Tanatologia Forense

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MEDICINA FORENSE-

MEDICINA LEGAL

PROF.JOÃO BATISTA SILVA,BACHAREL EM DIREITO


(UNAMA),PÓS GRADUADO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
E TUTOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (FASAMAR),PÓS
GRADUADO EM COORDENAÇÃO PEDAGOGICA E DIREÇÃO
ESCOLAR,PÓS GRADUADO EM TEÓLOGIA E HISTÓRIA DAS
RELIGIÕES,PÓS GRADUANDO EM DIREITO PENAL,PROCESSO
PENAL,DIREITO PREVIDECIARIO,PROCESSO PREVIDENCIARIO
(FACUMINAS),CURSO NO INFOR DE CIÊNCIAS FORENSE
MEDICINA FORENSE-MEDICINA LEGAL
OBJETIVO
  Proporcionar
ao aluno noções básicas de
conhecimentos médicos de relevância no auxílio
ao entendimento e aplicação às ciências jurídicas
METODO DE AVALIAÇÃO

(Trabalhos em grupos, seminário, práticas


através de exercícios em sala de aula, testes.
ANTROPOLOGIA FORENSE
Objetiva buscar a identidade e identificação do ser humano,
a causa da morte e o tempo decorrido desde a morte,
sendo aplicada em mortos, nos casos de corpos em
avançado estado de putrefação, carbonizados e
esqueletizados, e, em vida, para estimativa de idade, por
exemplo ...
MEDICINA FORENSE-MEDICINA LEGAL
MEDICINA FORENSE (FORENSIC MEDICINE)
- Sinonímia: Medicina Legal (Legal Medicine),
Jurisprudência Médica (Medical Jurisprudence),
Medicina Judiciária
- No Brasil, utiliza-se predominantemente o termo
Medicina Legal, utilizado pela primeira vez na obra
de Paolo Zacchia (1621) - Quaestiones Medico-
Legales
- A especialidade médica reconhecida pelo Conselho
Federal de Medicina é “Medicina Legal e Perícias
Médicas” (Resolução CFM 1.973/2011)
(94) 99204-3985
“É a arte de
fazer relatórios
em juízo”
Ambrosie Paré, 1575

(94) 99204-3985
MEDICINA FORENSE
Definição
Um dos ramos das Ciências Forenses
que trata de atividades periciais nas
quais, por força dos fatos ocorridos,
os peritos devem necessariamente
ser médicos, de modo a assegurar a
correta execução da justiça.
Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães
MEDICINA FORENSE

pode ser definida sinteticamente


como o conjunto de conhecimentos
científicos médicos e paramédicos,
usados para os
propósitos de administração da Justiça.
MEDICINA LEGAL NO BRASIL
. Com o advento das ditaduras militares, a Medicina
Legal saiu totalmente das Universidades e passou a
ser atividade exclusiva da Polícia Civil (área
criminal)
No Estado de São Paulo
. Secretaria de Segurança Pública
.Superintendência da Polícia Técnico-Científica
(SPTC)
.Instituto Médico Legal (IML)
. Consequência: pouco investimento em estrutura e
pesquisas
ATÉ 1999 EM RIBEIRÃO PRETO...
IML TUCURUI-PARÁ
O Núcleo Avançado do Instituto Médico Legal (IML) de Tucuruí,
sudeste do Pará, pegou fogo no final da manhã desta quarta (1º). Não
houve vítimas.
Segundo o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, as chamas
atingiram parcialmente o prédio, mas já foram controladas pelo Corpo
de Bombeiros.
O CPC Renato Chaves disse que a unidade deve passar por perícia
técnica dos peritos do setor de engenharia para identificar as causas e
laudo para obras de revitalização das áreas atingidas.
Por G1 PA — Belém
01/09/2021 16h50 
MEDICINA FORENSE
. Não é Medicina dos mortos!
. Menos de 10% dos procedimentos no IML são
necropsias – lembrar dos exames de lesão corporal
e crimes contra a dignidade sexual
TRAUMATOLOGIA FORENSE:
A Traumatologia ou, também chamada
de, Lesonologia Médico-legal estuda as lesões e
condições patológicas, imediatas ou tardias, geradas
por violência sobre o corpo humano, nos seus
aspectos do diagnóstico, do prognóstico e das suas
consequências legais e socioeconômicas.
Vou abordar, hoje, Energias de Ordem Física. Nesta aula
aprenderemos as ações dos agentes
vulnerantes físicos.
Essas energias são capazes de modificar o estado físico
dos corpos e de provocar lesões corporais
e morte. Isso através da temperatura, da eletricidade, da
pressão atmosférica, assim como da luz e
do som.
AGENTES LESIVOS FÍSICOS.

1-Calor 11-Doença dos caixões ou mal 17- Luz e som


2-Difuso dos escafandristas
3-Doenças do calor 12-Aspectos periciais dos
4- Queimaduras acidentes de mergulho
5-Frio 13-Baropatias decorrentes de
6- Ação do frio difuso explosões
7-Eletricidade 14-Meio de propagação das
8- Baropatias ondas de choque
9- Pressão Atmosférica 15-Outras lesões causadas por
10- Mal das montanhas ou explosões
dos aviadores 16-Aspectos periciais das
explosões .
Radiações ..
ATIVIDADES PARA PROXIMA AULA

Formar 4 grupos, para que os mesmo pesquisem os


agentes lesivos físicos do quadro acima e tragam
impressos e apresentar cada um deles para turma
“O coração do entendido adquire o conhecimento, e
o ouvido dos sábios busca a sabedoria”.

Provérbios 18:15A
TANATOLOGIA FORENSE
TANATOLOGIA FORENSE

Estuda a morte e suas repercussões


na esfera jurídico-social
CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941

Art. 162. A
Estudaautópsia
a morte (NECRÓPSIA) será feita pelo
e suas repercussões
menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos,
na esfera
pela evidência jurídico-social
dos sinais de morte, julgarem que
possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão
no auto.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta,


bastará o simples exame externo do cadáver, quando
não houver infração penal que apurar, ou quando as
lesões externas permitirem precisar a causa da morte
e não houver necessidade de exame interno para a
verificação de alguma circunstância relevante.
TANATOLOGIA FORENSE
MORTE

 Cessação total e permenente das funções vitais;

 Parada total e irreversível das atividades encefálicas –


MORTE ENCEFÁLICA (Resolução CFM n.º 1.480/97);

 Medicina Legal - fenômenos cadavéricos.


TANATOLOGIA FORENSE
AUTÓPSIA OU NECRÓPSIA

EXAME EXTERNO E INTERNO DO CADÁVER

 Causa mortis;

 Causa jurídica da morte;

 Qualificadoras;

 Tempo decorrido da morte;

 Identificação do corpo.
TANATOLOGIA FORENSE
TIPOS DE NECRÓPSIA

 CLÍNICA – MORTE NATURAL -realizada por médico


patologista;

 FORENSE – MORTE VIOLENTA/SUSPEITA realizada por


médico legista (Art. 162 CPP).
NECRÓPSIA FORENSE QUESITOS
OFICIAIS

1. Houve morte?
2. Qual a causa da morte?
3. Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?
4. Se a morte foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou por outro meio insidioso ou cruel (resposta
especificada)
TANATOLOGIA FORENSE
LEGISLAÇÃO

Código Nacional de Saúde

Art. 13. Em caso de óbito suspeito de ter sido causado por DOENÇA
TRANSMISSÍVEL, a autoridade sanitária competente promoverá o exame
cadavérico, podendo realizar viscerotomia, necropsia e tomar outras
medidas que se fizerem necessárias à elucidação do diagnóstico.
TANATOLOGIA FORENSE
LEGISLAÇÃO

Necropsia e Ensino - Lei 8.501/1992

Art. 1º. Disciplina a destinação de cadáver não reclamado junto


às autoridades públicas, para fins de ensino e pesquisa.
TANATOLOGIA FORENSE
LEGISLAÇÃO

Necropsia e Ensino - Lei 8.501/1992

Art. 2º. O cadáver não reclamado junto às autoridades públicas,


no prazo de trinta dias, poderá ser destinado às escolas de
medicina para fins de ensino e pesquisa de caráter científico.
TANATOLOGIA FORENSE
LEGISLAÇÃO

Necropsia e Ensino - Lei 8.501/1992

Art. 3º Será destinado para estudo, na forma do artigo anterior,


o cadáver:
I. sem qualquer documentação;
II. Identificado, sobre o qual inexistem informações relativas a
endereços de parentes ou responsáveis legais.
TANATOLOGIA FORENSE
LEGISLAÇÃO

Necropsia e Ensino - Lei 8.501/1992

Art. 3º Será destinado para estudo, na forma do artigo anterior,


o cadáver:

3º É defeso encaminhar o cadáver para fins de estudo, quando


houver indício de que a morte tenha resultado de ação
criminosa.
TANATOLOGIA FORENSE
PERINECROSCOPIA

 É o exame do cadáver no ESPAÇO onde foi encontrado e de


tudo o que o rodeia.

 É o exame do local e o exame do corpo no local.

 Deve ser realizada por perito criminal, datiloscopista e


fotógrafo e presidida pelo delegado.
TANATOLOGIA FORENSE
FENÔMENOS CADAVÉRICOS

Determinam o diagnóstico da morte:

 Imediatos ou de presunção;

 Consecutivos;

 Transformadores;

 Conservadores.
FENÔMENOS CADAVÉRICOS

Imediatos – presentes durante a morte e se seguem a ela; são:

 Perda da consciência; Insensibilidade; Imobilidade e


abolição do tônus muscular; Parada respiratória e parada
cardíaca.
FENÔMENOS CADAVÉRICOS

CONSECUTIVOS – seguem-se à morte:

 Evaporação tegumentar – desidrata a pele

 Resfriamento do corpo – varia com temperatura do


ambiente;

 Livores hipostáticos – decúbito;

 Rigidez cadavérica – cessação da circulação.


FENÔMENOS CADAVÉRICOS

TRANSFORMADORES – cessação dos fenômenos vitais, lise e


decomposição.

 Autólise – desintegração de células por ação de suas


próprias enzimas;

 Putrefação – prosseguimento da autólise; ocorre pela ação


dos microrganismos.
FENÔMENOS CADAVÉRICOS

CONSERVADORES – falta a ação bacteriana, os tecidos se conservam por


processos físicos ou químicos.

 Mumificação – ocorre desidratação intensa, impede a ação bacteriana; meio


quente, seco e arejado (verão).

 Maceração – somente ocorre em morte fetal; cavidade asséptica e cheia de


líquido; litopédio.

 Saponificação – corpo transforma-se em massa amolecida e amarelada;


depende de condições especiais do corpo, da umidade ambiental e de
enzimas microbianas
PROVAS DE VIDA EXTRA-UTERINA

 DOCIMÁSIAS:

 Constata se houve vida extra-uterina (Infanticídio);


 Verificam volume, cor, consistência, peso (GALENO),
presença de ar e alterações histológicas
CRONOTANATOGNOSE
Resfriamento do corpo

 Temperatura retal - demora até 4 h para voltar ao


valor da hora da morte;
 sofre influência de vários fatores – posição, vestuário,
estado nutricional, ambiente, idade;
Resfriamento do corpo
CRONOTANATOGNOSE
Rigidez cadavérica

 Ocorre de cima para baixo;


 Depende fatores - idade, nutrição, vestes, temperatura
corpo e ambiente, causa mortis;
 Regra de Flamínio - inicia na 1ª hora, generaliza com 2-
3 horas, máximo 5-8 horas.
Rigidez cadavérica
CRONOTANATOGNOSE
Livores Cadavéricos

 Surgem nas 3 primeiras horas;

 Tornam-se fixos por volta da 12ª hora;

 Atingem a máxima intensidade na 14ª h;

 Não se formam mais depois de 24 horas.


LIVORES CADAVÉRICOS
CRONOTANATOGNOSE
Putrefação
 FASE DE COLORAÇÃO – início entre 18ª e 24ª hora, com a mancha
verde abdominal;
 FASE GASOSA – início 24ª hora, com distensão das vísceras ocas;
máximo 96 horas;
 FASE COLIQUATIVA – inicío - fim da 1ª semana e prolonga
indefinidamente (pele rompe, orifícios abrem)
 FASE DE ESQUELETIZAÇÃO – inicío 3ª semana (ossos expostos)
Putrefação
Vamos Praticar!
O que é a Tanatologia forense?
Qual a importância da Tanatologia
forense?
Quantos dias o corpo será
destinado para estudos
científicos, quando não houver
reclamado segundo a
legislação?

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