Educação em Bioética Social - CNS 466.2012

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 17

Educação em Bioética Social e Direitos

Humanos
Resolução CNS 466/2012

Giovani M. Lunardi
Temas da Palestra:

- Bioética e Direitos Humanos


- Era dos Deveres versus Era dos Direitos
- Ética e Ciência
-Princípios Bioéticos
- Pesquisa em Seres Humanos, Animais e
Biossegurança
- Resolução 466/2012
- Plataforma Brasil
- Banco de dados genéticos, biométricos e
prontuários eletrônicos.
Era dos Deveres versus Era dos Direitos
Costumes, crenças, Tradições e Hábitos
Versus
Princípios racionais deontológicos e Teleológicos
-Ética, Moral e Direito:
-Direitos Individuais: vida, liberdade, propriedade;
-Direitos civis/políticos: Voto, liberdade de expressão;
-Direitos Sociais: Saúde, Educação, Trabalho, Segurança;
-Direitos Difusos: Paz, Meio Ambiente, Água;
-Direitos Coletivos: Mulheres, Negros, índios, Idosos, Sexuais,
Religião, etc,
-Direitos Bioéticos: clonagem, aborto, eutanásia, transgenia, etc.
-Direitos dos Animais.

Igualdade, tolerância, alteridade, diversidade, reconhecimento.


BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS

• Vivemos hoje, em uma sociedade com profundos


contrastes. Ao mesmo tempo, em que estamos com
um crescente desenvolvimento econômico e
tecnológico, temos ainda, profundas desigualdades
sociais com índices preocupantes de violência urbana
e social. Os aspectos econômicos e tecnológicos e os
problemas sociais, geram desafios a serem analisados
para o entendimento da nossa realidade. O alto
desenvolvimento científico impõe a tese de que é
necessário, independente de suas conotações morais.
BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS
• O universalismo que queremos • Art.1 A República Federativa
hoje é aquele que tenha como do Brasil,(...), constitui-se em
ponto em comum a dignidade Estado Democrático de Direito
humana. A partir daí, surgem
e tem como fundamentos:I-(...);
muitas diferenças que devem ser
respeitadas. Temos o direito de
II- (...); III- a dignidade da
sermos iguais quando a diferença pessoa humana; IV- (...); V-
nos inferioriza e o direito de (...).
sermos diferentes quando a Constituição da República
igualdade nos descaracteriza. Federativa do Brasil
Boaventura de Sousa dos Santos  
BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS

DIGNIDADE HUMANA
BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS
• Bioética – Ética da Vida. • Direitos Humanos –
O termo foi criado em
1971, no título do livro do Direitos Fundamentais
médico americano Van R. da pessoa Humana.
Potter, Bioethics, bridge Direito a Vida,
to the future, referindo-se
a uma nova área de
Liberdade, Igualdade,
investigação acesso a Saúde,
Questões referentes ao Educação,
Aborto, Eutanásia, Alimentação, à uma
Clonagem, Transgênicos
etc.
vida saudável.
BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS

PRINCIPIALISMO
O Congresso dos Estados Unidos, criou em 1974 uma Comissão
Nacional encarregada de identificar os princípios éticos básicos
que deveriam guiar a investigação em seres humanos pelas
ciências do comportamento e pela Biomedicina. Os trabalhos
foram concluídos em 1978 e publicados no chamado Relatório
Belmont. A partir deste Relatório os filósofos, Tom L. Beauchamp
e James F. Childress, criaram a teoria ética chamada de
PRINCIPIALISMO, baseada em 4 (quatro) princípios para
resolução de questões morais, exposta na sua obra Principles of
Biomedical Ethics de 1979. A obra está na sua quinta edição
americana, e a tradução portuguesa é da quarta edição de 2002.
BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS

A concepção PRINCIPIALISTA defendida por


Beauchamp e Childress baseia-se em quatro
princípios:
• Respeito à Autonomia,
• Beneficência,
• Não-Maleficência,
• Justiça.
BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS
• PRINCIPIALISMO:

- Reúne princípios Deontológicos (Déon - deveres) e Teleológicos


(Télos – Fins, resultados).

- Os princípios são Prima-Facie: não há entre os princípios qualquer


hierarquia, dado que num primeiro momento todos têm valor e devem
ser respeitados, mas na medida em que outras razões suficientemente
fortes exigem a adoção de um ou outro princípio, a “infração” pode
ser justificada.
Respeito à Autonomia
• A sua fundamentação está baseada na teoria de John Stuart Mill, da
qual o princípio empresta a noção de respeito às pessoas enquanto
indivíduos que buscam a realização de seus objetivos, desde que estes
não interfiram na vida de outras pessoas, e na idéia kantiana de que
se deve respeitar o ser humano como fim em si mesmo. O Princípio
do Respeito à Autonomia, na formulação negativa, exige que as ações
autônomas não devam ser controladas nem limitadas. Na formulação
positiva, exige que a autonomia das pessoas seja respeitada. O
consentimento informado, regra fundamental nas relações entre
pacientes e profissionais da saúde, é derivado do Princípio do
Respeito à Autonomia. Para que ele seja válido, são definidas
algumas condições que devem ser atendidas, como a competência da
pessoa e a compreensão sobre os procedimentos a serem realizados.
Princípio da Não-maleficência
• Princípio da Não-maleficência, possuidor de uma longa tradição na
área médica, pois tem suas origens no Juramento Hipocrático
seguido por todos os médicos. Dessa forma, apresenta-se como um
princípio de relevância na prática moral, já que serve como orientação
efetiva aos profissionais da saúde. Esse princípio exige que não se
cause dano ou mal às pessoas. ‘Dano’ é entendido como dano físico,
como a dor, morte ou incapacidade, porém, não nega a importância de
outros danos possíveis, como os mentais e aqueles que impedem a
realização dos interesses dos pacientes. Desse princípio pode-se inferir
regras como “não matar”, “não causar dor”, “não ofender”, que, assim
como os princípios, possuem validade prima facie. Os autores
discutem, a partir da formulação do Princípio da Não-maleficência,
critérios para a justificação do suicídio assistido, que se forem
atendidos, podem tornar essa prática moralmente aceita.
Princípio da Beneficência
• Esse princípio é decomposto em outros dois: o da beneficência, que
determina ações orientadas para a promoção do bem, e o da utilidade,
que requer um equilíbrio entre os benefícios e possíveis prejuízos de
uma determinada ação. As regras derivadas são formuladas
positivamente, de modo que a elas não cabem sanções quando não
cumpridas. O mesmo não acontece com as regras de não-maleficência,
que têm caráter proibitivo e possibilitam sanções legais. Um assunto
importante que se relaciona a esse princípio consiste na prática
paternalista, a qual é realizada a fim de beneficiar uma certa pessoa
com detrimento de sua autonomia. Como há diferentes graus possíveis
de se violar a autonomia de uma pessoa, há, também, formas mais fortes
ou mais fracas de paternalismo. Os autores defendem que o paternalismo
pode geralmente ser justificado quando os resultados a serem obtidos se
equilibram com os interesses do paciente, não havendo desrespeito à
autonomia deste.
Princípio da Justiça
• O conceito de ‘justiça’ é entendido como justiça distributiva, a qual se
relaciona a uma distribuição igual, eqüitativa e apropriada na
sociedade. O Princípio da Justiça é especificado em duas outras
elaborações, quais sejam, um princípio formal e outro material. O
primeiro baseia-se no princípio aristotélico de que os iguais devem ser
tratados igualmente e os desiguais devem ser tratados desigualmente.
O princípio da justiça material, por sua vez, justifica a distribuição
igual entre as pessoas mediante a satisfação de alguns critérios. Estes,
como mostram os autores, podem se dar sob diferentes aspectos,
como, por exemplo, a cada pessoa uma parte igual, a cada pessoa
segundo a necessidade, segundo o mérito, segundo o esforço ou
segundo as trocas de mercado. A posição de Beauchamp e Childress é
de que uma teoria que trata do princípio da justiça poderia
fundamenta-lo a partir de todas essas posições.
Conclusão sobre Príncipios
Bioéticos
• Embora o principialismo se depare com algumas dificuldades, não há
como negar que atualmente ele se constitui na teoria de maior aceitação
na ética biomédica. O fato de a teoria ser pluralista e poder ter um
movimento que lhe permite incluir novos princípios contribui para que ela seja
flexível frente aos avanços da ciência e as conseqüentes implicações éticas da
utilização da tecnologia, podendo se adaptar às mudanças e permanecer
coerente. É preciso lembrar que o principialismo surgiu como uma teoria da
bioética voltada, especialmente, para a ética biomédica. Mas o alcance dos
princípios fez do principialismo uma tentativa, de certa forma, bem sucedida.
Ao estendê-la a outras áreas da bioética, contudo, deve-se ter atenção quanto
às possibilidades de aplicação dos princípios, que como já foi dito, talvez
necessitassem ser complementados. Ainda assim, parece que não há outra
teoria capaz de formular guias de ação claros e suficientes para as práticas
médicas e para se pensar dilemas morais da bioética como o é o
principialismo, e esse é o maior mérito que deve ser reconhecido.  
Resolução CNS 196/1996

“Toda pesquisa - em qualquer área do conhecimento -


envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação
de um Comitê de Ética em Pesquisa”.

Toda pesquisa independente do seu nivél – graduação, TCC,


Monografia, Dissertação, Tese, relatório – deve ser submetido
ao CEP.

Pesquisa: classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou


contribuir para o conhecimento generalizável através do
manejo de informações ou materiais, corroborados por
métodos científicos aceitos de observação e inferência.
Plataforma Brasil
CEP
CONEP
-Povos indígenas
- Projeto Multicêntricos
- Projetos Internacionais
- Reprodução Humana
- Banco de Dados
http://aplicacao.saude.gov.br/plataformabrasil/login.jsf

Você também pode gostar