líquido amniótico (se
necessário) com sonda oral, evitando traumatismos. Se houver presença
O
de sangue, realizar lavagem gástrica com soro fisiológico.
Colocar o RN junto à mãe o mais breve possível.
TR
5.5. Classificação de risco de infecção de HIV:
N
O
C
O
Ã
N
A
PI
Ó
C
Neonato grave que não pode receber medicamentos por via oral ou sonda
orogástrica, a quimioprofilaxia indicada é apenas com AZT endovenoso;
Dada a possibilidade de ocorrência de anemia no recém-nascido em uso
de AZT, recomenda-se a realização de hemograma completo,
possibilitando avaliação prévia ao início da profilaxia e o monitoramento
após 6 e 16 semanas;
A
infectada ou não, terá direito a receber a fórmula láctea infantil, pelo menos,
até completar seis meses de idade. Esse prazo pode ser estendido conforme
D
avaliação de casos específicos. O aleitamento cruzado também é
LA
contraindicado.
O
notificação compulsória de criança exposta ao HIV.
TR
Tabela 2. Esquema de Profilaxia Neonatal
N
ANTI- VIA DE
POSOLOGIA DURAÇÃO
O
RETROVIRAL ADMINISTRAÇÃO
C
RN entre 30 e 35 semanas:
2mg/kg/dose, de 12/12h por 14 dias e
Ã
RN com menos de 30
ZIDOVUDINA
A
semanas: 2mg/kg/dose, de
(AZT) 12/12h.
PI
RN entre 30 e 35 semanas:
2mg/kg IV 12/12h nos primeiros 14
C
Endovenoso 4 semanas
dias de vida e 3 mg/kg/dose de 12/12h
a partir do 15º dia.
RN < 30 semanas: 2mg/kg IV 12/12h.
Psicologia:
Apoio com suporte psicológico para as pacientes e suas famílias, no
que refere especialmente ao HIV.
A
Núcleo de epidemiologia:
D
Toda gestante HIV positiva deverá ser notificada.
LA
Toda criança de gestante HIV positiva deverá ser notificada.
O
6. INDICADORES
TR
6.1 Taxa da Profilaxia em gestantes com HIV
N
O
C
O
Ã
N
A
PI
Ó
C
A
Interpretação A maior taxa obtida melhor será o indicador e melhor a profilaxia.
Fonte de Prontuário eletrônico
D
Dados
LA
Responsável Núcleo de vigilância epidemiológica.
pela Coleta de
Dados
Alimentação dos dados: diário
O
Periodicidade
Avaliação: mensalmente
Meta
Metodologia
TR
Cem por cento dos pacientes deveriam receber profilaxia.
Total de gestantes que durante o parto, usaram o AZT no tempo adequado x 100
de Cálculo Total de gestantes com HIV positivo
N
Númerador: total de gestantes que durante o parto foram prescritas AZT
Denominador: total de gestantes com diagnóstico de HIV positivo
O
Ação
Responsável Núcleo de vigilância epidemiológica.
Ã
pela
Divulgação
N
A
Categoria Indicador de processo
D
Unidade de Taxa de recém-nascidos que receberam profilaxia
Medida
LA
Interpretação A maior taxa obtida melhor será o indicador e melhor a profilaxia.
Fonte de Prontuário eletrônico
Dados
O
Responsável Núcleo de vigilância epidemiológica.
pela Coleta de
Dados
Alimentação dos dados: diário
TR
Periodicidade
Avaliação: mensalmente
N
Meta Cem por cento do recém-nascidos.
O
pela Análise
N
pela
Divulgação
Benchmark: Não aplicável.
Ó
7. FLUXOS
Admissão de gestante na
maternidade
A
D
Sim Não
LA
Realizar teste rápido HIV
O
Checar CV após 34 semanas de
gestação
TR
Se positivo Se negativo
N
<1000 cópias >1000 cópias ou
O
Seguimento de
Iniciar profilaxia TV:
rotina
O
-Gestante: AZT EV
-RN: AZT+3TC+RAL
Ã
oral
Orientações de profilaxia TV: -Via de parto: cesárea
N
-Suspender
- Gestante: Sem indicação de AZT EV aleitamento materno
-Via de parto pode ser vaginal
A
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A
crianças expostas ou vivendo com HIV.
D
9. ANEXOS/APÊNDICE
LA
9.1. Elaboradores do protocolo
O
Responsáveis Revisão Alteração
Flávia Mello 0
TR
Elaboração do documento.
Mirella Holanda 1 Inclusão da nota técnica do MS
02/2021.
N
O
C
O
Ã
N
A
PI
Ó
C