Inquérito Policial

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INQUÉRITO

POLICIAL
ARTS. 4º a 23 do CPP.
SEGURANÇA PÚBLICA
• Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
• I - polícia federal;
• II - polícia rodoviária federal;
• III - polícia ferroviária federal;
• IV - polícias civis;
• V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
• VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.           (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de
2019)
• § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se a:"         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
• I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da
União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
• II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
• III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
• IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
• § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a
apuração de infrações penais, exceto as militares.
• § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em
lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
• § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal
da unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos
penais.            (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
• § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias
penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios.           
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
• § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis
pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
• § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção
de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
PERSECUÇÃO CRIMINAL
• APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS E SUA
RESPECTIVA AUTORIA COMPORTA DUAS
FASES:
• 1º)INQUÉRITO POLICIAL OU ATRAVÉS DO MP
(EXTRA JUDICIAL OU EXTRAJUDICIUM).
• 2º) FASE PROCESSUAL (JUDICIAL OU IN
JUDICIUM).
POLÍCIA JUDICIÁRIA E POLÍCIA
ADMINISTRATIVA
• POLÍCIA JUDICIÁRIA: ATUAÇÃO REPRESSIVA
(APÓS A INFRAÇÃO PENAL).

• POLÍCIA ADMINISTRATIVA OU DE
SEGURANÇA: CARÁTER EMINENTEMENTE
PREVENTIVO (ANTES DA INFRAÇÃO PENAL)
CONCEITO, FINALIDADE E NATUREZA DO
INQUÉRITO POLICIAL
• CONCEITO: PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,
PRELIMINAR (PRÉ PROCESSUAL), INQUISITÓRIO, DE
CARÁTER INFORMATIVO, PRESIDIDO PELO DELEGADO DE
POLÍCIA, NO INTUITO DE IDENTIFICAR O AUTOR DO ILÍCITO
E OS ELEMENTOS QUE ATESTEM A SUA MATERIALIDADE
(EXISTÊNCIA), CONTRIBUINDO PARA A FORMAÇÃO DA
OPINIÃO DELITIVA DO TITULAR DA AÇÃO PENAL.
• NAT. JURÍDICA: EMINENTEMENTE ADMINISTRATIVA,
DE CARÁTER INFORMATIVO, PREPARATÓRIO DA AÇÃO
PENAL.
INQUÉRITOS NÃO POLICIAIS
• INQUÉRITOS PARLAMENTARES;
• INQUÉRITOS POLICIAIS MILITARES;
• INQUÉRITO CIVIL;
• INQUÉRITO JUDICIAL;
• INQUÉRITO POR CRIMES PRATICADOS POR MAGISTRADOS OU
PROMOTORES;
• INVESTIGAÇÕES CONTRA AUTORIDADES QUE GOZAM DE FORO
POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO;
• INVESTIGAÇÕES PARTICULARES;
• INVESTIGAÇÕES A CARGO DO M.P.
• INVESTIGAÇÕES PELOS DEMAIS ÓRGÃOS PÚBLICOS.
PEÇAS INAUGURAIS DO IP
ART. 5º DO CPP
• APFD; TCO não é IP (lei 9099/95)
• REQUISIÇÕES;
• REQUERIMENTO - REPRESENTAÇÃO;
• PORTARIAS.
• OBS: ART. 5º, § 4º e 5º do CPP.
NOTITIA CRIMINIS
(NOTÍCIA DO CRIME)
• CONCEITO: É O CONHECIMENTO DADO À
AUTORIDADE POLICIAL, AO MEMBRO DO MP OU AO
MAGISTRADO, DE UM FATO APARENTEMENTE
CRIMINOSO.
ESPÉCIES DE NOTÍCIAS DO CRIME
• ESPONTÂNEA (COGNIÇÃO IMEDIATA): É O CONHECIMENTO
DIRETO DOS FATOS PELA AUTORIDADE POLICIAL OU ATRAVÉS DE
COMUNICAÇÃO INFORMAL. A DELAÇÃO APÓCRIFA OU NOTÍTIA CRIMINIS
INQUALIFICADA PODE DAR ENSEJO À INSTAURAÇÃO DO IP, DESDE QUE
VENHA ACOMPANHADA DE OUTROS ELEMENTOS DE PROVA.

• PROVOCADA (COGNIÇÃO MEDIATA) REQUISIÇÃO DO JUIZ OU DO


MP; REQUERIMENTO DA VÍTIMA; DELAÇÃO; REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA;
REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA.

• COERCITIVA : PODE SER TANTO ESPONTÂNEA COMO PROVOCADA,


DEVENDO SER APRESENTADA COM O INFRATOR PRESO EM FLAGRANTE.
PROVIDÊNCIAS: ARTS. 6º e 7º DO CPP
Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais;          (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;         
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste
Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.  (Incluído
pela Lei nº 13.257, de 2016)

•        
• Art. 7o  Para verificar a possibilidade de haver
a infração sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poderá proceder à
reprodução simulada dos fatos, desde que
esta não contrarie a moralidade ou a ordem
pública. (RECONSTITUIÇÃO DO CRIME).
• HAVENDO PRISÃO EM FLAGRANTE (ARTS. 8º E
301 a 310) DO CPP.
CARACTERÍSTICAS DO I.P.
• DISCRICIONARIEDADE: O DELEGADO CONDUZ AS INVESTIGAÇÕES
COMO MELHOR LHE PROUVER. SÓ NÃO PODE INDEFERIR A REALIZAÇÃO DO
EXAME DO CORPO DE DELITO, QUANDO A INFRAÇÃO DEIXAR VESTÍGIOS.
TEM QUE ATENDER ÀS REQUISIÇÕES DO JUIZ E DO MP.
• ESCRITO: (ART. 9º DO CPP): OS ATOS PRODUZIDOS ORALMENTE SERÃO
REDUZIDOS A TERMO.
• SIGILOSO: O INQUÉRITO NÃO COMPORTA PUBLICIDADE, SENDO
PROCEDIMENTO SIGILOSO. ARTS. 7º, XIII A XV E § 1º DA LEI 8.906/1994 –
ESTATUTO DA OAB. SÚMULA VINCULANTE, 14, STF.
• OFICIALIDADE: O DELEGADO DE POLÍCIA DE CARREIRA É A
AUTORIDADE QUE PRESIDE O I.P. ART 144,§ 4º DA CF.
• OFICIOSIDADE: NA AÇÃO P. INCONDICIONADA O DELEGADO ATUA DE
OFÍCIO. NA AÇÃO PENAL P. CONDICIONADA E NA AÇÃO PENAL PRIVADA A
AUTORIDADE DEPENDE DA PERMISSÃO DA VÍTIMA.
• INDISPONIBILIDADE: A PERSECUÇÃO CRIMINAL É DE
ORDEM PÚBLICA,E UMA VEZ INICIADO O I.P. NÃO PODE O
DELEGADO DE POLÍCIA DISPOR DO MESMO.
• INQUISITIVO: AS ATIVIDADES PERSECUTÓRIAS FICAM
CONCENTRADAS NAS MÃOS DE UMA ÚNICA AUTORIDADE E NÃO
HÁ OPORTUNIDADE PARA O EXERCÍCIO DO CONTRADITÓRIO OU
DA AMPLA DEFESA. EXCEÇÕES:
• AUTORITARIEDADE: O DELEGADO É AUTORIDADE
PÚBLICA. ART. 144 DA CF.
• DISPENSABILIDADE: O INQUÉRITO NÃO É IMPRESCINDÍVEL
PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL. ART. 12 DO CPP.
COMPETÊNCIA (ATRIBUIÇÃO)
• TERRITORIAL: A CIRCUNSCRIÇÃO EM QUE SE
CONSUMOU A INFRAÇÃO.
• MATERIAL: DELEGACIAS ESPECIALIZADAS.
• PESSOA: A FIGURA DA VÍTIMA.
PRAZOS
• ART. 10 DO CPP: REGRA GERAL: 10 DIAS PRESO, PRAZO ESTE
IMPRORROGÁVEL, E DE 30 DIAS (PRORROGÁVEL) SE O
AGENTE ESTIVER SOLTO.
• I.P A CARGO DA P.F. ART. 66 DA LEI Nº 5.010/1966 – 15 DIAS
PRESO E 30 DIAS (PRORROGÁVEL).
• CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR: 1º ART. DA LEI Nº
1.521/51 – 10 DIAS SOLTO OU PRESO.
• LEI ANTITÓXICOS: ART. 51 DA LEI Nº 11.343/2006 ACUSADO
PRESO 30 (DUPLICADO) OU 90 (DUPLICADO) SOLTO.
• INQ. MILITAR ART. 20, § 1º DO CPM. PRESO 20 DIAS E SOLTO
40 DIAS.
CONTAGEM DO PRAZO
• EXCLUI-SE O DIA DO COMEÇO E INCLUI-SE O
ÚLTIMO DIA, PARA O INDICIADO SOLTO (ART.
798, § 1º DO CPP)
• SE PRESO, O DIA DA PRISÃO JÁ É COMPUTADO
NO PRAZO (ART. 10 DO CP).
VALOR PROBATÓRIO DO I.P.
• RELATIVO. CARECE DE CONFIRMAÇÃO POR OUTROS ELEMENTOS
COLHIDOS DURANTE A INSTRUÇÃO PROCESSUAL.
• PARA TER VALOR PROBATÓRIO, É PRECISO QUE SEJA
REALIZADO SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO E
AMPLA DEFESA.
• AS PROVAS CAUTELARES OU IRREPETÍVEIS GANHAM
VERDADEIRO STATUS DE PROVA NA FASE PROCESSUAL
(CONTRADITÓRIO DIFERIDO OU POSTERGADO).
• JÁ A PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA DEVE
TRAMITAR PERANTE O MAGISTRADO, COMO A
PRESENÇA DAS FUTURAS PARTES, PARA GANHAR SEU
VALOR PROBATÓRIO.
VÍCIOS
• SENDO O INQUÉRITO DISPENSÁVEL, ALGO QUE NÃO
É ESSENCIAL AO PROCESSO, NÃO TEM OCONDÃO
DE, UMA VEZ VICIADO, CONTAMINAR A AÇÃO
PENAL.
• CONTUDO, CASO A INICIAL ACUSATÓRIA ESTEJA
EMBASADA TÃO SOMENTE EM INQUÉRITO
VICIADO, DEVERÁ SER REJEITADA POR FALTA DE
JUSTA CAUSA, PELA AUSÊNCIA DE LASTRO
PROBATÓRIO MÍNIMO E IDÔNEO AO INÍCIO DO
PROCESSO (ART. 395, III DO CPP).
INCOMUNICABILIDADE
• Art. 21.  A incomunicabilidade do indiciado
dependerá sempre de despacho nos autos e
somente será permitida quando o interesse da
sociedade ou a conveniência da investigação o
exigir. (NÃO FOI RECEPCIONADO PELA CF)
INDICIAMENTO
• É A CIENTIFICAÇÃO AO SUSPEITO A RESPEITO
DO FATO OBJETO DAS INVESTIGAÇÕES. TRATA-
SE DE ATO PRIVATIVO DA AUTORIDADE
POLICIAL, NOS TERMOS DA LEI Nº
12.830/2013.
• É POSSÍVEL O DESINDICIAMENTO.
ENCERRAMENTO
• OS AUTOS DO IP, INTEGRADOS COM O
RELATÓRIO, SERÃO REMETIDOS AO
JUDICIÁRIO, PARA QUE SEJAM ACESSADOS
PELO TITULAR DA AÇÃO PENAL.
• ART. 10,§ 1º e 19.
ARQUIVAMENTO
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de
quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade
policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial
para fins de homologação, na forma da lei.      (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019)
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o
arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta)
dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão
da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a
respectiva lei orgânica.      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da
União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito
policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a
sua representação judicial.        (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput
deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis
ao caso concreto.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:    
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais
Criminais, nos termos da lei;      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que
indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se
insignificantes as infrações penais pretéritas;    (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
• III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento
da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou
suspensão condicional do processo; e    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou
praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor
do agressor.    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será
firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu
defensor.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada
audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da
oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade.  (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições
dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério
Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do
investigado e seu defensor.    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para
que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a
adequação a que se refere o § 5º deste artigo.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de
complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia.     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento.     (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público
deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia.    (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
• § 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo
Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes
criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo.   (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de
punibilidade.    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado
poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.    (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
• Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima
inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas
cumulativa e alternativamente:    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;     (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
• II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos,
produto ou proveito do crime;     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima
cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na
forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);          (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
• IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da
execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos
aparentemente lesados pelo delito; ou       (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que
proporcional e compatível com a infração penal imputada.      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
QUESTÕES COMPLEMENTARES
• DA NEGATIVA DE ABERTURA DE IP: (RECURSO
ADMINISTRATIVO) POLÍCIA CIVIL, ART. 5, § 2º
CHEFE DE POLÍCIA; POLÍCIA FEDERAL –
CORREGEDOR REGIONAL DA
SUPERINTENDÊNCIA DA PF NO ESTADO.
ATUAÇÃO DO MP
• OFERECIMENTO DA DENÚNCIA;
• REQUISIÇÃO DE DILIGÊNCIAS POLICIAIS;
• PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.
• HIPÓTESES DE ARQUIVAMENTO DO IP:
INEXISTÊNCIA DA CONDUTA; CONDUTA
EXISTENTE, PORÉM NÃO É TÍPICA; CAUSA
EXCLUDENTE DE ILICITUDE; EXCLUDENTE DE
CULPABILIDADE, salvo a inimputabilidade
(art.397, II); CAUSA DE EXCLUSÃO E EXTINÇÃO
DA PUNIBILIDADE; FALTA DE AUTORIA.
OBSERVAÇÕES
• Art. 19.  Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do
inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a
iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. (AÇÕES
PRIVADAS NO PRAZO DE 06 MESES EM REGRA)
• Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
• Parágrafo único.  Nos atestados de antecedentes que lhe forem
solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer
anotações referentes a instauração de inquérito contra os
requerentes. (Redação dada pela Lei nº 12.681, de 2012)
SÚMULAS APLICÁVEIS
• STJ - Súmula 234 - A Participação de membro do Ministério
Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu
impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia.
• STJ - Súmula 444: “É vedada a utilização de inquéritos
policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”.
• Súmula Vinculante 14 STF: É direito do defensor, no
interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.

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