Estrategia de Implementação Da Politica Da Juventude

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 25

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA JUVENTUDE E DESPORTO

ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA


DA JUVENTUDE

Nampula, 16 de Julho de 2014


2

ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
1. Introdução;
2. Elementos estratégicos (Visão, Missão, Princípios,
Valores E Objectivos);
3. Resultados Esperados;
4. Estratégia de Actuação do Governo;
5. Áreas Transversais: Saúde Sexual e Reprodutiva,
HIV e Sida, Género, Direitos Humanos e Ambiente;
6. Mecanismo de Financiamento;
7. Mecanismo de Implementação;
8. Monitoria e Avaliação
3

1. Introdução
A resolução nº 16/2013 de 31 de Dezembro que aprova a
Política estatui que a mesma seja implementada através de uma
estratégia, por essa razão foi elaborada a presente estratégia de
Implementação da Política da Juventude.

Esta visa em última instância, assegurar que a juventude


moçambicana tenha uma vida longa e saudável, assente no
trabalho digno, remuneração compatível e habitação condigna,
que resulta de uma sólida formação académica, técnico-
profissional e vocacional; uma cidadania orientada pelos mais
altos padrões éticos e morais da nossa sociedade.
4
2.ELEMENTOS ESTRATÉGICOS (VISÃO,
MISSÃO, PRINCÍPIOS, VALORES E
OBJECTIVOS)
a. VISÃO
Fazer da Juventude a faixa etária mais participativa da
sociedade no processo da construção da nação moçambicana.

b. MISSÃO
Definir os pressupostos operativos que assegurem a
participação efectiva da Juventude no processo do
desenvolvimento nacional, nas dimensões política, social e
económica.
5

Cont.

c. PRINCÍPIOS E VALORES
A Estratégia de implementação da Política da Juventude assenta
fundamentalmente nos princípios e valores salvaguardados na Constituição da
República de Moçambique, nomeadamente:
 a defesa da independência e da soberania;
a consolidação da Unidade Nacional;
a universalidade e igualdade;
a afirmação da identidade moçambicana, das suas tradições e dos demais
valores socioculturais;
a edificação de uma sociedade de justiça social e a criação do bem-estar
material, espiritual e de qualidade de vida dos cidadãos;
a igualdade do género;
a promoção do trabalho como instrumento principal para o desenvolvimento
individual e para o crescimento do País;
a promoção do desenvolvimento equilibrado, económico, social e regional do
País; entre outros.
6

d. Objectivo Estratégico

Definir a plataforma de implementação das


principais linhas de acção estratégica do
Governo e seus parceiros no domínio da
Juventude, no período de 2014-2023, com
vista a assegurar que esta camada
populacional tenha uma vida longa e
saudável.
7

3. Resultados Esperados
1. Estabelecidos os mecanismos que facilitam a participação efectiva e
integrada dos jovens de ambos os sexos, a todos os níveis, nos órgãos
de tomada de decisão e nos programas de desenvolvimento do País;
2. Movimento associativo juvenil desenvolvido e fortalecido, como
principal veículo na organização, mobilização e participação dos
jovens na vida da sociedade;
3. Potenciadas as capacidades de atendimento das questões da camada
juvenil por parte do Estado e da sociedade em geral;
4. Reduzido o índice de ITS /HIV e SIDA no seio da população jovem;
5. Incrementada a participação da Juventude e o número de iniciativas
juvenis nas áreas do desporto, turismo, arte, cultura e ciência e
tecnologia;
6. Criadas as oportunidades de emprego para jovens;
7. Criadas as condições para o fomento do empreendedorismo juvenil; e
8. Criadas as condições de habitação para o jovem.
8

5. Estratégia de actuação do Governo


Pilar I: Organização, Planificação e Enquadramento Jurídico da
Juventude:
Acções Estratégicas:
1.Produzir e actualizar a legislação sobre os assuntos da Juventude;
2. Realizar estudos, diagnósticos e programas sempre que se julgar
necessário;
3.Integrar os jovens nos Conselhos Consultivos Locais, nas Assembleias
Provinciais e Municipais, nos Conselhos Municipais e nos Governos
Provinciais e Distritais por forma a dar seu contributo;
4.Criar a base de dados integrada e desagregada para o registo dos
diversos programas e projectos da Juventude;
5.Estabelecer programas juvenis destinados a disseminação de informação
de interesse juvenil; e
6.Alocar recursos materiais e financeiros ao Conselho Nacional da
Juventude, Conselhos Provinciais e Distritais da Juventude.
9

Pilar II: Associativismo Juvenil


Acções Estratégicas:
1.Incrementar o processo de legalização das associações e ou grupos
juvenis com objectivo especifico atinente ao desenvolvimento dos demais
jovens;
2.Conceber e implementar programas de formação e capacitação
direccionadas a dirigentes e animadores juvenis, técnicos e gestores de
projectos de/para Juventude;
3.Estabelecer programas juvenis e fóruns multigeracionais locais que
estimulem a participação, integração e intervenção dos jovens;
4.Criar o Parlamento da Juventude Moçambicana;
5.Criar o Directório Nacional das associações legalizadas ao CNJ;
6.Realizar Encontros da Juventude em parceria com o CNJ;
7.Realizar fóruns de diálogo permanente com a Juventude.
10

Pilar III: Educação e Formação Profissional


Acções Estratégicas:
1.Desenvolver nos jovens o espirito de defesa da soberania e respeito pelos
símbolos nacionais;
2.Envolver os jovens nos programas de educação cívica e patriótica, com
vista a reforçar a unidade nacional, o amor à pátria, o dever de defesa da
pátria, a cultura de paz, cidadania, reconciliação nacional e a solidariedade;
3.Conceber e implementar cursos técnicos profissionais de curta, média e longa
duração nas seguintes áreas: agricultura, turismo, indústria e recursos minerais
que contribuam para a elevação das capacidades e habilidades dos jovens,
visando a sua inserção no mercado de emprego e auto-emprego;
4.Estabelecer quotas de participação da jovem mulher nos cursos técnicos e
profissionalizantes; e
5.Desenvolver oficinas de arte e cultura nas zonas suburbanas, de forma a dar
oportunidades aos jovens para uma formação que permita gerar rendimentos para
a sua sustentabilidade, através da sua criatividade
6.;.
11

Pilar IV: Emprego, Auto-Emprego e Empreendedorismo Juvenil


Acções Estratégicas:
1. Implementar programas e projectos agrários destinados aos jovens, em particular à
mulher jovem;
2. Desenvolver e implementar um fundo de garantia juvenil para o financiamento a
taxas acessíveis dos programas e projectos agrários da juventude;
3. Promover o associativismo agrário juvenil;
4. Priorizar a atribuição de DUATs para programas e projectos agrários de jovens;
5. Priorizar os programas e projectos agrários da juventude na provisão de produtos e
serviços de investigação e extensão públicas;
6. Conceber e implementar acções de formação e treinamento técnico profissional
que contribuam para a elevação das capacidades e habilidades dos jovens e
promovam o empreendedorismo agrário;
7. Criar uma legislação que regula e incentiva as empresas a permitirem o acesso ao
primeiro emprego dos jovens recém-graduados e portadores de deficiência;
8. Cobrar uma taxa sobre o consumo de álcool, tabaco e outras drogas para financiar
projectos de empreendedorismo juvenil; e
9. Realizar feiras provinciais e distritais juvenis para promoção do
empreendedorismo, emprego e auto-emprego.
12

Pilar V: Habitação
Acções Estratégicas:
1. Criar programas que estimulem o fomento de habitação
para jovens;
2. Conceder terrenos para habitação e empreendimentos
juvenis;
3. Incentivar a criação de cooperativas de habitação;
4. Construir casas para jovens usando material convencional e
tecnologias de baixo custo;
5. Incentivar a criação de empresas de fabrico de material de
construção;
6. Criar, em parceria com o sector privado, um crédito de
habitação para jovens. 
13

Pilar VI: Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informação


Acções Estratégicas:
1. Elaborar e implementar um programa nacional de acesso da rapariga às
TIC’s, investigação científica e transferência de tecnologia;
2. Envolver a juventude em programas de iniciação científica tecnológica;
3. Estabelecer centros informáticos locais e distritais;
4. Promover a inserção ou estágios dos jovens em empresas nacionais;
5. Garantir aos jovens, estágios em instituições de ensino superior ou de
investigação científica, dentro e fora do país, onde possam ter acesso a
laboratórios e instalações modernas;
6. Criar clubes juvenis de internet nas comunidades
7. Desenvolver em parceria com o sector privado, aplicações informáticas
e serviços correspondentes às necessidades específicas do
desenvolvimento da Juventude; e
8. Criar redes electrónicas e websites de organizações e associações
empenhadas no avanço da Juventude.
14

Pilar VII: Desporto, Cultura e Turismo


Acções Estratégicas:
1. Organizar e implementar torneios, campeonatos e festivais juvenis locais;
2. Estabelecer núcleos e programas que visem a promoção das artes plásticas,
artes cénicas, música, audiovisual, artes literárias e promover a cultura e o
hábito de leitura no seio da Juventude;
3. Criar programas culturais a nível das comunidades, visando a participação
de jovens na preservação do património cultural e das línguas nacionais;
4. Incentivar a organização de Feiras e Mercados culturais onde jovens podem
expor e comercializar os produtos de criação artística e cultural;
5. Criar pontos de manifestação de danças tradicionais, modernas e
artes cénicas envolvendo jovens, no roteiro turístico, em parceria
com o sector privado, de forma a criar oportunidade de
comercialização da cultura;
6. Incentivar a isenção de pagamento de publicidades relacionadas com
a divulgação e promoção de actividades de natureza cultural
promovidos por jovens sem fins lucrativos; e
7. Realizar acampamentos juvenis em coordenação com o CNJ.
15

Pilar VIII: Financiamento de Actividades da Juventude


Acções Estratégicas:
1.Criar o Fundo de Desenvolvimento da Juventude “FDJ” mediante a
inclusão dos Programas “PROJOVEM” e Fundo de Apoio a Iniciativas
juvenis “FAIJ” e outros fundos atinentes a juventude;
2.Descentralizar o FDJ, tendo representações a nivel central, provincial e
distrital;
3.Criar um comité/equipa técnica para a gestão dos fundos destinados aos
projectos juvenis nos distritos;
4.Criar incentivos fiscais para empresas que pretendam promover
investimentos em áreas de actividade cujos beneficiários sejam
maioritariamente adolescentes e jovens;
5.Estabelecer uma quota dos fundos públicos distritais que sejam geridos
pelos serviços distritais da juventude para financiar iniciativas juvenis; e
6.Estimular junto dos jovens a prática de caixas de poupança comunitária e
de crédito rotativo (vulgo Xitique).
16

Pilar IX: Cooperação e Solidariedade Juvenil

Acções Estratégicas:

1. Identificar oportunidades de cooperação nas áreas juvenis;


2. Participar nos fóruns e intercâmbios juvenis internacionais;
3. Criar redes para intercâmbios juvenis; e
4. Estabelecer a Agência Nacional do Voluntariado, bem
como as redes juvenis provinciais e distritais de
voluntários.
17

5. ÁREAS TRANSVERSAIS: SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA, HIV


e SIDA, GÉNERO, DIREITOS HUMANOS E AMBIENTE
Acções Estratégicas:
1.Rever e Implementar a Estratégia do Programa Geração BIZ (PGB);
2.Elevar o número de associações juvenis que lutam pelos direitos e integração da
jovem mulher e/ou lideradas por jovens raparigas,
3.Conceber e implementar programas e projectos de divulgação dos direitos
humanos, diálogo e respeito mútuo no seio dos jovens;
4.Priorizar investimentos e gastos públicos em áreas que estimulem o
“esverdeamento” dos sectores económicos e projectos de reciclagem que gerem
emprego sobretudo aos jovens;
5.Envolver os jovens nas novas abordagens de construção verde, planificação
urbana de baixo risco e sistemas de energia renovável no próprio local;
6.Promover projectos juvenis que se adaptem às mudanças climáticas
7.Incentivar a juventude à prática da agricultura de conservação resiliente ao
clima.
 
18

6. MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
O financiamento constitui um dos elementos principais e fundamentais para
a viabilização da presente Estratégia e materialização das actividades nela
preconizadas:
1.Orçamento do Estado;
2.Fundos resultantes de doações de parcerias público-privado;
3.Patrocínios e doações provenientes no âmbito da aplicação da Lei do
Mecenato;
4.Reembolsos provenientes do Fundo de Desenvolvimento da Juventude;
5.Taxas sobre impostos que sejam criados de actividades com impacto
negativo nos jovens, direccionadas para fins que contribuam na ocupação
sadia dos tempos livres e na reabilitação social da juventude;
6.Outras fontes de financiamento que venham a ser determinadas.
19

Impacto Orçamental
1. O impacto orçamental previsto é de
5.652.610.063,00 Meticais, para o decénio
2014-2023.

2. Para o presente ano de 2014, o impacto


orçamental da aplicação da Política e sua
Estratêgia é de 138.006.500,00 Meticais.
20

Distribuição do orçamento por pilares


11.760,00 ; 0% 256.086,19
17.750,00 ; 0% ; 4%
11.423,44 ; 0%
91.050,00 ; 2% Pilar I: Organização, Planificação e Enquadramento
41.800,00 ; 1% Jurídico da Juventude;
428.600,00 ;
8%
Pilar II: Associativismo Juvenil;

665.741,00 ; 12%
Pilar III: Educação e Formação Profissional;

Pilar IV: Emprego, Auto-Emprego e


Empreendedorismo Juvenil;

Pilar V: Habitação;

Pilar VI: Ciência, Tecnologia, Comunicação e


Informação;

Pilar VII: Desporto, Cultura e Turismo;


4.128.400 ; 73%

Pilar VIII: Financiamento da Juventude;

Pilar IX: Cooperação e Solidariedade Juvenil


21

7. MECANISMO DE IMPLEMENTAÇÃO
1. CIADAJ - Comité Intersectorial de Apoio ao
Desenvolvimento dos Adolescentes e Jovens
(CIADAJ) é o principal actor da Estratégia de
implementação junto dos Governos Central,
Provincial e Distrital e Municípios, incluindo o
Sector Privado, Parceiros de Cooperação
Nacional e Internacional e a Sociedade Civil em
geral,
2. O CNJ sendo a plataforma reconhecida de
diálogo entre a Juventude e Governo,
22

7. MECANISMO DE IMPLEMENTAÇÃO
3. SECTOR DA SAÚDE tem a responsabilidade de garantir que
jovens tenham acesso aos cuidados básicos e/ou primários de
saúde, advogar em prol de estratégias destinadas a redução dos
índices do HIV e SIDA, drogas, malária e outras doenças
endémicas;
4. SECTOR DA EDUCAÇÃO tem a responsabilidade de
desenvolver cursos profissionalizantes, orientados no saber,
saber ser, saber estar e saber fazer,
5. SECTOR DA AGRICULTURA cabe a missão de promover,
fortalecer, consolidar e expandir o envolvimento de jovens no
desenvolvimento do sector agrário,
6. SECTOR DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO está
encarregue promover a construção de habitação condigna a
preços acessíveis e padronização e redução dos custos de
produção de materiais de construção, compatíveis com a
capacidade financeira dos jovens
23

7. MECANISMO DE IMPLEMENTAÇÃO
7. SECTOR DO TURISMO cabe o desafio de criar roteiros
turísticos mais atractivos para jovens, promover a formação
de guias turísticos, dar apoio técnico e acompanhamento de
projectos de pousadas e parques de campismos juvenis;
8. OS GOVERNOS LOCAIS têm a responsabilidade de
assegurar que os investimentos públicos no domínio da
Juventude possam contribuir para a melhoria das
capacidades de empreendedorismo, de acesso a terra e fixar
uma cota de 20% de jovens nos órgãos de tomada de
decisão; e
9. SECTOR PRIVADO cabe o papel de dar o seu contributo
através da implementação de acções que promovam o
desenvolvimento harmonioso dos jovens, orçamentação de
programas de integração profissional e empresariais
destinados a jovens
24

8.MONITORIA E AVALIAÇAO
1. O GOVERNO deve submeter à Assembleia da República um
relatório anual de actividades na implementação da Política da
Juventude até 1 de Março de cada ano.
2. Monitoria anual das actividades e das metas associadas aos
indicadores de produto, através do Balanço do Plano Económico e
Social (BdPES) feito Trimestral, Semestral e anualmente, bem
como do Relatório de Execução Orçamental
3. CIADAJ terá as seguintes intervenções na implementação da
presente Estratégia:
a) Acompanhamento sistemático da implementação das
actividades dos diferentes sectores que integram o CIADAJ; e
b) Produção de relatórios analíticos que espelhem o
desenvolvimento das actividades dos sectores integrantes do
CIADAJ, agregando os dados em género e idade.
25

Muito Obrigado

Você também pode gostar