Enem Homofobia e Transfobia No Brasil

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Tema Enem: Homofobia e

Código da Redação
transfobia no Brasil ENEM042018

TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I
No Brasil e no mundo, vivemos um momento emblemático da luta pelos
direitos civis dos homossexuais. Apesar de toda a polêmica, retrocessos e uma
resistência ferrenha dos setores mais conservadores da sociedade, muitas conquistas
têm sido obtidas - e uma das mais importantes comemora 27 anos.
Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a
homossexualidade da lista de doenças mentais do Código Internacional de Doenças. A
decisão também eliminou o uso do sufixo ‘ismo’, desvinculando a orientação sexual
da ideia de enfermidade. A data é tão memorável que passou a marcar o Dia
Internacional de Combate à Homofobia.
Cinco anos antes, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) brasileiro já havia
deixado de classificar a homossexualidade como desvio sexual. Em 1999, uma nova
resolução do CFP estabeleceu regras para a atuação dos psicólogos do país: a
orientação sexual dos pacientes não deveria ser considerada doença, distúrbio ou
perversão — muito menos, algo a ser ‘curado’. Para evitar a estigmatização, os
profissionais também não deveriam se manifestar publicamente de forma a associar a
homossexualidade a desordens psíquicas.
[...]

Disponível em: http://www.emdialogo.uff.br/content/ha-23-anos-homossexualidade-deixava-de-ser-considerada-


pela-oms-uma-doenca-mental. Acesso em: 01 de maio 2018.

TEXTO II
Acampamentos para adolescentes que oferecem “a cura” da
homossexualidade. Grupos de apoio para “corrigir” a orientação sexual. Psicólogos
que afirmam poder “reverter” a atração entre pessoas do mesmo sexo. Associações
que oferecem ajuda para “sair da homossexualidade”. São as conhecidas “terapias
antigay”, pseudotratamentos que, apesar dos alertas da maioria das associações
médicas e científicas, divulgam sem barreiras, em um grande número de países,
organizações homofóbicas — muitas delas com profundas raízes religiosas— e
supostos conselheiros e psicólogos. Apenas três países — Brasil, Equador e Malta —
têm leis que proíbem expressamente esse tipo de prática, que quase todas as
associações psiquiátricas consideram não só ineficazes como também prejudiciais.
No caso brasileiro, a movimentação para tentar derrubar a proibição legal
jamais desapareceu. Desde 1999, o Conselho Federal de Psicologia brasileiro proíbe
que psicólogos promovam qualquer tipo de tratamento que proponham a cura da
homossexualidade, pois a orientação sexual não é considerada uma patologia no país.
O Conselho Federal de Medicina também tem este entendimento, mas o veto, no
entanto, não impede que pastores evangélicos, principalmente, preguem soluções
milagrosas ou terapêuticas para extirpar a homossexualidade dos fiéis. Tanto é que a
“cura gay” está de volta ao Congresso pelas mãos de um pastor-deputado.
[...]

Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/10/internacional/1494432608_363146.html. Acesso em:


01 de maio 2018.

TEXTO III
O país que exportou duas das transexuais mais requisitadas do mundo da
moda, Valentina Sampaio e Lea T., também é um dos que mais mata transgêneros no
mundo.
Só no primeiro quadrimestre deste ano, o número de assassinatos no grupo
mais vulnerável da comunidade LGBT subiu 18% em relação ao mesmo período de
2016, até agora o ano mais violento da década para essas pessoas. A informação é dos
grupos brasileiros Rede Trans Brasil e GGB (Grupo Gay da Bahia).
De acordo com o último relatório da ILGA (Associação Internacional de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais), o Brasil ocupa o primeiro
lugar em homicídios de LGBTs nas Américas, com 340 mortes por motivação
homofóbica em 2016 - a GGB conta 343. Os grupos brasileiros estimam que 144
desses homicídios sejam de travestis e transexuais.
[...]

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/05/1884666-brasil-patina-no-combate-a-


homofobia-e-vira-lider-em-assassinatos-de-lgbts.shtml. Acesso em: 01 de maio 2018.

TEXTO IV
"Na favela não se pode dar um beijo nem andar de mãos dadas. Quem é gay,
lésbica ou transexual de território de favela não usufrui dos avanços que os LGBTs do
país vêm experimentando. Não lutamos para adotar um filho. Ainda estamos lutando
para sobreviver".
É assim que Gilmara Cunha, ativista transexual baseada no Complexo da Maré,
na Zona Norte do Rio de Janeiro, se posiciona ao ser questionada sobre as diferenças
entre ser LGBT no "asfalto" da Zona Sul e na favela.
[...]

Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151101_transexual_jp. Acesso em: 01 de maio


2018

TEXTO V

Disponível em: https://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2014/09/16/homofobia-nao-existe-por-


laerte/ l. Acesso em: 01 de maio 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos


construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Homofobia e
transfobia no Brasil”, apresentando a proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

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