A Aboboda
A Aboboda
A Aboboda
• Diabo
• Idolatria
• Fé
• Esperança
• Soberba
• Caridade
• Reis Magos
• Mestre Ouguet
• Frei Lourenço
• D. João I
RELAÇÕES ENTRE PERSONAGENS
• Narrador – Quanto à presença, é heterodiegético (ainda que adote a 1.ª pessoa do plural,
quando assume o seu relato): “Pela mesma porta da sacristia saíram logo as primeiras figuras
do auto, as quais, descendo ao longo da nave, subiram ao cadafalso pelas pranchas de que
fizemos menção”.
• Sentimento Nacional-– Manifestado na realização de um auto integrado nas tradições populares
portuguesas e no facto de D. João I declarar que nada que seja natural é “capaz de pôr espanto
em cavaleiros portugueses”.
IV. UM REI
CAVALEIRO
• Espaço – Sala dos aposentos reais do
mosteiro da batalha
• Tempo – Meio dia do dia 7 de Janeiro
de 1401
PERSONAGENS
• D.João I
• João das Regras
• Martim de Oçem
• Mestre Ouguet
• Frei Lourenço
• Afonso Domingues
Relação entre as personagens :
• D.João I/Afonso Domingues
• D.João I/João das Regras
• João das Regras/Afonso Domingues
MANIFESTAÇÕES SENTIMENTO
NACIONAL
• “E é disso que mais se dói mestre Afonso - interrompeu o prior. - A sua grande canseira é que
ninguém saberá continuar a edificação do mosteiro ou, como ele diz, prosseguir 715 a escritura do
seu livro de pedra, porque ninguém é capaz de entender o pensamento que o dirigiu na conceção
dele.”
• “- Vamos, bom cavaleiro - disse el-rei pondo-se em pé - , não haja entre nós doestos. O arquiteto do
Mosteiro de Santa Maria vale bem o seu fundador! Houve um dia em que nós 795 ambos fomos
pelejadores: eu tornei célebre o meu nome, a consciência mo diz, entre os príncipes do mundo,
porque segui avante por campos de batalha; ela vos dirá, também, que a vossa fama será perpétua,
havendo trocado a espada pela pena com que traçastes o desenho do grande monumento da
independência e da glória desta terra. Rei dos homens do aceso imaginar, não desprezeis o rei dos
melhores cavaleiros, os cavaleiros portugueses! Também 800 vós fostes um deles; e negar-vos-ei a
prosseguir na edificação desta memória, desta tradição de mármore, que há de recordar aos
vindouros a história de nossos feitos? “
MANIFESTAÇÕES SENTIMENTO
NACIONAL
• “Vencestes, senhor rei, vencestes!... A abóbada da casa capitular não ficará por terra. 815 Oh
meu Mosteiro da Batalha, sonho querido de quinze anos de vida entregues a cogitações, a mais
formosa das tuas imagens será realizada, será duradoura, como a pedra em que vou estampá-la!
Senhor rei, as nossas almas entendem-se: as únicas palavras harmoniosas e inteiramente suaves
que tenho ouvido há muitos anos são as que vos saíram da boca: só D. João I compreende
Afonso Domingues; porque só ele compreende a valia destas duas 820 palavras formosíssimas,
palavras de anjos: pátria e glória. A passada injúria, a vossos conselheiros a atribuí sempre, que
não a vós, posto que de vós, que éreis rei, me queixasse; varrê-la-ei da memória, como o
entalhador varre as lascas e a pedra moída pelo cinzel de cima do vulto que entalhou em
gárgula de cimalha rendada “
SÍNTESE DO CAPÍTULO
RECURSOS EXPRESSIVOS
• D. João I
• Martim Vasques
• Frei Lourenço
• Afonso Domingues
• Brites de Almeida
RELAÇÃO ENTRE AS PERSONAGENS
• Focalização omnisciente – “Tinham chegado àquele sítio a 5 de maio, e no seguinte dia el-rei
partira aforradamente para a Batalha, porque não se esquecera de que os quatro meses que
pedira a Afonso Domingues para alevantar a abóboda eram passados e fora avisado por Frei
Lourenço de que a obra estava acabada, mas que o arquiteto não quisera tirar os simples senão
na presença de el-rei.”
• Focalização externa – “El-rei, o prior e o arquiteto ainda se demoraram um pedaço, falando
acerca da obra e do que cumpria fazer no prosseguimento dela; mas o cego dissera o que quer
que fora, em voz baixa, ao rapaz que o acompanhava, o qual saíra imediatamente, e que só
voltou quando os três acabavam a conversação.”