HANSENÍASE

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HANSENÍASE

2020.2
Hanseníase
Doença infecciosa crônica, antigamente
denominada como lepra.

Ao longo da história foi uma doença estigmatizadora


devido ao caráter contagioso e antiestético das
manifestações.

Doença infecciosa crônica causada pelo M. leprae.

Antigamente era denominada lepra.

Ao longo da história foi uma doença estigmatizadora


devido ao caráter contagioso e antiestético das
manifestações morfológicas.
Hanseníase e o mundo
O Brasil está entre os principais
países com maior número de
casos de hanseníase.

Cerca de 94% de todos os casos


latino-americanos estão no Brasil.
Hanseníase:
leprosários
Os leprosários ou gafarias ou lazarentos
eram colônias para onde eram destinadas
pessoas com Hanseníase, onde
permaneciam isoladas até a morte.

Alguns dotados de delegacia, cinema,


moeda própria, mas praticamente não
havia profissionais de saúde no
atendimento direto.

Acabaram desaparecendo, assim como a


polícia sanitária.
Hanseníase
• O mycobacterium leprae é o agente
causador da hanseníase.

• Descoberto em 1873 por Amauer Hansen.

• Seu único reservatório é o ser humano.

• Tem alto poder infectante e baixo poder


patogênico.

• Preferência pelas células da pele e


Amauer Hansen neurolemócitos.
(1841-1912)
Hanseníase:
a bactéria
É causada pela Mycobacterium leprae. Este
é classificado como bacilo, anaeróbico
obrigatório, gram-positivo.

Sua população tem crescimento muito mais


lento que o de outras bactérias. Tem alto
poder infectante e baixo poder patogênico.

Parasitam macrófagos e células dendríticas.

Seu único reservatório é o ser humano.


Apresentação da hanseníase
A hanseníase é classificada de
acordo com as características
clínicas.

• Indeterminada
• Tuberculoide
• Virchowiana
• Dimorfa
Hanseníase:
tipo indeterminada
Período de incubação de 2 a 5 anos;

Afeta apenas pequenos ramos nervosos


da pele;

Poucas áreas hipocrômicas e


hipoestésicas em qualquer segmento
corporal;

Evolui para cura ou para os outros tipos.


Hanseníase:
tipo tuberculoide

Algumas poucas lesões bem


definidas, assimétricas e
anestésicas e bordas papulosas;

O interior, hipocrômico, tende a


atrofiar e pode ficar descamativo.
Hanseníase:
tipo virchowiana
Geralmente inicia-se como indeterminada ou
como tuberculoide.

Ocorre difusão acentuada, maior nos


membros e na face.

Pele seca, brilhante, semelhante à tonalidade


do cobre.

Madarose e perda de pelos dos cílios.

Facies leonina.
Hanseníase:
tipo dimorfa
Grande variação nas manifestações;

Pode haver comprometimento cutâneo, nervoso


ou sistêmico;

Apresenta características da tuberculoide e


virchowiana;

Lesões assimétricas da face, das orelhas e


presença de lesões de pescoço e nuca são sinais
sugestivos da dimorfa.

Lesões nervosas precoces.


Hanseníase:
Manifestações

Além da pele, o mycobacterium


leprae tem preferência por nervos
finos e superficiais, levando a
outras manifestações, entre as
quais hipoestesia, paresia e
deformidades nas extremidades,
especialmente nas mãos.
Hanseníase:
Classificação
Outra forma de classificação da hanseníase, e que tem especial
importância para o tratamento é a de:

• Hanseníase paubacilar – poucos bacilos. Nela, há até 5 lesões na


pele;

• Hanseníase multibacilar: significa muitos bacilos. O paciente


apresenta mais de 5 lesões na pele.
Hanseníase

Hanseníase paubacilar Hanseníase multibacilar


Hanseníase:
Tratamento
O tratamento irá variar de acordo com o tipo de
hanseníase:

Paubacilar (poucos bacilos e até 5 manchas):


rifampicina (1x/mês) e dapsona (1x/dia) por 6
meses. Deve ir à unidade de saúde para tomar a
rifampicina e tomar a dapsona na frente do
profissional pelo menos uma vez.
Multibacilar (muitos bacilos e mais de 5 manchas):
rifampicina (1x/mês), dapsona (1x/dia/12 meses) e
clofazimina (1x/dia). Deve-se toma-los na frente do
profissional pelo menos uma vez.

Pessoas de convivência do paciente tomam BCG.


Hanseníase:
Tratamento

Cartela para hanseníase paubacilar Cartela para hanseníase multibacilar


Hanseníase:
Recomendação de filme
Yomeddine: em busca de um lar

Ano: 2019

Diretor: A B Shawky
Fisioterapia na hanseníase
Atenção a:

• Alterações sensoriais;
• Alterações motoras;
• Deformidades;
• Dificuldade em realizar tarefas.
Acometimento nervoso da hanseníase

Risco de ferimentos e
Fibras sensoriais
queimaduras

Rigidez, deformidade,
Fibras motoras
perda de força

Perda de lubrificação, da
Fibras autonômicas
sudorese, fissuras
Avaliação sensorial

Utilizam-se geralmente os
monofilamentos de Semmes-
Weinstein.

Podem ser utilizados um fio dental


e caneta esferográfica.
Nervo levantador da pálpebra:
Avaliação motora

Abrir os olhos
Ptose palpebral
Nervo trigêmeo:
Avaliação sensorial
Mão
Nervo radial:
Avaliação sensorial
O nervo radial é responsável pela
inervação aferente da região
dorsal da mão, do polegar à
metade radial do 4º dedo.

Também é responsável pela


inervação eferente do supinador e
extensores do punho e dos dedos.
Nervo radial:
Avaliação sensorial

Nervo radial
Nervo radial:
Avaliação motora
O nervo radial é responsável pela
inervação aferente da região
dorsal da mão, do polegar à
metade radial do 4º dedo.

Também é responsável pela


inervação eferente do supinador e
extensores do punho e dos dedos.
Nervo radial:
Avaliação motora
Nervo radial:
Avaliação motora
Nervo mediano:
Avaliação sensorial
Nervo mediano:
Avaliação motora
Abduzir o dedo I

Nervo mediano
Nervo mediano:
Avaliação motora

Mão em garra
Nervo ulnar:
Avaliação sensorial

Nervo ulnar
Nervo ulnar:
Avaliação motora
Estender o dedo V Abduzir o dedo V Abduzir o dedo II
Avaliação funções manuais básicas
Avaliação da força de preensão
Avaliação de funções manuais aplicadas
Nervo tibial posterior:
Avaliação sensorial
Nervo fibular profundo:
Avaliação sensorial

Nervo fibular profundo


Nervo fibular profundo:
Avaliação motora
Estender o hálux Estender os dedos Dorsifletir

Nervo fibular profundo Nervo fibular profundo Nervo fibular profundo


Nervo fibular superficial
Avaliação motora
Sequelas motoras

Pé caído Pés em garra


Fisioterapia no paciente com hanseníase:
Cinesioterapia/mecanoterapia
Fisioterapia no paciente com hanseníase:
Órteses
Fisioterapia no paciente com hanseníase:
Estimulação sensorial
Fisioterapia no paciente com hanseníase:
Adaptações

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