Noemia Bento de Oliveira Atividade3

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NOEMIA BENTO DE OLIVEIRA

PEDAGOGIA DO BRINCAR

São Paulo
2020
NOEMIA BENTO DE OLIVEIRA

PEDAGOGIA DO BRINCAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Anhanguera, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Pedagogia.

Orientador: Ana Massambani

São Paulo
2020
Dedico esse trabalho a Deus, pelo dom da vida, por
ter me proporcionado força e coragem para chegar
até aqui.
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu marido Claudio Bento, por sonhar junto comigo.


Aos meus filhos Fabio Gustavo, Michele e Junior, por me apoiarem e trilharem
esse caminho de aprendizagem ao meu lado.
Aos meus netos Isabele, Alexsander e Raphaela, que são anjos em minha
vida.
À minha família, por todo apoio e incentivo que sempre me deram.
Aos meus professores, por toda dedicação, compromisso, apoio e
conhecimento transmitidos durante essa caminhada.
Aos meus colegas, pelos momentos de dificuldade e alegria que passamos
juntos e ao apoio mutuo.
Enfim, agradeço a todos que contribuíram, de alguma maneira, para que esse
sonho se tornasse realidade.
OLIVEIRA, Noemia Bento de. PEDAGOGIA DO BRINCAR. 2020. 24. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – ANHAGUERA, São Paulo, 2020.

RESUMO

Pensando no desenvolvimento das aprendizagens das crianças na Educação Infantil,


surge a ideia de valorizar suas características, suas potencialidades e seus saberes,
desta forma cabe reconhecer que são seres em construção que estão em processo
de formação do seu caráter e personalidade. É importante valorizar o papel da criança
no processo ensino-aprendizagem, compreender suas características, fases,
habilidades, processos de evolução e por isso pensar numa abordagem que busque
sua valorização. O presente trabalho pensa no uso do brincar e da ludicidade como
ferramenta de auxílio no processo de ensino e aprendizagem das crianças na
Educação Infantil e na contribuição que as atividades lúdicas trazem a realidade
escolar através da participação do processo de ensino e aprendizagem. A brincadeira
permite a criança que vivencie momentos de aprendizado, fazendo com que produza
novos conhecimentos, novas habilidades, interprete novas ações, ampliando seu
vocabulário e interação. Busca contribuir com a prática pedagógica do professor,
através de estudos e pesquisas, permitindo que o educador inove em suas
metodologias e incorpore em suas atividades a presença da ludicidade, estimulando
os alunos a desenvolver suas habilidades de maneira dinâmica e interativa. A
ludicidade colabora com o desenvolvimento das crianças, proporcionando o
aprendizado através das brincadeiras e jogos, colaborando com a socialização das
crianças. Despertando a consciência de como o mundo da criança fica mais completo
através do brincar.

Palavras-chave: Ludicidade. Aprendizagem. Desenvolvimento. Brincar.


OLIVEIRA, Noemia Bento de. PEDAGOGY OF PLAY. 2020. 23. Trabalho de
Conclusão de Curso (graduação em Pedagogia) – ANHAGUERA, São Paulo, 2020.

ABSTRACT

Thinking about the development of children's learning in Early Childhood Education,


the idea arises to value their characteristics, their potential and their knowledge, thus it
is worth recognizing that they are beings under construction who are in the process of
forming their character and personality. It is important to value the child's role in the
teaching-learning process, to understand its characteristics, phases, skills, evolution
processes and, therefore, to think about an approach that seeks its valorization. The
present work thinks about the use of playing and playfulness as an aid tool in the
teaching and learning process of children in Early Childhood Education and in the
contribution that playful activities bring to school reality through the participation of the
teaching and learning process. Play allows children to experience moments of
learning, causing them to produce new knowledge, new skills, interpret new actions,
expanding their vocabulary and interaction. It seeks to contribute to the pedagogical
practice of the teacher, through studies and research, allowing the educator to
innovate in his methodologies and incorporate in his activities the presence of
playfulness, encouraging students to develop their skills in a dynamic and interactive
way. Playfulness collaborates with the development of children, providing learning
through play and games, collaborating with the socialization of children. Awakening
awareness of how the child's world becomes more complete through playing.

Keywords:Playfulness.Learning.Development.Play.
7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO8
2 CONTEXTO HISTÓRICO DA LUDICIDADE E DO BRINCAR10
3 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NAS SÉRIES INICIAIS14
4 A LUDICIDADE COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM18
CONSIDERAÇÕES FINAIS22
REFERÊNCIAS24
8

1 INTRODUÇÃO

A infância é indicada pela fase de descobertas na vida da criança, onde ela é


apresentada a diversos recursos e é marcada pela fase que começa o contato com o
mundo exterior, onde é apresentado um universo além da rotina familiar. Desde
cedo as crianças se envolvem em um processo de autonomia pelo saber, onde
buscam interagir com tudo que está a sua volta, agindo com curiosidade e sede pelo
conhecimento.
O presente trabalho tem como tema A Pedagogia do Brincar, pensado de
maneira que realize abordagem sobre o lúdico na aprendizagem das crianças,
melhorando seu convívio em grupo, fortalecendo sua relação interpessoal,
melhorando as habilidades sociais. Fazendo alusão ao termo “é brincando que se
aprende”, é possível utilizar o lúdico como ferramenta para a melhoria das práticas
pedagógicas, auxiliando o professor em suas metodologias.
Justificando-se na necessidade de atribuir significado ao brincar, esse
trabalho busca conscientizar sobre a abordagem lúdica na sala aula, valorizando as
experiências e vivências das crianças na educação infantil. Nesse processo de
interação com o mundo a sua volta, a criança começa a manifestar seu interesse,
afetos e preferências, e nesse momento surge a observação quanto a contribuição
do professor no seu processo de ensino-aprendizagem. A prática docente é a forma
escolhida para atuação do professor na organização de conteúdos e metodologias a
serem trabalhadas na mediação do conhecimento.
Buscando colaborar com a boa prática docente, a questão que norteia o
problema identificado é: Como transformar o brincar numa ferramenta que contribui
com o processo de ensino? Desta forma é apontado como objetivo geral do trabalho
compreender o uso do brincar em sua prática pedagógica, buscando melhorar a
metodologia empregada em sala de aula. Os objetivos específicos são: conhecer a
história da ludicidade, refletir sobre o brincar como ferramenta de aprendizagem e
discutir sobre a importância de aprender brincando.
A metodologia utilizada para a construção deste trabalho é a pesquisa
bibliográfica, de caráter qualitativo, tendo como contribuição as pesquisas de autores
como Kishimoto (1994), Piaget (1971), Vygotsky (1999), Almeida (1995) e
Cunha(2002). Considerando as afirmações que a rotina das crianças gira em torno
9

da diversão, das brincadeiras e dos jogos, é de extrema importância buscar construir


o conhecimento e desenvolvimento cognitivo e motor, agindo de forma integral e
criativa, cabe ao professor melhorar o desempenho de seus alunos, trabalhando seu
desenvolvimento físico, social e cognitivo.
É através do brincar que as crianças conseguem atribuir significados as suas
aprendizagens, utilizando as coisas que estão ao seu redor como recursos lúdicos,
levando para seu cotidiano cenários imaginários, desenvolvendo sua criatividade e
explorando o conhecimento. O lúdico se mostra uma ferramenta pedagógica, que se
bem utilizada dá o suporte necessário para que os professores tornem as aulas mais
dinâmicas e atrativas, permitindo que o aluno se desenvolva de maneira mais
prazerosa e significativa.
10

2 CONTEXTO HISTÓRICO DA LUDICIDADE E DO BRINCAR

Nos séculos XVI e XVII as atividades lúdicas não eram valorizadas nas
escolas, pois as crianças eram tratadas como mini adultos e atividades de
valorização ao brincar eram consideradas meros momentos de distração, mas no
século XVIII começaram a aparecer as brincadeiras e estudos focados em como
utilizar essa ferramenta para trazer significado as aulas. Foi a partir dai que nas
escolas iniciou-se a presença do lúdico, sendo de grande importância no
desenvolvimento do ser humano na educação infantil e na sociedade.
Tendo conhecimento que o lúdico, segundo Craidy (2001) tem sua origem na
palavra latina “ludus” que quer dizer “jogos” e “brincar”. E nesse brincar estão
incluídos os brinquedos, divertimentos e jogos, favorecendo a aprendizagem do
educando. Entendendo que as brincadeiras, os brinquedos e os jogos, são de
essencial relevância para o desenvolvimento e a educação da criança por propiciar o
desenvolvimento simbólico, estimular sua imaginação, sua capacidade de raciocínio
e sua autoestima. A Declaração Universal dos Direitos da Criança diz:
A criança deve ter todas as possibilidades de entregar-se aos jogos e às
atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela
educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por
favorecer o gozo deste direito. (ONU, 20/11/1959).
Na educação infantil o lúdico é de fundamental importância, pois é a forma
de desenvolver o raciocínio, os conhecimentos, a criatividade de uma criança
através de jogos, dança, musica. A finalidade é educar, ensinar, divertindo-se e
interagindo com os demais. Segundo Santos (2002), para entender a brincadeira
deve-se entender a criança, assim, ele afirma que:
Para ajudar a criança no seu desenvolvimento buscamos compreender sua
natureza, e nessa busca encontramos o brincar como uma necessidade
básica que surge muito cedo nela. A brincadeira é considerada a primeira
conduta inteligente do ser humano; ela aparece logo que a criança nasce e
é de natureza sensório-motora. Isso significa que os primeiros brinquedos
são os dedos e seus movimentos, que observados pela criança constituem-
se a origem mais remota do jogo. Para cada etapa do desenvolvimento
infantil existem tipos de brincadeiras correspondentes. Por isso a brincadeira
tem uma função essencial na vida da criança, embora muitos educadores
digam que a criança muito pequena não brinca ou não gosta de brincar. A
verdade é que ela brinca de maneira diferente das maiores, envolve-se em
brincadeiras sucessivas e por um curto período de tempo. (SANTOS, 2002,
p. 13).

Neste contexto brincadeira e jogo infantil são formas da criança conduzir


experiências, criar e expandir situações para dominar a realidade e experimentá-la.
11

Para Santos (2002, p. 12) a ingressão do lúdico na vida escolar do


educando é uma maneira dinâmica de repassar pelo universo infantil para imprimir-
lhe o universo adulto, nossos conhecimentos e principalmente a forma de
interagirmos. A ludicidade é uma essencialidade do ser humano em qualquer fase ou
idade e não pode ser vista apenas como diversão. Figueiredo (2004), ainda afirma
que:

A brincadeira é para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a


conviver com as pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar ideias,
regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu
egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem,
tornando-se autônoma, de experimentar papeis, desenvolvendo as bases da
sua personalidade. (FIGUEIREDO, 2004, p. 07).

Pensar na brincadeira através do olhar da criança é reconhecer a importância


da autonomia do processo do aprender, favorecendo o seu desenvolvimento com a
interação de outras pessoas e outros instrumentos. Sabemos que para Piaget (1971)
o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento
pessoal, social e cultural e colabora para boa saúde mental e física. Freire (2002)
colabora:
O jogo como desenvolvimento infantil, evolui de um simples jogo de
exercício, passando pelo jogo simbólico e de construção, ate chegar ao jogo
social. No primeiro deles, a atividade lúdica refere se ao movimento corporal
sem verbalização, o segundo é o de faz-de-conta, a fantasia, o jogo de
construção é uma espécie de transição para o social. Por fim o jogo social é
aquele marcado pela atividade coletiva de intensificar trocas e a
consideração pelas regras (FREIRE, 2002, p 69).
Sneyders (1996) comenta que a pedagogia, ao invés de manter-se como
sinônimo de teoria de como ensinar e de como aprender, deveria transformar a
educação em desafio, em que a missão do mestre é propor situações que estimulem
a atividade reequilibradora do aluno, construtor do seu próprio conhecimento.
Almeida (1995) diz:
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança,
possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente,
integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma
produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca,
criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte
compromisso de transformação e modificação do meio. (ALMEIDA, 1995,
p.41).
Por meio da ludicidade, serão desenvolvidas a busca por estratégias, a
linguagem e a comunicação, coordenação motora global, atenção e a concentração,
discriminações visuais e auditivas, assim como, as relações do educando com o
grupo e com o meio. Portanto, a formulação de uma proposta pedagógica para a
12

educação infantil pressupõe uma ampla reflexão teórica tendo como preocupação
básica a própria criança e o seu processo de constituição como ser humano em
diferentes contextos sociais, a sua cultura e as capacidades intelectuais, criativas,
estéticas e emocionais.
Certamente, o intuito de qualquer processo educacional é atender
adequadamente às necessidades biológicas, psicológicas, sociais e culturais das
crianças. Identificar as necessidades da criança em cada estágio de
desenvolvimento é, portanto, de fundamental importância.
Vygotsky (1999) admite que o ato de brincar estimule o uso da memória, que
ao entrar em ação se amplia e organiza o material a ser lembrado, tudo isto esta
relacionado com aparecimento gradativo dos processos da linguagem que ao
reorganizarem a vivencia emocional e eleva a criança a um nível de processo
psíquico. Vygotsky (1999), afirma que:

É enorme a influencia do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É


no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés
de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências
internas, e não por incentivos fornecidos por objetivos externos.
(VYGOTSKY, 1999, p.109).
Tendo conhecimento que o lúdico na sua integralidade engloba o ser em seu
contexto, convocando todas as linguagens humanas, para o jogo comunicação:
contato consigo e com o outro, com prazer. Sentimento e razão em diálogos de
redescobrimentos de saberes e conhecimentos em si, dos outros, da sensibilidade
humana. Sensibilidade fundamental do ato de conhecer. Conhecer prazerosamente.
O professor Euclides Redin (1998) afirma que:

Toda relação humana é educativa. Todo contato com a criança deixa


marcas que definem posições. No caso da educação infantil, fica difícil
distinguir o que é específico de escola do que é assistência, higiene e
saúde. Toda relação estabelecida com a criança, em qualquer idade,
medida pelo mundo dos objetos, das pessoas, pelas instituições
educacionais, com seu cotidiano e rituais, é educativa. É educativa também
a relação assistencial, de atendimento às necessidades imediatas de
higiene, alimentação, saúde, proteção e aconchego. (REDIN 1998, p. 49).
A aprendizagem funcionará e será mais efetiva se a atividade estiver ligada
às situações da vida real do dia a dia, do meio em que o educando vive e da
disposição do professor. Fundamentando-se na relevância e importância do lúdico
com crianças de cinco anos este trabalho servirá para averiguar e esclarecer duvidas
de como é empregado no cotidiano na educação infantil, verificando e averiguando
13

também se existe nas crianças alguma dificuldade na assimilação da aprendizagem


durante o desenvolvimento de alguma atividade.
A criança é um ser ativo em constante crescimento e mudanças. Segundo o
Referencial Curricular para a Educação Infantil, o Brincar é um precioso momento de
construção pessoal e social, é permeado pelo eixo de trabalho movimento, onde a
criança movimenta-se construindo sua moralidade, afetividade perante as situações
desafiadoras e significativas presentes no brincar e inerentes à produção social do
conhecimento. Para Almeida(1995):
O ser humano, em todas as fases de sua vida, está sempre descobrindo e
aprendendo coisas novas pelo contato com seus semelhantes e pelo
domínio sobre o meio em que vive. Ele nasceu para aprender, para
descobrir e apropriar-se dos conhecimentos, desde os mais simples até os
mais complexos, e é isso que lhe garante a sobrevivência e a integração na
sociedade como ser participativo, crítico e criativo. (ALMEIDA, 1995, p. 11).

Os estudos do lúdico centram, sobretudo, na importância do movimento dos


corpos. O lúdico é um delineador dos caminhos que possibilita ver como a criança
inicia e introduz seu processo de adaptação e ajuste à realidade através de uma
conquista física funcional, aprendendo a lidar de forma cada vez mais coordenada,
ordenada, flexível, hábil, ágil e intencional com seu corpo situando-o e organizando-
o num contexto espaço-temporal que lhe é reconhecível, que começa a fazer sentido
para sua memória pessoal. Oliveira(2002) colabora:

No brincar a criança está sempre acima de sua idade média, acima de seu
comportamento diário. Assim, na brincadeira de faz-de-conta, as crianças
manifestam certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade.
Nesse sentido, a aprendizagem cria a zona de desenvolvimento proximal,
ou seja, a aprendizagem desperta vários processos internos de
desenvolvimento. Deste ponto de vista, aprendizagem não é
desenvolvimento; entretanto o aprendizado adequadamente organizado
resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos
de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer
(OLIVEIRA, 2002, p. 132).
A escola os educadores e os profissionais de educação precisam entender
que, através do lúdico, as crianças têm chances de crescerem, evoluírem,
progredirem e se adaptarem ao mundo coletivo. Redin (1998) defende a
reintrodução das atividades lúdicas na escola. O lúdico verdadeiramente deve ser
apreciado e considerado como parte integrante, essencial e fundamental da vida do
homem, é uma forma de introduzir no âmbito da realidade social.
Desta forma a criança que tem como ferramenta o lúdico consegue se
desenvolver com mais leveza e diversão, tendo suas características e etapas de
desenvolvimento respeitados.
14

3 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NAS SÉRIES INICIAIS

O brinquedo e as brincadeiras se concretizam através da ludicidade, das


atividades e experiências lúdicas. A criança desenvolve, durante as brincadeiras,
capacidades importantes como a atenção, a imaginação, a interação, cooperação,
entre outras. É brincando que a criança aprende a vivenciar experiências novas, a
desenvolver sua comunicação. Pesquisadores como Piaget e Vygotsky nos dizem
que é através das brincadeiras e dos jogos que as crianças realizam uma mediação
direta com o mundo.
O objetivo da educação infantil é contribuir para o processo de ensino-
aprendizagem. A brincadeira é um método que leva a criança a obter um
crescimento gigantesco. O jogo se torna uma assimilação funcional conforme sua
estrutura. Vygotsky (1999) em uma de suas muitas pesquisas sobre o assunto revela
que, o jogo é uma atividade muito importante, através dele a criança cria uma zona
de desenvolvimento proximal. Mesmo utilizado de maneira não intencional, quem
brinca aprende, aprende a respeitar a vez do outro, as regras, as posições.
Segundo Santos (2002), devemos entender a criança e assim escolher a
brincadeira:
Para ajudar a criança no seu desenvolvimento buscamos compreender sua
natureza, e nessa busca encontramos o brincar como uma necessidade
básica que surge muito cedo nela. A brincadeira é considerada a primeira
conduta inteligente do ser humano; ela aparece logo que a criança nasce e
é de natureza sensório-motora. Isso significa que os primeiros brinquedos
são os dedos e seus movimentos, que observados pela criança constituem-
se a origem mais remota do jogo. Para cada etapa do desenvolvimento
infantil existem tipos de brincadeiras correspondentes. Por isso a brincadeira
tem uma função essencial na vida da criança, embora muitos educadores
digam que a criança muito pequena não brinca ou não gosta de brincar. A
verdade é que ela brinca de maneira diferente das maiores, envolve-se em
brincadeiras sucessivas e por um curto período de tempo. (SANTOS, 2002,
p. 13).
Em todas as fases de sua vida o ser humano se propõe a descobrir e
aprender coisas novas, assim aprende a dominar o mundo em que vivem. A
educação se caracteriza pelo ato da busca, troca de informação e apropriação,
formando uma ação conjunta entre as pessoas que se comunicam com o saber.
Como já mencionado, a infância é a idade das brincadeiras, e é através dela que as
crianças satisfazem suas necessidades e interesses. O lúdico é uma maneira eficaz
de desenvolver nas atividades, sabendo assim que a brincadeira é inerente a
criança. A pesquisa direcionada ao estudo do lúdico e do brincar na educação
15

infantil tem o objetivo de permitir ao educador que compreenda o real significado de


ludicidade.
Com o contexto de brincadeira e jogos, podemos conduzir as crianças a obter
novas experiências, criando e expandindo situações a dominação da realidade.
Figueiredo (2004), ainda afirma que:

A brincadeira é para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a


conviver com as pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar ideias,
regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu
egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem,
tornando-se autônoma, de experimentar papeis, desenvolvendo as bases da
sua personalidade. (FIGUEIREDO, 2004, p. 07).

O lúdico permite um melhor desenvolvimento de visão de mundo, através das


descobertas e da criatividade a criança expressa, analisa e contribui para a
transformação e compreensão da realidade. Quando bem aplicada, a ludicidade
contribui para uma melhoria de ensino, auxiliando a qualificação do ensino. O projeto
possibilita contribuir efetivamente para a melhoria da educação, proporcionando um
melhor entendimento do planejamento envolvendo atividades lúdicas. Segundo
Freire (2002):
O jogo como desenvolvimento infantil, evolui de um simples jogo de
exercício, passando pelo jogo simbólico e de construção, ate chegar ao jogo
social. No primeiro deles, a atividade lúdica refere se ao movimento corporal
sem verbalização, o segundo é o de faz-de-conta, a fantasia, o jogo de
construção é uma espécie de transição para o social. Por fim o jogo social é
aquele marcado pela atividade coletiva de intensificar trocas e a
consideração pelas regras (FREIRE, 2002, p 69).

Como é possível compreender, o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a


aprendizagem, o desenvolvimento pessoal e cultural, colaborando com o
desenvolvimento físico e mental. A criança tem no ato de brincar uma necessidade
básica, pois essa atitude é vital no desenvolvimento infantil. Ao brincar a criança
aumenta sua independência, estimulando suas habilidades sensoriais, e a
necessidade de conhecimento.
A capacidade de brincar permite que às crianças, de forma involuntária,
consiga resolver os problemas que as rodeiam. O ato de brincar traz uma grande
carga de experiências culturais, facilitando o crescimento. Atualmente, no mundo
que vivemos, o ato de brincar está cada vez mais extinto. O amadurecimento
precoce e o uso descontrolado da tecnologia é um grande desafio, pois as crianças
acabam não se interessando pelas brincadeiras mais simples. Cabe ao educador
16

conhecer o universo dos seus alunos e proporcionar atividades que envolvam


brincadeiras que eles se interessem, e aceitem interagir. Almeida (1995) diz:
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança,
possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente,
integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma
produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca,
criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte
compromisso de transformação e modificação do meio. (ALMEIDA, 1995,
p.41).

Ao brincar a criança desenvolve seu estado visual, cognitivo e motor, o brincar


tem um papel muito importante no pensamento e desenvolvimento infantil. É através
das atividades lúdicas que as crianças reproduzem diversas situações vividas em
seu cotidiano. Com as técnicas modernas de ensino o brincar virou sinônimo de
aprender, gerando um espaço para pensar, fazendo com que as crianças
desenvolvam o raciocínio, o pensamento, suas habilidades e criatividade.
O intuito do processo educacional é atender as necessidades das crianças,
identificando e auxiliando o seu estágio de desenvolvimento. Vygotsky (1999), afirma
que:
É enorme a influencia do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É
no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés
de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências
internas, e não por incentivos fornecidos por objetivos externos.
(VYGOTSKY, 1999, p.109).
Como encontramos de forma explícita no texto, precisamos reconhecer e
admitir que o brincar estimula o uso da memória, e que ao entrar em ação se amplia
e organiza o material a ser lembrado, tudo isto está relacionado com o aparecimento
gradativo dos processos da linguagem que ao reorganizarem a vivencia emocional e
eleva a criança a um nível de processo psíquico.
Dedicar-se a educação é escolher uma causa e permitir-se enfrentar desafios.
Uma aula prazerosa é aquela em que os alunos se dedicam, participam e não vê a
hora passar. A ludicidade permite que esse envolvimento se torne possível. De
acordo com Resende (1999):
Não queremos uma escola cuja aprendizagem esteja centrada nos homens
de “talentos”, nem nos gênios, já rotulados. O mundo está cheio de talentos
fracassados e de gênios incompreendidos, abandonos à própria sorte.
Precisamos de uma escola que forme homens, que possam usar seu
conhecimento para o enriquecimento pessoal, atendendo os anseios de
uma sociedade em busca de igualdade de oportunidade para todos.
(RESENDE. 1999, p. 42-43).
O lúdico representa valores para todas as fases da vidas, mais é na infância
que seu poder se intensifica. Assim, a ludicidade é essencial para a saúde mental
17

tanto quanto para o desenvolvimento psicossocial. O lúdico possibilita a interação da


criança com o mundo externo, integrando de forma específica os estudos sobre a
importância do lúdico na formação do processo de ensino-aprendizagem.
Através de atividades lúdicas, a criança cria conceitos, e percebe a
importância das regras. O lúdico pode ser encontrado em qualquer atividade que
executamos e que proporciona prazer. Dessa forma o lúdico vem ganhando espaço
no cotidiano acadêmico, afinal, é uma ferramenta que revigora e colabora com o
trabalho docente, trazendo muitas contribuições para a rotina da aprendizagem. A
sistematização de atividades lúdicas permite que as crianças adquiram referências
significativas que permitem conhecer a si mesmas, descobrindo um novo mundo,
reconhecendo o aluno como sujeito do processo educativo, permitindo sua
participação, colaboração e acima de tudo, sua autonomia.
18

4 A LUDICIDADE COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

O brincar possibilita a criança que ela entenda as regras, ampliando o seu


relacionamento social, respeitando a si e aos outros. A ludicidade permite que a
criança comece a se expressar e a interagir com o mundo, ela passa a ouvir mais, a
respeitar mais, a questionar mais. Enquanto educadores precisamos refletir a
importância da ludicidade para o processo educativo, buscando utilizar a ludicidade
como ferramenta na promoção e construção do saber.
Piaget (1975) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança. Ele afirma:
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais do exercício
sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade
própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real
em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos
de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um
material conveniente, a fim de que, jogando, eles cheguem a assimilar as
realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência
infantil. (PIAGET, 1975, p.160).

Sabemos que o brincar é um direito da criança. O lúdico pode ser encaixado


em qualquer atividade com planejamento diversificado, utilizando uma metodologia
interdisciplinar para construir e alcançar os objetivos traçados. Portanto, a
brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja sempre
presente na escola desde a educação infantil para que o educando possa se colocar
e se expressar através de atividades lúdicas. Almeida (1995) acrescenta:
O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantindo
se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não
tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da
educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e
predisposição para levar isso adiante (ALMEIDA, 1995, p.63).

Temos também que avaliar as dificuldades e as necessidades e buscar


respostas educativas para solucionar problemas de desempenho escolar dos
educandos, uma avaliação qualitativa permanente, e de aperfeiçoamento da
formação dos profissionais de Educação é mais que uma revisão dos limites que
separam as modalidades regulares e especiais de ensino escolar. Envolve novos
valores e atitudes pessoais e profissionais.
Acredito que o educando deve ser avaliado não só nos aspectos cognitivos,
mas em sua plenitude. Coll (1996) aponta que:
19

A avaliação deve desempenhar duas funções: permitir ajustar à ajuda


pedagógica as características individuais dos alunos por meio de
aproximações sucessivas; e permitir determinar o grau em que foram
conseguidas as situações do projeto. (COLL, 1996, p. 147).

Assim, tanto o cuidar o educar como o brincar devem estar presentes, quando
se pensa em atendimento integral à criança e essa ideia está presente no
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais que
envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do
corpo, como da quantidade da alimentação e dos cuidados com a saúde,
quando à forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades
de acesso a conhecimentos variados. (BRASIL, 1999, p. 24).
Para exercer essa função necessita-se de profissionais qualificados que
promova o enriquecimento das experiências da criança, que oportunize a descoberta
do mundo, das relações, dos afetos, dos objetos da natureza, do próprio corpo, dos
movimentos, das impressões, tudo ludicamente. Dessa forma, precisamos refletir
que os jogos e brincadeiras contribuem de maneira positiva na construção do
processo de ensino aprendizagem, tanto no aspecto social, pessoal como no
intelectual de se fazer presente no momento pedagógico.
Avaliando todas as dificuldades e necessidades no processo educativo
devemos buscar solucionar problemas durante o desempenho escolar das crianças.
O professor deve fazer uma avaliação qualitativa durante todo o processo,
analisando tanto o desempenho quanto a dedicação dos educandos. Assim espera-
se desse Projeto que permita uma reflexão por parte do professor, sobre a função
dos educadores durante o processo de ensino, e também quais as melhores
maneiras de repassar a ludicidade, valorizando-a, e não utilizando de maneira
mecanizada.
Por meio das atividades lúdicas as crianças assimilam a cultura e o
conhecimento, é através dessas atividades que elas se integram, e promovem um
pensamento reflexivo, ampliando as experiências da ludicidade. Podemos afirmar
que as atividades que envolvem o lúdico permite que trabalhemos os conteúdos com
naturalidade, e de forma prazerosa, criando experiências concretas e significativas.
Ao pensar no ato de brincar, nos deparamos com diferentes enfoques, sendo
possível apresentar diferentes dimensões do aprendizado. A brincadeira promove a
autonomia da criança, fazendo com que sua dependência seja diluída. De acordo
com Vygotsky(1999):
20

A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal”


que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de
desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver
independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento
potencial, determinado através da resolução de um problema sob a
orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais
capaz. (VYGOTSKY, 1999, p.97).
Ao mencionar o ato de brincar, é necessário direcionar as atenções somente
no brinquedo, ou em outros recursos, ao brincar a criança a brincadeira com sua
vivência no cotidiano, demonstrando o que aprendeu com a atividade. Durante todo
o processo de aprendizagem a criança tem seu desenvolvimento adquirido. O
brincar desenvolve o lado intelectual da criança, possibilitando melhor interação com
a sociedade que convive.
Segundo Piaget (1975), as atividades lúdicas atingem um caráter educativo,
tanto na formação psicomotora, como também na formação da personalidade das
crianças. Assim, valores morais como honestidade, fidelidade, perseverança,
hombridade, respeito ao social e aos outros são adquiridos. Kishimoto (2002) diz:
Como educadores, devemos entender que nossa função é oferecer de
forma variada, atividades lúdicas que promovam o raciocínio lógico.
Kishimoto acrescenta: “Por ser uma ação iniciada e mantida pela criança, a
brincadeira possibilita a busca de meios, pela exploração ainda que
desordenada, e exerce papel fundamental na construção de saber fazer.”
(KISHMOTO, 2002, p. 146)
É através do brinquedo que a criança começa a agir de maneira cognitiva,
com o contato frequente a criança começa a se envolver com algo surpreendente,
pois o processo educacional permite criar espaços através do planejamento,
aumentando o contato com o conhecimento.
Com o interesse de incorporar o lúdico no trabalho pedagógico na educação
infantil, um dos objetivos mais importantes é o de auxiliar a criança a obter melhor
desempenho durante o processo de aprendizagem. O jogo apresenta funções muito
importante no processo ensino-aprendizagem, através dele a criança encontra a
satisfação no jogar, de maneira educativa, trabalhando a convivência social,
aprendendo a respeitar as regras e a vez do outro.
O educador deve estar motivado para planejar e proporcionar uma atividade
que o aluno desperte o interesse para criar, desenvolver e participar. A ludicidade
nas práticas pedagógicas não deve ser vista como descontração, e sim como uma
forma de aprimoramento do raciocínio lógico. O lúdico viabiliza diversos
aprimoramentos nas esferas cognitivas. Com o brincar a criança expande seu
desenvolvimento na linguagem, pensamento e comportamento.
21

A atividade lúdica fornece diversas evoluções nas habilidades psíquicas da


criança. Com os jogos e as brincadeiras ela aprende a controlar impulsos, a respeitar
regras e a esperar. A utilização dos jogos e das brincadeiras no processo
educacional proporciona o aprimoramento de conhecimentos. Para que tudo isso
seja possível, o educador acima de tudo deve estar motivado, inspirado a fazer um
bom trabalho, assumindo um compromisso consigo mesmo, e realizando seu
planejamento de aula de maneira eficaz.
22

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dessa pesquisa foi possível compreender que o brinquedo e


brincadeiras ganham força nas atividades lúdicas, que essas ferramentas colaboram
para o desenvolvimento dos estudantes da educação infantil, sendo fundamental no
processo de ensino-aprendizagem o ato de jogar, brincar e também na utilização dos
brinquedos para o desenvolvimento emocional, afetivo, cognitivo e social dos alunos.
É preciso ainda, constatar, o quanto as brincadeiras, o brincar e os jogos têm
perdido espaço para a alfabetização precoce, onde alguns docentes priorizam o
ensino tradicional e não se dão conta da importância de respeitar as etapas do
desenvolvimento infantil.
O trabalho baseia-se na importância e na colaboração que o lúdico traz para o
processo de aprendizagem na etapa da Educação Infantil e suas colaborações para
a primeira infância. Reconhecendo a importância do lúdico e da ludicidade no
desenvolvimento das crianças e no processo de aprendizagem, estamos nos
referindo a jogos, brinquedos e brincadeiras como ferramentas de construção do
saber.
O presente trabalho busca conscientizar o quanto é importante uma aula
planejada respeitando as características da educação Infantil e das crianças, como
devemos nos planejar para ministrarmos essas aulas e atividades de modo a incluir
o brincar na metodologia pedagógica empregada, demonstrando também que a
ludicidade não deve ser feita de maneira mecanizada, como uma válvula de escape
para educadores que não planejaram a aula do dia.
As pesquisas apresentadas demonstram o quanto é eficaz o ato de aprender
brincando, compreender que o mundo lúdico é um mundo onde as crianças ficam
em constante exercício, estimulando sempre sua imaginação e interação. Pode-se
afirmar que a ludicidade é um colaborador da educação, que deve ter sua
valorização reconhecida não só pelos educadores, mais também pelos pais dos
educandos. Através do brinquedo e da brincadeira as crianças começam a despertar
para descobertas, portanto, aprende.
As brincadeiras e os jogos são as principais atividades exercidas pelas
crianças, assim, os educadores devem buscar, durante o processo ensino-
aprendizagem, resgatar o lúdico como o instrumento de transmissão e construção de
conhecimento. A sociabilidade dentro da sala de aula gera situações de
23

compromisso, fazendo com que o discente perceba o quão importante é o dia-a-dia


escola. O Projeto traz uma proposta educativa multicultural, proporcionando
conquistas e trazendo riquezas para o ambiente escolar no processo de
aprendizagem.
Essa é uma experiência que tem, como todas as outras, seus pontos positivos
e negativos, suas dificuldades. Sabemos que muitos professores têm limitado sua
atividade pedagógica a uma pratica tradicionalista, não considerando a criança como
alguém que aprende brincando e se expressando de diversas maneiras.
Dessa forma, é possível compreender que os jogos, brinquedos e
brincadeiras tradicionais são hoje ainda jogados por crianças, mesmo sendo antigo
de várias gerações ainda é lembrados e jogados por elas, onde passa de avós para
pais, e pôr fim aos seus filhos. Ao brincar, apresentamos as crianças, as diversas
formas de utilizar brincadeiras e inserir o lúdico no dia a dia das crianças na vida
escolar, é preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao
conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para
repensarem sua prática, se reconstruir enquanto cidadãos e atuarem enquanto
sujeitos da produção de conhecimento.
Portanto, cabe a escola construir e significar os espaços para a brincadeira,
permitindo a construção e estimulação da imaginação e da interação entre os
sujeitos, valorizando a função educativa do brincar e também do lúdico, pois festa
forma as situações são criadas pelo adulto com objetivo de proporcionar um tipo de
aprendizagem esta situação está inserida numa situação educativa.
REFERÊNCIAS

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Paulo: Loyola, 1995.
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