panorama de ezequiel
panorama de ezequiel
panorama de ezequiel
1 - Primeira Parte
Capítulos 1 até 24
Profecias sobre a ruína de Jerusalém
Roger Liebi: Referem-se a um período anterior à destruição de Jerusalém.
Neles é anunciado o juízo definitivo de Deus sobre Jerusalém, o templo, o
povo, o reino de Judá e sobre a terra de Israel [9]
2 - Segunda Parte
Capítulos 25 até 32
Profecias de juízo de Deus sobre as nações vizinhas
Anunciam o juízo de Deus sobre as sete nações ou cidades não judaicas.
Israel, por ser o povo escolhido de Deus, tem uma responsabilidade maior
do que as demais nações. Por isso o juízo sobre Israel é colocado antes do
juízo sobre as nações.
3 - Terceira Parte
Capítulos 33 até 48
Uma última chamada para o arrependimento de Israel
Profecias sobre a futura restauração de Israel
Mostram o maravilhoso plano de Deus para a restauração de Israel, na
terra de seus antepassados.
II - Sobre o Profeta
1 - Identidade
Onde Morava?
O profeta Ezequiel morava em uma casa provavelmente em um
assentamento de judeus exilados em Tel-Abibe (75 quilômetros do atual
Iraque).
"Então entrou em mim o Espírito, e me pôs em pé, e falou comigo, e me
disse: Entra, encerra-te dentro da tua casa." (Ez 3.24)
"Sucedeu, pois, no sexto ano, no sexto mês, no quinto dia do mês,
estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentado
diante de mim, que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim." (Ez 8.1)
2 - Procedência
Como vimos no quadro anterior, o Profeta Ezequiel era filho de Buzi um
sacerdote. Em 597 a.C foi levado como cativo a Babilônia, atuou em terra
estranha no meio do povo exilado.
O Profeta Ezequiel resumidamente:
(1) Profetizou sobre o motivo do povo estar exilado como severo juízo de
Deus contra Judá, a saber: Idolatria, apostasia, mistura com outros
povos, falsos pastores e falsos profetas. .
As deportações foram a consequência da crescente infidelidade do
povo diante de seu Deus.
Desde o reinado do rei Manassés de Judá (697-642 a.C), a maior parte
dos judeus se afastou do único Deus verdadeiro e passou a servir a
ídolos.
(2) Profetizou também mensagens de esperança para o povo de Judá.
Deus prometera restaurar a terra por amor aos que permanecessem
fiéis a Ele.
1 - Atalaia
A palavra Atalaia significa "sentinela", "vigia" ou "Guarda".
A Bíblia apresenta a função de Atalaia tanto no sentido literal como no
sentido espiritual.
Sentido Literal
O Atalaia tinha a função de guardar um acampamento, cidade, aldeia.
Eles ficavam andando sobre os muros e torres da cidade vigiando,
guardando, espiando e se visse algo fora do normal que estivesse
colocando a segurança em perigo, avisava com certa antecedência. O
Atalaia fazia um importante trabalho de estratégia militar.
Por certo, o Atalaia que estava guardando o rei Saul no acampamento,
dormiu ... e Davi tomou a lança e o jarro com água que estavam perto de
Saul para demonstrar sua justiça e fidelidade ao rei:
"Então, Davi apanhou a lança e o jarro que estavam perto da cabeça de
Saul, e eles foram embora. Ninguém os viu, ninguém percebeu e
ninguém acordou. Estavam todos dormindo, pois um sono pesado vindo
do Senhor havia caído sobre eles." (1Sm 26.12).
Sentido Espiritual
"Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da
minha boca ouvirás a palavra e avisá-los-às da minha parte." (Ez 3.17).
"A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de
Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da
minha parte." (Ez 33.7)
Quando Deus diz que estava constituindo Ezequiel como atalaia, ele bem
sabia o que significava: deveria apresentar ao povo as advertências
divinas, sendo fiel na proclamação das mensagens.
O Profeta Ezequiel foi fiel a sua chamada como Atalaia da casa de Israel,
mas nem todos os que foram chamados foram zelosos e aplicados no
cumprimento dessa nobre missão:
"Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos,
não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do
sono" (Is 56.10)
Antigo Testamento
O Profeta Ezequiel foi chamado por 93 vezes de "Filho do homem" e o
profeta Daniel também foi chamado de "Filho do homem" (Dn 8.17).
Foi uma maneira de Deus identificar esses profetas, aqui vejo "Filho do
homem" sendo usado como sinônimo de "homem", em Isaías, fica claro o
entendimento de "homem" e "filho de homem" com suas respectivas
fragilidades e limitações:
"Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o
homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?" (Is
51.12)
Já no versículo abaixo, Daniel numa visão, vê "um como o Filho do
homem" que recebeu autoridade para reinar eternamente, podemos aqui
interpretar um sentido diferente do anterior, ou seja, aqui a expressão
refere a Cristo:
"Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas
nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias,
e o fizeram chegar até ele." (Dn 7.13)
1 - A Responsabilidade do Cristão
"Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu,
não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar
a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da
tua mão o requererei." (Ez 3.18).
O IDE de Jesus é uma ordem direta de Jesus: "Ide por todo o mundo,
pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15), portanto é uma obrigação
de todo cristão essa missão, o apóstolo Paulo declarou:
"ai de mim se não anunciar o Evangelho" (1Co 9.16)
"Que pregues a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo" (2Tm
4.2)
Lembrando aqui que o apóstolo Paulo, assim como o profeta Ezequiel,
cumpriu sua missão com fidelidade, ele se identificou como despenseiro
fiel do ministério de Deus (1Co 4.1-2).
2 - A Responsabilidade do Ímpio
"Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do
seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua
alma." (Ez 3.19)
Essa passagem antecipa o grande princípio moral do governo divino
(Ezequiel 18 com 33.7-16) de que cada homem é individualmente
responsável por suas próprias ações, e será julgado.
"Mas, quando eu falar contigo abrirei a tua boca, e lhe dirás: Assim diz o
SENHOR: Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe; porque casa
rebelde são eles." (Ez 3.27)
Cap. 5. 1-5 O Senhor faz com que Ezequiel retrate o fim calamitoso do
sítio, rapando a cabeça e a barba.
Uma terça parte disso tem de queimar, uma terça parte picar com uma
espada e uma terça parte espalhar ao vento.
Assim, no fim do sítio, alguns dos habitantes de Jerusalém morrerão pela
fome, pela pestilência e pela espada, e o restante será espalhado entre
as nações.
O Senhor fará dela uma devastação. Por quê?
Por causa da ofensividade de sua depravada e detestável idolatria.
A riqueza não trará alívio. No dia da fúria de Senhor o povo de Jerusalém
lançará sua prata nas ruas “e terão de saber que eu sou O Senhor”. —
7:27.
Cap. 9.1-11
Eis que surgem então seis homens com armas destruidoras nas mãos.
Entre eles se acha um sétimo, vestido de linho, portando um tinteiro de
secretário.
O Senhor ordena a este homem vestido de linho que passe no meio da
cidade e ponha um sinal na testa dos homens que suspiram e
gemem por causa das coisas detestáveis que se praticam na cidade.
A seguir, ordena aos seis homens que avancem e matem a todos, “o
idoso, o jovem, e a virgem, e a criancinha e as mulheres”, em quem não
haja sinal. Eles assim o fazem, começando com os homens idosos que
estavam diante da casa. O homem vestido de linho relata: “Fiz
exatamente como me ordenaste.” — 9:6, 11.
Cap 18-
O Senhor repreende os exilados judeus por causa de sua expressão
proverbial: “Os pais é que comem as uvas verdes, mas são os dentes dos
filhos que ficam embotados.” Não, “a alma que pecar — ela é que
morrerá”. (18:2, 4) Os justos continuarão a viver.
O Senhor não se agrada na morte dos iníquos. O seu agrado é ver o
iníquo desviar-se de seus caminhos maus e viver. Vs. 20-28
Cap. 19.
Quanto aos reis de Judá, semelhantes a leõzinhos novos, foram enlaçados
pelo Egito e pela Babilônia. Não se ouvirá mais “a sua voz nos montes de
Israel”. — 19:9.