Hanseníase
Hanseníase
Hanseníase
É de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder
incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa.
Caracteristicas do bacilo:
Transmissão:
• Caroços ou inchaços, localizados principalmente nos cotovelos, nas mãos, no rosto e nas
orelhas.
• Espessamento de nervos;
• Dores e fisgadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas principalmente;
• Alguns casos podem se apresentar sem lesões na pele, é a chamada forma neural pura;
Estigma
• Antes que se descobrisse a cura da doença, os pacientes eram enviados a colônias isoladas,
chamadas leprosários.
Epidemiologia
• O parâmetro da Organização Mundial de Saúde classifica como baixa endemia quando existe
< 2 casos a cada 100.000 habitantes.
• Estima-se que uma parte dos casos de Hanseníase ainda não foram identificados, o que
denomina-se endemia oculta.
Casos novos de hanseníase em menores de 15 anos podem estar revelando que adultos que
convivem com os menores estão transmitindo a hanseníase e não foram diagnosticados e,
portanto, não recebem o tratamento e mantém ativa a cadeia de transmissão. É necessário
que se realize imediatamente a investigação epidemiológica do caso.
É de notificação compulsória
Transmissão
Patogenia
Apenas 10% da população que entra em contato com a pessoa multibacilar, sem
tratamento, pode desenvolver a hanseníase, por isso a doença é considerada de
baixa patogenicidade
Somente as formas multibacilares da doença são contagiosas.
Não é hereditária.
Período de incubação longo
Acomete a pele e nervos periféricos
Manchas ou lesões de pele com alteração de sensibilidade
Falhas de pelo e alteração na produção de suor na área afetada
Sensação de choque ou fisgada
Perda de força muscular
Exames de contatos
• Contatos intradomiciliares: pessoas que nos últimos 5 anos conviveram, no domicílio, com o
portador de hanseníase.
A Suspeição diagnóstica pode ser realizada por qualquer profissional , mas o Diagnóstico cabe
ao médico.
Tipos:
Hanseníase Indeterminada:
Mais frequentemente, manifesta-se por uma placa (mancha elevada em relação à pele
adjacente) totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e centro
claro (forma de anel ou círculo). Caracteriza-se, geralmente, por mostrar várias manchas de
pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia, ou
por múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda
externa é esmaecida (pouco definida). Há perda parcial a total da sensibilidade, com
diminuição de funções autonômicas (sudorese e vasorreflexia à histamina).
É a forma mais contagiosa da doença. O paciente virchowiano não apresenta manchas visíveis;
a pele apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada, cujos poros apresentam-se dilatados
(aspecto de “casca de laranja”), poupando geralmente couro cabeludo, axilas e o meio da
coluna lombar (áreas quentes).
Teste da sensibilidade dolorosa= Faça o teste da sensibilidade dolorosa utilizando uma agulha
de insulina. Encoste a ponta nas lesões de pele com uma leve pressão, tendo o cuidado de não
perfurar o paciente, nem provocar sangramento. Faça isso alternando área interna e externa à
lesão, observando expressão facial e queixa de respostas à picada. Certifique-se de que a
sensibilidade sentida é de dor através da manifestação de “ai!” ou retirada imediata da região
que é estimulada pela agulha. A insensibilidade (anestesia) ou sensibilidade diminuída
(hipoestesia) dentro da área de lesão confirma o diagnóstico.
Nervos mais acometidos pela doença: tibial, ulnar, mediano, trigêmeo, facial, auricular e radial.
• No início do tratamento
• Sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início
ou piora de queixas parestésicas
• Na alta do tratamento
Ela inclui:
• Inspeção
-Os critérios de graduação da força muscular podem ser expressos como forte, diminuída e
paralisada, ou de zero a cinco.
-Prevenção de incapacidades.
As reações hansênicas são fenômenos de aumento da atividade da doença, com piora clínica
que podem ocorrer de forma aguda antes, durante ou após o final do tratamento com a
poliquimioterapia. Pacientes com carga bacilar mais alta (virchowianos) geralmente
apresentam reações de início mais tardio, ou seja, no final ou logo após o término da PQT.
Essas reações resultam da inflamação aguda causada pela atuação do sistema imunológico do
hospedeiro que ataca o bacilo.
As características típicas dessa resposta são: edema, calor, rubor, dor e perda da função. Uma
vez que os bacilos da hanseníase afetam a pele e os nervos, as reações hansênicas cursam com
inflamação nesses lugares.
Baciloscopia
Efeitos do medicamento:
Após a primeira dose do tratamento, o paciente multibacilar na maioria das vezes deixa de
transmitir a doença. IMPORTANTE seguir tratamento até o fim.
Na infância:
Na gravidez:
Idoso:
Recidiva:
• É um novo adoecimento
• Lesões novas
• Ocorre anos após a cura
Busca ativa na comunidade e ações do ACS
Aspectos éticos
Pergunta-chave:
Tem “micoses” que nunca curam? Alguma área do corpo com falha de
pelos?
Tem “manchas de alergia” que não
coçam? Alguma área do corpo não gruda
pó?