impressao (1)

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

HISTÓRIA DA MÍDIA E

JORNALISMO
AULA 2

Prof. Otacilio Evaristo Monteiro Vaz


CONVERSA INICIAL

Olá! Depois do que já discutimos, seguiremos agora com esta aula, que
também será muito legal! Quando iniciamos o processo de nos comunicar?
Como isso afetou o conhecimento das civilizações ao longo do tempo? São
questões que facilmente surgem ao conversarmos sobre história e comunicação.
E é isso que vamos conversar aqui também!

CONTEXTUALIZANDO

Comunicação e conhecimento sempre andaram juntos. Você já percebeu


como aprendemos quando nos comunicamos? Para isso, sempre precisamos
estar em coletividade: escola, família, amigos etc. Tanto no passado como hoje,
estar com os outros nos ajuda a ter uma noção do mundo, dos outros e de nós
mesmos. Várias foram as formas de se comunicar: pela imagem, fala, corpo,
escrita, elementos sempre combinados, sempre nos ajudando a passar uma
ideia, a nos comunicar!

PROBLEMATIZAÇÃO

Como as sociedades construíram, ao longo do tempo, formas de melhorar


a comunicação? O comércio, por exemplo, foi um grande colaborador da
comunicação, tanto no Ocidente quanto no Oriente. As trocas comerciais
também ofereciam trocas culturais, de costumes, culinária, moda e língua. Isso
é comunicação! A coletividade sempre esteve presente nas antigas formas de
se comunicar. Que soluções foram surgindo ao longo do tempo para melhorar
isso tudo? Vamos ver?

Pesquise

Nesta disciplina, você vai encontrar os seguintes temas:

1. O conceito de produção de discurso;


2. As mídias básicas para se comunicar;
3. Comunicação física/escrita;
4. Comunicação oral/visual;
5. Comunicação multimídia.

2
Saiba mais
Para aprofundar seu conhecimento no tema, leia o artigo “A comunicação
pelo meio (teoria complexa da comunicação)”, de Edgar Morin (2003). Disponível
em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/vie
wFile/3197/2462>. Acesso em: 3 out. 2019.

TEMA 1 – O CONCEITO DE PRODUÇÃO DE DISCURSO

O que você entende por “discurso”? Geralmente ouvimos o termo


vinculado à política, aos discursos dos políticos nas campanhas, não é? Mas na
verdade toda comunicação é um discurso, algo que queremos transmitir, contar.
“Texto” vem de “têxtil”, um tecido, uma trama que se monta, que se comunica.
Com isso, podemos inclusive relembrar questões que já discutimos.
Lembra das pinturas rupestres? Com o que foi proposto, podemos concordar
que elas já eram uma produção de discurso, uma ideia que se pretendia passar.
A produção do discurso sempre carrega elementos da nossa cultura, dos
nossos valores, da nossa vida. Traduz quem somos e nossa relação com os
outros e com o mundo. Com o tempo, formas mais sofisticadas de produção de
discurso foram criadas. O surgimento das mídias de massa permitiu uma
produção de discurso que visava um grande contingente, ganhando novos
contornos com o cinema, o radio e a televisão.

Figura 1 – Novas formas de comunicação trouxeram novas formas de discurso

Fonte: Romarioien/Shutterstock.

3
Mas devemos lembrar que um discurso também pode ser contraditório em
relação à realidade. O jornalismo, por exemplo, tem por característica o
papel de investigar e esclarecer as contradições dos discursos produzidos
no mundo, seja pelas religiões, política, ou pelas próprias contradições de
uma sociedade ao longo do tempo.
As contradições ocorrem porque nem sempre o que se diz é o que
acontece; nem sempre um discurso traduz exatamente a realidade, mas sim uma
realidade desejada, idealizada. Trata-se de uma dinâmica própria das
sociedades ao redor do mundo e ao longo do tempo. Os gregos são tidos como
criadores da democracia, mas apenas uma pequena parcela da população tinha
acesso a ela. A Idade Média é conhecida como um período de guerras, violência
e doenças, mas foi também um período de grandes produções artísticas e
científicas. O Brasil é conhecido como o país do futebol e do samba, mas
sabemos que ele é muito mais do que isso.
A produção de discurso é parte do que somos como criaturas sociais, que
precisam se expressar e construir linhas de pensamento para ser
compreendidas pelos outros, pelo mundo. Produzimos discursos para passar a
ideia de quem somos e o que pensamos sobre as coisas. Portanto, temos essa
dinâmica entre a produção do nosso discurso e o discurso dos outros, e como
ambos nos atingem.

“Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a um conhecimento de nós
mesmos.” (Carl Jung)

Saiba mais
Para aprofundar nossa conversa sobre a elaboração de discursos e seus
efeitos, leia o pequeno texto “Propaganda do regime militar”, que nos relembra
algumas músicas usadas para incutir na população brasileira a ideia de
patriotismo: um sentimento que, para os mais diversos fins, pode ser construído
pelas mídias de massa, como televisão, rádio, cinema e, no nosso tempo, redes
sociais. Disponível em: <http://memoriasdaditadura.org.br/generos-e-
programas/propaganda-do-regime-militar/>. Acesso em: 3 out. 2019.

TEMA 2 – AS MÍDIAS BÁSICAS PARA SE COMUNICAR

Se prestarmos atenção, vamos reparar que as “velhas” formas de se


comunicar não são tão velhas assim. As antigas formas convivem hoje com as
4
novas. Somos (por enquanto) de um tempo híbrido, em que enviamos um e-mail
pelo nosso smartphone, mas anotamos as aulas em um caderno, usando lápis
ou caneta; utilizamos o Skype, mas não dispensamos o bate-papo no boteco;
conseguimos achar um endereço facilmente pela web, mas anotamos um
número de telefone na palma da mão. Velhas formas de comunicação convivem
com as novas. A cibercultura é uma área da comunicação que observa esses
“novos” fenômenos comunicacionais e nos ajuda a perceber (e entender) para
onde estamos indo.

Figura 2 – Novas e velhas formas de comunicação interagem no nosso tempo

Fonte: Vladgrin/Shutterstock.

Vamos voltar no tempo! Como vimos, desde que estamos neste planeta,
nós nos comunicamos, e fazíamos isso da forma que era possível. No período
pré-histórico, por exemplo, o homem não tinha formas sofisticadas para se
comunicar, não havia escrita, as línguas ainda não estavam desenvolvidas, mas
mesmo assim ele conseguiu se expressar, deixar sua marca na Terra, conseguiu
se comunicar. Ao longo do tempo, as sociedades humanas foram inventando e
diversificando formas cada vez melhores para isso. As antigas civilizações
conseguiram criar sistemas de comunicação que incluíam recursos linguísticos,
visuais, sonoros ou escritos, a fim de transmitir suas crenças e valores, mas
também com o propósito de se perpetuar no tempo. E muitos conseguiram!
A seguir, vamos verificar algumas das mídias básicas de comunicação,
desenvolvidas ao longo de séculos de evolução tecnológica, que nos permitiu
chegar ao ponto em que nos encontramos hoje. Sim, ao falarmos de avanços na

5
comunicação, estamos falando de tecnologia da comunicação. Uma escultura é
arte, mas também é uma tecnologia comunicacional, assim como um
pergaminho, uma pirâmide ou uma catedral medieval. São tecnologias que
permitiram comunicar as tradições e os valores de uma sociedade, em um
determinado tempo e lugar.

Figura 3 – A necessidade de comunicação vem desde nossos ancestrais

Fonte: Moriz/Shutterstock.

Saiba mais
Assista à entrevista da professora e vice presidente da Intercom, Marialva
Barbosa, falando sobre a história da comunicação no mundo e no Brasil.
<https://www.youtube.com/watch?v=7vhXckCQgMg>. Acesso em: 4 out. 2019.

TEMA 3 – COMUNICAÇÃO FÍSICA/ESCRITA

Quando Peter Burke e Asa Briggs comentam, no livro Uma história social
da mídia (2006), sobre as antigas formas de comunicação, sempre teremos o
elemento humano presente. O processo comunicacional esteve atrelado ao
deslocamento de pessoas até o surgimento do telégrafo, no século XIX. Essa
mídia permitiu que as mensagens se deslocassem no lugar das pessoas.
Pensemos juntos: a comunicação física nunca desapareceu. Apesar de
toda a tecnologia da Era Digital, ainda precisamos dos encontros presenciais em

6
várias ocasiões. Somos seres sociais! Dificilmente vamos extinguir
definitivamente essa prática.
Uma das mais antigas atividades humanas foi a grande colaboradora do
processo comunicacional e envolvia o encontro entre pessoas: o comércio. Essa
atividade foi desenvolvida em todo o planeta e sempre envolvia coletividade,
pessoas que se encontravam para trocar mercadorias. E nessas trocas também
havia um intercâmbio; culturas distantes se encontravam e dividiam
experiências, costumes, valores etc. Isso já era uma forma de comunicação.

Figura 4 – Exemplo de comércio e intercâmbio cultural

Fonte: Kalapangha/Shutterstock.

Esse mesmo comércio estimula a atividade da escrita, além das religiões.


Desde o mundo antigo, a atividade da escrita se torna algo utilizado pelos povos
ao redor do mundo, e inicia-se o período histórico que permite o registro da
cultura e dos valores de um povo. A partir do século XV, com o advento da prensa
gráfica desenvolvida por Gutenberg, aliada ao período das grandes navegações
e do aquecimento de um comércio entre a Europa e o resto do mundo, a escrita
torna-se uma ferramenta fundamental.
Começa o processo de alfabetização das crianças a partir do século XV,
estimulado principalmente por uma necessidade de saber fazer contas e
registros comerciais. A religião também será outro grande motor para o
letramento da Europa, e mais tarde da América. Religiões como o protestantismo
estimularam a alfabetização de populações europeias, com o fim de aumentar o
número de fiéis e, consequentemente, de leitores de sua doutrina.

7
A passagem do manuscrito para o impresso trouxe uma
democratização do acesso ao conhecimento. Se antes do século XV o
conhecimento estava principalmente nas mãos da Igreja Católica de Roma e da
alta nobreza, com os impressos houve um maior acesso ao grande público.
Somemos a isso o processo de alfabetização que ocorre na Era Moderna. Agora,
vamos pensar: será que mais pessoas com acesso à informação trarão mais
consequências aos processos comunicativos? Sim!
Podemos ver aqui algumas das consequências vindas do acesso à
informação pela comunicação escrita. Ainda em um período próximo à invenção
da prensa gráfica, teremos um movimento de revisão das escrituras da Bíblia,
fruto de novas interpretações vindas do protestantismo de Calvino e Lutero, cujas
consequências culminarão no movimento chamado “Reforma”. A Igreja Católica
irá reagir a esse movimento, levando tanto a Europa quanto a América ao que
se chamou de “Contrarreforma”, que ocorre principalmente nos séculos XV e
XVI.
Outras consequências da informação escrita também podem ser notadas
no campo da política. A partir do século XVIII, com o Iluminismo, várias ideias
que confrontavam os regimes monárquicos totalitários da Europa foram
publicadas em livros, espalhando-se pela Europa e pelo mundo.
Saiba mais
Leia o artigo “A cibercultura como território recombinante”, de André
Lemos, disponível em: <https://agenciapillares.wordpress.com/2011/06/10/a-
cibercultura-como-territorio-recombinante-por-andre-lemos/>. Acesso em: 4 out.
2019.

TEMA 4 – COMUNICAÇÃO ORAL/VISUAL

A oralidade é uma das formas mais antigas de se comunicar. Mesmo


antes de possuirmos linguagem, supostamente nos comunicávamos por meio de
sons guturais para passar as ideias que queríamos. Não há nada mais ancestral
nas formas de comunicação do que a comunicação oral.
Esta permitiu que todas as sociedades pré-escrita conseguissem manter
e passar adiante a sua cultura e suas tradições ao longo dos séculos. As histórias
eram contadas pelos mais velhos aos mais novos e, assim, mantinha-se a
passagem de seus valores para as gerações futuras.

8
Podemos pensar neste mecanismo durante muitos séculos. Mesmo após
a chegada dos livros manuscritos e da prensa gráfica – como vimos na
comunicação escrita – a comunicação oral se mantém como uma forma de
assimilar e transmitir conhecimento, utilizada pela maioria das pessoas ao redor
do planeta. Lembremos que o processo da alfabetização das populações
decorreu de forma lenta e irregular. Cada civilização desenvolve esse processo
em ambientes mais ou menos hostis a tal processo. Houve historicamente um
conflito entre as relações de poder e o processo de letramento, pois o primeiro
era ameaçado pelo segundo, o que de fato ocorreu conforme vimos com o
processo da contrarreforma e as guerras pela independência americana e
francesa, que tiveram uma grande colaboração da ideologia iluminista publicada
em livros, além das próprias questões sociopolíticas de cada lugar citado.
E sobre a comunicação visual, onde você acha que ela ocorre? Muito
provavelmente, dentre sobre as quais estamos conversando aqui, esta seja a
mais utilizada e uma das que as sociedades utilizam há mais tempo! E é fácil
chegarmos a esta conclusão: tentemos nos lembrar de quantas imagens já
vimos, e que foram produzidas por diferentes civilizações, em diferentes lugares
e em diferentes épocas. Mesmo antes de sequer pensar em uma linguagem
elaborada, os povos ao redor do planeta já percebiam que com o uso de imagens
seria possível transmitir uma ideia. As imagens possuem o poder de serem
compreendidas por qualquer civilização, sem as barreiras culturais que a
linguagem impõe.

Crédito: buteo/Shutterstock.

Lembra-se do dito popular de que “uma imagem fale por mil palavras”?
Pois é, a partir desta nossa conversa ele faz bastante sentido, não é? Os

9
primeiros grandes impérios da Antiguidade já tinham percebido isso. O império
de Dario, há 2.500 anos, estendia-se do Mediterrâneo, a Oeste, até a Índia, a
Leste. Este governou milhares de pessoas de aproximadamente vinte nações
diferentes, porém ele não teria como estar constantemente presente em todos
estes locais. Como superar as barreiras de tantas línguas diferentes entre os
povos dominados? A solução encontrada por Dario foi utilizar a comunicação
visual, a qual lhe possibilitou superar os obstáculos da linguagem.
Os representantes dos mais distantes povos dominados, ao andarem
pelas escadarias do templo de Dario, na cidade de Persépolis, veriam uma série
de imagens esculpidas em alto relevo, que passavam a mensagem do grande
líder soberano. Podemos ver o exemplo de Dario em diversas épocas ao longo
do tempo, inclusive em campanhas políticas de hoje.

Crédito: nicolasdecorte/Shutterstock.

Vídeo
Assista a How Art Made the World, série produzida pela BBC, episódio 3,
“The art of persuasion”.

TEMA 5 – A COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA

Percebe como utilizamos até hoje as formas básicas de comunicação?


Novas tecnologias da comunicação não eliminam as antigas: o que ocorre é a
sua coexistência. Novas formas convivem com as antigas, e provavelmente isso
ainda vai acontecer por muito tempo.

10
E o que seria uma comunicação multimídia? O próprio termo já nos ajuda:
multimídia significa múltiplas mídias ocorrendo simultaneamente. Existe uma
tendência a considerarmos o termo ligado a um período mais contemporâneo,
ligado à informática e à internet. O conceito se torna popular durante o final do
século XX com novas tecnologias que permitiram o consumo simultâneo de
imagens, fotos, texto e áudio por meio de computadores. No final dos anos 1990
tornaram-se os chamados kits multimídia: era realizada a instalação, nos
computadores, de um par de caixas de som, um microfone, uma placa de áudio
e um drive de CD-ROM (um leitor de CDs).
No entanto, se pensarmos a partir do que discutimos anteriormente,
podemos concordar que, ao combinarmos as diferentes mídias, também teremos
multimídia – pois em nosso dia a dia utilizamos múltiplos meios para nos
comunicarmos: quando falamos, geralmente gesticulamos – o que significa
utilizar a comunicação oral e a visual ou seja, temos aí uma comunicação física.
Vemos ao longo do tempo vários exemplos de comunicação multimídia
utilizados para garantir maior sucesso na transmissão de mensagens. A Igreja
é, tradicionalmente, uma das instituições que mais utilizou a comunicação
multimídia no Ocidente. Vamos relembrar exemplos já discutidos: ao entrarmos
em uma igreja somos bombardeados por vários tipos de comunicação. Durante
uma missa temos comunicação oral, vinda pelo sermão do padre e pelos
cânticos entoados pelos fiéis; há comunicação visual na decoração do interior da
igreja e nas vestes do padre; e temos comunicação escrita nas escrituras que
compõem a decoração do espaço, nos materiais impressos lidos durante a
própria missa. Enfim, pelos exemplos podemos perceber que o conceito de
multimídia é muito anterior à década de 1990.
A partir do início do século XX, teremos as mídias de massa, que trarão
mais formas de se comunicar, e para um público cada vez maior. As novas
tecnologias surgidas no final do mesmo século trouxeram mais (e novas)
possibilidades de interação e consumo de informação por canais variados, e
vamos estudar sobre isso em breve. Até lá!

Sugestão de leitura
BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. (cap. 1)

11
TROCANDO IDEIAS

Vimos como a comunicação surge pelo nosso desejo de discursar sobre


algo, de dizer o que pensamos. Para isso, fomos desenvolvendo ferramentas
cada vez melhores e mais eficazes para que nossos discursos alcançassem o
maior número de expectadores. E o jornalismo lança mão diariamente desse
mecanismo ancestral.

NA PRÁTICA

Faça um levantamento de diferentes produções jornalísticas (material


impresso, rádio, TV, web) e verifique as diferentes produções de discurso que
cada uma irá gerar sobre o mesmo assunto.

SÍNTESE

Este foi o segundo de muitos encontros! Vimos como somos seres


comunicacionais, sempre fomos e provavelmente nunca deixaremos de ser.
Vimos como o processo de se comunicar foi se modificando conforme a
sociedade também se modifica, e como um influenciou o outro: a comunicação
modifica a sociedade e a sociedade modificada transforma a comunicação.
Ao longo de diferentes épocas percebemos como os diferentes povos ao
redor do planeta foram encontrando novos recursos para se comunicar melhor,
e como isso os transformou. A importância da comunicação para a formação do
conhecimento, algo construído com as gerações, possibilitando que as diversas
culturas surgissem e fossem passadas adiante. Comunicação, conhecimento e
tecnologia, como elementos indissolúveis no desenvolvimento social. Vimos os
avanços tecnológicos que melhoram o processo comunicacional, melhorando as
trocas de conhecimento, ampliando as influências mútuas.
Viram como o processo da industrialização do mundo ocidental e a
consequente criação de uma sociedade de consumo afetaram nos meios de
comunicação? As grandes mídias de massa como o rádio, a televisão e o cinema
transformaram o século XX de forma definitiva. A indústria cultural produzindo
sonhos para as pessoas, criando um fascínio pela visibilidade, o desejo de ver e
ser visto na multidão. A era digital e as novas possibilidades de produção de
conteúdo, as experiências pessoas agora compartilhadas com todos, uma
democracia digital, onde aos poucos percebemos uma quebra dos antigos
12
monopólios da informação. Onde as pessoas anônimas também produzem
conteúdos que são apresentados nos telejornais de todo dia. São aspectos como
estes que vamos discutir aqui, ao longo desta incrível jornada que é a história da
comunicação!

13
REFERÊNCIAS

ALVES, M. N. Mídia e produção audiovisual: uma introdução. Curitiba: Ibpex,


2011.

BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma história social da mídia: de Gutenberg à internet.


Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

MORIN, E. A comunicação pelo meio (teoria complexa da comunicação).


Famecos, Porto Alegre, n. 20, p. 7-12, abr. 2003. Disponível em:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile
/3197/2462>. Acesso em: 3 out. 2019.

PROPAGANDA do regime militar. Memórias da Ditadura, 5 dez. 2014.


Disponível em: <http://memoriasdaditadura.org.br/generos-e-
programas/propaganda-do-regime-militar/>. Acesso em: 3 out. 2019.

SIBILIA, P. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova


Fronteira, 2008.

SILVA, J. L. O. A. Rádio: oralidade mediatizada – o spot e os elementos da


oralidade radiofônica. São Paulo: Annablume, 1999.

14

Você também pode gostar