Este documento discute alterações cromossômicas e engenharia genética. Apresenta as principais categorias de alterações cromossômicas (euploidia, aneuploidia e alterações estruturais) e síndromes associadas como a Síndrome de Down. Também explica técnicas de engenharia genética como endonucleases, transgênicos, clonagem e terapia gênica.
Este documento discute alterações cromossômicas e engenharia genética. Apresenta as principais categorias de alterações cromossômicas (euploidia, aneuploidia e alterações estruturais) e síndromes associadas como a Síndrome de Down. Também explica técnicas de engenharia genética como endonucleases, transgênicos, clonagem e terapia gênica.
Este documento discute alterações cromossômicas e engenharia genética. Apresenta as principais categorias de alterações cromossômicas (euploidia, aneuploidia e alterações estruturais) e síndromes associadas como a Síndrome de Down. Também explica técnicas de engenharia genética como endonucleases, transgênicos, clonagem e terapia gênica.
Este documento discute alterações cromossômicas e engenharia genética. Apresenta as principais categorias de alterações cromossômicas (euploidia, aneuploidia e alterações estruturais) e síndromes associadas como a Síndrome de Down. Também explica técnicas de engenharia genética como endonucleases, transgênicos, clonagem e terapia gênica.
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Alterações Cromossômicas e
Engenharia Genética
Revisão de Estudos de Biologia do CPCL
Por Eduardo Carneiro da Silva Falamos sobre a Meiose quando as coisas dão certo geralmente, mas não é sempre assim... • Apesar dos pontos de controle internos das células, as vezes escapam erros da divisão na cópia e divisão dos cromossomos, resultando mudanças no cariótipo. • Muitas vezes esses gametas se tornam inviáveis, seja na concepção (após ocorrer a fecundação) ou ainda dentro das gônadas (órgãos que produzem os gametas). • Dividimos essas alterações em 3 principais categorias, a Euploidia, a Aneuploidia e as Alterações Estruturais. Euploidia • Alterações do número de “conjunto” de cromossomos na célula (2n, 3n, 4n...), ocorre pela não separação dos cromossomos homólogos ou das cromátides irmãs durante a Metáfase I e II, respectivamente. • São alterações muito mais frequentes em plantas e muito raras em animais (geralmente nos humanos quando ocorrem resultam em má-formação embrionária e abortos espontâneos). Aneuploidia • Alterações do número de cromossomos que se restringe a um par deles. Ocorrem também na separação dos cromossomos homólogos ou das cromátides irmãs durante a Meiose I e II. • Se dividem em alterações supranumerárias (para menos) ou supernumerárias (para mais) sendo a mais frequente a trissomia de um conjunto de cromossomos. • A ocorrência em diferentes pares de cromossomo acarreta em diferentes síndromes, então veremos aqui as mais frequentemente citadas nos vestibulares: Síndrome de Down • A mais famosa alteração de aneuploidia em humanos (1 em cada 800 nascimentos), é causada pela trissomia do cromossomo 21. • Promove alterações esqueléticas, circulatórias, metabólicas e do desenvolvimento neuropsicomotor. Entretanto o acompanhamento médico especializado e a integração social contornam muitos obstáculos da síndrome e podem resultar em qualidade de vida e até maior independência para os portadores. • Curiosidade, também é conhecida algumas trissomias do 21 em outros animais, como gatos. Outras trissomias dos cromossomos autossômicos • Síndrome de Edwards – Trissomia do cromossomo 18, 1 em cada 6000. • Segunda Trissomia mais frequente em humanos, atrás apenas do Down. • Ocorre com mais frequência em meninas do que em meninos (3:1), acarreta em atraso do crescimento físico e mental, má formação grave do coração, crânio alongado na parte de trás entre outras alterações. • Síndrome de Patau – Trissomia do cromossomo 13, 1 em cada 10.000. • Causa anomalias acentuadas do desenvolvimento do sistema nervoso central, lábio leporino, má-formação cardíaca grave, diminuição ou ausência dos olhos, orelhas implantadas mais a baixo, polidactilia, entre outros. • Ambas acarretam malformações múltiplas e tão graves que a maioria dos indivíduos não sobrevive para além da infância, apesar de haverem raras as exceções (com ou sem mosaico genético). Alterações dos cromossomos sexuais • Os cromossomos sexuais (X e Y) também podem sofrer alterações de aneuploidia, sendo as mais comuns a síndrome de Turner (mulher XO), síndrome de Klinefelter (homem XXY) e síndrome de Jacobs (homem XYY). • Todas elas não afetam a expetativa de vida de forma significante, apesar de estudos correlacionarem tais alterações com questões comportamentais. Alterações Estruturais • Além das alterações numéricas nos cromossomos também temos casos em que as mudanças estão na transcrição dos genes, ou seja de trechos dos cromossomos, podendo mudar o tamanho e o formato deles. As alterações que temos nos cromossomos são: • Deleção – remoção de um trecho do cromossomo, resulta na perda de genes e redução do seu tamanho. • Duplicação – copia em duplicata de um trecho do cromossomo, aumentando o seu tamanho. • Inversão – o trecho transcrito é inserido na porção correta, entretanto no sentido contrário, mantem o tamanho do cromossomo, mas a alteração pode silenciar certos genes. • Translocação – parte de um cromossomo é inserida em outro cromossomo, alterando o tamanho dos dois (para mais e para menos). • Como a maior parte do DNA não é usada na transcrição mas sim para regular a atividade dos genes as alterações estruturais tem muitos efeitos imprevisíveis mesmo sabendo quais são os trechos alterados. Alterações Estruturais Perguntas do vestibular:
Qual é o provável gênero e
Complete as lacunas com o nome diagnóstico deste indivíduo? da alteração cromossômica. R: Homem – Síndrome de Klinefelter
• Qual a diferença entre euploidia e aneuploidia? Em que tipo de ser vivo a
Euploidia é mais frequente ocorrer e gerar indivíduos viáveis? R: Euploidia é o aumento do conjunto de cromossomos/ploidia, ou seja indivíduos com mais de 2 cópias de cada cromossomo na célula, enquanto que a aneuploidia é a alteração do número de um ou mais pares de cromossomos, seja para mais ou para menos. A euploidia é muito mais frequente nas plantas. Katniss mandando oi pra vocês antes de continuarmos a aula Engenharia Genética • Uma forma de biotecnologia (técnicas que permitem seleção, manipulação e modificação de organismos vivos ou parte deles). • Com o advento dos conhecimentos humanos sobre o DNA e como alterá-lo (enzimas e vírus) surgiram as técnicas de engenharia genética para modificar o material genético de células e organismos. Endonucleases • Enzimas capazes de “cortar” trechos do DNA no meio da sequência (prefixo “endo-”), são usadas para abrir o DNA e permitir a inseção de trechos contendo genes de interesse humano. • Usamos enzimas especializadas chamadas endonucleases/enzimas de restrição, que são capazes de realizar esse corte apenas em trechos com sequências de bases específicas, assim evita-se a quebra de sequências importantes no organismo modificado. • Principal forma de criação de transgênicos, tanto na alimentação quanto na produção de fármacos ou compostos biológicos e até mesmo para a biorremediação. Transgênicos • Organismos que recebem genes doados/encontrados em outras espécies, todo transgênico é um organismo geneticamente modificado (OGM), mas nem todo OGM é um transgênico. Para cria-los utiliza-se uma das seguintes técnicas: • DNA recombinante – Enzimas de restrição cortam o DNA enquanto DNA-ligases remendam utilizando trechos da sequência gênica introduzida. Usada para criar, por exemplo, bactérias com genes humanos para produzir insulina. • Biobalística – Inserção de trechos de DNA em microfragmentos metálicos que são atirados no núcleo das células, maior aplicação em vegetais para estudo. • CRISPR/CAS – Técnica baseada nos mecanismos de defesa de bactérias contra vírus, consiste em enzimas capazes de reconhecer determinados trechos de DNA e realizar a clivagem específica deles por conter um RNA guia (gRNA), sendo uma técnica muito promissora por ser relativamente simples e de baixo custo. Clonagem • Apesar de muito conhecida na ficção científica a clonagem já é real em laboratório (não como a imaginação postulou ainda...) • Consiste em transferir o núcleo de uma célula somática para um óvulo anucleado, gerando um embrião que possui o exato material genético que o indivíduo da célula somática. • Normalmente se faz usando 3 indivíduos, um que doa a célula somática, outro que doa o óvulo que receberá o núcleo e um terceiro (fêmea) que ira gestar o clono embrião. Clonagem Terapêutica • Ao invés de implantar o embrião clonado nesta técnica se cultiva in vitro as células para então separar determinados tecidos e cultivá-los ainda mais para formar tecidos e órgãos. • Grande atenção na área médica para tratamento de lesões ou de doenças (não genéticas), é uma forma de tratamento com células tronco. Terapia gênica • Modificação de genes “doentes” em células para expressarem proteínas saudáveis, normalmente por transplante de genes (se insere o gene correto para substituir o trecho com o gene existente). • Geralmente se utiliza um vírus seguro como vetor do gene para a sua inserção, podendo ser feito in vivo ou in vitro (coleta de células, cultivo em meio, inserção do vetor com o gene, transplante de volta ao indivíduo). • Apesar de já existir até mesmo medicamentos comercias com base nesta tecnologia seu uso ainda apresenta muitos obstáculos como controle e regulação dos efeitos além de barreiras ético-morais. Outras aplicações das tecnologias de engenharia genética • Exame de DNA • Extrai o DNA da amostra de interesse e a expõe a endonucleases para fragmentá-lo em pedaços (seletividade da endonuclease para uma sequência em particular de base), o DNA dos “suspeitos” é submetido ao mesmo tratamento e se avalia a semelhança do tamanho dos pedaços de DNA entre os suspeitos e a amostra. • Vacinas de RNA • Uso de mRNA direto ou em veículos (virais com mudança no material genético, ou nanopartículas lipídicas) para que o maquinário celular do indivíduo produza as proteínas para as quais se deseja produzir a imunidade. • Principal vantagem é o controle sobre a o que o corpo fará a imunidade (em oposição a qual parte do vírus atenuado ou do antígeno usado). Também temos a vantagem de não ser um vírus vivo, então é praticamente impossível a vacina se tornar um “novo surto”. • Por ser de RNA (que não entra no núcleo) o risco de “alterar o genoma” do paciente é praticamente 0. Eletroforese em gel de agarose PCR – Reação em Cadeia da Polimerase • Já havíamos falado anteriormente na aula de nucleotídeos e DNA. • Em resumo é a técnica de amplificar um trecho de DNA (ou RNA) de uma amostra para facilitar a detecção da mesma. • Usando enzimas de bactérias de fontes termais faz com que a reação ocorra em temperaturas mais elevadas, o que favorece a reação ocorrer muito mais rápido (a proteína não desnatura). • Detecção pode ocorrer tanto por reações químicas depois quanto pela marcação das bases nitrogenadas com fluroceínas (proteínas que emitem luz) para saber a sequência completa depois da transcrição. • https://www.youtube.com/watch?v=ViCYwjzBZGs Perguntas do vestibular:
Qual é o nome deste
procedimento? <= R: Terapia gênica
Qual dessas crianças não é de fato filho biológico
desta mulher com este homem apresentado acima? • (CESMAC/2016.2) A tecnologia do DNA recombinante permitiu a criação do milho Bt, resistente ao ataque de determinados tipos de insetos. Considerando que foi introduzido um gene da bactéria Bacillus thuringiensis, que promove na planta a produção de uma proteína tóxica aos insetos, mas inofensiva aos mamíferos, é correto afirmar que o milho Bt é resultado de técnica de? • R: Transgenia. Dúvidas?