Crónica D. João I
Crónica D. João I
Crónica D. João I
Painéis de São Vicente de Fora (c. 1470-1480), pintura a óleo atribuída a Nuno Gonçalves,
Museu Nacional de Arte Antiga.
• C. 1385-1459.
• Primeiro cronista oficial do reino.
• Guarda-mor da Torre do Tombo de 1418 a
1454.
• Origem: provavelmente popular ou
mesteiral.
• Educação: provavelmente numa escola
conventual;
autodidata; domínio do latim e do
castelhano.
• Funções na corte: escrivão de livros de
D. João I
e de D. Duarte; escrivão da puridade do
infante
D. Fernando. Pormenor dos Painéis de
São Vicente de Fora
• Nomeações: guarda das escrituras do representando Fernão
Tombo Lopes.
Genealogias da nobreza
+
Lendas da tradição europeia
Finalidades:
D. Pedro
D. D. Inês
I
Constança
D. Teresa
D. D. Lourenço
Leonor Fernando
Teles
D. D. D. D. João, Mestre de
Beatriz João Dinis Avis
Pretendentes ao trono
português
Etapas:
de Castela).
• 22 de outubro de 1383: morte de D. Fernando;
D. Leonor assume a regência; o rei de Castela
ambiciona o trono de Portugal.
• 6 de dezembro de 1383: o Mestre de Avis mata o
conde
Andeiro.
• De maio a setembro de 1384: guerra com Castela
cerco castelhano à cidade de Lisboa.
• 6 de abril de 1385: cortes de Coimbra o Mestre
de Avis
é aclamado rei de Portugal.
Jean de Wavrin, A Batalha de Aljubarrota, iluminura da Crónica de Grã-Bretanha (c. 1445).
4. As fontes de Fernão Lopes
• Crónica do Condestabre de Portugal (sobre D. Nuno Álvares
Pereira).
Objetivos:
Cronística régia
(promovida pela casa real)
D. João I.
1.ª Parte da Crónica de D. João I
Reinado de D. João I
Objetivo da crónica:
demonstrar a legitimidade da eleição régia determinada
pela vontade da população do reino.
Prólogo da Crónica de D. João I
• Importância da verdade.
• Distinção dos cronistas que o precederam.
«mundanall
Falsidade nos relatos
afeiçom»
«naturall
inclinaçom»
Exposição sobre o método do historiador:
consulta de numerosos testemunhos escritos;
análise das fontes, verificando quais são as mais
verdadeiras
pelo confronto de manuscritos e de documentação variada.
Prólogo do manuscrito da Crónica
de D. João I da Biblioteca
Nacional de Espanha
(século XVI).
Personagens
• Personagens individuais
Protagonistas:
Personagens complexas:
protagonizam cenas dramáticas;
confrontam-se e dialogam (diálogo).
• Personagens coletivas
Movimentos de massas:
Dramatismo/dinamismo
Afirmação da consciência coletiva
Invasão castelhana.
Ameaça para o reino
Perda de independência.
• Vivacidade
• Apelo visual
CARRIÇO, Lilaz (1990) – Literatura Prática — 10.º e 11.º anos de escolaridade. Porto: Porto
Editora.
CASTRO, Ivo (1991) – Curso de História da Língua Portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta.
FERREIRA, Maria Ema Tarracha (1988) – Poesia e Prosa Medievais, 2.ª ed. Lisboa: Editora
Ulisseia.
GOMES, Rita Costa (1995) – A Corte dos reis de Portugal no final da Idade Média. Lisboa:
Difel.
NUNES, Patrícia et alii (2008) – Enciclopédia do Estudante, vol. 10. Carnaxide: Santillana-
Constância, pp. 56-61.
REBELO, Luís Sousa (1983) – A concepção do Poder em Fernão Lopes. Lisboa: Livros
Horizonte.
SARAIVA, António José; LOPES, Óscar (1992) – História da Literatura Portuguesa, 16.ª ed.
Porto: Porto Editora.