Apresentacao Elias - Oral

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 É́ um dos conceitos-chave para a compreensão do pensamento

CIVILIZAÇÃO eliasiano.
 Embora seja apropriação de um “termo nativo” (utilizado na
França e na Inglaterra, a partir do século XVI, principalmente) e
implique uma realidade específica, empiricamente observável,
 tal idéia é também uma abstração teórica, um modelo de
interpretação da história e da sociedade.
 Entendida como um processo e constituída a partir de uma rede de
interdependência funcional
 A idéia de civilização se apresenta ao pesquisador social como um
interessante instrumento teórico na medida em que convoca a
atenção para os detalhes da vida cotidiana numa perspectiva de
mudança social.
CIVILIZAÇÃO
Qual a sensação que temos de ouvir palavras como: cocô, xixi, vômito, meleca de nariz, catarro, lamber os dedos gordurosos, arrotar, peidar, comer com a
mão?
Nojo, incômodo, desconforto… essas sensações e emoções podem e são explicadas por Elias
Para isso devemos avaliar é a distinção entre Natureza e Cultura.
Para estabelecer esse par de oposição utilizamos a FOME
Fome é uma sensação comum a todos os seres humanos, afinal, precisamos consumir algo ara manter nosso corpo em funcionamento. Isso é da natureza
humana, pois é uma necessidade que nao conseguimos alterar.
Contudo, a fome de algo, o modo como você irá saciar a fome, demonstra muito do universo cultural aonde vc vai estar inserido.
Assim sendo: a fome está na dimens˜ào natural e a fome de algo está na dimensão cultiral.
Assim, todas as palavras que citei no in;icio demmonstram isso, todos precisamos ir ao banheiro, mas o modo como fazemos isso varia de cultura para
cultura e varia também o modo de como lidamos com esses fenômenos.
Se hoje sentimos nojo, aversão ou repulsa, é porque ocorreu o processo de civilização na sociedade ocidental.
Elias realizou um aprofundamento histórico, ou seja, resgatou a história da palavra CIVILIDADE, do francês “CIVILITÉ” para compreender os padrões
de comportamento e expressões da sensibilidade e emoções da sociedade ocidental.
Neste retroceso, ele encontra a origem da palavra em um tratado de Erasmo de roterdã de 1530, com o título “da Civilidade para crianças”. O livro chega
a ser cômico, ele contém nos seus 7 capitulos como alguém civilidado deveria se comportar nas mais diversas ocsiões: decoro com o corpo, em lugares
sagrados, em banquetes, reuniões, nos divertimentos e no quarto são os assuntos tratados neste livro.
CIVILIZAÇÃO
A idéia de Erasmo era transmitir alguns valores e comportamentos dados como civilizados para separar daqueles que considerados barbaros ou
incivilizados.
Esse texto ganhou tanta força e notoriedade que a palavra foi traduzida para outras linguas: civilité, civility, civilitá,

Logo, ser civilizado passou a ser considerado ter auto regulação e saber controlar seus impulsos.
A sociedade ocidental através da nobreza e do cristianosmo foi fundada nesses pilares de civilização. Todo indivíduo que nao se comporta de certa forma
é visto como incivilizado. É por isso que só ao pronuncias aquelas palavras incômodas, pode nos fazer ser vistos como incivilizados.

Certo, mas o que isso ajuda na sociologia? Ao fazer esse resgate das emoções humanas, Elias faz uma sociologia histórica, uma sociologia de longa
duração, pois procura no passado as origens no comportamento no presente.
Isso só se faz possível por conta de um outro conceito de Norbert Elias, o de Figuraçao ou configuração.
 A ‘figuração’ como conceito é para Elias uma
FIGURAÇÃO expressão da realidade, uma síntese de um processo
de apropriação da realidade social (PÉREZ, 1998),
ou seja, a ‘figuração’ é a apropriação num conceito
do tecido dos vínculos entre seres humanos que é a
realidade social mesma. A ‘figuração’ é um
instrumento conceitual que permite flexibilizar a
pressão social que obriga as pessoas e os sociólogos
a falarem e pensarem como se indivíduo e sociedade
fossem além de diferentes, antagônicos (PÉREZ,
1998). É então assim como Elias articula com este
conceito sua proposta sociológica, pois na
‘figuração’ aparece simultaneamente tanto a
sociedade quanto o indivíduo (PÉREZ, 1998).
Figuração
Elias afirma que tudo acontece através de um processo social.
Nada está pronto e nada surge do nada. Tudo que percebemos na sociedade de um processo social, ao pensar assim, conseguimos nos distanciar um pouco
do momento presente e vasculhar, ao longo da história, como chegamos até aqui.
Mas isso só se torna importante quando acreditamos que não existe o indivíduo isolado e nem a sociedade controladora, o que existe, segundo Elias é
uma FIGURAÇÃO ou configuração social, isso significa dizer que Elias quer perceber como certo conjunto de indivíduos, homens com outros homens,
se comportam.
CITAÇAO:
A sociedade é uma figuração constituída de numerosos indivíduos fundamentalmente interdependetes, ou seja, tributários dependentes uns dos outros.
Pensar através da noção configuraçao é perceber o individuo cuja margem de manobra é limitada por que vive com muitas outras pessoas que também
tem suas necessidades, estabelecem objetivos e tomam decisões”

Exemplo:
Jogo de poker: em um jogo desse caráter, as cartas que tenho na minha mão, as estratégias que crio e as esperanças tenho levam em consideração a de
todos os outros que também estão com cartas que tem estratégias e esperanças. Minha ação está limitada pela ação do outro.
O eu no tu
O tu no eu
E o nós no eu
PROCESSO CIVILIZADOR KRAUSS
Você já parou para pensar sobre qual a razão de pessoas se comportarem de maneiras específicas em contextos específicos? E esses comportamentos variam conforme o tempo e o espaço ou até mesmo
com a inserção de uma nova pessoa naquele grupo.

Você já parou para pensar porque você se alimenta do jeito que se alimenta, porque vc dorme do jeito que você dorme, porque você faz as coisas de uma forma compatível com uma determinada
coletividade?

É sobre essas e outras coisas que o grande sociólogo alemão contemporâneo Norbert Elias vai tratar. Um papo meio antropológico pensando numa análise sobre os comportamentos sociais à luz desse
gênio Norbert Elias.

Norbert Elias pode ser considerado sem sombra de dúvidas, um dos mais importantes sociólogos contemporâneos. Nasceu na Alemanha de origem judaica e precisou fugir durante a ascensão nazista,
tendo vivido na França na década de 30. viveu posteriormente na Inglaterra onde passou grande parte de sua vida. Seus estudos se destacam por analisar relações entre comportamento, poder, sistemas
educacionais, englobando aspectos de ordem psicológica e também histórica. As suas principais obras são O processo Civilizados e A sociedade dos indivíduos, onde ele apresenta a sua maneira inovadora
de compreender a relação entre indivíduos e sociedade.

Um dos passos principais para compreender o pensamento de Norbert Elias é a distinção que ele faz entre Natureza e Cultura. Natureza é aquilo que nasce conosco, são programações de ordem biológica,
fisiológica, coisas que a gente não pode virar uma chave e dizer, eu não vou fazer isso, exemplo: se alimentar, fazer necessidades fisiológicas, tipo urinar e defecar. Então são coisas que são da constituição
humana e operam na esfera da natureza.

Cultura é a forma específica que nós vamos dar resposta a essas necessidades fisiológicas, evidentemente, que cultura vai muito além disso, mas o que Elias quer dizer é que existem formas específicas de
responder as necessidades e, automaticamente, existem formas específicas e culturais de proceder nas mais variadas situações ou contextos sociais. O que Elias vai destacar como processo civilizador, é
justamente a adequação a um determinado padrão de comportamento, é uma inserção o indivíduo gradativa que ocorre dentro das suas relações e dentro de todas as referencias que ele tem e das
simbologias que ele encontra numa determinada sociedade.

O Elias inclusive ele revisita uma espécie de tratado sobre a civilização, uma cartilha direcionada para a formação de crianças, que foi produzida por Erasco de Roterdã lá no renascimento, essa obra que foi
produzida por Erasmo apresenta para a gente toda uma cartilha que foi elaborada por sociedades na Europa que detalhava o jeito certo e errado de fazer tudo (no sentar, no levantar, de cumprimentar, de
se portar a mesa, em determinadas ocasiões, num baile, como proceder quando alguém dirige a palavra a vocês, como responder) então já temos uma bastante complexa de comportamentos que já eram
passados para pessoas em formação (crianças e adolescentes).

O próprio Elias vai perceber que dentro das altas elites europeias esses manuais de etiqueta vão ser ensinados e cobrados e vai distinguir aquele grupo dos demais grupos da sociedade.

O que Elias percebe é que grupos específicos partilham comportamentos específicos, aí entra uma ideia dele muito importante que são as teias de interdependência. Elias ele acaba rejeitando as posições
apresentadas por Durkheim e Weber, no caso Durkheim, ele vai destacar que o coletivo exerce protagonismo sobre o indivíduo, já weber, o indivíduo, de certa forma, exerce protagonismo sobre o coletivo.
Para Elias, na verdade, ha uma grande troca nessas teias de interdependência. Então nós não estamos conectados diretamente com toda a sociedade, nós estamos conectados com pessoas específicas, que
seriam parte do elenco de nossas vidas, que pode variar, evidentemente. E a partir dessas trocas e dessa convivência que nós vamos adquirindo a nossa cultura. Essas teias de interdependência elas são
relações onde um partilha com o outro algum tipo de comportamento, algum tipo de conhecimento.

Ai que vem também um outro conceito importante dentro do pensamento de Elias que é o conceito de FIGURAÇÃO OU CONFIGURAÇÃO. Ele vai dizer que cada grupo possui a sua configuração porque nós
temos pessoas

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