Aula 02 Clínica Médica: Dac / Iam / Angina / Arritmias / ICC Prof. Enf. Kelly Sales Zem

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AULA 02

CLÍNICA MÉDICA

DAC / IAM / ANGINA / ARRITMIAS /


ICC

PROF. ENF. KELLY SALES ZEM


OBJETIVOS

Compreender o mecanismo do IAM;

Descrever fatores de risco e Assistência de enfermagem ao


paciente com IAM;

Reconhecer sinais, sintomas na Angina Pectoris, IAM,


Arritmias Cardíacas, ICC e DAC.
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA
CORONARIANA
A DAC (Doença Aterosclerótica Coronariana) é a
doença que mais afeta as artérias coronárias. É o processo no
qual ocorre deposição em placas de substâncias gordurosas
(p.ex. colesterol, cálcio, colágeno, etc) ao longo da camada
interna dos vasos, estreitando progressivamente sua luz.
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA
CORONARIANA
A aterosclerose é classificada em 04 graus, de
acordo com a intensidade da obstrução arterial
encontrada.


Grau 1 = 25%;


Grau 2 = 50%;


Grau 3 = 75%;


Grau 4 = 100%
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA
CORONARIANA

O comprometimento da artéria
descendente anterior esquerda é
particularmente perigoso, pois
esta artéria nutre a maior parte
da massa miocárdica total.
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA
CORONARIANA
A combinação de diversos fatores de risco está
decisivamente envolvida no desenvolvimento da DAC!


Não-modificáveis: 
Modificáveis:

Idade e sexo; 
Diabetes;

Hereditariedade; 
Dieta e colesterol;

Estresse e Depressão;
*** TODOS estes fatores 
Hipertensão;
podem contribuir para 
Obesidade;
formação e progressão

Sedentarismo.
da DAC.

Tabagismo.
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA
CORONARIANA
Na DAC sintomática os pacientes apresentam
manifestações clínicas:

- DOR TORÁCICA (Angina Estável)


- SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS que
incluem:
- Angina Instável
- IAM
DOR TORÁCICA

Uma das principais queixas na admissão dos


Prontos Socorros: 4 milhões de
atendimentos/ano.

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e a Angina


Instável ocorrem em cerca de 10 a 20% dos
casos de dor torácica. Existem evidências de que
até 10% dos pacientes com dor torácica sejam
liberados dos serviços de emergência com IAM.
DOR TORÁCICA

“O tempo é primordial, pois a síndrome isquêmica


coronariana é tempo-dependente quanto ao
tratamento e sua morbimortalidade. Em oposição,
reconhecer e liberar de alta quem não tem
necessidade de internação, também é uma grande
desafio”.
DOR TORÁCICA

OU ANGINA PECTORIS
 É causada pela incapacidade do sangue em oxigenar e suprir as
necessidades do miocárdio.

A dor é contínua (duração inferior a 20 minutos) e pode ser estável ou


instável:

 ESTÁVEL: Aparece mediante esforços físicos e estresse (placa aterosclerótica


estável);
 INSTÁVEL: Ocorre subitamente durante o repouso (placa aterosclerótica instável
ou vulnerável).

É atenuada com uso de nitroglicerina e derivados.


DOR TORÁCICA
As causas de dor torácica são diversas. Estima-se que 16 a
22% dos pacientes com dor torácica tenham origem cardíaca.
De 36 a 49% com origem muscoesquelética e de 2 a 19% de
origem gastrointestinal.

Causas de dor torácica


Dor torácica de origem Dor torácica de origem não-cardíaca
cardíaca
Não-isquêmica Da parede do tórax
Isquêmica Pulmonar
Gastroesofágica
Psiquiátrica
Outras causas
DOR TORÁCICA

Dor torácica de origem cardíaca não-isquêmica:

- Pericardite: dor relacionada à respiração sendo pior na inspiração, ao


deitar ou deglutir. Pode surgir febre, mialgia. Precede a dor uma relato de
estado gripal.
DOR TORÁCICA

Dor torácica de origem cardíaca isquêmica:

- Pela sua freqüência e conseqüência, a dor de origem


isquêmica merece uma maior atenção. Ela pode ser um
sintoma da síndrome coronariana aguda.
ASPECTOS SEMIOLÓGICOS DA DOR
TORÁCICA

Qualidade: constritiva, tipo aperto, peso opressão, desconforto,


queimação, pontada;

Localização: precordial, retroesternal, ombro, epigástrio, cervical,


hemitórax, dorso;

Irradiação: MMSS, ombro, mandíbulas, pescoço, dorso, região


epigástrica;

Duração: segundos, minutos, horas e dias;


ASPECTOS SEMIOLÓGICOS DA DOR
TORÁCICA

Fatores desencadeantes: esforço físico, atividade sexual,


posição, alimentação, respiração, componente emocional,
espontânea;

Fatores de alívio: repouso, nitrato SL (sub-lingual),


analgésicos, alimentação, antiácido, posição, apnéia;

Sintomas associados: sudorese, náusea, vômito, palidez,


dispnéia, hemoptise, pré-síncope e síncope.
ASPECTOS SEMIOLÓGICOS DA DT

Fatores de risco: tabagismo, hiperlipidemia,


diabetes, hipertensão arterial sistêmica, história
familiar de DAC precoce (<55 anos nos homens e
<65 nas mulheres) e antecendentes pessoais de
DAC ou doença cerebrovascular.
ASPECTOS SEMIOLÓGICOS DA DT

Quadro clínico:
A dor é localizada geralmente na região
retroesternal, podendo irradiar-se para braços
esquerdo ou direito, pescoço, mandíbulas e
região interescapular;
A qualidade da dor é evidenciado como aperto,
pressão ou constrição dentro do peito.
CONDUTA E TRATAMENTO
Avaliação imediata < 10 minutos:

MOV:
- Monitorização: MCC (monitorização cardíaca contínua)+ PNI
(pressão não-invasiva) + OXIMETRIA;
- Oxigênio: oxigenioterapia por cateter de oxigênio a 3L/min.
- Veia: Acesso venoso periférico.
Anamnese e exame físico breves e direcionados;
ECG 12 derivações em até 10 minutos;
Marcadores de lesão miocárdica;
Cintilografia de perfusão miocárdica e teste ergométrico;
Ecocardiograma;
Uso de nitrato sublingual no papel diagnóstico.
CONDUTA E TRATAMENTO

ECG 12 derivações em até 10 minutos (realizado e interpretado):


todo o paciente com dor torácica de origem cardíaca!
Objetivo: identificação de alterações de origem cardíaca +
história relatada;

SCA suspeita: ECG seriado (0h – 3h – 09h).


Relato de dor torácica (DT)

1. Reconhecimento pelo enfermeiro da triagem


2. Encaminhamento para atendimento imediato
3. Repouso

Breve histórico considerando a dor


ECG em até 10 minutos

Exame físico dirigido

Interpretação do ECG em conjunto com a história e exame físico

DT não-sugestiva +
DT típica (sugestiva DT não-sugestiva
ECG c/alteração ou
de isquemia) DT intermitente, de isquemia +
DT sugestiva +
+ ECG c/alteração. piora aos esforços Ausência de fatores
ECG s/alteração.
Alteração de MNM + ECG c/ alteração. de risco e de
Conduta: UDT
Conduta: terapia de Conduta: Internação Alterações de ECG.
(unidade de dor
reperfusão. Conduta: alta
torácica)
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
(SCA)

Fisiopatologia:
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Epidemiologia:
- As mortes em ambiente pré-hospitalar são relacionadas a
arritmias (FV);
- A maioria das mortes ocorrem nas primeiras 04 horas após
início dos sintomas;
- Os óbitos intra-hospitalares são freqüentemente causados por
baixo débito cardíaco (ruptura cardíaca, ICC – insuficiência
cardíaca congestiva e choque cardiogênico), a maioria dos
quais nas primeiras 24 a 48 horas;
- A mortalidade está diretamente relacionada ao tamanho da
área infartada: LIMITE A ÁREA INFARTADA E
LIMITARÁ A MORTALIDADE!
CONDUTA E TRATAMENTO

Avaliação imediata < 10 minutos:


MOV:
- Monitorização: MCC + PNI + OXIMETRIA;
- Oxigênio: oxigenioterapia por cateter de oxigênio a 3L/min.
- Veia: Acesso venoso periférico.
Anamnese e exame físico breves e direcionados;
ECG 12 derivações em até 10 minutos;
Marcadores de lesão miocárdica;
Terapêutica trombolítica ou fibrinolítica;
Indicação de reperfusão.
CONDUTA e TRATAMENTO
Áreas de Isquemia
CONDUTA e TRATAMENTO
Intervenção farmacológica: visa, principalmente, diminuir o
consumo de oxigênio pelo miocárdio e retardar o
processo aterotrombótico de obstrução coronariana.

MONAB saúda a TODOS!


- MORFINA;
- OXIGÊNIO;
- NITRATO;
- ACIDO ACETILSALICÍLICO
- BETABLOQUEADOR.
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE MORTE OU INFARTO EM PACIENTES COM SCA
Característica ALTO: se o paciente MODERADO: se o paciente tiver BAIXO: Se o paciente não
tiver qualquer uma das qualquer uma das seguintes tiver nenhuma das
seguintes características características (exceto as do alto características de alto risco
risco) ou de risco moderado.
História >75 anos; 70-75 anos; Infarto prévio,
Dor progressiva; Doença vascular periférica, DM
Sintomas nas últimas (diabetes mellitus), cirurgia de RVM
48h (revascularização do miocárdio), uso
prévio de AAS
Dor Prolongada > 20min em Prolongada > 20min em repouso Angina nas 02 últimas
precordial repouso mas com alívio espontâneo ou semanas sem dor em
nitrato. repouso prolongada
(>20min)
Exame físico Edema pulmonar,
hipotensão, sopro mitral,
B3, bradicardia e
taquicardia
ECG Infra de ST (com ou sem Inversão de onda T, ondas Q Normal ou inalterado
angina), alteração patológicas durante o episódio da dor
dinâmica de ST, BRE ou
TV (taquicardia
ventricular) sustentada

Marcadores Acentuadamente Elevação discreta Normais


de lesão elevados
miocárdica
CONDUTA e TRATAMENTO
• Indicação de reperfusão: reestabelecer o fluxo coronário
= ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONARIANA
(ATC).
CONDUTA e TRATAMENTO
Terapia de reperfusão = ATC: é preferível em
pacientes com isquemia (IAM CSST ou
duvidoso), reinfarto, disfunção VE severa e
com anatomia favorável;

RVM (Revascularização do miocárdio): Falha na


ATC com persistência de dor ou instabilidade
hemodinâmica em pacientes com múltiplas lesões
(Triarterial = 03 artérias coronárias excluídas).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA
1. Providenciar realização de ECG de 12 derivações com
DII longo em menos de 10 minutos;
2. Realizar anamnese e exame físico direcionados: ausculta
pulmonar e cardíaca + estratificação de risco para morte
e IAM;
3. Assegurar MCC + PNI + Oximetria;
4. Instalar oxigenioterapia conforme prescrição médica
(cateter nasal 2 a 3 L/min);
5. Puncionar acesso venoso calibroso (de preferência 02);
6. Administrar terapia medicamentosa conforme
prescrição médica;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA
7. Assegurar coleta de marcadores de lesão miocárdica:
CK,CK-MB, Troponina e Mioglobina + hemograma,
provas de coagulação e bioquímica: glicemia, sódio,
potássio, uréia e creatinina;
8. Orientar paciente a permanecer em repouso absoluto no
leito;
9. Assegurar jejum absoluto;
10. Atentar e comunicar alterações no estado mental
(confusão, inquietação e desorientação), alterações nos
SSVV (hipotensão, hipertermia, taquicardia, bradicardia
e presença de arritmias ventriculares), controlar débito
urinário (>30ml/h), alterações na coloração e
temperatura cutânea, saturação < 90%;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA

11. Atentar e comunicar presença de sangramentos: palidez cutânea e


de mucosas, hematúria, melena, hematêmese (terapia com
fibrinolíticos);
12. Observar persistência ou recorrência dos sinais e sintomas de
isquemia: dor torácica, sudorese e hipotensão. Podem indicar a
extensão do infarto do miocárdio ou reoclusão do vaso coronário.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
ASSISTÊNCIA SECUNDÁRIA
1. Controlar rigorosamente os SSVV (sinais vitais) de 2/2h:
monitorização cardíaca contínua;
2. Registrar balanço hidroeletrolítico de 2/2h;
3. Observar e comunicar presença de sudorese, tontura, alteração do
nível de consciência, hipotensão e aumento da PA = Baixo débito
cardíaco;
4. Manter repouso absoluto ou relativo conforme quadro clínico;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
ASSISTÊNCIA SECUNDÁRIA
5. Controlar rigorosamente a infusão de drogas
fibrinolíticas, antiarrítmicas, vasoativas e sedativas;
6. Observar e comunicar presença de sangramento.
7.Realizar o rodízio da aplicação de anticoagulantes SC;
8.Realizar higiene corporal e oral;
9. Auxiliar na alimentação;
10. Orientar o paciente os procedimentos a serem realizados;
11.Fazer o histórico de enfermagem e exame físico para
elaboração do plano de cuidados.
COMPLICAÇÕES

• Edema agudo de pulmão;


• Choque cardiogênico;
• Arritmias cardíacas;
• Ruptura cardíaca;
• Disfunção de válvulas;
• Aneurisma Cardíaco;
• TEP (tromboembolismo pulmonar) e TVP (trombose venosa profunda);
• Insuficiência cardíaca congestiva (ICC);
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