Conhecimentos Bancarios BNB 2018
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Conhecimentos Bancarios BNB 2018
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Aula 1
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Querido aluno e futuro servidor do Banco do Nordeste... abaixo preparei um matéria conforme
nossas aulas. Será D+. Curso 100% atualizado, novidades, focado no edital anterior, mas que
será atualizado assim que o novo edital for publicado, muito em breve por sinal.
Conteúdos que serão abordados por mim:
AULA 1: Apresentação do curso.
AULA 2: instituições do Sistema Financeiro Nacional – tipos, finalidades e atuação. Banco Cen-
tral do Brasil e Conselho Monetário Nacional – funções e atividades.
AULA 3: Instituições Financeiras Oficiais Federais – papel e atuação.
AULA 4: Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
AULA 5: conta corrente: abertura, manutenção, encerramento, pagamento. Convênios de ar-
recadação/pagamentos (concessionárias de serviços públicos, tributos, INSS e folha de paga-
mento de clientes). Depósitos à vista. Depósitos a prazo (CDB e RDB). Fundos de Investimentos.
Caderneta de poupança.
AULA 6: Títulos de capitalização. Planos de aposentadoria e de previdência privados. Seguros.
AULA 7: Cheques – devolução de cheques e cadastro de emitentes de cheques sem fundos
(CCF), Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis.
Depois de tudo isso teremos uma aula extra com somente exercícios. Sim, eu sei que você
como aluno da Casa do Concurseiro tem acesso as questões comentadas em vídeo, que são
milhares.. mas resolver questões nunca é demais né?
AULA 8: Resolução de questões.
Se você leu bem o edital, viu que alguns assuntos que constam em conhecimentos específicos
não foram abordados nas aulas. Sim, existem alguns tópicos que serão abordados por outros
amigos: Lucas, Tati e Giuliano. Tenho certeza que você vai adorar as aulas e o material deles.
No último concurso essa parte do conteúdo que irei te ajudar, foi responsável por 17 questões!
Além disso o nosso conteúdo tem peso 2, não se esqueça disso!
Nosso foco de estudos será com o objetivo de responder questões da CESPE. Sim, eu sei que
não definimos ainda qual a banca organizadora, mas quem estiver preparado para enfrentar
as assertivas da cespe, está pronto para detonar qualquer banca. Após a publicação do edital
ajustaremos o nosso foco ok?
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Também é importante salientar que iremos resolver questões em todas as aulas, além do mais,
alunos da Casa do Concurseiro contam com a Casa das Questões, uma plataforma com mais de
50mil questões comentadas em vídeo.
Agora chega de papo e vamos detonar conhecimentos bancários. Lembre-se que quem estudou
com a Casa do Concurseiro para o BNB em 2014, conquistou as primeiras colocações. Nesse
segmento não temos nem concorrentes! Tenho certeza que esse concurso será o seu! :D
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Aula 2
Em algum momento de sua vida você já solicitou ou tomou dinheiro emprestado a um amigo
ou parente? Caso tenha participado de uma operação financeira bilateral, espero que tenha
tido sucesso quanto aos compromissos assumidos. Em geral, não é o que acontece.
Se operações financeiras com pessoas conhecidas já são complexas, imagine fazer um negócio
financeiro com quem você nunca viu. Quais são as garantias? E os riscos assumidos? Em um
cenário no qual as transações no mercado financeiro ocorressem de forma direta entre agentes
1
superavitários e deficitários , quantos negócios teríamos? Como as pessoas e as empresas se
capitalizariam? Certamente a liquidez seria mínima.
Por esse motivo se faz necessária a criação de um Sistema Financeiro, ou seja, um conjunto de
órgãos que regulamenta, fiscaliza e executa as operações necessárias à circulação da moeda e
do crédito na economia. O Sistema Financeiro tem o importante papel de fazer a intermediação
de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários de recursos, tendo
como resultado um crescimento da atividade produtiva. Sua estabilidade é fundamental para a
própria segurança das relações entre os agentes econômicos.
1 Superavitário: quem possui dinheiro sobrando e está disposto a poupar. Deficitário: quem tem déficit financeiro e
busca recursos junto ao mercado.
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2.1. Estrutura do Sistema Financeiro
Uma primeira divisão do Sistema Financeiro Nacional é feita de acordo com o ramo de
atividades, as quais podemos classificar em três mercados distintos e complementares:
MERCADO FINANCEIRO
Divisão Objetivos / Características
Garantir a liquidez da economia. O Banco Central
é o principal executor desse mercado, no qual
Mercado De Moeda
atua através da Política Monetária para realizar o
(Monetário)
controle de oferta de moeda e das taxas de juros de
empréstimos de curto prazo.
No qual ocorre a intermediação de recursos de
médio e longo prazo entre os agentes superavitários
Mercado de Crédito
(ofertantes de recursos) e os deficitários (tomadores
de recursos).
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Note que o mercado de capitais possui dois supervisores (supervisão compartilhada): o Banco
Central e também a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essa supervisão compartilhada
justifica-se pelo fato de que a primeira lei que regulamentou o mercado de capitais, a lei federal
no 4.728, de 1965, em seu artigo primeiro, atribuiu ao Banco Central do Brasil a tarefa de
fiscalização desse mercado.
Mesmo com a criação da CVM, a fiscalização do mercado de capitais não foi transferida em
sua totalidade, ficando ainda partes relacionadas ao mercado de títulos públicos sob a
responsabilidade do Banco Central do Brasil, como deixa claro o § 1º do artigo 3º da Lei nº
6.385/76:
“Ressalvado o disposto nesta Lei, a fiscalização do mercado financeiro e de capitais continuará
a ser exercida, nos termos da legislação em vigor, pelo Banco Central do Brasil.”
Por esse motivo é correto afirmar que a fiscalização desse mercado é compartilhada entre o
BCB e a CVM.
As regulamentações dos órgãos supervisores são dadas através de circulares e cartas circulares
(Banco Central e Susep) ou Instruções Normativas (CVM e Superintendência Nacional de
Previdência Complementar – Previc). A legislação ditada por essas entidades deve sempre
seguir orientações de seus respectivos conselhos.
Quando exercem suas funções de fiscalização, os supervisores possuem autonomia para punir
as instituições que não agirem em conformidade com a lei. Como em qualquer julgamento, cabe
à instituição punida a faculdade de recorrer à penalidade aplicada. Para isso, faz-se necessária a
existência de um órgão recursal, que são eles:
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Esses três órgãos recursais são responsáveis por julgar os recursos interpostos, oriundos de
penalidades administrativas aplicadas pelos supervisores do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Essas são as segmentações de mercado, porém, podemos classificar as instituições que fazem
parte do Sistema Financeiro Nacional em três subsistemas: Normativo, Recursal e Operacional:
Alguns autores dividem o SFN em apenas dois subsistemas (normativo e operacional), porém,
os órgãos recursais que fazem parte do Sistema Financeiro, não se classificam nem como
instituições normativas nem como operacionais, por isso, faz-se necessária a criação de um
terceiro subsistema, o qual vamos chamar de subsistema recursal.
Assim, o Sistema Financeiro Nacional passa a ser dividido em três subsistemas, que juntos se
assemelham aos três poderes de um governo.
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“Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas
jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta,
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional
ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.”
No mesmo artigo, em seu parágrafo único, é possível termos a identificação de “equiparação à
instituição financeira”:
“Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras
as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma
permanente ou eventual.”
Além disso, a lei federal nº 492, de junho de 1986, que trata de crimes contra o sistema
financeiro, altera e atualiza a equiparação de instituição financeira em seu artigo primeiro,
parágrafo único, contemplando também a pessoa jurídica:
“Equipara-se à instituição financeira:
I – a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio, capitalização ou
qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
II – a pessoa natural que exerça quaisquer das atividades referidas neste artigo, ainda que de
forma eventual.”
Algumas instituições financeiras, além de pertencerem ao subsistema operacional, também
executam atividades normativas. Por esse motivo, são conhecidos como agentes especiais. Os
agentes especiais são: o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social.
São eles (BB, CEF e BNDES) os três pilares que auxiliam o governo na implementação das
políticas econômicas voltadas para o agronegócio (BB), habitação e financiamento de longo
prazo (CEF) e investimento (BNDES).
Alguns autores classificam também o Banco da Amazonas e o Banco do Nordeste (BNB) como
agentes especiais, porém, apesar de serem responsáveis pela execução das políticas públicas do
governo, não podemos equipará-los aos agentes especiais, aqui definidos, devido à restrição
geográfica imposta pela área de atuação, uma vez que os dois são responsáveis por executar
políticas públicas regionais e não de âmbito nacional, como os demais.
As Instituições Monetárias são as que possuem a capacidade de criar moeda escritural através
da captação de depósito à vista. Somente essas instituições podem manter contas correntes
movimentáveis por cheques. Não é correto chamá-las de Instituições Bancárias, considerando
que a captação de depósito à vista também é permitida às cooperativas de crédito e à Caixa
Econômica Federal (CEF), que não são bancos. Além do mais, os Bancos de Investimento,
Desenvolvimento, Múltiplo (sem a carteira comercial) e de Câmbio, apesar de serem bancos,
não podem captar através de depósito à vista, portanto não criam moeda, sendo caracterizados
como instituições não monetárias.
Outro erro de divisão do sistema financeiro é a criação de subconjuntos do tipo “bancário”,
“não bancário”, “auxiliares do sistema financeiro nacional” etc.
Ora, se definirmos um conjunto com o nome de “instituições bancárias”, logo, todas as
instituições que não fizerem parte desse conjunto devem ser intituladas como “não bancárias”.
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Ministério
Desenvolvimento 1. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
1. Sociedades de Fomento Mercantil (Factoring)
Sem vínculo a ministério
2. Sociedades Securitizadoras de Recebíveis
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2.2 Conselho Monetário Nacional (CMN)
Os órgãos normativos são responsáveis por determinar regras e diretrizes gerais para o bom
funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Os três órgãos normativos que compõem o
Sistema Financeiro Nacional são:
1. Conselho Monetário Nacional (CMN)
2. Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
3. Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC)
O Conselho Monetário Nacional (CMN), é o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional,
criado em 1964 pela lei federal nº 4.595 – mas a sua instituição se deu apenas em 31 de março
de 1965, já que a lei que o cria só entrava em vigor 60 dias após a publicação –, substituindo a
autoridade monetária da época, que era a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc)
com a finalidade de formular a política da moeda e do crédito.
Em sua primeira formação, o CMN era composto pelo Ministro da Fazenda (presidente
do Conselho), pelo Presidente do Banco do Brasil, o Presidente do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico (BNDE2) e mais seis membros nomeados pelo Presidente da
República. Desde sua criação, sofreu por algumas mudanças em sua composição, ficando como
a atual, ditada pela lei nº 9.069/95 (Plano Real), que limita a quantidade de membros a apenas
três, sendo eles o Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de Presidente, Ministro de
Estado do Planejamento e Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil.
Sua atual composição é:
Composição CMN
1 Ministro da Fazenda (Presidente)
2 Ministério do Planejamento
Seus membros se reúnem, ordinariamente, uma vez por mês para deliberar sobre assuntos
relacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais
de um encontro por mês. Para as suas reuniões, o CMN conta com auxílio das comissões
consultivas, que têm como finalidade auxiliar o Conselho em suas decisões, criadas a partir do
artigo 7º da lei federal nº 4.595/64. A sua atual e correta composição foi definida no artigo 11º
da lei federal nº 9.069:
2 Na época (1945) o BNDE não tinha em seu nome nem em suas atividades o cunho “social”, passando a se chamar
BNDES somente em 1982.
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O CMN é obrigado a realizar audiência das Comissões Consultivas no trato das matérias
atinentes às finalidades específicas das referidas Comissões, ressalvados os casos em que se
impuser sigilo.
Junto ao CMN também funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que
foi criada pelo art. 9º da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, e tem como coordenador o
Presidente do Banco Central do Brasil.
A Comoc funciona como órgão de assessoramento técnico para o CMN na formulação da política
da moeda e do crédito do país. Apesar de prestar assessoria técnica, a Comoc não pode ser
considerada uma comissão consultiva, já que suas competências são bem mais abrangentes,
destacando-se pelo fato de ser a responsável em propor regulamentação e também em se
manifestar previamente sobre as matérias tratadas de competência do Conselho Monetário
Nacional.
O CMN reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, por convocação
do seu presidente. Participam das suas reuniões, além dos conselheiros, membros da Comoc,
diretores de Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil e representantes das
Comissões Consultivas quando convocados pelo Presidente do CMN (Ministro da Fazenda),
porém somente os três conselheiros possuem direito a voto.
Em todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no Diário Oficial da União
(DOU), no qual também devem ser publicadas as matérias aprovadas que são regulamentadas
por meio de Resoluções, normativos de caráter público, que também podem ser consultados
na página de normativos do Banco Central do Brasil3.
Os objetivos do CMN estão definidos no artigo 3º da lei nº 4.595. São eles:
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“I – Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e
seu processo de desenvolvimento.”
Os meios de pagamento são uma espécie de termômetro da economia, que serve de auxílio
para o Banco Central do Brasil (BCB) executar sua política monetária. O objetivo do CMN em
adaptar esses meios de pagamento justifica-se também pelo fato de ele ser responsável pela
coordenação da política monetária, definida pelo 7º objetivo (ver mais adiante).
“II – Regular o valor interno da moeda para tanto, prevenindo ou corrigindo os surtos
inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e
outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais.”
O valor interno da moeda é importante, pois está relacionado diretamente ao preço dos
produtos e serviços, ao poder de compra da moeda e, consequentemente, à inflação. Para
atingir esse objetivo, uma das competências do CMN é a de determinar a meta de inflação a
ser considerada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na decisão da taxa de juros Selic
Meta. (artigo 1º do Decreto 3.088 de 1999).
“III – Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo
em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira.”
O comércio internacional é altamente influenciado pelo valor da moeda local. Nada adianta um
país ter controle da inflação e não ser competitivo no comércio exterior. Para manter-se com
uma balança de pagamento equilibrada, é necessário controle e intervenções das autoridades
monetárias. Para cumprir tal objetivo, o CMN pode, entre outras medidas, outorgar ao Banco
Central do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no
balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação. (Inciso
XVIII do artigo 4º da lei nº 4.595/64).
“IV – Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer
privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao
desenvolvimento harmônico da economia nacional.”
Como maior autoridade monetária do país, cabe ao CMN a responsabilidade de orientar as
instituições financeiras quanto a suas aplicações de recursos. As Sociedades Seguradoras, por
exemplo, que são regulamentadas e fiscalizadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP) e pela Superintendência Nacional de Seguros Privados (Susep), devem seguir orientações
do CMN quanto à aplicação de recursos. Vale ressaltar que as Sociedades Seguradoras, mesmo
não sendo Instituições Financeiras, são equiparadas como tal, de acordo com o artigo 1º da lei
federal nº 7.492, de 1986.
“V – Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à
maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos.”
Um dos exemplos da atuação do CMN para atingimento desse objetivo foi a criação do
DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial), em 2009, pela resolução nº 3.692 (revogada
posteriormente após a estabilidade da economia). Esse novo instrumento de captação foi uma
alternativa para bancos de menor porte em meio à crise internacional de liquidez, que, no Brasil,
atingiu principalmente as instituições financeiras de pequeno e médio porte. O DPGE conta
com garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de 20 milhões atualmente. A
criação dessa nova ferramenta de captação também atendeu a mais um objetivo do conselho,
que é o de:
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2.3 Banco Central do Brasil (BCB ou Bacen)
O Banco Central do Brasil, criado pela lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é uma autarquia4
federal vinculada ao Ministério da Fazenda, com sede e foro em Brasília-DF e atuação em todo
o território nacional, embora suas representações estejam restritas às capitais dos Estados do
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará
e Pará.
O BCB é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e, segundo
o artigo 2º do seu regimento interno (Portaria nº 84.287, de 27 de fevereiro 2015), as suas
finalidades são:
•• Formulação, execução, acompanhamento e controle das políticas monetária, cambial, de
crédito e de relações financeiras com o exterior.
•• Fazer a gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e dos serviços do meio circulante.
•• Organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de
Consórcio.
4 Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa
e financeira descentralizada.
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Políticas econômicas:
•• Conselho Monetário Nacional (CMN): responsável por coordenar.
•• Banco Central do Brasil (BCB): responsável por formular, executar, acompanhar e controlar.
Além de fiscalizar o SFN, o BCB é responsável também por fiscalizar o mercado de capitais
junto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Mesmo com a instituição da CVM por
meio da lei federal nº 6.385/76, parte do mercado de capitais, que envolve basicamente os
títulos públicos federais, estaduais e municipais, continuam sob a supervisão do BCB, conforme
já constava na lei federal nº 4.728/65. (lei nº 6.385, artigo 3º, parágrafo 1º).
Seus objetivos são os de:
•• Manter as reservas internacionais em nível adequado;
•• Estimular a formação de poupança;
•• Zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro;
•• Zelar pela adequada liquidez da economia.
OBS: cuidado para não confundir com o objetivo do Conselho Monetário Nacional, que é de
“zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras”)
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Para cumprir com as suas responsabilidades e atingir seus objetivos, o BCB conta com uma
diretoria colegiada5, que é composta por até nove membros – um dos quais o presidente –,
todos nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória
capacidade em assuntos econômico-financeiros. Após a nomeação, os nomes devem ser
aprovados também pelo Senado Federal. Desde o final de 2004, o presidente do Bacen ganhou
status de Ministro de Estado, dado pela lei federal nº 11.036.
As atuais diretorias do Banco Central estão representadas no quadro a seguir:
DIRETORIA / DIRETOR
1 Presidência
2 Diretor de Administração (Dirad)
3 Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (Direx)
4 Diretor de Fiscalização (Difis)
Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural
5
(Diorf)
6 Diretor de Política Econômica (Dipec)
7 Diretor de Política Monetária (Dipom)
8 Diretor de Regulação (Dinor)
9 Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania (Direc)
As decisões da Diretoria Colegiada serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao presidente,
ou a seu substituto, o voto de qualidade. A diretoria reúne-se, ordinariamente, uma vez por
semana. Nesse encontro devem estar presentes, no mínimo, o presidente, ou seu substituto, e
metade do número de diretores.
Além das reuniões periódicas, os diretores do BCB reúnem-se também para estabelecer
as diretrizes da política monetária e para definir a taxa de juros. Essas atividades são de
responsabilidades do Comitê de Política Monetária (Copom), que foi instituído em 20 de junho
de 1996 e é formado pelos diretores do Banco Central.
O BCB, na implementação das resoluções aprovadas pelo CMN, edita os seguintes documentos:
DOCUMENTO O QUE É
Ato normativo que tem por finalidade divulgar deliberação da Diretoria
CIRCULAR
Colegiada do Banco Central
Ato normativo que tem a finalidade de divulgar instrução, procedimento
CARTA CIRCULAR
ou esclarecimento a respeito do conteúdo de documentos normativos
Documento administrativo de âmbito externo, que tem por finalidade
COMUNICADO divulgar deliberação ou informação relacionada à área de atuação do
Banco Central do Brasil
5 Órgãos colegiados são aqueles em que há representações diversas e as decisões são tomadas em grupo, com o
aproveitamento de experiências diferenciadas.
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Lei nº 5.764/71 e
11. Cooperativas de crédito
LC nº 130/09
Lei nº 6.099/74 12. Sociedades de Arrendamento Mercantil
Lei nº 11.795/08 13. Administradoras de Consórcios
14. Escritórios de representação de instituições financeiras sediadas no
Lei nº 9.613/98
exterior (acerca da prevenção e combate à lavagem de dinheiro)
Lei nº 10.194/01 15. Sociedades de crédito ao microempreendedor
Medida provisória nº
16. Agências de fomento
2.192-70
Lei nº 6.385/76 17. Empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independentes
Lei 12.865/13 18. Instituições de pagamento e de arranjos de pagamentos
As sociedades de fomento comercial (factoring) não são fiscalizadas pelo BCB, sendo suas
atividades meramente comerciais.
Note que as atribuições do BCB, em geral, têm caráter de supervisão, o que fica claro pelos
verbos destacados em negrito. Porém, como exceção, algumas atividades do BCB têm caráter
normativo no sentido mais amplo, como os de:
•• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis e de
transferência de recursos. Nesse caso, fica o Banco do Brasil como responsável pela
execução do serviço de compensação.
•• Regulamentar e fiscalizar o mercado de câmbio – mercado esse que compreende as
operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional
entre residentes, domiciliados ou com sede no país e residentes, domiciliados ou com sede
no exterior e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das
instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente
ou por meio de seus correspondentes.
Segundo a Constituição Federal, artigo 164 em seu parágrafo primeiro, “é vedado ao banco
central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer
órgão ou entidade que não seja instituição financeira”.
Desde a publicação da Lei Federal de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101, de 04/05/2000), o BCB
não emite mais títulos da dívida pública (vedado pelo artigo 34), ficando o Tesouro Nacional o
único órgão autorizado a emitir títulos para atender a política fiscal. O Banco Central utiliza os
títulos do Tesouro Nacional para realizar política monetária por meio de operações de compra
e venda no mercado secundário.
A atuação do BCB no mercado primário de títulos públicos se dá somente quando a emissão
dos títulos tiver com objetivo o refinanciamento da dívida pública. Nesse caso, a compra de
títulos se caracteriza como um alongamento do prazo das dívidas e não como um financiamento
ao tesouro.
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Importante ressaltar que, no mercado primário , o valor de venda dos títulos públicos será
repassado para o cofre do governo, motivo pelo qual o BCB não pode atuar nesse segmento,
exceto no caso citado anteriormente. Já no mercado secundário, no qual o BCB atua livremente,
a negociação é de um título já existente e anteriormente adquirido por um investidor, ou seja, o
valor de venda irá para esse investidor e não para o governo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996 com o objetivo
de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a meta da taxa básica de juros,
que no Brasil é a Taxa Over-Selic, ou Taxa Selic e seu eventual viés6.
O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do BCB: o presidente e os
diretores. Após a publicação do decreto federal nº 3.088, em 21 de junho de 1999, o Copom
passou a ter a sistemática de metas para a inflação como diretriz de política monetária. Desde
então, as decisões do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação
definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Se, em determinado ano, a inflação (medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA)
ultrapassar a meta estabelecida pelo CMN, o Presidente do BCB deve encaminhar carta aberta
ao Ministro da Fazenda explicando as razões do não cumprimento da meta, bem como as
medidas necessárias para trazer a inflação de volta à trajetória predefinida e o tempo esperado
para que essas medidas surtam efeito.
Abaixo, o quadro demonstra como foi em cada ano o comportamento da inflação com relação
à meta da taxa de juros:
6 Viés: o viés é utilizado, normalmente, quando alguma mudança significativa na conjuntura econômica for esperada.
A última vez em que esse expediente foi utilizado ocorreu na 82ª reunião do Comitê, em 19-20/3/2003.
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2006 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 3,14% NÃO
2007 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 4,46% NÃO
2008 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 5,90 NÃO
2009 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 4,31 NÃO
2010 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 5,91 NÃO
2011 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 6,50 NÃO
2012 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 5,84 NÃO
2013 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 5,91 NÃO
2014 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 6,41 NÃO
SIM
2015 4,5% 2% 2,5% a 6,5% 10,67 http://www.bcb.gov.br/htms/
relinf/carta2016.pdf
2016 4,5% 2% 2,5% a 6,5%
2017 4,5% 1,5% 3% a 6%
As reuniões ordinárias7 acontecem oito vezes ao ano, aproximadamente a cada seis semanas,
e são realizadas em dois dias. A primeira sessão começa na tarde de terça-feira, quando os
chefes de departamento fazem suas apresentações técnicas sobre a conjuntura econômica
e financeira. A reunião é concluída, normalmente, ao fim da tarde do dia seguinte (quarta-
feira), no qual participam apenas os membros do Comitê e os diretores de Política Monetária
e Política Econômica, além do chefe do Depep, sem direito a voto. Após análise das projeções
atualizadas para a inflação, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica
apresentam alternativas para a taxa de juros de curto prazo e fazem recomendações acerca da
política monetária.
Em seguida, os demais membros do Copom fazem suas ponderações e apresentam eventuais
propostas. Ao final, procede-se a votação das propostas, buscando, sempre que possível,
o consenso. A decisão – a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver – é imediatamente
divulgada à imprensa, ao mesmo tempo em que é expedido comunicado através do Sistema de
Informações do Banco Central (SisBacen). O Presidente tem direito ao voto decisório em caso
de empate na decisão da política monetária.
As atas em português das reuniões do Copom devem ser divulgadas no prazo de até seis dias
úteis após a data de sua realização, o que normalmente acontece às 8h30 da quinta-feira da
semana posterior a cada reunião.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o
documento “Relatório de Inflação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e
financeira do país, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
7 Desde sua criação, o Copom reuniu-se apenas três vezes de forma extraordinária.
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Aula 3
Nessa aula vamos falar sobre os agentes especiais e também sobre o Banco do Nordeste do
Brasil – BNB. Vale lembrar mais uma vez que o assunto BNB poderá ser cobrado tanto nas
questões de conhecimentos gerais quanto nas de conhecimentos específico.
Recebem o nome de agentes especiais as instituições que, mesmo fazendo parte do subsistema
operacional (intermediação), também cumprem funções normativas. Normalmente estas
atividades são relacionadas a implementação das políticas econômicas do governo federal.
O governo possui três grandes pilares (instituições financeiras), que auxiliam na execução das
suas principais políticas. São elas:
Existem outras instituições financeiras federais que também auxiliam o governo na execução
de políticas públicas, como o Banco do Amazonas e o Banco do Nordeste, porém, essas
instituições têm área de atuação restrita, não atuando em todo o território nacional – por esse
motivo, não vamos equipará-las às instituições acima citadas.
Criado pelo príncipe Dom João em sua chegada ao Brasil, há mais de 200 anos, após ele ser
obrigado a deixar repentinamente Portugal, invadido pelas tropas de Napoleão, o Banco do
Brasil é a Instituição Financeira mais antiga do país.
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O Banco do Brasil tem presença marcante em todo o Brasil. São mais de 109 mil funcionários,
18 mil pontos de atendimento e mais de 57 mil caixas eletrônicos.
Seu controle é da União, sendo uma economia mista de capital aberto, com a posição acionária
conforme a imagem 1. Segundo o Banco Central do Brasil, o BB é responsável por administrar
20% dos ativos do mercado financeiro,– posição consolidada de setembro de 2015.
Apresentou, em 2015, o terceiro maior lucro líquido do setor financeiro – R$ 14,4 bilhões –,
28% maior em relação a 2014, ficando atrás somente dos bancos Itaú e Bradesco.
O ingresso no Banco do Brasil, como funcionário, se dá através de concursos públicos. Em seu
último certame, organizado pela banca Cesgranrio, foram cobradas questões das disciplinas:
Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e Matemático, Atualidades do Mercado Financeiro,
Cultura Organizacional, Técnica de Vendas e Atendimento, Informática, Conhecimentos
Bancários, Inglês e Redação.
A exigência de domínio de Inglês em sua seleção mostra o quanto a instituição vem
continuamente ampliando sua presença internacional, contando hoje com mais de 50 pontos
de atendimento no exterior, divididos em agências, subagências, unidades de negócios/
escritórios e subsidiárias em 23 países, estando presente nos principais centros financeiros das
Américas, Europa e Ásia.
O que faz do Banco do Brasil uma instituição financeira diferenciada das demais é o fato de ser
o responsável por executar algumas políticas do governo federal, conforme constam no artigo
19 da lei federal nº 4.595/64, sendo os principais:
I. Executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris.
II. Ser agente pagador e recebedor fora do País.
III. Executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis.
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IV. Realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por
conta do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional.
Em marco de 2009, através da lei federal nº 11.908, o governo autoriza o Banco do Brasil
S.A. e a Caixa Econômica Federal a constituírem subsidiárias e a adquirirem participação em
instituições financeiras sediadas no Brasil.
As instituições financeiras incorporadas ou adquiridas pelo BB ao longo dos últimos anos foram:
Além dessas aquisições, o BB possui Joint Venture1 com as empresas de seguros Mapfre e de
cartões Cielo.
1 Joint venture: é uma expressão de origem inglesa, que significa a união de duas ou mais empresas já existentes,
com o objetivo de iniciar ou realizar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo e,
visando, dentre outras motivações, o lucro.
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“A Caixa Econômica estabelecida na Cidade do Rio de Janeiro, em virtude do art. 2º, §§ 1º e 14
a 16 da Lei nº 1.083 de 22 de Agosto de 1860, tem por fim receber a juro de 6%, as pequenas
economias das classes menos abastadas, e de assegurar, sob garantia do Governo Imperial, a
fiel restituição do que pertencer a cada contribuinte, quando este o reclamar na fórma do art.
7º deste Regulamento.”
Note que, desde sua criação, a caderneta de poupança já contava com juros de 6% ao ano e
com garantia do governo federal.
Nessa época, a finalidade da caderneta de poupança e da Caixa Econômica era captar os
recursos e economias da população mais necessitada. Inclusive era permitido aos escravos
que tinham algum provento, chamados na época de “escravos de ganho”, guardar as suas
economias na Caixa Econômica, na poupança, e essas economias, muitas vezes, serviam para
comprar a própria carta de alforria.
Ano Evolução
1861 Criação da Caixa Econômica, monte de socorro (penhor) e da caderneta de
poupança.
1931 Primeiro empréstimo consignado do país é realizado pela Caixa.
1934 Passou a ser exclusiva na concessão de empréstimo sob garantia de penhor civil.
1961 Passou a ser responsável pelas operações dos jogos lotéricos no Brasil através da
divisão de loterias.
1969 Passou a ser uma empresa 100% pública federal, vinculada ao Ministério da
Fazenda.
1986 Incorporou o Banco Nacional de Habitação (BNH) e se tornou o maior agente
nacional de financiamento da casa própria.
1990 Iniciou a centralização de todas as contas vinculadas do FGTS, que, à época, eram
administradas por mais de 70 instituições bancárias.
2012 Começou a investir em patrocínios no meio futebolístico.
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Com esse propósito, a Caixa foi crescendo e ganhando novas atividades, tornando-se, hoje, uma
das maiores empresas do governo federal. Importante destacar que, embora a Caixa exerças
atividades similares às oferecidas pelos bancos, legalmente ela não pode ser enquadrada como
tal, sendo que é uma empresa pública federal. A própria Caixa se intitula ser mais do que um
banco, haja vista que a mesma exerce diversas funções de cunho social que são de interesse do
governo federal.
O fato de ser responsável pela implementação das políticas sociais do governo federal faz da
Caixa um agente especial. Entre os programas sociais administrados por ela, destacam-se:
PROGRAMA O QUE É?
É um programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em
situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país, que tem como
objetivos: combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional,
Bolsa Família
combater a pobreza e outras formas de privação das famílias, promover o
acesso à rede de serviços públicos, em especial, saúde, educação, segurança
alimentar e assistência social.
Minha Casa É uma iniciativa do governo federal que oferece condições atrativas para o
Minha Vida financiamento de moradias para famílias de baixa renda.
Um dos mais importantes direitos dos trabalhadores brasileiros, o benefício
Seguro-desemprego oferece auxílio em dinheiro por um período determinado. Ele é pago em três
a cinco parcelas de forma contínua ou alternada.
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da
FIES Educação (MEC) que financia a graduação, em instituições particulares, de
estudantes que não possuem condições de arcar com os custos.
É um programa que procura ampliar o acesso da população aos medicamentos
considerados essenciais ao tratamento de doenças com maior ocorrência no
Farmácia Popular
Brasil, e é realizado por meio de transferência de recursos do Ministério da
Saúde aos estabelecimentos farmacêuticos credenciados.
O programa do Governo Federal, em parceria com o Ministério dos Esportes,
tem o objetivo de formar uma geração de atletas com potencial de representar
Bolsa Atleta o Brasil. A estratégia é simples: garantir a manutenção pessoal mínima dos
atletas para que eles tenham as condições necessárias para se dedicar ao
esporte.
Para ser um empregado Caixa, é necessário prestar um concurso público, conforme determina a
Constituição Federal e o Estatuto da Caixa. No último concurso em 2014, o certame contou com
uma prova objetiva teve 120 itens, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos
específicos. Em conhecimentos básicos foram 14 de língua portuguesa, com peso dois, e 36
sobre matemática, raciocínio lógico, atualidades, ética e legislação específica, com peso um.
Conhecimentos específicos (conhecimentos bancários) contou com peso dois. Os candidatos
também foram submetidos a uma prova discursiva de conhecimentos específicos, com peso
um.
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3.3 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Criado em 20 de junho de 1952 pela lei federal nº 1.628, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico (BNDE) foi criado como uma autarquia federal que tinha como objetivo ser o órgão
formulador e executor da política nacional de desenvolvimento econômico.
Uma importante transformação no BNDE ocorreu em 1971, quando ele se tornou uma empresa
pública federal. A mudança possibilitou maior flexibilidade na contratação de pessoal, maior
liberdade nas operações de captação e aplicação de recursos e menor interferência política.
Somente no início dos anos 1980, que foi marcado pela integração das preocupações sociais
à política de desenvolvimento, ocorreu a mudança que se refletiu na atuação e no nome do
banco, que, em 1982, passou a se chamar Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
Por ser uma empresa de controle do governo federal, o BNDES não pode ser considerado como
banco de desenvolvimento.
Sua estrutura está dividida em:
Sendo:
•• BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública
federal (100% das ações pertencem à União) dedicada ao financiamento com longo prazo
de pagamento. É o acionista único das demais empresas do Sistema BNDES.
•• BNDESPAR: Subsidiária do BNDES dedicada ao fomento por meio de investimentos em
valores mobiliários. O capital social subscrito da BNDESPAR está representado por uma
única ação, nominativa, sem valor nominal, de propriedade do BNDES.
•• Finame: Subsidiária do BNDES dedicada ao financiamento da produção e comercialização
de máquinas e equipamentos. O capital social subscrito da Finame está representado por
589.580.236 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de propriedade integral do
BNDES.
Seu estatuto atual foi aprovado pelo decreto federal nº 4.418, de 11 de outubro de 2002, no
qual o vincula junto ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e não
ao Ministério da Fazenda como as demais instituições pertencentes ao sistema financeiro
nacional.
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Sua sede e foro fica em Brasília, Distrito Federal, e atuação em todo o território nacional,
podendo instalar e manter, no país e no exterior, escritórios, representações ou agências.
Por meio de sua subsidiária BNDESPAR, o BNDES pode captar através de emissões públicas de
debêntures e contribuir para o desenvolvimento do mercado local de capitais.
Somente em 2014, o BNDES emprestou mais de 187 bilhões de reais. Esses recursos, quando
são reembolsáveis, são remunerados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que geralmente
é bem mais baixa do que qualquer outra taxa oferecida pelas demais instituições financeiras.
Mas para quem todo esse dinheiro foi emprestado? Quais foram as empresas beneficiadas?
O fato de o BNDES ser uma Instituição Financeira o obriga a observar a disciplina do sigilo
bancário, disposta pela lei complementar 105/2001. O respeito à disciplina do sigilo bancário
impõe ao BNDES uma obrigação legal, que é, inclusive, supervisionada por outras instituições
do Estado brasileiro, tal como o Banco Central do Brasil (Bacen). Além disso, a não observância
estrita da lei, no que toca ao dever de sigilo, sujeita o BNDES e seus agentes a sanções de
natureza civil, administrativa e penal.
Segundo seu presidente, Luciano Coutinho (publicado no jornal folha de são Paulo em
07/06/2015):
“BNDES Sigilo é imposição de lei complementar válida para todo sistema financeiro. Não cabe à
instituição decidir se fornece ou não informações sensíveis de seus clientes privados, tais como,
avaliação de risco de crédito, situação financeira, estratégia comercial e de negócios.”
Porém é sabido que os recursos captados pelo BNDES são de origem pública (como pode
ser observado na figura a seguir), ou seja, dos contribuintes. Muito tem-se discutido sobre a
quebra do sigilo dessas operações, haja vista que existe uma lei de acesso à informação (nº
12.527/2011). Além disso, o poder legislativo tentou exigir essa quebra de sigilo mediante a
aprovação da medida provisória nº 661, de 2014, que em sua redação original, no artigo 3º,
dizia:
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“Não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas as operações de apoio financeiro
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ou de suas subsidiárias,
qualquer que seja o beneficiário ou interessado, direta ou indiretamente, incluindo nações
estrangeiras.”
Porém, ao aprovar a medida provisória, convertendo-a na lei federal nº 13.126/15, a presidenta
da república, Dilma Roussef, vetou esse trecho, permanecendo, então, a obrigatoriedade de
sigilo e ferindo o artigo 37 da Constituição federal, que estabelece o princípio da publicidade.
As fontes de recursos para financiamentos concedidos pelo BNDES têm como origem:
Gráfico elaborado com base em informações relativas a junho de 2015 (site do BNDES)
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8. Elevar nível de competitividade dos produtos e serviços da área comercial ao padrão de
mercado, inclusive com novas tecnologias bancárias.
9. Inserir o BNB como depositário das transferências da União para o Nordeste.
10. Aumentar a produtividade do Programa Crediamigo.
11. Desenvolver novos produtos para o cliente do Crediamigo.
12. Promover inclusão financeira, por meio da bancarização e da educação financeira.
13. Promover novos negócios nos diversos segmentos de clientes por meio de alianças
estratégicas.
14. Associar crédito para empreendimentos de pequeno porte aos projetos estruturantes.
15. Oferecer ao cliente produtos e serviços com tecnologias móveis.
16. Revisar os processos de crédito e de renegociação de dívidas, reduzindo o tempo de
atendimento.
17. Elaborar programas de capacitação do corpo gerencial em estratégias de negociação,
gestão de resultados e gestão de equipes.
18. Utilizar tecnologias de ponta e uso intensivo de terminais de atendimento para produtos
massificados.
19. Aperfeiçoar o programa de sucessão.
20. Expandir negócios com franquias e redes de negócios.
As instituições que captam através de depósito à vista (conta corrente), são consideradas
instituições monetárias, pois possuem a capacidade de criar moedas escriturais por meio do
efeito multiplicado de crédito ou devido ao fornecimento de talão de cheque a seus clientes.
A moeda bancária ou moeda escritural consiste nos depósitos à vista existentes nos bancos
ou em outras instituições creditícios, normalmente movimentados por intermédio de cheques,
que representam um instrumento de circulação da moeda bancária.
Entenda melhor como os bancos que captam depósito à vista possuem a capacidade de criar
moeda:
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As instituições financeiras que estão autorizadas a captar através de depósito à vista, portanto,
têm capacidade de criar moeda escritural. São elas:
•• Bancos Comerciais
•• Bancos Múltiplos com carteira comercial
•• Caixa Econômica Federal
•• Cooperativas de Crédito
•• Bancos Cooperativos
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Aula 4
Uma eventual falha na cadeia de pagamentos, mesmo que rara, pode gerar importantes
rupturas na confiança dos agentes e, portanto, prejudicar o funcionamento adequado das
transações econômicas. No sentido de reduzir os riscos sistêmicos, os bancos centrais procuram
atuar para assegurar nível adequado de robustez e segurança aos sistemas de pagamentos.
Os principais tipos de sistemas de liquidação utilizados por um Banco Central são:
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Liquidação Diferida pelo Valor Líquido (LDL): é um sistema cuja compensação é feita pelo saldo
líquido e cuja liquidação ocorre em momento futuro, em um ou mais intervalos predefinidos.
A maioria dos países que utiliza esse sistema processa a liquidação na data de recebimento da
instrução de pagamento, ao final do dia (sameday/end-of-day settlement systems).
Liquidação pelo Valor Bruto em Tempo Real (LBTR): sistema adotado pelos países do G-10 – à
exceção do Canadá –, considerado a ferramenta mais eficiente para mitigar os riscos existentes
em sistemas de pagamentos, uma vez que, por liquidarem os pagamentos em tempo real,
tendem a reduzir a zero o intervalo entre o envio da instrução de pagamento e sua liquidação
final (settlement lag). Assim, a exposição dos participantes ao risco de crédito e liquidez é
potencialmente eliminada. Tendo em vista que o LBTR permite a liquidação em tempo real a
qualquer momento do dia, a transferência final dos fundos (payment lag) pode ser coordenada
com a transferência final dos fundos correspondentes (delivery lag), de tal forma que uma
transferência ocorra se, e somente se, a outra ocorrer.
A base legal relacionada com os sistemas de liquidação foi fortalecida por intermédio da lei nº
10.214, de março de 2001, que, entre outras disposições, reconhece a compensação multilateral
e possibilita a efetiva realização de garantias no âmbito desses sistemas, mesmo no caso de
insolvência civil de participante. Caso uma entidade opere algum sistema sistemicamente
importante1, é necessário que atue como contraparte central2 e, ressalvado o risco de emissor,
assegure a liquidação dessas operações em seu sistema.
A criação do Sistema de Transferência de Reservas (STR), no mês de abril de 2002, marcou
o início de uma nova fase do SPB. Com esse sistema, operado pelo Banco Central, o Brasil
ingressou no seleto grupo de países em que transferências interbancárias de fundos podem ser
liquidadas em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional (LBTR). Esse fato, por si só,
possibilita a redução dos riscos de liquidação nas operações interbancárias, com consequente
redução também do risco sistêmico, isto é, do risco de que a quebra de um banco provoque a
quebra em cadeia de outros bancos, o chamado “efeito dominó”.
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende o Tesouro Nacional, as Infraestruturas
do Mercado Financeiro (IMF) e, a partir da edição da lei nº 12.865/2013, os arranjos e as
instituições de pagamento.
O Sistema de Pagamentos Brasileiro pode ser dividido em dois outros dois sistemas:
1 Sistemicamente importante: são sistemas de compensação e de liquidação nos quais a falha de um participante
pode colocar em risco a solidez e o normal funcionamento do sistema financeiro, seja pelo volume, seja pela
natureza dos negócios nele cursados.
2 Contraparte central: instituição se interpõe entre operações e contratos, tornando-se a compradora para todos os
vendedores e a vendedora para todos os compradores.
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A seguir, temos uma visão do Sistema de Transferência de Fundos:
Meio de
O que é
transferência
Documento (normalmente fórmula impressa) por meio do qual o titular de uma
conta-corrente emite ordem para o banco ou entidade congênere pagar ou
Cheque creditar certa quantia a seu favor ou a favor de outra pessoa (o beneficiário).
O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito. Sua principal
legislação é ditada pela lei federal nº 7.357/85.
O Documento de Crédito é uma ordem de transferência de fundos interbancária
por conta ou a favor de pessoas físicas ou jurídicas, clientes de instituições
financeiras ou de instituições de pagamento.
DOC
O DOC somente pode ser emitido no valor de até R$ 4.999,993 e sua liquidação
ocorre no dia útil seguinte à data de emissão.
Sua liquidação é realizada em D+1.
A TED é uma Transferência Eletrônica Disponível, instituída em abril de 2002, com
a criação do STR, e é uma ordem de transferência de fundos interbancária.
TED Desde janeiro de 2016, as transferências realizadas por intermédio de TED não
possuem mais valor mínimo, podendo ser realizadas em qualquer valor.
Sua liquidação é realizada em tempo real (D+0).
3 Limite DOC: Mesmo com a redução dos limites para transferência através de TED, nada alterou o limite inicial para
transferências através de DOC, que continuam sendo até R$ 4.999,99.
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O STR é um sistema de liquidação bruta em tempo real (LBTR) de transferência de fundos entre
seus participantes, gerido e operado pelo Banco Central do Brasil. O STR foi instituído pela
circular nº 3.100, de 28 de março de 2002, que disciplina o seu funcionamento em regulamento
anexo.
As transferências de fundos, no âmbito do STR, são processadas por meio de lançamentos
nas contas mantidas pelos participantes no Banco Central. O sistema constitui-se no coração
do Sistema Financeiro Nacional, pois é por seu intermédio que ocorrem as liquidações das
operações realizadas nos mercados monetário, cambial e de capitais, entre as instituições
financeiras titulares de contas no BCB, com destaque para as operações de política monetária
e cambial do Banco Central, a arrecadação de tributos e as colocações primárias, resgates e
pagamentos de juros dos títulos da dívida pública federal pelo Tesouro Nacional, conforme
figura a seguir:
4 Instituidor de Arranjo de Pagamento é a pessoa jurídica responsável pelo arranjo de pagamento como, por exemplo,
as bandeiras de cartão de crédito. A ele cabe o papel de estabelecer as regras para o funcionamento do arranjo.
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Legenda:
Sistemas de liquidação de operações com títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio
Sistemas de transferências de fundos
Somente o STR tem acesso às contas de liquidação. A liquidação de operações no STR é realizada
por meio de lançamentos na conta do participante mantida no BCB. A conta pode ser de dois
tipos: conta Reservas Bancárias ou Conta de Liquidação.
1. Câmara/prestador de serviços de
4. Banco de Desenvolvimento compensação e de liquidação não
5. Banco de Investimento sistemicamente importante
Facultativo
6. Banco de Câmbio 2. Instituição de Pagamento
7. Banco Múltiplo sem carteira comercial 3. Demais Instituições autorizadas a
funcionar pelo BCB.
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Vamos analisar mais uma vez a imagem que representa o fluxo do Sistema de Transferência de
Fundos:
Perceba, na figura anterior, que Cheques ou são compensados na Compe ou são compensados
diretamente no STR. Já as TEDs são liquidadas no Sitraf ou também direto no STF. O mesmo
acontece com os boletos. Por que isso acontece?
Por uma questão de segurança, sempre que a transação for igual ou superior a um determinado
limite (Valor de Referência para Liquidação Bilateral – VLB), a compensação será realizada
diretamente pelo STR, deixando de ser uma compensação do tipo LDL ou híbrida, no caso da
TED, para ser uma compensação LBTR, que irá oferecer menor risco. Veja quais são os limites
operacionais vigentes atualmente:5
5 Anteriormente, o VLB para boleto era de apenas R$ 5.000,00, porém, foi alterado pela circular BCB nº 3.598 para os
atuais R$ 250.000,00.
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4.3. Sistema de Liquidação Financeira Multibandeiras – Cielo
Ano Fato
2001 Nasce a ClearingBan para criar o Sitraf
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Somente em 2015, a CIP processou mais de 3,2 bilhões de transações no país, totalizando um
volume financeiro de mais de R$ 7,7 trilhões.
A seguir, serão detalhados os principais sistemas operados pela CIP.
O sistema também oferece para a sociedade uma ferramenta para consulta de informações de
cheques emitidos, chamada “Cheque Legal”, aumentando o grau de segurança na aceitação do
cheque como forma de pagamento.
A quem se destina o Cheque Legal: às instituições financeiras que possuam contas de depósito
à vista, já que são obrigadas a disponibilizar gratuitamente informações de cheques, conforme
o art. 9º da resolução nº 3.972, de 2011, do Banco Central do Brasil.
Outro serviço que pode ser acessado através da CIP é o Sistema de Transporte de Dados –
cadastro histórico de crédito, que é destinado ao registro e processamento de dados históricos
de concessão de crédito.
Funciona como uma consulta de “cadastro positivo” para as instituições financeiras avaliarem o
tomador de crédito no ato de uma concessão de recursos.
CIP – Sitraf
O Sitraf (Sistema de Transferência de Fundos) foi o primeiro sistema desenvolvido pela CIP e
começou a operar em dezembro de 2002.
Esse sistema processa, em tempo real e on-line, as transferências eletrônicas realizadas entre
bancos diferentes (TEDs). Desde janeiro de 2016 não existe mais um valor mínimo para se
realizar TED, o que leva a um crescimento de utilização dessa solução, já que seu crédito ocorre
de forma on-line no banco creditado, diminuindo, assim, o risco de não liquidação.
Importante ressaltar que as TEDs com valor a partir de R$ 1 milhão são processadas diretamente
no STR.
O Sitraf é destinado às instituições financeiras autorizadas pelo Bacen a realizar transferências
através de TED.
Como funciona o processamento de uma TED:
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CIP – Siloc
O Siloc (Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens de Crédito)
é um sistema que compensa e liquida vários produtos conforme descrito abaixo:
•• Documento de Ordem de Crédito – DOC
•• Boleto de Pagamento*
•• Transferência Especial de Crédito – TEC
•• Liquidação Interbancária de Cartão de Crédito – Crédito e Débito
•• Caixa Eletrônico Compartilhado
•• Liquidação Interbancária de Títulos em Cartório Pagos na Rede Bancária
*Importante ressaltar que os boletos de pagamento com valor
a partir de R$ 250 mil são liquidados diretamente no STR.
CIP – C3
A C3 (Câmara de Cessões de Crédito) tem como função registrar operações de cessões e
bloqueios de contratos de crédito. Essa câmara é vital para que um mesmo contrato não seja
cedido mais de uma vez pela mesma instituição financeira ou oferecido como garantia em mais
de uma operação.
Atualmente, todas as cessões de crédito entre bancos devem ocorrer no C3, ou seja, as
instituições que desejarem ceder contratos ou parcelas de crédito devem, primeiramente,
registrá-los no C3. Além disso, a CIP firmou parceria com o INSS para permitir que os contratos
consignados dos beneficiários sejam confrontados com a base de dados da previdência.
A câmara é considerada sistematicamente importante conforme definição do Banco Central
do Brasil
A quem se destina o C3: instituições financeiras, Fundos de Investimentos em Direitos
Creditórios (FIDC) e demais instituições que possuam autorização do Bacen para operar com
cessão de crédito ou utilizar contratos de crédito como garantia em operações estruturadas.
4.5. Compe
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Prazos de Compensação
O prazo de bloqueio do valor do cheque não pode ser superior a um dia útil, contado a partir
do dia seguinte ao do depósito. Cabe ressaltar que os depósitos efetuados em cheque que
sofrerem bloqueio por prazos superiores aos regulamentares devem ser remunerados, por dia
de excesso, pela Taxa Selic.
As exceções são quando:
I. feriado local na praça sacada: acréscimo de um dia útil;
II. inoperância da Compe: prorrogação até o dia útil seguinte ao do restabelecimento do
sistema.
Para saque, os valores ficam liberados no dia útil seguinte ao último dia do prazo de bloqueio.
Para compensar débitos na respectiva conta corrente do depositante, os valores depositados
ficam disponíveis na noite do último dia do prazo de bloqueio.
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Também por seu intermédio é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto e de
redesconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política monetária realizada
pelo Bacen.
Esse sistema é gerido pelo Banco Central do Brasil (Bacen) e também operado por essa
autarquia em parceria com a Anbima. Seu horário de funcionamento é das 6h30min às
18h30min – mesmo horário de funcionamento do STR –, somente em dias úteis.
Participantes do Selic: Bacen, Tesouro Nacional, Bancos, Caixas Econômicas, Distribuidoras e
Corretoras de Valores Mobiliários e outras instituições que o Bacen autorizar.
Os participantes do sistema são divididos em “liquidantes” ou “não liquidantes”, conforme
descrição a seguir:
Como o sistema liquida as suas operações de forma on-line (LBTR), faz-se necessário que o
título esteja disponível na conta de custódia do vendedor e que o recurso esteja também
disponível por parte do comprador. Caso o título não esteja disponível na conta de custódia do
vendedor, a operação é mantida em pendência pelo prazo máximo de 60 minutos – limitado
até as 18h30min.
Quando existir o título, esse é bloqueado e, então, a operação é encaminhada para o STR
para que ocorra a liquidação da ponta financeira. Se não houver saldo disponível na conta do
comprador, a operação é rejeitada pelo STR e posteriormente pelo Selic.
Além dos títulos públicos federais, são de responsabilidade do Selic custodiar títulos públicos
municipais e estaduais, desde que a emissão desses tenha se dado antes de janeiro de 1992.
Após essa data, a responsabilidade da custódia é da Cetip S.A.
A Cetip, companhia organizada sob a forma de sociedade anônima e com ações negociadas
na Bolsa de Valores sob o código CTIP3, atua como depositária de títulos, principalmente os de
renda fixa privados, mas também títulos públicos estaduais e municipais e os representativos
de dívida do Tesouro Nacional. É a Cetip que processa a emissão, o resgate, a custódia, o
pagamento de juros e demais eventos relacionados a esses títulos. A grande maioria dos títulos
custodiados são do tipo escritural.
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Valores Mobiliários
o Debêntures
o Nota Comercial
Derivativos
o Box de Duas Pontas (Tipo de Opções)
o Contrato de Swap
o Contrato a Termo de Moeda
o Opções Flexíveis de Ações
o Opções Flexíveis de Mercadorias
o Opções sobre Taxas de Câmbio
o Swap Fluxo de Caixa
o Termo de Índice DI
o Termo de Mercadoria
o Termo de Moedas com Fluxo de Pagamentos
Dívida do Tesouro Nacional e Títulos Públicos
o Fundo de Compensação de Variação Salarial – FCVS
o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária – Proagro
o Títulos da Dívida Agrária – Toda
o Públicos e Estaduais emitidos posteriormente a janeiro de 1992
Outros
o Cédula de Debêntures
o Cotas de Fundos
o LC
A Cetip também administra o Sistema Nacional de Gravames (SNG), no qual as instituições
financeiras registram as garantias dos financiamentos concedidos com o objetivo de ter
custódia de bens – carro, moto ou caminhão. Uma vez registrado o gravame de um bem que é
dado como garantia, ele não pode ser objeto de garantia de um outro financiamento antes da
liberação do gravame por parte da instituição financeira onde inicialmente foi feito o registro.
4.8. B3
A B3 surgiu sob o formato atual após a fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de
São Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos
(CETIP), aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (CADE) em 22 de março de 2017.
B3 é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo, com
atuação em ambiente de bolsa e de balcão. Sociedade de capital aberto – cujas ações (B3SA3)
são negociadas no Novo Mercado –, a Companhia integra os índices Ibovespa, IBrX-50, IBrX e
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Itag, entre outros. Reúne ainda tradição de inovação em produtos e tecnologia e é uma das
maiores em valor de mercado, com posição global de destaque no setor de bolsas.
As atividades incluem criação e administração de sistemas de negociação, compensação,
liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos
de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juro e
de commodities. A B3 também opera como contraparte central garantidora para a maior parte
das operações realizadas em seus mercados e oferta serviços de central depositária e de central
de registro
Por meio de sua unidade de financiamento de veículos e imóveis, a Companhia oferece
produtos e serviços que suportam o processo de análise e aprovação de crédito em todo o
território nacional, tornando o processo de financiamento mais ágil e seguro.
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Aula 5
MEIOS DE CAPTAÇÃO
Existem dois tipo de contas: salário e conta de depósito. Já a conta depósito pode ser de três
tipos diferente, conforme ilustração a seguir:
1. Conta Salário: é uma conta aberta por iniciativa e solicitação do empregador para
efetuar o pagamento de salários aos seus empregados. Essa conta não admite outro tipo
de depósito além daqueles realizados pela fonte pagadora e não é movimentável por
cheques. Pode ser utilizada também para o pagamento de proventos, soldos, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares.
2. Conta de depósito à vista: é o tipo mais usual de conta bancária. Nela, o dinheiro do
depositante fica à sua disposição para ser sacado a qualquer momento. Popularmente
conhecida como conta corrente.
3. Conta de depósito a prazo: é o tipo de conta onde o seu dinheiro só pode ser sacado depois
de um prazo fixado por ocasião do depósito. Exemplo são os CDB’s e RDB’s.
4. Conta de poupança: criada para estimular a economia popular e permite a aplicação de
pequenos valores que passam a gerar rendimentos mensalmente. Investidor pode sacar
recurso a qualquer momento, porém com risco de perda de rentabilidade, caso não observe
as datas de aniversário.
É proibido a cobrança de tarifas em conta-salário. Claro que essa isenção só se aplica se o
cliente não descaracterizar o tipo de cota, movimentando uma conta-salário como uma conta
de depósito. A instituição financeira é obrigada a ofertar aos clientes de conta-salário sem
custo:
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I. fornecimento de cartão magnético, a não ser nos casos de pedidos de reposição
decorrentes de perda, roubo, danificação e outros motivos não imputáveis à instituição
financeira;
II. realização de até cinco saques, por evento de crédito;
III. acesso a pelo menos duas consultas mensais ao saldo nos terminais de autoatendimento
ou diretamente no guichê de caixa;
IV. fornecimento, por meio dos terminais de autoatendimento ou diretamente no guichê de
caixa, de pelo menos dois extratos contendo toda a movimentação da conta nos últimos
trinta dias;
V. manutenção da conta, inclusive no caso de não haver movimentação.
ATENÇÃO:
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Pessoa física:
1. documento de identificação (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação,
Passaporte, Cédula de Identidade de Estrangeiro, dentre outros);
2. inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF);
3. comprovante de residência.
Pessoa jurídica:
1. documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial);
2. documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a
movimentar a conta;
3. inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Além disso, a instituição financeira pode solicitar outros documentos e informações, como
dados sobre renda e patrimônio, para pessoas físicas, e faturamento médio mensal referente
aos doze meses anteriores, para pessoas jurídicas. Ainda, a instituição pode exigir um depósito
mínimo para a abertura da conta.
As fichas-proposta, bem como as cópias da documentação referida no artigo anterior, poderão
ser microfilmadas, decorrido o prazo mínimo de 5 (cinco) anos.
IMPORTANTE: É vedado o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto não
verificadas as informações constantes da ficha-proposta ou quando, a qualquer tempo, forem
constatadas irregularidades nos dados de identificação do depositante ou de seu procurador.
Desde abril de 2016 é possível abrir e encerrar contas de depósitos por meio eletrônico. O
procedimento é facultativo e aplicável para contas de pessoas físicas e de microempreendedores
individuais (Resolução nº 4.630, de 25/1/2018). Não se trata de um novo tipo de conta, apenas
da possibilidade de uma conta ser aberta sem a necessidade de o cliente ir a uma agência
bancária.
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E a idade para abrir uma conta corrente. Qual a restrição?
Após abrir uma conta corrente o banco deverá prestar ao cliente no ato de abertura as seguintes
informações sobre direitos e deveres do correntista e do banco, constantes de contrato, como:
I. condições para fornecimento de cheques;
II. necessidade de comunicação pelo depositante de qualquer mudança dos dados cadastrais
e dos documentos usados na abertura da conta;
III. condições para inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheque
sem Fundos (CCF);
IV. informações de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos;
V. tarifas de serviços, incluindo a informação sobre serviços que não podem ser cobrados;
VI. saldo exigido para manutenção da conta, se houver essa exigência.
Os deveres e direitos do correntista devem estar previstos em cláusulas explicativas na ficha-
proposta.
Por ser um contrato voluntário e por tempo indeterminado, uma conta bancária pode ser
encerrada por qualquer uma das partes envolvidas. Lembramos que, se a conta tiver sido
aberta por meio eletrônico, a instituição financeira deve oferecer ao correntista a opção de
encerrá-la também por esse meio.
Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele deve:
I. comunicar o fato ao cliente, previamente e por escrito, dando-lhe um prazo para adoção
das providências necessárias. Essa comunicação deve conter a situação que motivou a
rescisão;
II. solicitar a devolução dos cheques por acaso em seu poder, ou entrega de declaração de
inutilização dos cheques.
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III. informar a você sobre a necessidade de manutenção de fundos suficientes na conta para o
pagamento de compromissos assumidos ou decorrentes de disposições legais.
O banco deverá encerrar a conta se forem verificadas irregularidades nas informações
prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o fato imediatamente ao Banco Central.
No caso da inclusão no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF), o encerramento
da conta depende de decisão do banco. Contudo, é proibido o fornecimento de talonário de
cheques ao depositante enquanto seu nome figurar no CCF.
É a principal atividade dos bancos comerciais. Também conhecida como captação a custo ZERO.
É o produto básico da relação cliente x banco. Em função dos custos envolvidos na manutenção
das contas, os bancos podem exigir dos clientes saldo médio ou cobrar tarifa de manutenção.
Exemplo de Formas de Movimentação: Depósitos (dinheiro ou cheque); Cheques;
Transferências Bancárias; Cartões magnéticos; Ordens de Pagamento; DOC’s e TED’s; Débitos
Programados.
IMPORTANTE: Podem captar depósito à vista somente as INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS: Bancos
Comerciais, Bancos Cooperativos, Cooperativas de Crédito, Bancos Múltiplo com Carteira
Comercial e a Caixa Econômica Federal.
O CDB É um título privado de renda fixa para a captação de recursos de investidores pessoas
físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.
O CDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos,
com pelo menos uma destas carteiras descritas.
Já o RDB além de ser emitido por bancos, também pode ser utilizado como meio de captação
das cooperativas de crédito e as financeiras (SCFI).
Rentabilidade
•• Pré-Fixada
•• Pós-Fixada (Flutuante)
Prazos mínimos e indexadores:
•• 1 dia: CDB's pré-fixados ou com taxa flutuante (taxa DI e taxa Selic)
•• 1 mês: indexados a TR ou TJLP
•• 2 meses: indexado a TBF.
•• 1 ano: indexado a índice de preços (IGPM e IPCA).
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Liquidez:
O CDB pode ser negociado no mercado secundário. O CDB também pode ser resgatado antes
do prazo final caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate antes do prazo
final, devem ser respeitados os prazos mínimos.
Garantia: Coberto pelo FGC até o limite de R$ 250.000,00
Os CDB’s não podem ser indexados à variação cambial. Para atrelar à rentabilidade de um CDB
a variação cambial é necessário fazer um swap.
5.5. Poupança
Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do
período.
Rentabilidade: Em maio de 2012 a caderneta de poupança teve uma alteração na rentabilidade
paga aos investidores. Com objetivo de evitar a migração de recursos investidos em títulos
públicos para poupança (efeito observado com queda da taxa de juros) o governo limitou o
ganho das cadernetas de poupança a 70% da taxa de juros, ficando assim:
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Dadas de depósito: Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.
Podem captar através de poupança somente as Instituições Financeiras que fazem parte do
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)
1. Caixa Econômica Federal – CEF
2. Sociedade de Crédito Imobiliário – SCI
3. Associações de Poupança e Empréstimos – APE
4. Bancos Múltiplos com carteira de SCI.
OBS: As Companhias Hipotecárias não podem captar através de Poupança.
Garantias: Aplicações em cadernetas de poupança estão cobertas pelo Fundo Garantidor de
Crédito – FGC até o limite vigente que atualmente é de R$ 250.000,00. Poupanças da CEF são
100% cobertas pelo governo federal.
De maneira geral as cadernetas de poupança não permitem a cobrança de tarifas, porém
algumas operações realizadas em uma conta poupança PODEM gerar cobrança de tarifa, tais
como: Mais de 2 saques mensais, fornecimento de cartão magnético adicional, entre outras.
A manutenção da conta é SEMPRE ISENTA.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
As grandes vantagens para o investidor de fundos de investimento em relação aos investimentos
feitos de forma individual são:
•• Possibilidade de diversificação da carteira, mesmo dispondo de pouco recurso financeiro
•• Acesso a papeis disponíveis no mercado financeiro, mas que exigem maior volume para
aplicação
•• Alta liquidez
COTA
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, e sempre são escriturais e
nominativas. A cota, portanto, é menor fração do Patrimônio Líquido do fundo.
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Como é calculado o valor da cota?
Convocação
A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por correspondência encaminhada a cada
cotista, com pelo menos 10 dias de antecedência em relação à data de realização.
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TIPOS DE FUNDOS: Aplicação e Resgate
OS FUNDOS ABERTOS
Nestes, os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. O número de
cotas do Fundo é variável, ou seja: quando um cotista aplica, novas cotas são geradas e o
administrador compra ativos para o Fundo; quando um cotista resgata, suas cotas desaparecem,
e o administrador é obrigado a vender ativos para pagar o resgate. Por este motivo, os Fundos
abertos são recomendados para abrigar ativos com liquidez mais alta.
FUNDOS FECHADOS
O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do Fundo ou em virtude de
sua eventual liquidação. Ainda há a possibilidade de resgate destas cotas caso haja deliberação
neste sentido por parte da assembleia geral dos cotistas ou haja esta previsão no regulamento
do Fundo.
Estes Fundos têm um prazo de vida pré-definido e o cotista, somente, recebe sua aplicação de
volta após haver decorrido este prazo, quando então o Fundo é liquidado. Se o cotista quiser
seus recursos antes, ele deverá vender suas cotas para algum outro investidor interessado em
ingressar no Fundo
FUNDOS RESTRITOS
Já os Fundos classificados como “Restritos” são aqueles constituídos para receber investimentos
de um grupo restrito de cotistas, normalmente os membros de uma única família, ou empresas
de um mesmo grupo econômico.
FUNDOS EXCLUSIVOS
Os Fundos classificados como "Exclusivos" são aqueles constituídos para receber aplicações
exclusivamente de um único cotista. Somente investidores profissionais podem ser cotistas
de Fundos exclusivos. Prospecto e marcação a mercado é facultativa.
Investidores Qualificados
Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador, tem mais condições
do que o investidor comum de entender o mercado financeiro. A vantagem de se tornar um
Investidor Qualificado é a possibilidade de ingressar em fundos restritos, como por exemplo,
Fundos de Direitos Creditórios – FIDC (Exclusivo para Investidores Qualificados)
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Investidores Profissionais
Investidores Profissionais são os únicos que podem constituírem Fundos Exclusivos, um tipo
de fundo que possui um único cotista, que necessariamente deve ser um tipo de Investidor
Profissional.
São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:
1 Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor
qualificado mediante termo próprio;
2 Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capitalização.
3 Fundos de Investimento;
4 Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
5 Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM em
relação a seus recursos próprios.
#FICADICA: Todo Investidor Profissional é Qualificado, porém nem todo Investidor Qualificado
é também Profissional.
MARCAÇÃO A MERCADO
este conceito diz que o Fundo deve reconhecer todos os dias, o valor de mercado de seus ativos.
A marcação a mercado faz com que o valor das cotas de cada Fundo reflita, de forma atualizada,
a que preço o administrador dos recursos venderia cada ativo a cada momento (mesmo que ele
o mantenha na carteira). Ainda de acordo com a legislação (instrução CVM 409), devem ser
observados os preços do fim do dia, após o fechamento dos mercados. Já para a renda variável,
a legislação determina que observe o preço médio dos ativos durante o dia.
O Objetivo de marcar a mercado é evitar transferência de riqueza entre cotistas
Os ativos que fazem parte da carteira de responsabilidade do administrador devem ter um
preço único.
O administrador deve divulgar no mínimo uma versão simplificada da marcação a mercado
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Tipos de fundos: comportamento e gestão
FUNDOS PASSIVOS (FUNDO INDEXADO): Os fundos passivos são aqueles que buscam
acompanhar um determinado “benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos
liberdade na seleção de Ativos
FUNDOS ATIVOS: São considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter me-
lhor desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o seu “benchmark”
FUNDO ALAVANCADO: Um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade
(diferente de zero) de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se casos de
default nos ativos do fundo.
POLÍTICA DE CONCETRAÇÃO: Os fundos de investimento podem concentrar até no máximo
20% em ativos de um mesmo administrador, quando este for uma Instituição Financeira e até
10%, no máximo, quando o emissor do título não for uma Instituição Financeira.
Diferença entre Fundos de Investimentos (FI) e Fundos de Investimentos em Cotas (FIC)
A principal diferença entre fundos de investimento e fundos de investimento em cotas está na
política de investimento.
Fundos de Investimento: compram ativos como títulos públicos, CDB’s, ações, debêntures e
etc.
Fundos de Investimento em cotas: compram cotas de fundos. São uma espécie de investidor
(cotista) de fundos de investimento.
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Aula 6
6.1. Seguros
Para fazer um seguro, cliente deverá procurar um corretor de seguros e não uma seguradora.
Isso mesmo, primeira lição é a de que é proibido comercialização de seguros sem a presença
o de um corretor, que nada mais é do que um intermediador da operação, como um corretor
de imóveis. Já que comecei a comprar com o corretor de imóveis, mais uma semelhança. Para
ser corretor de imóveis o profissional precisa ter um certificado chamado “CRECI”. O corretor
de seguros também precisa ser certificado, nesse caso o seu registro deve ser feito junto a
FUNSEG.
Nos grandes bancos, como o Banco do Nordeste onde você irá trabalhar, o analista bancário
exerce a função de corretor de seguros, oferecendo os produtos da seguradora do banco ou
parceira, para os seus clientes.
Antes de fazer o seguro é necessário o cliente preencher a proposta de seguro. Documento
esse que é encaminhado para seguradora no qual irá decidir se quer ou não fazer o seguro.
Isso mesmo, seguradora pode recusar-se de segurar sua vida ou seu bem. Se ela aceitar, ai
sim é emitida a apólice, documento que constam as informações do seguro, toda apólice é
registrada na susep.
Quando fazemos um seguro, o valor que pagamos para seguradora, seja mensalmente ou em
parcela única, chama-se prêmio! Não confunda com o valor que se recebe em caso de sinistro
que se chama indenização.
Por falar em sinistro, é importante você saber que só recebe esse definição quando o risco está
coberto na apólice. Assim podemos afirmar que sempre que houver sinistro em um seguro, a
seguradora é obrigada a indenizar o segurado.
Em um seguro de vida, podemos ou não eleger os beneficiários. Quando não elegemos são os
herdeiros legais quem tem direito a indenização. Se você eleger um familiar como beneficiário
poderá alterar no futuro, sim, essa mudança na apólice se chama endosso. Em alguns casos
pode gerar custos, como exemplo, imagine que você tenha feito um seguro de um veículo no
valor de R$ 20.000,00, com vigência de 1 ano e depois de 3 meses vcê troca de carro, para um
no valor de R$ 50.000,00. Provavelmente nesse caso a seguradora irá pedir um prêmio extra
para cobrir a diferença de risco provocada por esse endosso.
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Por falar em seguro de veículos, já ouviu falar de franquia? Então, nos seguros de carros
geralmente as seguradoras exigem franquias, que nada mais é que a parte do prejuízo que fica
de responsabilidade do segurado em caso de sinistro.
Tem uma coisa que é bem óbvia mas nem todo mundo sabe. Sabia que é proibido a realização
de mais de um seguro cobrindo o mesmo objeto ou interesse, salvo nos casos de seguros
de pessoas? Isso mesmo, mas é fácil de entender. Imagina que você tenha um carro e faça
5 seguros do mesmo em seguradoras diferente. Se alguém furtar seu bem você receberia 5
carros novos, seria demais né? Isso mesmo, demais! Por esse motivo é proibido, você poderá
contratar somente um seguro por bem!
Infelizmente as operações de seguro são tributadas. IOF incide sobre quase todas as operações
de seguro, a grande exceção fica por conta das operações de Seguro Rural, que gozam de
isenção tributária irrestrita, de quaisquer impostos ou tributos federais.
Resseguradores
Resseguradores – Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que têm
por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão. O Instituto de
Resseguros do Brasil (IRB) é empresa resseguradora vinculada ao Ministério da Fazenda
Resseguro: operação de transferência de riscos de uma cedente para um ressegurador.
Retrocessão: operação de transferência de riscos de resseguro de resseguradores para
resseguradores ou de resseguradores para sociedades seguradoras locais.
CORRETORAS DE SEGUROS
•• Corretagem: intermediação entre o adquirente do seguro e o tomador do capital.
•• Comissão: remuneração pela corretagem.
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o Provisão para sorteio
o Taxa de Carregamento
o Provisão matemática
Em caso de resgate antecipado o investidor irá receber um percentual de sua provisão
matemática.
Previdência Social é aquela referente ao benefício pago pelo INSS aos trabalhadores. Ela
funciona como um seguro controlado pelo governo, garantindo que o trabalhador continue a
receber uma renda quando se aposentar, mas que também não fique desamparado em caso
de gravidez, acidente ou doença.
Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção do indivíduo. Também
chamada de Previdência Complementar, ela estabelece a formação de uma reserva a ser usada
tanto para complementar a renda recebida pelo INSS, quanto para realizar um projeto de vida,
como o pagamento da faculdade dos filhos ou investir em um negócio próprio.
Taxas de Administração
Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a uma empresa
especializada. A cobrança ocorre durante toda a fase de contribuição e incide sobre o capital
total, incluindo o rendimento. Esse custo é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão
de Valores Mobiliários (quando o fundo tiver aplicações em renda variável).
O percentual da taxa tem que ser aprovado pela Susep e constar do contrato. Nos planos VGBL
e PGBL, o custo varia de 0,5% a 4% ao ano, em geral sendo cobrada diariamente.
É cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimento exclusivo, criado para
o seu plano, e pode variar de acordo com as condições comerciais do plano contratado. Os que
têm fundos com investimentos em ações, por serem mais complexos, normalmente têm taxas
um pouco maiores do que aqueles que investem apenas em renda fixa.
Taxas de Carregamento
Corresponde às despesas administrativas das instituições financeiras com pessoal, emissão de
documentos e lucro. É cobrada logo na entrada do plano e a cada depósito ou contribuição que
você faz. Isso quer dizer que, se esse custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos só R$ 95,00
vão ser creditados efetivamente no seu plano. Em outras palavras, quanto maior o percentual,
menor a fatia da contribuição ou depósito feita por você que vai “engordar” o seu capital.
As instituições financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos VGBL e PGBL,
com aprovação da Susep, mas a concorrência forte impede a imposição desse limite.
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Ela serve para cobrir despesas de corretagem e administração. Na maioria dos casos, a cobrança
dessa taxa não ultrapassa 5% sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado há
três formas de taxa de carregamento, dependendo do plano contratado. São elas:
1. Antecipada: incide no momento do aporte. Esta taxa é decrescente em função do valor
do aporte e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor do aporte ou quanto
maior o montante acumulado, menor será a taxa de carregamento antecipada.
2. Postecipada: incide somente em caso de portabilidade ou resgates. É decrescente em
função do tempo de permanência no plano, podendo chegar a zero. Ou seja, quanto maior
o tempo de permanência, menor será a taxa.
3. Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao plano), quanto na
saída (na ocorrência de resgates ou portabilidades). Como você pode ver, existem produtos
que extinguem a cobrança dessa taxa após certo tempo de aplicação. Outros atrelam esse
percentual ao saldo investido: quanto maior o volume aplicado, menor a taxa. Nos dois
casos, não deixe de pesquisar antes de escolher seu plano de previdência.
Portabilidade
É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre fundos do plano contrato, ou
para outros planos, outra seguradora ou Entidade Aberta de Previdência Complementar –
EAPC, durante o período de acumulação, por vontade do titular.
Resgates
Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode ser o resgate
total, caso o cliente não queira passar a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas
formas disponíveis de resgate:
•• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os recursos
que continuarem no plano permanecerão rendendo.
•• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada para quem
não tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de
render.
IMPORTANTE: No caso de resgate total ou de parte dos recursos antes da data de saída
estipulada, é preciso ficar atento às regras de carência para resgate.
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Regimes de tributação
REGIME DE TRIBUTAÇÃO REGRESSIVO
É facultada aos participantes que ingressarem a partir de 1º de janeiro de 2005 em planos de
benefícios de caráter previdenciário, estruturados nas modalidades de contribuição definida
ou contribuição variável, das entidades de previdência complementar e das sociedades
seguradoras, a opção por regime de tributação no qual os valores pagos aos próprios
participantes ou aos assistidos, a título de benefícios ou resgates de valores acumulados,
sujeitam-se à incidência de imposto de renda na fonte às seguintes alíquotas:
Ao escolher entre a tributação regressiva você não pode alterar mais o tipo de tributação.
Pode-se dizer que o regime de tributação regressiva é indicado para quem planeja poupar em
plano de previdência por mais tempo, ou seja, cultivando a visão do longo prazo. Afinal, quanto
maior o período em que o dinheiro ficar aplicado no plano, menor a alíquota do Imposto de
Renda.
Já a opção pela tabela progressiva é mais indicada em duas situações:
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PGBL X VGBL
PGBL VGBL
Permite abater da base de cálculo do IR os
aportes realizados anualmente ao plano Não permite abater do IR os
Dedução de IR
até um limite máximo de 12%(*) da renda aportes ao plano.
bruta tributável do investidor.
Essa dedução não significa que os aportes
feitos na Previdência são isentos de IR. O IR incidirá apenas sobre os
Incidência de IR Haverá incidência do IR sobre o valor total rendimentos do plano e não
do resgate ou da renda recebida quando sobre o total acumulado.
eles ocorrerem.
Indicado para quem usa a
declaração simplificada ou é
Indicado para as pessoas que optam pela isento ou para quem já investe
Perfil Investidor
declaração completa do Imposto de Renda. em um PGBL, mas quer investir
mais de 12% de sua renda bruta
em previdência privada.
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Aula 7
CHEQUES
O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito. O cheque é uma ordem de
pagamento à vista, porque deve ser pago no momento de sua apresentação ao banco sacado.
Ah professor, mas e os cheques pre-datados? Bom querido futuro analista do BNB, sinto muito
informar, mas legalmente não existe cheque pré-datado, isso é apenas um acordo comercial
entre as partes.
Dizer que o cheque é um título de crédito, nos permite concluir que o mesmo poderá ser
protestado ou executado em juízo.
Mas para entender melhor como isso funciona, devemos separar as duas relações que existem
em uma emissão de cheque:
1. Entre o emitente do cheque e o banco.
2. Entre o emitente e beneficiário.
Vamos começar explicando qual a definição de emitente, banco e beneficiário:
•• Emitente (emissor ou sacador): como nome já diz é aquele que emite o cheque, cliente do
banco, pessoa física ou jurídica.
•• Beneficiário: que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido, para quem passamos o
cheque.
•• Sacado: que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente. Banco esse que
concedeu as folhas de cheque para o cliente e o autorizou a emitir.
Relação Jurídica 2
Relação Jurídica 1
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7.2. Quais são as formas de emissão de cheques?
Segundo a lei do cheque, para que uma folha seja considerada um cheque, as mesma deve
conter no mínimo:
I. denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é
redigido;
II. a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III. o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV. a indicação do lugar de pagamento;
V. a indicação da data e do lugar de emissão;
VI. a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
IMPORTANTE: não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar
indicado junto ao nome do emitente.
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Edgar Abreu
Feita a indicação da quantia em algarismos e por extenso, prevalece o valor escrito por
extenso no caso de divergência. Indicada a quantia mais de uma vez, quer por extenso, quer
por algarismos, prevalece a indicação da menor quantia no caso de divergência.
Com relação à indicação do valor correspondente aos centavos, não é obrigatória a grafia por
extenso, desde que: o valor integral seja especificado em algarismos no campo próprio da folha
de cheque; a expressão “e centavos acima” conste da folha de cheque, grafada pelo emitente
ou impressa no final do espaço destinado à grafia por extenso de seu valor.
Caso o emitente do cheque não tenha saldo suficiente para honrar com o pagamento, mesmo
considerando limites de cheque especial (crédito rotativo oferecido pelo banco), o banco
poderá devolver o cheque para o beneficiário. Se for a primeira vez que o cheque é devolvido, o
motivo é o 11 e não gera obrigação do banco nem mesmo de comunicar o emitente.
Caso a mesma folha volte a ser depositada e mais uma vez não existe fundos para sua
compensação, o sacado (banco) irá devolver o cheque pela segunda e última vez (não pode
mais ser reapresentado) e agora sim o banco é obrigado a informar o emitente da devolução,
pois o motivo não é mais 11 e sim 12, no qual gera uma inclusão do cliente no CCF (Cadastro de
Emitentes de Cheques sem Fundos). Somente nos casos que gerar inclusão do cliente no CCF
que o banco será obrigado a comunica-lo.
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7.7. Oposição ao pagamento
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Aula 8
EXERCÍCIOS
Bom, preparei vários exercícios no formato CERTO | ERRADO. Indiferente se a banca será CESPE
ou outra, sempre temos que analisar as assertivas ou alternativas e decidir se está ou não
correta, logo acredito que esse é o melhor jeito de descobrir se você realmente aprendeu.
Todas as questões são inéditas e criadas por mim (Banca CESPED). Tem muitos “professores”
que copiam minha apostila, meu conteúdo, minhas questões. A esses “amigos” eu diria que
copiar é mais fácil mesmo e é um dom dos fracos! :D
Para os meus alunos, não alunos, todos futuros analistas do BNB, eu sugiro que leia com
atenção cada uma das assertivas abaixo e assista a nossa aula 8 onde eu vou corrigir todas elas
e tirar as suas dúvidas ok? Bons estudos!
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Questões
1. A troca de moeda estrangeira por moeda lo- 8. Em todas as reuniões do CMN são lavradas
cal ou o inverso, dar-se no mercado de capi- atas, cujo extrato é publicado no Diário Ofi-
tais. cial da União (DOU), no qual também de-
vem ser publicadas as matérias aprovadas
( ) Certo ( ) Errado que são regulamentadas por meio de Reso-
luções, normativos de caráter público, que
2. Adaptar o volume dos meios de pagamento também podem ser consultados na página
às reais necessidades da economia nacional de normativos do Banco Central do Brasil.
e seu processo de desenvolvimento é uma ( ) Certo ( ) Errado
das competências do CMN.
( ) Certo ( ) Errado 9. O BCB é o principal executor das orienta-
ções do Conselho Monetário Nacional
3. A responsabilidade de zelar pela liquidez da ( ) Certo ( ) Errado
economia é do Banco Central do Brasil.
( ) Certo ( ) Errado 10. Uma das finalidades do BACEN é a de Orga-
nizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Finan-
4. Zelar pela liquidez e solvência das insti- ceiro Nacional (SFN) e do Sistema de Con-
tuições financeiras é um dos objetivos do sórcio
CMN. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
11. Para cumprir com as suas responsabilidades
5. Expedir normas gerais de contabilidade e e atingir seus objetivos, o BCB conta com
estatística a serem observadas pelas insti- uma diretoria colegiada, que é composta
tuições financeiras é uma competência do por até nove membros
BACEN. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
12. As decisões da Diretoria Colegiada do BA-
6. Junto ao CMN também funciona a Comissão CEN são tomadas por unanimidade, caben-
Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) que do ao presidente, ou a seu substituto, o
é um exemplo de comissões consultivas. voto de qualidade.
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14. O índice oficial de inflação do Brasil, adota- 20. A compensação de cheques é considerada
do no sistema de metas do COPOM é o IGP- “serviço essencial” e não pode ser cobrada
-M. tarifa pela instituição financeira.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
15. Ao final de cada quadrimestre civil, o Co- 21. O prazo de compensação de cheques com
pom publica o documento “Relatório de valores inferiores a 300,00 é dois dias uteis.
Inflação”, que analisa detalhadamente a
conjuntura econômica e financeira do país, ( ) Certo ( ) Errado
bem como apresenta suas projeções para a
taxa de inflação. 22. A CETIP atua como depositária de títulos,
( ) Certo ( ) Errado principalmente os de renda fixa privados,
mas também títulos públicos estaduais e
municipais e os representativos de dívida
16. O Banco Nacional de Desenvolvimento So- do Tesouro Nacional
cial e Econômico – BNDES é o maior banco
de desenvolvimento do país. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
23. Embora não seja obrigado, os bancos po-
dem exigir depósito inicial para abertura de
17. O BNDES está vinculado junto ao Ministério qualquer tipo de conta.
de Desenvolvimento, Indústria e Comér-
cio Exterior e não ao Ministério da Fazenda ( ) Certo ( ) Errado
como as demais instituições pertencentes
ao sistema financeiro nacional. 24. RDB além de ser emitido por bancos, tam-
( ) Certo ( ) Errado bém pode ser utilizado como meio de cap-
tação das cooperativas de crédito e as fi-
nanceiras (SCFI).
18. Todos os sistemas de compensação e de
liquidação de ativos são considerados sis- ( ) Certo ( ) Errado
temicamente importantes, independente-
mente do valor individual de cada transação 25. Sacado de um cheque é sempre o banco
e do giro financeiro diário onde está depositado o dinheiro do emi-
( ) Certo ( ) Errado tente. Banco esse que concede as folhas de
cheque para o cliente e o autoriza a emiti-
-las.
19. O STR é um sistema de liquidação bruta em
tempo real (LBTR) de transferência de fun- ( ) Certo ( ) Errado
dos entre seus participantes, gerido e ope-
rado pelo Banco Central do Brasil
( ) Certo ( ) Errado
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Edgar Abreu
Poucas questões né? Eu sei... mas não fique triste, estou preparando um material com mais
de 100 questões inéditas, vou disponibiliza-las em breve na Casa do Concurseiro e também na
casa das questões. Você que é nosso aluno, estará em seu EAD logo logo!
Bons estudos!
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Conhecimentos Bancários
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Edital
BANCA: FGV
CARGO: Analista Bancário
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Introdução
Olá futuro (a) servidor (a) do BNB!!! Essa apostila foi produzida baseada no edital do concurso
anterior. Assim que sair o edital novo, se houver novos temas, eu irei atualizar esse material
novamente, fique tranquilo.
Nesse material está uma parte de Conhecimentos Bancários (A outra parte será estudada com
o Prof. Edgar Abreu).
Abaixo estão os itens que serão abordados comigo:
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Conhecimentos Bancários
FUNDAMENTOS DO CRÉDITO
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Compra-se a ideia de que consumir é sinônimo de felicidade. As instituições financeiras
alimentam esse conceito.
SOLUÇÕES
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas Silva
RISCO
Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão de investimento.
Grau de incerteza do retorno de um investimento. Normalmente, o risco tem relação direta
com o nível de renda do investimento: quanto maior o risco, maior o potencial de renda do
investimento
RISCO DE LIQUIDEZ
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RISCO OPERACIONAL
RISCO DE CRÉDITO
As empresas contratam as agências especializadas como Standard & Poor’s e Moody’s para
que elas classifiquem o risco de crédito referente às obrigações que vão lançar no mercado
(e que serão adquiridas por investidores), como debêntures (bonds), commercial papers,
securitizações,etc
O rating depende da probabilidade de inadimplência da empresa devedora, assim como das
características da dívida emitida.
Quando uma empresa emite debêntures e não consegue honrar seus pagamentos, seus
investidores estão sujeitos a terem perdas financeiras devidas o risco de crédito existente.
IMPORTANTE: Aplicação em ações NÃO possuem RISCO DE CRÉDITO.
RISCO PAÍS
O risco país tem sua origem na possibilidade de um país não honrar seus compromissos, ou
seja, não ter capacidade de gerar recursos para o pagamento de suas obrigações com credores
externos.
O risco país também pode ser gerado pelo risco político ou soberano quando se criam restrições
ao livre fluxo de capitais, impondo controles cambiais que Impossibilitam a remuneração dos
investidores externos.
Golpes militares, políticas econômicas, resultado de novas eleições entre outros podem trazer
este tipo de restrição.
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas Silva
RISCO DE MERCADO
•• Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em fatores comuns
a todos os ativos do mercado.
•• Por exemplo, determinado resultado das eleições presidenciais afeta, em maior ou
menor grau, todos os ativos do mercado.
•• Risco não sistemático ou específico: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem
em características específicas do ativo.
•• Por exemplo, se uma plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio somente
as ações desta empresa recebem um impacto negativo
A diversificação, no mundo dos investimentos, é como o investidor divide sua poupança nos
diversos ativos financeiros e reais, como: colocar 10% de seu dinheiro na poupança, 50% em
fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações.
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A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho ditado: “não coloque todos os
ovos numa única cesta”. Desta forma, quando um investimento não estiver indo muito bem, os
outros podem compensar, de forma que na média não tenha perdas mais expressivas.
A diversificação consegue reduzir APENAS o risco NÃO SISTEMÁTICO (específico). O risco
sistemático não pode ser reduzido, nem mesmo com uma excelente diversificação.
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Questões
1. Quando uma agencia de Rating decide re- 3. O BNB ao final do dia, necessita de R$ 300
baixar a nota de crédito de um banco, isso milhões para a sua tesouraria. Vai ao Mer-
significa que: cado e não encontra nenhum banco com
disponibilidade para emprestar esse recur-
a) Esse banco está apresentando melho- so. Nesse caso, qual é o risco predominante
res resultados financeiros e por isso na situação:
esta mais seguro investir nessa institui-
ção a) Crédito
b) Esse banco esta apresentando piores b) Mercado
resultados financeiros e por isso esta c) Liquidez
mais seguro investir nessa instituição d) Operacional
c) Esse banco esta apresentando uma pio- e) Não Sistemático
ra na situação econômica, resultando
em maiores riscos nas aplicações reali-
zadas nessa instituição
d) Esse banco está apresentando uma me-
lhora na situação econômica, resultan-
do em menores riscos nas aplicações
realizadas nessa instituição
e) Esse banco esta investindo mais em
inovação e isso acaba levando em uma
menor disponibilidade de caixa para a
instituição
Gabarito: 1. C 2. B 3. C
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OPERAÇÕES DE CRÉDITO
CRÉDITO ROTATIVO
CONTAS GARANTIDAS
DINHEIRO DE PLÁSTICO
Representam uma série de alternativas ao papel-moeda, cujos objetivos são facilitar o dia-a-
dia e incentivar o consumo.
Cartões Magnéticos:
•• Utilizados para saques em terminais de auto-atendimento;
•• Possuem a vantagem de eliminar a necessidade de ida do cliente a uma agência bancária;
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas Silva
CARTÕES DE CRÉDITO
Vendedor:
•• forte indutor do consumo;
•• Rebate no preço das vendas (tarifas e prazo).
Comprador:
•• Enquadramento das necessidades de consumo às disponibilidades de caixa;
•• Ganhos sobre a inflação;
•• Forte indutor do consumo.
Tipos:
•• Quanto ao usuário: pessoa física ou empresarial
•• Quanto à utilização: nacional ou internacional.
IMPORTANTE:
Desde Junho/18 o CMN alterou o percentual de pagamento mínimo das faturas de cartão de
crédito. NÃO há mais um limite mínimo (antes era 15%).
Porém o cliente pode pagar o mínimo da fatura apenas 1 vez, após isso o banco deve ofertar
um alinha de crédito com taxa de juros mais baixas.
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Os bancos só podem cobrar cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de
crédito:
1. Anuidade
2. emissão de segunda via do cartão
3. tarifa para uso na função saque
4. tarifa para uso do cartão no pagamento de contas
5. tarifa no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
O contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer momento. No entanto, é
importante salientar que o cancelamento do contrato de cartão de crédito não quita ou
extingue dívidas pendentes. Assim, deve ser buscado entendimento com o emissor do cartão
sobre a melhor forma de liquidação da dívida.
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas Silva
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CRÉDITO DIRETO A CONSUMIDOR (CDC)
•• Financiamento concedido por uma financeira a seus clientes, para a aquisição de bens ou
serviços, ou ainda, sem propósitos específicos.
•• Muito utilizado na compra de veículos, móveis e eletrodomésticos. Sempre que possível, o
bem adquirido como financiamento fica vinculado em garantia à operação
Definição: CDC ou Crédito Direto ao Consumidor – São operações de crédito concedidas pelos
Bancos,ou pelas chamadas Financeiras, a pessoas físicas ou jurídicas, destinadas a empréstimos
sem direcionamento ou financiamentos de bens ou serviços.
Condições: É necessário ter uma conta corrente no Banco do Brasil, com cadastro atualizado,
sem restrições e limite de crédito aprovado.
Contratação: Depois de definido o limite, você pode acessar qualquer um dos Terminais de
Autoatendimento, internet, CABB (Central de Atendimento Banco do Brasil), agências do BB ou
diretamente nos terminais POS das lojas, dependendo da linha a ser utilizada
Imposto: Gera cobrança de IOF.
EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS
DESCONTO DE TÍTULOS
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas Silva
VENDOR FINANCE
É uma operação que se caracteriza pela venda com recebimento à vista (pela empresa
vendedora), e pagamento a prazo, com juros (pela empresa compradora).
Formalização do Contrato:
•• Convênio entre o banco e a empresa vendedora;
•• Contrato de abertura de crédito entre as três partes.
Comentário: Apesar de quem paga o empréstimo de vendor finance é o comprador. Esta
modalidade só pode ser contratada pelo Vendedor, que também fica responsável pelo
empréstimo como fiador da operação.
HOT MONEY
•• Empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente liquidado em até 10 dias, mas pode ser
contratada de 1 até 29 dias no MÁXIMO.
•• Sua principal garantia é uma Nota Promissória.
•• As taxas do hotmoney, em geral, são mais elevadas que as das outras operações. (incidência
de IOF, PIS e COFINS)
Comentário: Empréstimos de hot Money não se destina a compra de máquinas, investimento
na empresas e etc... os valores concedidos nesta linha de crédito são para “tirar a empresa do
sufoco”, haja vista que as taxas de juros são mais elevadas.
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Questões
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5. (9410) FCC – 2006 – CONHECIMENTOS BAN- I – Permitem compatibilizar as necessidades
CÁRIOS – Produtos e Serviços Bancários de consumo dos titulares às suas disponibi-
lidades de caixa, à medida em que a data de
No que diz respeito ao Hot Money e ao Che- vencimento da fatura coincida com o crédi-
que Especial, é correto afirmar: to dos seus salários.
a) Ambos são tipos de empréstimo, desti- II – Oferecem aos titulares a possibilidade
nados tanto a pessoas físicas quanto a de parcelar o pagamento de suas compras,
pessoas jurídicas. concedendo-lhes um limite de crédito rota-
b) Ambos são tipos de empréstimo, sendo tivo.
o primeiro destinado a pessoas jurídi-
cas e o segundo a pessoas físicas. III – Podem proporcionar benefícios adicio-
c) O primeiro é um tipo de investimento nais aos titulares, à medida em que reali-
destinado a pessoas jurídicas, e o se- zem parcerias com empresas reconhecidas
gundo é um tipo de empréstimo desti- no mercado (cartões cobranded).
nado a pessoas físicas e jurídicas.
d) Ambos são tipos de empréstimo, sendo É correto o que consta
o primeiro destinado a pessoas jurídicas a) I, apenas.
e o segundo destinado tanto a pessoas b) II, apenas.
físicas quanto jurídicas. c) III, apenas.
e) O primeiro é um tipo de investimento d) II e III, apenas.
destinado tanto a pessoas físicas quan- e) I, II e III.
to jurídicas, e o segundo um tipo de
empréstimo destinado somente a pes- 8. (9347) CESGRANRIO – 2012 – CONHECI-
soas físicas. MENTOS BANCÁRIOS – Produtos e Serviços
Bancários
6. (9362) – CESGRANRIO – 2010 – CONHECI-
MENTOS BANCÁRIOS – Produtos e Serviços Atualmente, os bancos possuem diversos ti-
Bancários pos de produtos para financiar as relações
comerciais, desde as realizadas por micro-
Para financiar suas necessidades de curto empresas até as realizadas por grandes em-
prazo, algumas empresas utilizam linhas presas.
de crédito abertas com determinado limi-
te cujos encargos são cobrados de acordo Qual é o nome da operação realizada quan-
com sua utilização, sendo o crédito liberado do pequenas indústrias vendem para gran-
após a entrega de duplicatas, o que garanti- des lojas comerciais e estas procuram os
rá a operação. bancos para dilatar o prazo de pagamento
mediante a retenção de juros?
Esse produto bancário é o
a) Compror Finance
a) Crédito Direto ao Consumidor (CDC). b) Vendor Finance
b) crédito rotativo. c) Capital de Giro
c) empréstimo compulsório. d) Contrato de Mútuo
d) capital alavancado e) Crédito Rotativo
e) cheque especial.
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BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas Silva
www.acasadoconcurseiro.com.br 847
e) possui um prazo mínimo de 2 anos para
o vencimento.
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CRÉDITO RURAL
Recursos Controlados:
a) os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de depósito à vista);
b) os das Operações Oficiais de Crédito sob supervisão do Ministério da Fazenda;
c) os de qualquer fonte destinados ao crédito rural na forma da regulação aplicável, quando
sujeitos à subvenção da União, sob a forma de equalização de encargos financeiros,
inclusive os recursos administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES);
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d) os oriundos da poupança rural, quando aplicados segundo as condições definidas para os
recursos obrigatórios;
e) os dos fundos constitucionais de financiamento regional;
f) os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Não controlados: todos os demais.
Para concessão do crédito rural, é necessário que o tomador apresente orçamento, plano ou
projeto, exceto em operações de desconto de Nota Promissória Rural ou de Duplicata Rural
Garantias aceitas:
a) penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou cédula;
b) alienação fiduciária;
c) hipoteca comum ou cédula;
d) aval ou fiança;
e) seguro rural ou ao amparo do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro);
(OBRIGATÓRIO a contratação para empréstimos contratados com recursos controlados e a
partir de Julho de 2014 após publicação da CMN 4.235)
f) proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de penhor de
direitos, contratual ou cedular;
g) outras que o Conselho Monetário Nacional admitir.
IMPORTANTE: Alíquota de IOF para operações de crédito rural é de zero. O IOF cobrado em
algumas operações é o IOF adicional.
No caso de operação de comercialização, na modalidade de desconto de nota promissória
rural ou duplicata rural, a alíquota zero é aplicável somente quando o título for emitido em
decorrência de venda de produção própria.
MICROCRÉDITO
O QUE É:
É a operação de crédito realizada com empreendedor urbano ou rural, pessoa natural ou
jurídica, independentemente da fonte dos recursos, observadas as seguintes condições:
I – Renda bruta anual de até R$ 200mil
II – Limite de empréstimo por tomado: R$ 15 mil
850 www.acasadoconcurseiro.com.br
BNB (Analista Bancário) – Conhecimentos Bancários – Prof. Lucas Silva
ONDE CONTRATAR:
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CONDIÇÕES:
Microempreendedor
Baixa Renda Microempreendedor
Orientado
Objetivo Financiamento de Capital fixo ou de giro
TAC Máxima 2% 3%
Taxa de Juros
2% ao mês 4% ao mês
Máxima
Mínimo: 120 dias
Prazos
Máximo: 24 meses
Valor Mínimo a
Depende de cada banco
emprestar
Valor Máximo R$ 2.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00
IOF ISENTO
Limite de
3 por ano
Operações
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Questões
1. (38142) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – 4. (38110) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Crédito Ru- CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Microcré-
ral, Produtos e Serviços Bancários dito, Produtos e Serviços Bancários
As cooperativas de produtores rurais e os Os empréstimos concedidos como Micro-
sindicato rural são beneficiários de crédito crédito, podem ser liquidados em um paga-
rural. mento único ou então parcelados e o prazo
máximo para liquidação total do emprésti-
( ) Certo ( ) Errado mo será de no máximo 24 meses.
( ) Certo ( ) Errado
2. (38112) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Microcré- 5. (38143) A CASA DAS QUESTÕES – 2014
dito, Produtos e Serviços Bancários – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Crédito
Rural, Produtos e Serviços Bancários
As operações de Microcrédito possuem
isenção de IOF. Pode se beneficiar do crédito rural pessoa
física ou jurídica que, embora sem concei-
( ) Certo ( ) Errado tuar-se como produtor rural, se dedique às
atividades vinculadas ao setor de medição
3. (2018 – CESGRANRIO) de lavouras.
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8. (38147) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – 12. (38108) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Crédito Ru- CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Microcrédi-
ral, Produtos e Serviços Bancários to, Produtos e Serviços Bancários
Os recursos destinados para crédito rural Todas as Instituições Financeiras monetá-
classificam-se em controlados, não contro- rias, que captam depósito à vista, devem
lados e obrigatórios. emprestar um percentual mínimo dos re-
cursos captados nessa modalidade para
( ) Certo ( ) Errado empréstimos de Microcrédito.
( ) Certo ( ) Errado
9. (38146) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Crédito Ru- 13. (34814) CESPE – 2007 – CONHECIMENTOS
ral, Produtos e Serviços Bancários BANCÁRIOS – Crédito Rural, Produtos e Ser-
viços Bancários
As operações de crédito rural estão sujeitas
a despesas como, prêmio de seguro rural, No crédito rural existem vários tipos de re-
observadas as normas divulgadas pelo Con- cursos, em geral, classificados pela origem:
selho Nacional de Seguros Privados e Im- controlados(recursos oficiais);não- contro-
posto sobre Operações de Crédito, Câmbio lados (livremente pactuados entre as par-
e Seguro, e sobre Operações relativas a Tí- tes); e recursos das operações oficiais de
tulos e Valores Mobiliários (IOF). crédito destinados a investimentos. Consi-
derando que cada tipo de recurso do crédi-
( ) Certo ( ) Errado to rural tem características específicas, jul-
gue o item seguinte.
10. (38145) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – Os investimentos em bens ou serviços cujo
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Crédito Ru- aproveitamento se estenda por vários ciclos
ral, Produtos e Serviços Bancários produtivos não podem ser objeto de finan-
ciamento pelo crédito rural.
Nas operações de crédito rural a escolha
das garantias é de livre convenção entre o ( ) Certo ( ) Errado
financiado e o financiador, que devem ajus-
tá-las de acordo com a natureza e o prazo 14. (34813) CESPE – 2007 – CONHECIMENTOS
do crédito, observada a legislação própria BANCÁRIOS – Crédito Rural, Produtos e Ser-
de cada tipo. viços Bancários
( ) Certo ( ) Errado No crédito rural existem vários tipos de re-
cursos, em geral, classificados pela origem:
controlados (recursosoficiais); não- contro
11. (38109) A CASA DAS QUESTÕES – lados (livremente pactuados entre as par-
2014 – CONHECIMENTOS BANCÁRIOS tes); e recursos das operações oficiais de
Microcrédito,Produtos e Serviços Bancários crédito destinados a investimentos. Consi-
derando que cada tipo de recurso do crédi-
Os recursos emprestados como Microcrédi-
to rural tem características específicas, jul-
to, tem como objetivo financiar tanto capi-
gue o item seguinte.
tal fixo como também de giro.
Pessoa física ou jurídica que, mesmo não
( ) Certo ( ) Errado sendo produtor rural, se dedique à pesquisa
de mudas ou sementes certificadas pode se
utilizar do crédito rural.
( ) Certo ( ) Errado
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15. (34812) CESPE – 2007 – CONHECIMENTOS 18. (38104) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
BANCÁRIOS – Crédito Rural, Produtos e Ser- CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Microcré-
viços Bancários dito, Produtos e Serviços Bancários
No crédito rural existem vários tipos de re- Para concessão do microcrédito, além de
cursos, em geral, classificados pela origem: outras exigências, é necessário que o soma-
controlados (recursosoficiais); não- contro- tório do valor da operação de microcrédi-
lados (livremente pactuados entre as par- to com o saldo devedor de todas as outras
tes); e recursos das operações oficiais de operações de crédito com o mesmo toma-
crédito destinados a investimentos. Consi- dor deve ser no máximo de R$ 40.000,00.
derando que cada tipo de recurso do crédi-
to rural tem características específicas, jul- ( ) Certo ( ) Errado
gue o item seguinte.
A comercialização da produção é uma das 19. (38107) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
atividades que podem ser financiadas pelo CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Microcré-
crédito rural. dito, Produtos e Serviços Bancários
( ) Certo ( ) Errado
21. (38105) A CASA DAS QUESTÕES – 2014
– CONHECIMENTOS BANCÁRIOS –
17. (38103) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – Microcrédito,Produtos e Serviços Bancários
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Microcré-
dito, Produtos e Serviços Bancários O Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT
e a captação de depósito à vista realizada
O Microcrédito é a operação de crédito des- pelos bancos são consideradas como “fun-
tinada exclusivamente a empreendedor ur- ding” para as operações de Microcrédito.
bano, que poderá ser pessoa natural ou ju-
rídica e possuem renda bruta anual de até ( ) Certo ( ) Errado
R$ 120 mil.
( ) Certo ( ) Errado
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22. (9248) FCC – 2011 – CONHECIMENTOS BAN-
CÁRIOS – Produtos e Serviços Bancários,
Crédito Rural
Sobre operações de crédito rural é correto
afirmar:
a) Podem ser utilizadas por produtor rural,
desde que pessoa física.
b) Não podem financiar atividades de co-
mercialização da produção.
c) É necessária a apresentação de garan-
tias para obtenção de financiamento.
d) Não estão sujeitas a Imposto sobre
Operações de Crédito, Câmbio e Segu-
ro, e sobre Operações relativas a Títulos
e Valores Mobiliários – IOF.
e) Devem ser apresentados orçamento,
plano ou projeto nas operações de des-
conto de Nota Promissória Rural.
Gabarito: 1. (38142) Errado 2. (38112) Certo 3. E 4. (38110) Certo 5. (38143) Certo 6. (38144) Certo 7. (38148) Errado
8. (38147) Errado 9. (38146) Certo 10. (38145) Certo 11. (38109) Certo 12. (38108) Errado 13. (34814) Errado
14. (34813) Certo 15. (34812) Certo 16. (34811) Certo 17. (38103) Errado 18. (38104) Errado 19. (38107) Certo
20. (38106) Errado 21. (38105) Certo 22. (9248) C
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O programa é composto dos seguintes grupos: “A” e “ A/C” de acordo com a condição de
assentado, e “B” e PRONAF Renda Variável, de acordo com a renda bruta anual obtida pelo
produtor, que pode variar de até R$10.000,00 para o Grupo B e acima de R$10.000,00 até R$
360.000,00 para o PRONAF Renda Variável.
O PRONAF também disponibiliza linhas de crédito especiais para públicos e atividades
específicas: PRONAF Mulher, Jovem, Agroindústria, Floresta, Mais Alimentos, Agroecologia,
Agrinf (Custeio do Beneficiamento e Industrialização de Agroindústria Familiar) e ECO – além
de investimentos em projetos de convivência como semiárido – PRONAF Semiárido.
COMO FUNCIONA
PRONAF “B”
O Pronaf Grupo “B” é uma linha de microcrédito rural voltada para produção e geração de
renda das famílias agricultoras de mais baixa renda do meio rural. São atendidas famílias
agricultoras, pescadoras, extrativistas, ribeirinhas, quilombolas e indígenas que desenvolvam
atividades produtivas no meio rural. Elas devem ter renda bruta anual familiar de até R$20mil.
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O QUE É:
Financiamento, por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para produção e
aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no
BNDES.
FINAME NO BNB
Objetivo: Financiar a produção e a comercialização de máquinas e equipamentos novos de
fabricação nacional, cadastrados na FINAME, nas modalidades:
a) financiamento à compradora;
b) financiamento à fabricante;
Público-alvo: Empresas de controle nacional (pessoas jurídicas e empresários registrados na
junta comercial) e pessoas jurídicas brasileiras de controle estrangeiro. Não são passíveis de
atendimento pela FINAME os seguintes setores: empreendimentos imobiliários, tais como
edificações residenciais, time-sharing, hotel-residência e loteamento; comércio de armas;
atividades bancárias e/ou financeiras; motéis, saunas, termas e boates; mineração que incorpore
processo de lavra rudimentar ou garimpo; jogos de prognósticos e assemelhados; edição de
jornais e outros periódicos; produção, beneficiamento, industrialização ou comercialização de
fumo; beneficiamento de madeiras nativas não-contempladas em licenciamento e planos de
manejo sustentável; ações e projetos sociais contemplados com incentivos fiscais.
Fonte dos Recursos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por
intermédio de sua subsidiária, a Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME).
Prazos: Até 60 meses, inclusive carência de até 24 meses, podendo o prazo total ser elevado
no caso de aquisição de locomotivas, vagões ferroviários de carga e ônibus de passageiros. O
prazo é determinado conforme a capacidade de pagamento do proponente.
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Encargos: Tarifas de contratação e IOF cobrados conforme a regulamentação + TJLP + juros
Garantias: As garantias serão, cumulativa, ou alternativamente, compostas por garantias reais
e fidejussórias, em função do prazo, valor e pontuação obtida na avaliação de risco do cliente e
do projeto. Será obrigatória a alienação fiduciária do bem financiado
O QUE É:
O Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT é um fundo especial, de natureza contábil-financeira,
vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, destinado ao custeio do Programa do
Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento de Programas de Desenvolvimento
Econômico.
FONTE DE RECURSOS:
A principal fonte de recursos do FAT é composta pelas contribuições para o Programa de
Integração Social – PIS, criado por meio da Lei Complementar nº 07, de 07 de setembro de
1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, instituído
pela Lei Complementar nº08, de 03 dedezembro de 1970. (estes Programas foram unificados,
hoje sob denominação Fundo PIS-PASEP)
GESTÃO:
O FAT é gerido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – CODEFAT,
órgão colegiado, de caráter tripartite e paritário, composto por representantes dos
trabalhadores, dos empregadores e do governo, que atua como gestor do FAT.
Público-alvo
•• Empresas privadas e empresários registrados na junta comercial.
•• Estados e municípios e entidades da administração pública indireta estadual e municipal.
Fonte dos recursos: Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT
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Encargos
•• Juros Básicos: TJLP.
•• Del-credere (taxa efetiva): 4%a.a.
•• IOF e Tarifas: conforme a regulamentação vigente.
Limites de financiamento
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Garantias:
As garantias serão, cumulativa ou alternativamente:
•• Hipoteca, exceto no caso do setor público.
•• Alienação fiduciária, exceto no caso do setor público.
•• Penhor, exceto no caso do setor público.
•• Fiança.
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CREDIAMIGO
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Questões
1. (2014 – FGV)
O Fundo Constitucional do Nordeste (FNE)
tem seus recursos administrados pelo Ban-
co do Nordeste do Brasil (BNB). Quanto a
esse Fundo, analise as afirmativas a seguir:
I. Na formulação dos programas de financia-
mento do FNE, será observada a proibição
de aplicação de recursos a fundo perdido.
II. Os planos regionais de desenvolvimento
poderão estabelecer prioridades para fins
de distribuição dos recursos entre os bene-
ficiários do FNE.
II. Os recursos do FNE devem ser aplicados
no Nordeste, assim compreendido como a
região abrangida pelos Estados do Mara-
nhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e
Bahia.
Está(ão) correta(s) somente a(s)
afirmativa(s):
a) I e II;
b) I e III;
c) II e III;
d) II;
e) I, II e III.
Gabarito: 1. A
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Conhecimentos Bancários – Aspectos Jurídicos
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Edital
BANCA: FGV
CARGO: Analista Bancário
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Aspectos Jurídicos
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Art. 6º A existência da pessoa natural termina CAPÍTULO II
com a morte; presume-se esta, quanto aos au- DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
sentes, nos casos em que a lei autoriza a abertu-
ra de sucessão definitiva. Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei,
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, os direitos da personalidade são intransmissí-
sem decretação de ausência: veis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercí-
cio sofrer limitação voluntária.
I – se for extremamente provável a morte
de quem estava em perigo de vida; Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou
a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
II – se alguém, desaparecido em campanha perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções
ou feito prisioneiro, não for encontrado até previstas em lei.
dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. Em se tratando de morto,
Parágrafo único. A declaração da morte terá legitimação para requerer a medida
presumida, nesses casos, somente poderá prevista neste artigo o cônjuge sobreviven-
ser requerida depois de esgotadas as bus- te, ou qualquer parente em linha reta, ou
cas e averiguações, devendo a sentença fi- colateral até o quarto grau.
xar a data provável do falecimento.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na ato de disposição do próprio corpo, quando im-
mesma ocasião, não se podendo averiguar se portar diminuição permanente da integridade
algum dos comorientes precedeu aos outros, física, ou contrariar os bons costumes.
presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo
Art. 9º Serão registrados em registro público: será admitido para fins de transplante, na
forma estabelecida em lei especial.
I – os nascimentos, casamentos e óbitos;
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou al-
II – a emancipação por outorga dos pais ou truístico, a disposição gratuita do próprio corpo,
por sentença do juiz; no todo ou em parte, para depois da morte.
III – a interdição por incapacidade absoluta Parágrafo único. O ato de disposição pode
ou relativa; ser livremente revogado a qualquer tempo.
IV – a sentença declaratória de ausência e Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a sub-
de morte presumida. meter-se, com risco de vida, a tratamento médi-
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: co ou a intervenção cirúrgica.
I – das sentenças que decretarem a nulida- Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele
de ou anulação do casamento, o divórcio, a compreendidos o prenome e o sobrenome.
separação judicial e o restabelecimento da Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empre-
sociedade conjugal; gado por outrem em publicações ou represen-
II – dos atos judiciais ou extrajudiciais que tações que a exponham ao desprezo público,
declararem ou reconhecerem a filiação; ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o
nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades
lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
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Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias privado, regem-se, no que couber, quanto
à administração da justiça ou à manutenção da ao seu funcionamento, pelas normas deste
ordem pública, a divulgação de escritos, a trans- Código.
missão da palavra, ou a publicação, a exposição
ou a utilização da imagem de uma pessoa po- Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público
derão ser proibidas, a seu requerimento e sem externo os Estados estrangeiros e todas as pes-
prejuízo da indenização que couber, se lhe atin- soas que forem regidas pelo direito internacio-
girem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, nal público.
ou se se destinarem a fins comerciais. Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público
Parágrafo único. Em se tratando de morto interno são civilmente responsáveis por atos
ou de ausente, são partes legítimas para re- dos seus agentes que nessa qualidade causem
querer essa proteção o cônjuge, os ascen- danos a terceiros, ressalvado direito regressivo
dentes ou os descendentes. contra os causadores do dano, se houver, por
parte destes, culpa ou dolo.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é invio-
lável, e o juiz, a requerimento do interessado, Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
adotará as providências necessárias para impe- I – as associações;
dir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
II – as sociedades;
(...) III – as fundações.
IV – as organizações religiosas;
TÍTULO II
V – os partidos políticos.
Das Pessoas Jurídicas VI – as empresas individuais de responsabi-
lidade limitada.
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Parágrafo único. Decai em três anos o direi- co quando lhe couber intervir no processo, que
to de anular a constituição das pessoas jurí- os efeitos de certas e determinadas relações de
dicas de direito privado, por defeito do ato obrigações sejam estendidos aos bens particu-
respectivo, contado o prazo da publicação lares dos administradores ou sócios da pessoa
de sua inscrição no registro. jurídica.
Art. 46. O registro declarará: Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurí-
dica ou cassada a autorização para seu funcio-
I – a denominação, os fins, a sede, o tempo namento, ela subsistirá para os fins de liquida-
de duração e o fundo social, quando hou- ção, até que esta se conclua.
ver;
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa ju-
II – o nome e a individualização dos funda- rídica estiver inscrita, a averbação de sua
dores ou instituidores, e dos diretores; dissolução.
III – o modo por que se administra e repre- § 2º As disposições para a liquidação das
senta, ativa e passivamente, judicial e extra- sociedades aplicam-se, no que couber, às
judicialmente; demais pessoas jurídicas de direito privado.
IV – se o ato constitutivo é reformável no § 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á
tocante à administração, e de que modo; o cancelamento da inscrição da pessoa jurí-
V – se os membros respondem, ou não, dica.
subsidiariamente, pelas obrigações sociais; Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que
VI – as condições de extinção da pessoa ju- couber, a proteção dos direitos da personalida-
rídica e o destino do seu patrimônio, nesse de.
caso. (...)
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos
administradores, exercidos nos limites de seus
poderes definidos no ato constitutivo. TÍTULO III
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração Do Domicílio
coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar
dispuser de modo diverso. onde ela estabelece a sua residência com ânimo
Parágrafo único. Decai em três anos o direi- definitivo.
to de anular as decisões a que se refere este Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diver-
artigo, quando violarem a lei ou estatuto, sas residências, onde, alternadamente, viva,
ou forem eivadas de erro, dolo, simulação considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
ou fraude.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural,
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica quanto às relações concernentes à profissão, o
vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer lugar onde esta é exercida.
interessado, nomear-lhe-á administrador provi-
sório. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar pro-
fissão em lugares diversos, cada um deles
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurí- constituirá domicílio para as relações que
dica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou lhe corresponderem.
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Públi-
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Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natu- do marítimo, onde o navio estiver matricu-
ral, que não tenha residência habitual, o lugar lado; e o do preso, o lugar em que cumprir
onde for encontrada. a sentença.
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a re- Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, ci-
sidência, com a intenção manifesta de o mudar. tado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade
sem designar onde tem, no país, o seu domicí-
Parágrafo único. A prova da intenção resul- lio, poderá ser demandado no Distrito Federal
tará do que declarar a pessoa às municipa- ou no último ponto do território brasileiro onde
lidades dos lugares, que deixa, e para onde o teve.
vai, ou, se tais declarações não fizer, da pró-
pria mudança, com as circunstâncias que a Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os con-
acompanharem. tratantes especificar domicílio onde se exerci-
tem e cumpram os direitos e obrigações deles
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio resultantes.
é:
I – da União, o Distrito Federal;
LIVRO III
II – dos Estados e Territórios, as respectivas
capitais; Dos Fatos Jurídicos
III – do Município, o lugar onde funcione a
administração municipal; TÍTULO I
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar
onde funcionarem as respectivas diretorias Do Negócio Jurídico
e administrações, ou onde elegerem domi-
cílio especial no seu estatuto ou atos cons-
titutivos. CAPÍTULO I
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos esta- DISPOSIÇÕES GERAIS
belecimentos em lugares diferentes, cada Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
um deles será considerado domicílio para
os atos nele praticados. I – agente capaz;
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver II – objeto lícito, possível, determinado ou
a sede no estrangeiro, haver-se-á por domi- determinável;
cílio da pessoa jurídica, no tocante às obri-
gações contraídas por cada uma das suas III – forma prescrita ou não defesa em lei.
agências, o lugar do estabelecimento, sito Art. 105. A incapacidade relativa de uma das
no Brasil, a que ela corresponder. partes não pode ser invocada pela outra em be-
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o nefício próprio, nem aproveita aos co-interessa-
servidor público, o militar, o marítimo e o preso. dos capazes, salvo se, neste caso, for indivisível
o objeto do direito ou da obrigação comum.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é
o do seu representante ou assistente; o do Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não
servidor público, o lugar em que exercer invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se
permanentemente suas funções; o do mili- cessar antes de realizada a condição a que ele
tar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da estiver subordinado.
Aeronáutica, a sede do comando a que se
encontrar imediatamente subordinado; o
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Art. 107. A validade da declaração de vontade Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se
não dependerá de forma especial, senão quan- como celebrado pelo representante o negó-
do a lei expressamente a exigir. cio realizado por aquele em quem os pode-
res houverem sido subestabelecidos.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a
escritura pública é essencial à validade dos ne- Art. 118. O representante é obrigado a provar às
gócios jurídicos que visem à constituição, trans- pessoas, com quem tratar em nome do repre-
ferência, modificação ou renúncia de direitos sentado, a sua qualidade e a extensão de seus
reais sobre imóveis de valor superior a trinta ve- poderes, sob pena de, não o fazendo, responder
zes o maior salário mínimo vigente no País. pelos atos que a estes excederem.
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo
cláusula de não valer sem instrumento público, representante em conflito de interesses com o
este é da substância do ato. representado, se tal fato era ou devia ser do co-
nhecimento de quem com aquele tratou.
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste
ainda que o seu autor haja feito a reserva men- Parágrafo único. É de cento e oitenta dias,
tal de não querer o que manifestou, salvo se a contar da conclusão do negócio ou da
dela o destinatário tinha conhecimento. cessação da incapacidade, o prazo de deca-
dência para pleitear-se a anulação prevista
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando neste artigo.
as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e
não for necessária a declaração de vontade ex- Art. 120. Os requisitos e os efeitos da represen-
pressa. tação legal são os estabelecidos nas normas res-
pectivas; os da representação voluntária são os
Art. 112. Nas declarações de vontade se aten- da Parte Especial deste Código.
derá mais à intenção nelas consubstanciada do
que ao sentido literal da linguagem.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser inter-
pretados conforme a boa-fé e os usos do lugar CAPÍTULO III
de sua celebração. DA CONDIÇÃO, DO TERMO
E DO ENCARGO
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a re-
núncia interpretam-se estritamente. Art. 121. Considera-se condição a cláusula que,
derivando exclusivamente da vontade das par-
tes, subordina o efeito do negócio jurídico a
evento futuro e incerto.
CAPÍTULO II
Da Representação Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condi-
ções não contrárias à lei, à ordem pública ou aos
Art. 115. Os poderes de representação confe- bons costumes; entre as condições defesas se
rem-se por lei ou pelo interessado. incluem as que privarem de todo efeito o negó-
cio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de
Art. 116. A manifestação de vontade pelo repre- uma das partes.
sentante, nos limites de seus poderes, produz
efeitos em relação ao representado. Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que
lhes são subordinados:
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o represen-
tado, é anulável o negócio jurídico que o repre- I – as condições física ou juridicamente im-
sentante, no seu interesse ou por conta de ou- possíveis, quando suspensivas;
trem, celebrar consigo mesmo.
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II – as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilí- Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional
cita; em contrário, computam-se os prazos, excluído
o dia do começo, e incluído o do vencimento.
III – as condições incompreensíveis ou con-
traditórias. § 1º Se o dia do vencimento cair em feria-
do, considerar-se-á prorrogado o prazo até
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições o seguinte dia útil.
impossíveis, quando resolutivas, e as de não fa-
zer coisa impossível. § 2º Meado considera-se, em qualquer mês,
o seu décimo quinto dia.
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio
jurídico à condição suspensiva, enquanto esta § 3º Os prazos de meses e anos expiram no
se não verificar, não se terá adquirido o direito, dia de igual número do de início, ou no ime-
a que ele visa. diato, se faltar exata correspondência.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob § 4º Os prazos fixados por hora contar-se-ão
condição suspensiva, e, pendente esta, fizer de minuto a minuto.
quanto àquela novas disposições, estas não te-
rão valor, realizada a condição, se com ela forem Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo
incompatíveis. em favor do herdeiro, e, nos contratos, em pro-
veito do devedor, salvo, quanto a esses, se do
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto teor do instrumento, ou das circunstâncias, re-
esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, sultar que se estabeleceu a benefício do credor,
podendo exercer-se desde a conclusão deste o ou de ambos os contratantes.
direito por ele estabelecido.
Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, ex- prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a exe-
tingue-se, para todos os efeitos, o direito a que cução tiver de ser feita em lugar diverso ou de-
ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de pender de tempo.
execução continuada ou periódica, a sua realiza-
ção, salvo disposição em contrário, não tem efi- Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no
cácia quanto aos atos já praticados, desde que que couber, as disposições relativas à condição
compatíveis com a natureza da condição pen- suspensiva e resolutiva.
dente e conforme aos ditames de boa-fé. Art. 136. O encargo não suspende a aquisição
Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efei- nem o exercício do direito, salvo quando expres-
tos jurídicos, a condição cujo implemento for samente imposto no negócio jurídico, pelo dis-
maliciosamente obstado pela parte a quem des- ponente, como condição suspensiva.
favorecer, considerando-se, ao contrário, não Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilí-
verificada a condição maliciosamente levada a cito ou impossível, salvo se constituir o motivo
efeito por aquele a quem aproveita o seu imple- determinante da liberalidade, caso em que se
mento. invalida o negócio jurídico.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos ca-
sos de condição suspensiva ou resolutiva, é per-
mitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício,
mas não a aquisição do direito.
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CAPÍTULO IV Seção II
DOS DEFEITOS DO DO DOLO
NEGÓCIO JURÍDICO
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por
dolo, quando este for a sua causa.
Seção I
DO ERRO OU IGNORÂNCIA Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação
das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, despeito, o negócio seria realizado, embora por
quando as declarações de vontade emanarem outro modo.
de erro substancial que poderia ser percebido
por pessoa de diligência normal, em face das Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o si-
circunstâncias do negócio. lêncio intencional de uma das partes a respeito
de fato ou qualidade que a outra parte haja ig-
Art. 139. O erro é substancial quando: norado, constitui omissão dolosa, provando-se
que sem ela o negócio não se teria celebrado.
I – interessa à natureza do negócio, ao obje-
to principal da declaração, ou a alguma das Art. 148. Pode também ser anulado o negócio
qualidades a ele essenciais; jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem
aproveite dele tivesse ou devesse ter conheci-
II – concerne à identidade ou à qualidade
mento; em caso contrário, ainda que subsista
essencial da pessoa a quem se refira a de-
o negócio jurídico, o terceiro responderá por
claração de vontade, desde que tenha influ-
todas as perdas e danos da parte a quem ludi-
ído nesta de modo relevante;
briou.
III – sendo de direito e não implicando recu-
Art. 149. O dolo do representante legal de uma
sa à aplicação da lei, for o motivo único ou
das partes só obriga o representado a respon-
principal do negócio jurídico.
der civilmente até a importância do proveito
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de que teve; se, porém, o dolo for do representan-
vontade quando expresso como razão determi- te convencional, o representado responderá so-
nante. lidariamente com ele por perdas e danos.
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por Art. 150. Se ambas as partes procederem com
meios interpostos é anulável nos mesmos casos dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o ne-
em que o é a declaração direta. gócio, ou reclamar indenização.
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da Seção III
coisa, a que se referir a declaração de vontade, DA COAÇÃO
não viciará o negócio quando, por seu contexto
e pelas circunstâncias, se puder identificar a coi- Art. 151. A coação, para viciar a declaração da
sa ou pessoa cogitada. vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
fundado temor de dano iminente e considerável
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a re-
à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
tificação da declaração de vontade.
Parágrafo único. Se disser respeito a pes-
Art. 144. O erro não prejudica a validade do ne-
soa não pertencente à família do paciente,
gócio jurídico quando a pessoa, a quem a mani-
o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá
festação de vontade se dirige, se oferecer para
se houve coação.
executá-la na conformidade da vontade real do
manifestante.
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Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a III – os instrumentos particulares forem an-
vantagem resultante reverterá em proveito do tedatados, ou pós-datados.
acervo sobre que se tenha de efetuar o concur-
so de credores. § 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros
de boa-fé em face dos contraentes do negó-
Parágrafo único. Se esses negócios tinham cio jurídico simulado.
por único objeto atribuir direitos preferen-
ciais, mediante hipoteca, penhor ou anti- Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes
crese, sua invalidade importará somente na podem ser alegadas por qualquer interessado,
anulação da preferência ajustada. ou pelo Ministério Público, quando lhe couber
intervir.
Parágrafo único. As nulidades devem ser
pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do
CAPÍTULO V negócio jurídico ou dos seus efeitos e as en-
DA INVALIDADE DO contrar provadas, não lhe sendo permitido su-
NEGÓCIO JURÍDICO pri-las, ainda que a requerimento das partes.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetí-
vel de confirmação, nem convalesce pelo decur-
I – celebrado por pessoa absolutamente in- so do tempo.
capaz;
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo
II – for ilícito, impossível ou indeterminável contiver os requisitos de outro, subsistirá este
o seu objeto; quando o fim a que visavam as partes permitir
supor que o teriam querido, se houvessem pre-
III – o motivo determinante, comum a am-
visto a nulidade.
bas as partes, for ilícito;
Art. 171. Além dos casos expressamente decla-
IV – não revestir a forma prescrita em lei;
rados na lei, é anulável o negócio jurídico:
V – for preterida alguma solenidade que a
I – por incapacidade relativa do agente;
lei considere essencial para a sua validade;
II – por vício resultante de erro, dolo, coa-
VI – tiver por objetivo fraudar lei imperati-
ção, estado de perigo, lesão ou fraude con-
va;
tra credores.
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirma-
proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
do pelas partes, salvo direito de terceiro.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado,
Art. 173. O ato de confirmação deve conter a
mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for
substância do negócio celebrado e a vontade
na substância e na forma.
expressa de mantê-lo.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídi-
Art. 174. É escusada a confirmação expressa,
cos quando:
quando o negócio já foi cumprido em parte pelo
I – aparentarem conferir ou transmitir direi- devedor, ciente do vício que o inquinava.
tos a pessoas diversas daquelas às quais re-
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execu-
almente se conferem, ou transmitem;
ção voluntária de negócio anulável, nos termos
II – contiverem declaração, confissão, con- dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas
dição ou cláusula não verdadeira; as ações, ou exceções, de que contra ele dispu-
sesse o devedor.
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Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resul- Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a
tar da falta de autorização de terceiro, será vali- invalidade parcial de um negócio jurídico não o
dado se este a der posteriormente. prejudicará na parte válida, se esta for separá-
vel; a invalidade da obrigação principal implica
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito an- a das obrigações acessórias, mas a destas não
tes de julgada por sentença, nem se pronuncia induz a da obrigação principal.
de ofício; só os interessados a podem alegar, e
aproveita exclusivamente aos que a alegarem,
salvo o caso de solidariedade ou indivisibilida-
de.
TÍTULO II
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadên- Dos Atos Jurídicos Lícitos
cia para pleitear-se a anulação do negócio jurí-
dico, contado: Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não se-
jam negócios jurídicos, aplicam-se, no que cou-
I – no caso de coação, do dia em que ela ber, as disposições do Título anterior.
cessar;
II – no de erro, dolo, fraude contra credores,
estado de perigo ou lesão, do dia em que se TÍTULO III
realizou o negócio jurídico;
Dos Atos Ilícitos
III – no de atos de incapazes, do dia em que
cessar a incapacidade. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão vo-
luntária, negligência ou imprudência, violar di-
Art. 179. Quando a lei dispuser que determina- reito e causar dano a outrem, ainda que exclusi-
do ato é anulável, sem estabelecer prazo para vamente moral, comete ato ilícito.
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a
contar da data da conclusão do ato. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de
um direito que, ao exercê-lo, excede manifesta-
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito mente os limites impostos pelo seu fim econô-
anos, não pode, para eximir-se de uma obriga- mico ou social, pela boa-fé ou pelos bons cos-
ção, invocar a sua idade se dolosamente a ocul- tumes.
tou quando inquirido pela outra parte, ou se, no
ato de obrigar-se, declarou-se maior. Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por I – os praticados em legítima defesa ou no
uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se exercício regular de um direito reconhecido;
não provar que reverteu em proveito dele a im-
portância paga. II – a deterioração ou destruição da coisa
alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remo-
Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir- ver perigo iminente.
-se-ão as partes ao estado em que antes dele se
achavam, e, não sendo possível restituí-las, se- Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato
rão indenizadas com o equivalente. será legítimo somente quando as circuns-
tâncias o tornarem absolutamente necessá-
Art. 183. A invalidade do instrumento não induz rio, não excedendo os limites do indispensá-
a do negócio jurídico sempre que este puder vel para a remoção do perigo.
provar-se por outro meio.
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TÍTULO IV II – entre ascendentes e descendentes, du-
rante o poder familiar;
Da Prescrição e da Decadência III – entre tutelados ou curatelados e seus
tutores ou curadores, durante a tutela ou
curatela.
CAPÍTULO I
DA PRESCRIÇÃO Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art.
Seção I 3º;
DISPOSIÇÕES GERAIS
II – contra os ausentes do País em serviço
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular público da União, dos Estados ou dos Mu-
a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nicípios;
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. III – contra os que se acharem servindo nas
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo Forças Armadas, em tempo de guerra.
em que a pretensão. Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser ex- I – pendendo condição suspensiva;
pressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se II – não estando vencido o prazo;
consumar; tácita é a renúncia quando se presu-
III – pendendo ação de evicção.
me de fatos do interessado, incompatíveis com
a prescrição. Art. 200. Quando a ação se originar de fato que
deva ser apurado no juízo criminal, não correrá
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem
a prescrição antes da respectiva sentença defi-
ser alterados por acordo das partes.
nitiva.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um
qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem
dos credores solidários, só aproveitam os outros
aproveita.
se a obrigação for indivisível.
Art. 194. (Revogado)
Seção III
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pes- DAS CAUSAS QUE
soas jurídicas têm ação contra os seus assisten-
tes ou representantes legais, que derem causa à INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
prescrição, ou não a alegarem oportunamente. Art. 202. A interrupção da prescrição, que so-
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pes- mente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
soa continua a correr contra o seu sucessor. I – por despacho do juiz, mesmo incompe-
Seção II tente, que ordenar a citação, se o interes-
sado a promover no prazo e na forma da lei
DAS CAUSAS QUE IMPEDEM processual;
OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO
II – por protesto, nas condições do inciso
Art. 197. Não corre a prescrição: antecedente;
I – entre os cônjuges, na constância da so- III – por protesto cambial;
ciedade conjugal;
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VI – a pretensão de restituição dos lucros ou CAPÍTULO II
dividendos recebidos de má-fé, correndo o DA DECADÊNCIA
prazo da data em que foi deliberada a dis-
tribuição; Art. 207. Salvo disposição legal em contrário,
VII – a pretensão contra as pessoas em se- não se aplicam à decadência as normas que im-
guida indicadas por violação da lei ou do es- pedem, suspendem ou interrompem a prescri-
tatuto, contado o prazo: ção.
a) para os fundadores, da publicação dos Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos
atos constitutivos da sociedade anônima; arts. 195 e 198, inciso I.
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Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas § 5º Se algum dos comparecentes não for
de tabelião, é documento dotado de fé pública, conhecido do tabelião, nem puder identifi-
fazendo prova plena. car-se por documento, deverão participar
do ato pelo menos duas testemunhas que o
§ 1º Salvo quando exigidos por lei outros re- conheçam e atestem sua identidade.
quisitos, a escritura pública deve conter:
Art. 216. Farão a mesma prova que os originais
I – data e local de sua realização; as certidões textuais de qualquer peça judicial,
II – reconhecimento da identidade e capa- do protocolo das audiências, ou de outro qual-
cidade das partes e de quantos hajam com- quer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas
parecido ao ato, por si, como representan- por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele subs-
tes, intervenientes ou testemunhas; critas, assim como os traslados de autos, quan-
do por outro escrivão consertados.
III – nome, nacionalidade, estado civil, pro-
fissão, domicílio e residência das partes e Art. 217. Terão a mesma força probante os tras-
demais comparecentes, com a indicação, lados e as certidões, extraídos por tabelião ou
quando necessário, do regime de bens do oficial de registro, de instrumentos ou docu-
casamento, nome do outro cônjuge e filia- mentos lançados em suas notas.
ção; Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-
IV – manifestação clara da vontade das par- -se-ão instrumentos públicos, se os originais se
tes e dos intervenientes; houverem produzido em juízo como prova de
algum ato.
V – referência ao cumprimento das exigên-
cias legais e fiscais inerentes à legitimidade Art. 219. As declarações constantes de docu-
do ato; mentos assinados presumem-se verdadeiras em
relação aos signatários.
VI – declaração de ter sido lida na presença
das partes e demais comparecentes, ou de Parágrafo único. Não tendo relação direta,
que todos a leram; porém, com as disposições principais ou
com a legitimidade das partes, as declara-
VII – assinatura das partes e dos demais ções enunciativas não eximem os interes-
comparecentes, bem como a do tabelião ou sados em sua veracidade do ônus de prová-
seu substituto legal, encerrando o ato. -las.
§ 2º Se algum comparecente não puder ou Art. 220. A anuência ou a autorização de ou-
não souber escrever, outra pessoa capaz as- trem, necessária à validade de um ato, provar-
sinará por ele, a seu rogo. -se-á do mesmo modo que este, e constará,
sempre que se possa, do próprio instrumento.
§ 3º A escritura será redigida na língua na-
cional. Art. 221. O instrumento particular, feito e assi-
nado, ou somente assinado por quem esteja na
§ 4º Se qualquer dos comparecentes não
livre disposição e administração de seus bens,
souber a língua nacional e o tabelião não
prova as obrigações convencionais de qualquer
entender o idioma em que se expressa, de-
valor; mas os seus efeitos, bem como os da ces-
verá comparecer tradutor público para ser-
são, não se operam, a respeito de terceiros, an-
vir de intérprete, ou, não o havendo na lo-
tes de registrado no registro público.
calidade, outra pessoa capaz que, a juízo do
tabelião, tenha idoneidade e conhecimento Parágrafo único. A prova do instrumento
bastantes. particular pode suprir-se pelas outras de ca-
ráter legal.
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Art. 222. O telegrama, quando lhe for contesta- III – (Revogado)
da a autenticidade, faz prova mediante confe-
rência com o original assinado. IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo
ou o inimigo capital das partes;
Art. 223. A cópia fotográfica de documento,
conferida por tabelião de notas, valerá como V – os cônjuges, os ascendentes, os descen-
prova de declaração da vontade, mas, impugna- dentes e os colaterais, até o terceiro grau de
da sua autenticidade, deverá ser exibido o ori- alguma das partes, por consangüinidade,
ginal. ou afinidade.
Parágrafo único. A prova não supre a au- § 1º Para a prova de fatos que só elas co-
sência do título de crédito, ou do original, nheçam, pode o juiz admitir o depoimento
nos casos em que a lei ou as circunstâncias das pessoas a que se refere este artigo.
condicionarem o exercício do direito à sua § 2º A pessoa com deficiência poderá tes-
exibição. temunhar em igualdade de condições com
Art. 224. Os documentos redigidos em língua as demais pessoas, sendo-lhe assegurados
estrangeira serão traduzidos para o português todos os recursos de tecnologia assistiva.
para ter efeitos legais no País. Art. 229. (Revogado)
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinema- Art. 230. (Revogado)
tográficas, os registros fonográficos e, em geral,
quaisquer outras reproduções mecânicas ou Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a
eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova exame médico necessário não poderá aprovei-
plena destes, se a parte, contra quem forem exi- tar-se de sua recusa.
bidos, não lhes impugnar a exatidão.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada
Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e so- pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia
ciedades provam contra as pessoas a que per- obter com o exame.
tencem, e, em seu favor, quando, escriturados
sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confir-
mados por outros subsídios.
Parágrafo único. A prova resultante dos li-
vros e fichas não é bastante nos casos em
que a lei exige escritura pública, ou escrito
particular revestido de requisitos especiais,
e pode ser ilidida pela comprovação da fal-
sidade ou inexatidão dos lançamentos.
Art. 227. (Revogado)
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor
do negócio jurídico, a prova testemunhal
é admissível como subsidiária ou comple-
mentar da prova por escrito.
Art. 228. Não podem ser admitidos como teste-
munhas:
I – os menores de dezesseis anos;
II – (Revogado)
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RESUMO
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Art. 3º São absolutamente incapazes de Art. 4º São relativamente incapazes a
exercer pessoalmente os atos da vida civil: certos atos, ou à maneira de os exercer:
– os menores de 16 anos (menor impúbere); I – os maiores de 16 e menores de 18 anos (menor
púbere);
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
III – aqueles que, por causa transitória ou perma-
nente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.
Portanto:
•• O menor de idade (incapaz) pode ser titular de conta bancária? SIM
→ Menores de 16 anos = representados
→ Maiores de 16 e menores de 18 (não emancipados) = assistidos
Cessação da Incapacidade – Geralmente, a incapacidade cessa pela extinção da sua causa:
atingir a maioridade (18 anos); a reabilitação do dependente de álcool ou drogas; ou pela
emancipação.
Prevê o art. 5º do CC que A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Emancipação – Entretanto, através da emancipação é possível antecipar a capacidade de um
menor de idade praticar todos os atos da vida civil (capacidade de fato). A emancipação se
dará:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público
(emancipação voluntária), independentemente de homologação judicial, ou por sentença do
juiz, ouvido o tutor (emancipação judicial), se o menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
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E o BNB? PJ de direito Privado!
Decreto-Lei nº 200/1967 – Dispõe sôbre a organização da Administração Federal:
Art. 4º A Administração Federal compreende: II – A Administração Indireta, que compreende as
seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: c) Sociedades de
Economia Mista.
III – Sociedade de Economia Mista – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da
Administração Indireta.
Representação da Pessoa Jurídica – Em regra, a Pessoa Jurídica é representada pelos seus
administradores nomeados, nos limites dos poderes definidos no ato constitutivo (art. 47, CC).
Já se a Pessoa Jurídica tiver administração coletiva, as decisões serão tomadas por maioria
de votos dos presentes, salvo se houver disposição diversa no ato constitutivo. Essas decisões
tomadas pela maioria dos votos presentes podem ser anuladas no prazo decadencial de 3 anos
em caso de violação do estatuto ou lei, erro, dolo, simulação ou fraude.
Personalidade da Pessoa Jurídica – Assim como ocorre com as pessoas físicas, as pessoas
jurídicas também são dotadas de personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e deveres.
Início da Personalidade – Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o ato constitutivo. Parágrafo único. Decai em três anos o direito
de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo,
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Fim da Personalidade (Extinção da Pessoa Jurídica) – Art. 51. Nos casos de dissolução da
pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de
liquidação, até que esta se conclua.
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – O CNPJ está para as pessoas jurídicas assim
como o CPF está para as pessoas físicas. Segundo a Receita Federal, estão obrigados a terem
CNPJ, dentre outros, “As entidades domiciliadas no Brasil, inclusive as pessoas jurídicas por
equiparação, estão obrigadas a inscrever no CNPJ todos os seus estabelecimentos localizados
no Brasil ou no exterior, antes do início de suas atividades.”
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2 – DOMICÍLIO
Domicílio é o lugar em que as pessoas podem ser encontradas para os efeitos jurídicos. O CC
trata do domicílio das pessoas físicas e jurídicas do art. 70 ao art. 78.
Domicílio da Pessoa Natural – Segundo o art. 70 do CC O domicílio da pessoa natural é o lugar
onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Entretanto, se ela tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
A pessoa natural pode ainda ter como domicilio o lugar onde exerça sua função profissional,
quanto às relações que dizem respeito à sua profissão. Se exercer sua função em lugares
diversos, cada um deles será considerado domicílio para fins profissionais.
A pessoa que não tem residência habitual (ex.: ciganos, circenses, mendigos), terá como
domicílio o lugar onde for encontrada.
Domicílio Necessário – Algumas pessoas, em razão da situação ou condição que se encontram,
têm seu domicílio definidos pela lei:
Pessoa Domicílio
o incapaz → o do seu representante ou assistente
o servidor público → o lugar em que exercer permanentemente suas funções
onde servir e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a
o militar →
que se encontrar imediatamente subordinado
o marítimo → onde o navio estiver matriculado
o preso → o lugar em que cumprir a sentença
Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes (ex.: filiais), cada um
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do
estabelecimento, situado no Brasil, a que ela corresponder.
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Por fim, nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. É o chamado domicílio de
eleição, decorrente do exercício da autonomia da vontade das partes.
3 – FATOS JURÍDICOS
Os fatos que interessam ao direito são aqueles que apresentam uma repercussão jurídica, que
sejam capazes de criar, modificar, conservar ou extinguir a relação jurídica.
Como o edital traz essa matéria de direto “aplicada às operações de crédito”, dentro dos Fatos
Jurídicos, o que mais interessa ao estudo desse concurso são os Negócios Jurídicos, onde se
inserem os contratos, oriundos de acordo de vontades entre as partes.
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Quadro com artigos importantes:
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é
da substância do ato.
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for
necessária a declaração de vontade expressa.
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao
sentido literal da linguagem.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.
DEFLECS
Dolo
Erro ou Ignorância
Fraude contra Credores
Lesão
Estado de Perigo
Coação
Simulação
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Erro ou Ignorância: Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de
vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência
normal, em face das circunstâncias do negócio.
•• O erro consiste na falta de concordância entre a vontade real e a vontade declarada, ou
seja, o celebrante tem uma falsa percepção de um elemento essencial do negócio.
•• O erro pode ser: a) substancial – quando a falta de realidade ocorre sobre questão
relevante do negócio jurídico, de modo que se a pessoa tivesse conhecimento da realidade,
não realizaria o negócio (ex.: a pessoa compra um relógio pensando que é de ouro e é de
latão; ou o colecionador que compra um veículo pensando que é ano 1987, e na verdade
é ano 1990); nesse caso, o negócio é anulável; b) acidental – aquele que recai sobre
algo secundário do negócio, que não é determinante para a sua realização; nesse caso o
negócio não será anulável; será válido; c) erro de cálculo – mero erro aritmético, que não
anula o negócio, apenas autoriza o recálculo, retificando-se a declaração de vontade e
conservando-se o contrato.
Dolo: Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
•• O dolo consiste em um erro induzido por uma das partes; ou seja, um artifício intencional
de uma das partes, com o fim de enganar a outra, para que celebre o negócio.
•• O dolo pode ser: a) essencial – quando o negócio foi realizado justamente porque a pessoa
foi enganada (ex.: o vendedor sabe que o relógio é de latão, mas afirma que é de ouro, e
por isso o comprador o adquire), nesse caso, o negócio é anulável; b) acidental – quando
a parte realizaria o negócio mesmo sem a informação enganosa, embora de outro modo
(ex.: mesmo que o relógio não fosse de ouro, o comprador o adquiriria, mas por um preço
mais barato); esse dolo não enseja a anulação do negócio, gerando apenas a obrigação de
satisfazer as perdas e danos ou de redução proporcional do preço.
•• O dolo pode ser positivo (quando o agente dolosamente afirma ou age de forma a enganar
– ex.: afirma que o relógio é de ouro) ou negativo (quando o agente dolosamente omite
informação de que tinha conhecimento – sabia que o relógio era de latão, mas disse que
não sabia qual o material a fim de que o comprador acreditasse ser de ouro).
•• Por fim, (art. 150, CC) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo
para anular o negócio, ou reclamar indenização.
Coação: Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao
paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos
seus bens.
•• Coação é a ameaça injusta (física ou moral) com o intuito de obrigar o coagido a realizar o
negócio jurídico (ex.: alguém aponta uma arma ao agente obrigando-o a assinar o contrato).
Para tanto, a coação há de ser tal que incuta ao coagido fundado temor de dano iminente
e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens; se o temor disser respeito a
pessoa que não seja a família, o juiz analisará as circunstâncias para decidir se houve u não
coação.
•• Ao apreciar a coação, o juiz considerará o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento
do coagido e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela; já que,
por exemplo, uma conduta praticada contra uma idosa pode caracterizar coação, enquanto
para um homem adulto, não.
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•• Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito (ex.: credor mandar
o devedor assinar uma confissão de dívida, senão entrará com ação cobrando), nem o
simples temor reverencial (ex.: o pai manda o filho realizar tal negócio, e este obedece para
não desapontar seu pai).
Estado de Perigo: Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da
necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa.
•• Importante não confundir Estado de Perigo com Coação: na “coação”, o agente obriga
o coagido a celebrar o contrato através de ameaça; já no ‘estado de perigo”, o próprio
contratante se vê obrigado a realizar o negócio jurídico em razão das circunstâncias que
ele ou alguém de sua família se encontra, e a outra parte se aproveita dessa situação para
auferir vantagem (ex.: a pessoa vende sua casa por um décimo do valor, para pagar o
resgate do filho sequestrado; ex.: a pessoa da um cheque caução em valores absurdos a um
hospital para poderem internar sua esposa doente)
•• E se tratando de pessoa não pertencente à família, o juiz analisará as circunstâncias para
decidir se houve ou não caracterização de estado de perigo.
Lesão: Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta.
•• É a celebração de um negócio com onerosidade excessiva, seja por premente necessidade
(ex.: pega empréstimo com juros abusivos para salvar sua empresa da falência) ou por
inexperiência de quem o celebra (ex.: a pessoa contrata um empréstimo com juros abusivos
por desconhecer as taxas de mercado). É uma desproporção entre as prestações assumidas
no contrato, trazendo um desequilíbrio contratual a ponto de uma das partes sair lesada
•• Para a configuração da lesão, necessário a presença de dois requisitos: onerosidade
excessiva + premente necessidade ou inexperiência.
•• Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a
parte favorecida concordar com a redução do proveito.
•• Não confundir “lesão” com “estado de perigo”: na lesão, o dano é patrimonial ($$$),
enquanto no estado de perigo o dano é pessoal (salvar a si ou pessoa da família).
Fraude contra Credores: Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de
dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando
o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
•• Trata-se de alienação ou oneração de bens, ou remissão de dívida feita por quem está
insolvente ou próximo da insolvência, a fim de prejudicar credores que não possuem
garantia certa (quirografários). (ex.: a pessoa tem uma dívida de R$ 200 mil com o banco e
aliena o único bem que dispunha para o cumprimento da obrigação).
•• Para a caracterização da fraude, necessários dois elementos: insolvência do devedor + má-
fé dos contratantes, intenção de prejudicar.
•• O negócio será anulável. Para anular o negócio, o credor prejudicado deverá provar que já
era credor na época da alienação.
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•• Para a caracterização da fraude contra credores não é preciso que haja ação cobrando a
dívida; basta que haja uma dívida, nem precisando estar vencida.
Simulação: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou,
se válido for na substância e na forma. § 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I – aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente
se conferem, ou transmitem; II – contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não
verdadeira; III – os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
•• Simular é fingir. Ocorre a simulação quando há uma declaração inexata da vontade, por
conluio das partes, com o objetivo de aparentar perante a coletividade um negócio jurídico
diferente do que era a intenção, ou até mesmo aparentar um negócio que não existe de fato
(ex.: compra e venda feita para a amante, sem o pagamento do valor descrito no contrato,
para encobrir uma doação; ex.: compra e venda de um imóvel com previsão de um valor
menor, a fim de incidirem menos impostos).
•• A intenção da simulação é iludir terceiros ou violar a lei.
•• Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico
simulado.
•• Diversamente de todos os demais defeitos do negócio jurídicos, que são ANULÁVEIS, a
simulação torna o negócio NULO.
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•• O negócio é NULO quando há ofensa a princípios básicos do direito, que acaba lesando a
coletividade.
•• O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do
tempo.
•• A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, ou pode
ser declarada pelo próprio juiz, mesmo sem pedido das partes (de ofício).
•• Não há prazo prescricional ou decadencial para reclamar; podendo ser alegada a qualquer
tempo.
•• O menor, entre 16 e 18 anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua
idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de
obrigar-se, declarou-se maior.
•• Anulado o negócio jurídico, as partes serão restituídas ao estado em que antes dele se
achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
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Quadro comparativo:
NULO ANULÁVEL
Atinge interesse público Atinge interesse particular
Legitimados: qualquer interessado, MP, ou de
Legitimados: somente os interessados (lesados)
ofício pelo juiz
Não admite cofirmação pelas partes, nem pode Admite confirmação expressa ou tácita pelas
ser sanada pelo juiz. partes.
Regra:
Não se sujeita aos prazos prescricionais e Prazo decadencial de 4 anos nos casos do art. 178
decadenciais, pois a nulidade absoluta é do CC/02.
imprescritível. Prazo decadencial de 2 anos nos casos do art. 179
do CC,02.
No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do
perigo.
3.6. Representação:
As pessoas nem sempre estarão aptas a realizar os negócios jurídicos pessoalmente, seja por
impedimento legal (incapazes) ou pessoal (está viajando, está com alguma doença, está sem
disponibilidade de tempo...), sendo que a lei permite que um representante o faça em seu
nome.
Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo
interessado.
A representação pode ser legal (como é o caso do poder familiar, da tutela, da curatela,
do inventariante) ou voluntária (é o chamado mandato conferido pelo representado ao
representante, através de procuração).
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Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus
poderes, produz efeitos em relação ao representado.
Os atos praticados pelo representante, nos limites dos poderes, surtem efeitos para o
representado; ou seja, se o representante realiza um negócio em nome do representado,
este terá o dever de cumprir com as obrigações assumidas, bem como gozar dos direitos
decorrentes.
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar
em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes,
sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.
É dever do representante provar sua condição ou habilitação para a representação, sob pena
de responder civilmente ou penalmente pelos atos que excederem os poderes que lhe foram
conferidos.
Prescrição Decadência
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não
a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, se aplicam à decadência as normas que impedem,
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada
alterados por acordo das partes. em lei.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da
qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem
decadência, quando estabelecida por lei.
aproveita.
Art. 211. Se a decadência for convencional,
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa a parte a quem aproveita pode alegá-la em
continua a correr contra o seu sucessor. qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode
suprir a alegação.
Há causas que impedem, suspendem (art. 197 a Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não
201, CC) e que interrompem (art. 202 a 204, CC) se aplicam à decadência as normas que impedem,
a prescrição. suspendem ou interrompem a prescrição.
Aplica-se à decadência os seguintes artigos:
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas
jurídicas têm ação contra os seus assistentes
ou representantes legais, que derem causa à
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, prescrição, ou não a alegarem oportunamente
quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. (causa que impede ou suspende a prescrição)
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º
(absolutamente incapazes).
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3.8. Prova:
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode
ser provado mediante:
I – confissão;
II – documento;
III – testemunha;
IV – presunção;
V – perícia.
Há contratos que devem obedecer à forma especial prevista em lei para que o negócio jurídico
seja válido (ex.: Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à
validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou
renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo
vigente no País); nesse caso, a prova do negócio se faz através da respectiva escritura pública.
Entretanto, nos negócio cuja fora é livre, a prova do negócio se faz através dos meios trazidos
pelo art. 212 do CC.
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Questões
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4. (BNB – 2007) e) apenas a maioridade faz cessar a in-
capacidade e habilita o agente para os
Julgue corretamente as afirmativas abaixo atos da vida civil.
em V (verdadeira) ou F (falsa) e assinale a
opção correspondente. 7. (2018)
( ) A validade do negócio jurídico requer a [...] a capacidade de fato é a aptidão da pes-
existência de três requisitos: agente capaz, soa para exercer por si mesma os atos da
objeto prescrito em lei e testemunha. vida civil. Essa aptidão requer certas quali-
( ) É válido o negócio jurídico quando seu dades, sem as quais a pessoa não terá plena
objeto é lícito e os agentes capazes, ainda capacidade de fato. Essa incapacidade po-
que, por erro, não se revista de forma obri- derá ser absoluta ou relativa. A incapacida-
gada em lei. de absoluta tolhe completamente a pessoa
que exerce por si os atos da vida civil [...].
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral.
5. (BNB – 2003)
13. ed. v. 1. São Paulo: Atlas, 2013.
Um gerente de Banco, em 04 de janeiro de
Com base no exposto, é correto afirmar
2003, firmou contrato de empréstimo fi-
que, nos atuais termos do Código Civil, são
nanceiro com um jovem, que possuía à épo-
absolutamente incapazes de exercer pesso-
ca dezessete anos, tendo este dolosamente
almente os atos da vida civil
ocultado a idade, declarando-se expressa-
mente de maior. O que ocorre com o pre- a) os menores de 16 anos de idade; os
sente negócio jurídico? Marque a alternati- que, por enfermidade ou deficiência
va CORRETA: mental, não tiverem o necessário dis-
cernimento para a prática desses atos;
a) o contrato é nulo;
e os que, mesmo por causa transitória,
b) o contrato é anulável;
não puderem exprimir a própria vonta-
c) o contrato é inexistente;
de.
d) o negócio jurídico é inválido;
b) os menores de 16 anos de idade.
e) o negócio jurídico é valido.
c) aqueles que, por enfermidade ou defi-
ciência mental, não tiverem o necessá-
6. (FGV – 2015)
rio discernimento para a prática desses
Carla, de quatorze anos, acaba de colar grau atos; e os que, mesmo por causa tran-
no curso de ensino superior em Ciência da sitória, não puderem exprimir a própria
Computação. Sobre a situação narrada, é vontade.
correto afirmar que: d) os menores de 16 anos de idade; e os
que, por enfermidade ou deficiência
a) embora não se tenha extinguido a me- mental, não tiverem o necessário dis-
noridade, Carla é considerada capaz ci- cernimento para a prática desses atos.
vilmente; e) os ébrios habituais e os viciados em tó-
b) embora absolutamente incapaz, Carla é xico.
considerada maior;
c) embora relativamente incapaz, Carla é
considerada maior;
d) a colação de grau em curso de nível su-
perior não altera a situação de incapaci-
dade civil do menor;
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nhecer do negócio jurídico ou dos seus b) Nulo.
efeitos e as encontrar provadas, sendo- c) Válido, porém ineficaz.
-lhe permitido supri-las. d) Perfeitamente válido e eficaz.
c) O negócio jurídico nulo convalesce pelo e) Nulo, mas passível de convalidação,
decurso do tempo por razões de segu- desde que a nulidade seja suprida por
rança jurídica. decisão judicial.
d) O erro, o dolo e a coação são as únicas
hipóteses de anulabilidade do negócio 15. (FGV)
jurídico previstas pelo Código Civil.
e) É anulável um negócio jurídico que não Quando a lei dispuser que determinado ato
revestir a forma prescrita em lei. é anulável, sem estabelecer prazo para plei-
tear-se a anulação, será este de:
13. (FGV) a) 1 ano.
Solange de Paula move ação anulatória em b) 5 anos.
face do Hospital das Clínicas. Ocorre que, c) 3 anos.
necessitando internar seu marido, não en- d) 2 anos.
controu vaga no SUS, logrando êxito em e) 4 anos.
conseguir a internação em hospital da rede
privada, não integrante da rede SUS. O hos- 16. (CESPE – 2018 – JUIZ DE DIREITO)
pital exigiu o depósito de R$ 3,5 mil para a Maria decidiu alugar um imóvel de sua pro-
internação e mais R$ 360,00 para exames. priedade para Ana, que, no momento da as-
Entregues os cheques, após o atendimento, sinatura do contrato, tinha dezessete anos
Carmem ingressou em juízo para anular o de idade. Nessa situação hipotética, o con-
negócio jurídico. Assinale o melhor funda- trato celebrado pelas partes é
mento para sua pretensão.
a) nulo, uma vez que foi firmado por pes-
a) onerosidade excessiva soa absolutamente incapaz, condição
b) lesão que pode servir de argumento para Ana
c) estado de perigo extinguir o contrato.
d) enriquecimento sem causa b) anulável, portanto passível de convali-
e) venire contra factum proprium dação, ressalvado direito de terceiros.
c) válido, desde que tenha sido formaliza-
14. (FGV) do por escritura pública, visto que tem
O art. 9º, § 7º, da Lei 9.434/1997 determi- por objeto um imóvel.
na: É vedado à gestante dispor de tecidos, d) nulo, porque Ana deveria ter sido repre-
órgãos ou partes de seu corpo vivo, exceto sentada por um de seus genitores.
quando se tratar de doação de tecido para e) válido, ainda que Ana não possua capa-
ser utilizado em transplante de medula ós- cidade de direito para celebrar o contra-
sea e o ato não oferecer risco à sua saúde to de aluguel.
ou ao feto. A norma em questão não prevê
nenhuma sanção para o caso de seu des- 17. (CESPE – 2018 – DELEGADO)
cumprimento. Diante disso, é correto afir- O início da personalidade civil das pessoas
mar que o negócio jurídico para doação físicas e das pessoas jurídicas de direito pri-
de órgãos celebrado por gestante em des- vado ocorre, respectivamente, com
conformidade com o art. 9º, § 7º, da Lei
9.434/1997 será: a) o nascimento com vida e com a inscri-
ção do ato constitutivo no respectivo
a) Anulável. registro, precedida de autorização ou
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aprovação do Poder Executivo, quando Nos atos da vida civil, as pessoas absoluta-
necessária. mente incapazes serão representadas.
b) o registro civil do nascido com vida e
com a inscrição do ato constitutivo no ( ) Certo ( ) Errado
respectivo registro, precedida de autori-
zação ou aprovação do Poder Executivo, 21. (CESPE)
quando necessária.
c) a concepção do nascituro e com a auto- São incapazes, relativamente a certos atos,
rização ou aprovação do Poder Executi- ou à maneira de os exercer:
vo, quando necessária.
a) os menores de dezesseis anos.
d) o registro civil do nascido com vida e
b) os pródigos, ainda que casados.
com a autorização ou aprovação do Po-
c) os maiores de dezesseis anos e menores
der Executivo.
de dezoito anos, ainda que casados.
e) a concepção do nascituro e com a ins-
d) os maiores de dezesseis e menores de
crição do ato constitutivo no respectivo
vinte e um anos.
registro, precedida de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, quando
22. (CESPE)
necessária.
Maria, com 15 (quinze) anos de idade, pro-
cura a Defensoria Pública e ajuíza ação de
18. (CESPE – 2017 – DELEGADO)
revisão de alimentos, a fim de majorar o
No que concerne à pessoa natural, à pessoa valor da pensão que recebe de seu pai, ale-
jurídica e ao domicílio, assinale a opção cor- gando que iniciou a fase de preparação para
reta. o vestibular e, por isso, suas despesas au-
mentaram. Submetido o seu pedido ao juiz,
De acordo com o Código Civil, deve ser con- foi determinado que providenciasse a regu-
siderado absolutamente incapaz aquele larização de sua representação processual,
que, por enfermidade ou deficiência men- porque era necessária a presença de seu
tal, não possuir discernimento para a prática responsável legal. O motivo da ordem judi-
de seus atos. cial é:
( ) Certo ( ) Errado a) Maria, menor púbere, deve ser assistida
por seu representante legal na prática
19. (Cespe) dos atos da vida civil;
b) a personalidade civil começa aos 18 (de-
De acordo com o Código Civil, julgue os pró- zoito) anos e, por isso,os menores preci-
ximos itens, relativos à personalidade e à ca- sam da assistência de seus representan-
pacidade jurídica. tes legais para praticar atos da vida civil;
c) os direitos da personalidade só contem-
Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos plam os absolutamente capazes;
são absolutamente incapazes de exercer d) os menores impúberes só podem exer-
pessoalmente os atos da vida civil. cer os atos da vida civil representados
( ) Certo ( ) Errado por seus representantes legais;
e) os menores impúberes só podem exer-
cer pessoalmente os atos da vida civil
20. (Cespe) quando comprovarem possuir o neces-
sário discernimento para a prática des-
A respeito da pessoa natural, julgue os itens
ses atos.
a seguir.
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23. (CESPE) 24. (CESPE)
Maria está grávida de João, que sofreu um Acerca da capacidade da pessoa natural,
acidente de moto e encontra-se internado pode-se afirmar que todas as pessoas pos-
no hospital X em estado grave. Sem saber suem capacidade de direito, mas nem todas
sobre os direitos do filho que está no seu possuem capacidade de fato.
ventre, Maria procura sua vizinha Sueli que
é advogada. Sueli expõe a Maria que a per- ( ) Certo ( ) Errado
sonalidade civil da pessoa começa.
a) da décima segunda semana após a con- 25. (CESPE)
cepção, que comprovada cientificamen- De acordo com o Código Civil, julgue os pró-
te, resguarda o direito do nascituro. ximos itens, relativos à personalidade e à ca-
b) da concepção, que comprovada cienti- pacidade jurídica.
ficamente, resguarda o direito do nasci-
turo. São absolutamente incapazes os excepcio-
c) do nascimento com vida, sendo que a lei nais, sem desenvolvimento mental comple-
resguarda os direitos do recém-nascido to e os que, por enfermidade ou deficiência
somente após a constatação de vida fei- mental, não tiverem o necessário discerni-
ta pelo obstetra, momento em que este mento para a prática desses atos.
passa a existir no mundo jurídico.
( ) Certo ( ) Errado
d) do nascimento com vida, mas que a lei
põe a salvo, desde a concepção, os di-
reitos do nascituro. 26. (FGV)
e) do nascimento com vida, sendo que a lei
resguarda os direitos do recém-nascido As pessoas jurídicas podem ser classificadas
somente após o registro civil de nasci- como pessoas jurídicas de direito público e
mento deste no cartório competente. pessoas jurídicas de direito privado. A esse
respeito, assinale a opção que o Código Civil
indica como pessoa jurídica de direito públi-
co.
a) Autarquia
b) Partido político
c) Sociedade
d) Associação
e) Entidade religiosa
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Edital
BANCA: FGV
CARGO: Analista Bancário 1
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Aspectos Jurídicos
INTRODUÇÃO
Queridos alunos, sejam muito bem vindos a matéria de conhecimentos bancários – aspectos
jurídicos.
Trabalharemos conforme previsão do último edital, com os seguintes tópicos:
Contratos:
Conceito de contrato, requisitos dos contratos, classificação dos contratos; contratos nomina-
dos, contratos de compra e venda, empréstimo, sociedade, fiança, contratos formais e infor-
mais.
Instrumentos de formalização das operações de crédito:
a) contratos por instrumento público e particular;
b) cédulas e notas de crédito.
Garantias:
a) Fidejussórias: fiança e aval;
b) Reais: hipoteca e penhor;
c) Alienação fiduciária de bens móveis.
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Títulos de Crédito – nota promissória, duplicata, cheque
O objetivo da nossa apostila é trazer de forma simples, mas detalhada, cada um dos tópicos
acima mencionados, relacionando os assuntos com possíveis questões da prova.
Por falar em questão de prova, esse pequeno trecho do edital que trabalharemos em 3 aulas,
foi responsável por 6 questões da parte de conhecimentos bancários da prova de 2014, que
representa 20% da dessa prova, é muita coisa!
Vamos entender isso juntos?
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COMPOSIÇÃO SOCIETÁRIA/ACIONÁRIA
O nosso objetivo nesse ponto da matéria é compreender quais as principais diferenças dos ti-
pos societários. Você já ouviu falar em ME, MEI, EPP, S.A, Ltda? Pois bem, vamos entender um
pouco desses institutos.
Desde a publicação do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte,
que criou o Simples Nacional(forma de tributação, que veremos no próximo capítulo), tem-se
os Enquadramentos de Porte, ou seja, eles classificam as micros e pequenas empresas para que
haja beneficiamento dos empreendedores.
Os Tipos Societários ou Natureza Jurídica determinam como será organizada a Empresa em
relação aos seus sócios, bem como a responsabilidades deles perante o negócio. Neste ponto
tem-se o EI, EIRELI, LTDA e S.A.
As empresas podem ser classificadas quanto ao seu porte:
Trata-se de uma empresa individual, voltada para a formalização das pessoas que trabalham
por conta própria. O tipo foi criado pela Lei Complementar nº 123/2006, devendo ter fatura-
mento anual de até R$ 81 mil (esse limite foi aumentado agora, em 2018).
O empresário que adotar o MEI não pode ter participação em outra empresa como sócio ou
titular. Em contrapartida, pode ter um empregado que receba salário-mínimo ou o piso da ca-
tegoria.
Tributação do MEI:
Como medida de redução da burocracia, o MEI paga uma Guia de Valor Fixo Mensal, sendo:
•• MEI de Comércio: R$ 48,70
•• MEI de Serviço: R$ 52,70
•• MEI de Comércio e Serviço na mesma empresa paga o valor de: R$ 53,70.
É importante mencionar que o MEI é um Empresário Individual (EI), portanto, quando ele de-
senquadra desta classificação e passa a ser um ME ele continua com o Tipo Jurídico EI.
ME – Microempresa
ME é a sigla para Microempresa, ou seja, empreendimentos que visam ao lucro e que apresen-
tam um faturamento anual de até R$ 360 mil. Desta forma, sua formalização deve ser realizada
junto à Junta Comercial.
A legislação brasileira assinala como requisito ao enquadramento como ME (e também como
EPP) simplesmente o faturamento da empresa.
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Nesse sentido, apesar de em geral, ter menos funcionários do que uma corporação de grande
porte, não é a quantidade de empregados ou o capital social, por exemplo, que vai ditar se o
tipo empresarial será ME ou EPP.
Além disso, os únicos tipos de empresas que podem se enquadrar no Simples Nacional (forma
de tributação) são as MEs e EPPs.
Tipos Societários
EI – Empresário Individual
O Empresário Individual, se diferencia pelo fato de não existir sócios. Assim, antes de surgir o
EIRELI era a única forma de empreender sem estar em uma sociedade empresarial.
Esse é um Tipo Societário em que a pessoa física se coloca como titular da empresa e responde
de forma ilimitada pelos débitos do negócio, de maneira que os patrimônios de empresa e em-
presário se misturam.
Se a empresa contrai dívidas impagáveis, o patrimônio do sócio será atacado.
O empresário individual é o tipo societário que mais enquadramentos de porte pode ter, ele
poderá se MEI, ME, EPP.
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O EIRELI, embora seja individual, possui um Contrato Social para a Empresa assim como é a
LTDA, e pode definir uma Razão Social que não seja igual ao nome do proprietário.
Cuidado! Se você opta por esse tipo societário e não faz a integralização do capital, no caso de
débitos, poderá ter descaracterizada o tipo Societário e assim responder com seus pessoais e
deixar de fazer sentido a escolha pelo EIREL – é a chamada desconsideração da personalidade
jurídica.
Sociedades
Mais antiga que as formas de empreender sem sócios estão as Sociedades Limitada (LTDA) e a
Sociedade Anônima.
Pessoas ou Capital
A “Ltda.” pode ser DE PESSOAS, caso assumam perfil mais personalista, dependendo a realiza-
ção do objeto diretamente dos atributos pessoais dos sócios
Por outro lado, pode ser DE CAPITAL se a realização do objeto dependa mais da integralização
do capital do que propriamente das características subjetivas dos sócios.
Sociedade Anônima – SA
A Lei das Sociedades das Ações, Lei n. 6.404/76, ou LSA, rege o funcionamento dessas socieda-
des. O Código Civil só é aplicado quando a lei especial é omissa.
O Código Civil regula a aplicação do Código Civil em casos omissos da lei especial, respectiva-
mente:
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Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se lhe, nos casos omissos,
as disposições deste Código.
Em uma Sociedade Anônima (S.A), a empresa é dividida em ações ao invés de quotas, e, o
documento que estabelece ela é um Estatuto. Assim, este tipo societário é muito escolhido
quando se quer facilitar a troca dos sócios de forma mais ágil, como em startups, quando
conseguem investimento de Capital de Risco.
A Denominação deve conter a expressão “Companhia”, sua abreviação “Cia”, “Sociedade
Anônima” ou a sigilo “S/A”.
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SOCIEDADE LIMITADA –
SOCIEDADE ANÔNIMA – S.A
LTDA
REGULAMENTO Lei 6.404/76 Toda no C.C.
TIPO Sempre empresária Simples ou empresária
De capital, sempre contendo
De pessoas ou de capital,
ESPÉCIE regras que protejam o
segundo regras contratuais
investimento de cada acionista
ATO CONSTITUTIVO ESTATUTO SOCIAL CONTRATO SOCIAL
Pelo menos 02 acionistas
fundadores, realização de
assembleia de constituição, com
integralização de pelo menos
10% do capital em depósito no
Pelo menos 02 sócios civilmente
Banco do Brasil (ou outro banco
capazes, objeto lícito, possível,
autorizado pela CVM). No caso
REQUISITO determinado ou determinável
de companhias abertas ainda é
e forma prescrita ou não defesa
necessária autorização prévia
em lei.
da CVM e subscrição total
do capital social, podendo as
ações serem negociadas após a
integralização de 30% do capital
social.
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Restrita ao valor das quotas,
mas todos os sócios respondem
RESPONSABILIDADE DOS Restrita ao valor pago pela
solidariamente pelo total do
SÓCIOS compra da ação.
capital social (art. 1.052, do
Código Civil)
Se a sociedade é por prazo
determinado, somente é
possível se houver justa causa,
senão somente por decisão
DIREITO DE RETIRADA LIVRE judicial. Se a sociedade é por
prazo indeterminado será
possível, desde que exista
notificação com 60 dias de
antecedência.
Na omissão do contrato, o
sócio pode ceder sua quota,
total ou Parcialmente, a quem
seja sócio, independentemente
CESSÃO LIVRE de audiência dos outros, ou
a estranho, se não houver
oposição de titulares de mais de
um quarto do capital social.
Resposta: Letra B.
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CONTRATOS
Os contratos são instrumentos por excelência de circulação de riquezas, sendo que essas trocas
demandam utilidade e justiça, censurando-se assim, o abuso do poder de contratar.
É importante no primeiro momento que saibamos que existe um limite à liberdade de contra-
tar, que é a função social.
Diga-se de passagem que a função social é um instituto tão caro ao código que acaba sendo
inclusive um limite ao direito de propriedade (você pode perder um imóvel se não der a ele a
sua devida função social).
A teoria contratual moderna, contempla quatro grandes princípios contratuais, autonomia pri-
vada, boa-fé, justiça contratual e função social, explico cada um.
Autonomia privada: O Princípio da Autonomia da Vontade consiste na prerrogativa conferida
aos indivíduos de criarem relações na órbita do direito, desde que se submetam as regras im-
postas pela lei e que seus fins coincidam como o interesse geral, ou não o contradigam.
Se no passado o princípio da Autonomia de Vontade prevalecia, sem qualquer abrandamento,
hoje encontra-se subordinado ao interesse coletivo, como delimita a norma do artigo 421 do
Código Civil: “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do
contrato”.
Boa-fé: O art. 422 especifica que é necessária a observação da boa-fé objetiva pelos contratan-
tes.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em
sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
A boa-fé deve ser observada antes, durante a execução e após o contrato. Quanto à observação
da boa-fé após o contrato, a doutrina aponta a possibilidade de haver responsabilidade civil
pós-contratual, também chamada de responsabilidade “post factum finitum”.
Em nome da boa-fé, uma pessoa pode ser responsável antes mesmo de celebrar um contrato.
Isso é possível quando há ofensa à boa-fé.
Princípio da boa-fé também está prevista no artigo 113 do Código Civil: “Os negócios jurídicos
devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”
Princípio do equilíbrio econômico ou justiça contratual: O princípio do equilíbrio econômico se
opõe à obrigatoriedade dos contratos. Permite aos contraentes recorrerem ao poder judiciário
para alterar o contrato acordado anteriormente em situações específicas geradas por fatores
externos que levem uma das partes a ter onerosidade excessiva ou enriquecimento sem causa.
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Princípio da função social do contrato: O princípio da função social do contrato afasta as con-
cepções individualistas do Código Civil de 1916 e segue orientação compatível com a socializa-
ção do direito contemporâneo, refletindo assim, a prevalência dos valores coletivos sobre os
individuais.
Previsto no artigo 421 do Código Civil de 2002 a função social do contrato tem o objetivo de
promover a realização de uma justiça comutativa, diminuindo as desigualdades substanciais
entre os contratantes. Assim, tal princípio subordina a liberdade contratual para priorizar os
princípios condizentes com a ordem pública.
A função social do contrato serve para limitar o princípio clássico da autonomia da vontade
quando confrontar o interesse social e este deva prevalecer. É uma condicionante ao princípio
da liberdade contratual.
O contrato cumpre sua função social quando respeitar a função econômica de promover a cir-
culação de riquezas ou manutenção de trocas econômicas. E descumpre tal função quando
inibe o movimento natural do comércio jurídico e prejudica a coletividade.
Requisitos subjetivos: existência de duas ou mais pessoas; capacidade genérica das partes
contratantes para pratica atos da vida civil; aptidão específica para contratar; consentimento
das partes contratantes.
Requisitos objetivos: dizem respeito ao objeto do contrato; a validade e eficácia do contrato,
como um direito creditório, dependem da:
a) licitude de seu objeto;
b) possibilidade física ou jurídica do objeto;
c) determinação de seu objeto, pois este deve ser certo ou, pelo menos, determinável;
d) economicidade de seu objeto, que deverá versar sobre interesse economicamente
apreciável, capaz de se converter, direta ou indiretamente, em dinheiro.
Requisitos formais: são atinentes à forma do contrato; a regra é a liberdade de forma, cele-
brando-se o contrato pelo livre consentimento das partes contratantes (lembra da exceção da
função social).
Os contratos podem ser classificados a partir de vários prismas, iniciamos a classificação quanto
à obrigação das partes, podendo ser unilateral, bilateral, e plurilateral.
a) Unilateral: obrigação só para uma parte (ex. contrato de doação)
b) Bilateral: obrigação para duas partes (ex. contrato de compra e venda)
c) Plurilateral: existência de três ou mais polos (ex. contrato social)
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Muita atenção pois os contratos bilaterais admitem a “ exceptio non adimpleti contractus” (art.
476 CC) que nada mais é do que uma parte se recusa a a cumprir a sua parte tendo em vista a
falta do outro. Vai autorizar a resolução do contrato.
Ex: Contrato de compra e venda de um automóvel, eu posso me recusar a entregar o veículo se
não recebi o valor do pagamento.
Já ouviu falar em exceção de insegurança? Está previsto no art. 477 CC, é quando um fato su-
perveniente faz o adimplemento se tornar duvidoso. O credor tem o direito de reter a presta-
ção até o cumprimento da obrigação duvidosa OU exigir uma garantia.
Ex. imagina que você contrata um serviço de Buffet de casamento, está pagando parcelado e
antes de terminar de pagar o contrato, vê a seguinte notícia:
Você concorda que existe um receio de que o seu contrato não seja adimplido de forma satisfatória?
Sim! Assim, você pode exigir um reforço ou parar de pagar o valor até a satisfação.
ENTENDIDO que na exceção de inseguridade você tem uma dúvida, sobre o adimplemento? Ok.
Existe ainda o instituto da QUEBRA ANTECIPADA DO CONTRATO que é quando você tem certeza
do inadimplemento – ou seja, há uma impossibilidade da obrigação ser cumprida no vencimento.
Ex. compra um imóvel na planta que a previsão de entrega é em 5 anos, tendo em vista a magni-
tude da obra. Passados 4 anos e meio a obra não começou. É impossível uma obra dessa magnitu-
de ser feita em 6 meses, assim o contrato é rescindido antes do marco final.
Seguindo na classificação dos contratos, ainda podemos classificar conforme o sacrifício patri-
monial, sendo eles gratuitos, onerosos, ou bifrontes.
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a) Gratuito: apenas uma parte faz sacrifício patrimonial sem busca de proveito econômico –
(ex. doação)
b) Onerosos: uma parte faz sacrifício patrimonial com busca de proveito econômico – (ex.
compra e venda de um imóvel).
c) Bifrontes: pode ser gratuito ou oneroso (Ex. contrato de mutuo)
CUIDADO com o empréstimo de coisa infungível, pois o mesmo pode ser gratuito (comodato –
art. 579) ou oneroso (locação – 565).
Atenção, nos contratos gratuitos, o generoso só responde por dolo (392 CC) – Exemplo: Lucas
convida Edgar para jantar e prepara uma ala minuta, e na comida tem um cabelo! Gera um
abalo moral em Lucas, mas esse não pode ingressar com uma ação contra Edgar, pois o cabelo
não foi colocado intencionalmente (não houve dolo) – lembra do dito popular “a cavalo dado
não se olha os dentes?” é isso!
Nos contratos onerosos se aplica o PRINCÍPIO DA GARANTIA, onde o transferente é obrigado a
garantir a higidez da coisa e do direito sobre a coisa.
No vício redibitório a parte lesada tem direito a resolução do contrato ou abatimento do preço.
(Ex. Eu compro um carro e depois de um tempo descubro que ele foi recuperado de uma perda
total – comprado de leilão – e não foi informado. Posso exigir o desfazimento do negócio ou um
abatimento no valor).
Na Evicção os direitos estão previstos no art. 1.450 do CC, tendo a parte lesada direito de
restituição do preço bem como outros valores (ITBI, honorários.)
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CONTRATOS EM ESPÉCIE
O vendedor se obriga a transferir uma coisa, em troca de uma remuneração que NECESSARIA-
MENTE tem que ser pecuniária.
A transferência efetiva da coisa é o pagamento do contrato. (assinar o contrato não te faz dono).
O contrato nasce com a vontade das partes e não com a transferência da coisa, que pode ocor-
rer no futuro.
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Espécie de Compra e Venda de imóveis (art. 500 e 501)
a) Venda por corpo definido: referencia a medida é enunciativa, a coisa é mais importante
que a medida.
Se existir uma diferença de até 5% do tamanho for provada, não existe dever de indenização.
b) Venda por medida: referencia a medida é essencial. Havendo diferença de medida, o
comprador pode 1) propor ação de complementação de área; (se isso for impossível) 2)
ação redibitória (para desfazer o contrato) OU 3) ação estimatória (abatimento do preço).
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Resposta: Letra C.
I – CORRETA. (CC/02) Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa
ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.
II – CORRETA. (CC/02) Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou
futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a in-
tenção das partes era de concluir contrato aleatório.
III – CORRETA. (CC/02) Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação
a bens excluídos da comunhão.
IV – ERRADA. (CC/02) Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de
terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro
não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os
contratantes designar outra pessoa.
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CONTRATOS DE EMPRÉSTIMO
MUTUO COMODATO
Empréstimo para consumo Empréstimo para uso
Restituição é da própria coisa
Restituição de coisa equivalente (dinheiro)
(modem de internet)
Pode ser gratuito ou onesoro Sempre gratuito
Podemos conceituar comodato como um negócio jurídico unilateral e gratuito, por meio do
qual uma das partes (comodante) transfere à outra (comodatário) a posse de um determinado
bem, móvel ou imóvel, com a obrigação de o restituir.
O contrato de comodato tem como característica a gratuidade, porque decorre de sua própria
natureza, pois se assim não fosse, confundiria com a locação.
Mutuo
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Ex:
I – INCORRETA. O COMODATO, bem como o MÚTUO, têm características de ser: REAL (só se
perfaz com a entrega efetiva da coisa), UNILATERAL (pois, uma vez dado o objeto, o como-
dante nada precisa fazer a não ser esperar. O comodatário é quem deverá devolver, ou seja,
só uma pessoa tem obrigações) e COMUTATIVO (as partes conhecem suas obrigações);
III – INCORRETA. O COMODATO pode ser feito verbalmente. Ex.: quando alguém em-
presta seu apartamento para um amigo morar. Não é necessário que se faça um con-
trato escrito, basta o acordo verbal entre as partes.
IV – INCORRETA. O MÚTUO é um contrato de consumo (diferentemente do comodato,
que é contrato de Uso) e, assim sendo, pode o mutuário (aquele que recebe a coisa
empretada) alienar, doar, abandonar, destruira, enfim, fazer o que quiser com a coisa.
Já o Comodatário não pode alienar a coisa.
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GARANTIAS FIDEIJUSSÓRIAS
Fiança
A fiança é uma espécie de contrato através do qual uma pessoa, o fiador, garante com seu
patrimônio a satisfação de um credor, caso o devedor principal, aquele que contraiu a dívida,
não a solva em seu vencimento.
Estamos diante de uma garantia fidejussória, ou seja, de natureza pessoal lastreada pela
confiança existente entre as partes, nesse sentido, embora seja o patrimônio do terceiro que
garanta o pagamento do débito, ela se difere da garantia real, que vincula determinado bem de
propriedade do devedor ao cumprimento da obrigação.
Explico, não é determinado bem do fiador que fica responsável pela dívida, mas sim TODO seu
patrimônio, presente e futuro.
A fiança tem natureza jurídica de contrato acessório e subsidiário, pois ela assegura o
cumprimento de um contrato principal ou de uma carta.
Em regra, considera-se contrato gratuito, pois a ajuda prestada pelo fiador ao afiançado não
visa nenhuma contraprestação pecuniária, no entanto pode ser oneroso, quando o afiançado
remunera o fiador pela fiança prestada, como no caso dos bancos, por exemplo.
Um dos principais efeitos decorrentes do contrato de fiança é o benefício de ordem ou benefício
de excussão. Este benefício configura a possibilidade de o fiador, quando demandado, indicar
os bens livres e desembaraçados do devedor – isso é feito por um fenômeno processual
denominado chamamento ao processo.
O Código Civil, em seu artigo 823, permite ao fiador único limitar a garantia a somente uma
parte da dívida, contudo, também é admitido, pelo artigo 830, do CC, que havendo mais de um
fiador cada um fixe no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em
que ficará desobrigado do restante.
Um ponto importante é o que prevê o artigo 836, do CC “a obrigação do fiador passa aos
herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fiador,
e não pode ultrapassar as forças da herança”.
Explico, se João é fiador de José em um contrato de aluguel com prazo de 2 anos. Ao final do
primeiro ano, estando com as prestações em dia, João vem a falecer e José se torna devedor.
Nesse caso os herdeiros de João não vão responder pela dívida, pois a responsabilidade da
fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fiador (e na morte estava em dia).
Aval
Aval quer dizer confiança, quer dizer apoio. Quem avaliza um título de crédito está dizendo que
irá pagar o título, caso o devedor não o faça.
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Olha como apareceu na última prova:
Resposta: Letra C.
Garantias Reais
Quando alguém faz um negócio, pode exigir do outro contratante que outorgue algum tipo de
garantia para o cumprimento de sua respectiva obrigação.
Dependendo do tipo de garantias solicitadas, podemos ter um penhor ou uma hipoteca.
A hipoteca é quando se grava um bem imóvel (ou outro bem que lei considere como hipotecável,
como navios e aeronaves) pertencente ao devedor ou a um terceiro, sem transmissão da posse
ao credor (na hipoteca não há tradição). Se o devedor não paga a dívida no seu vencimento, fica o
credor habilitado para exercer o direito de excussão (solicitar a venda judicial do bem).
Isso ocorre para que, com o produto da venda, seu crédito seja preferencialmente pago.
O instituto está regulamentado nos artigos 1.476 a 1.505 do CC.
Explico, imagine que você compra uma casa e financia o valor dela junto ao banco. O banco te
empresta o valor mas coloca a própria casa como uma garantia do pagamento daquele valor, se
você não pagar, ele pode (judicialmente) vender a casa e quitar a dívida.
Já no penhor o devedor (ou ainda um terceiro) transfere ao credor a posse direta de bem móvel
suscetível de alienação, como forma de garantir o pagamento de seu débito.
Até o pagamento da obrigação, o bem fica em mãos do credor, ou seja, há a transferência do
bem móvel ao credor.
O instituto está regulamentado nos artigos 1.431 a 1.472 do CC
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Resposta: Letra C.
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DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS
E no CC a previsão é:
Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em garantia de bem móvel ou imóvel confere direito real de
aquisição ao fiduciante, seu cessionário ou sucessor.
Uma vez inadimplido o contrato de alienação fiduciária, o credor fiduciário pode requerer a
Busca e Apreensão do bem das mãos do devedor. Não obstante, decorridos 5 (cinco) dias da
execução da liminar sem que o devedor pague a integralidade do débito, fica consolidada a
posse e propriedade do bem ao credor fiduciário, podendo o mesmo vendê-lo em Leilão inde-
pendente de autorização judicial, tal norma já foi declarada constitucional pelo STF.
Primeiramente precisamos esclarecer que Cédula de Crédito Bancário e Nota de Crédito, são
expressões muito parecidas todavia com sentidos distintos.
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As cédula de crédito tem garantia (que podem variar conforme quadro abaixo) e as notas de
crédito não tem garantias.
Como dito, as cédulas de créditos podem variar o nome conforme varia a garantia, será chama-
da de:
•• CÉDULA DE CRÉDITO HIPOTECARIA – garantia por hipoteca (imóvel, navio ou aeronave)
art. 1486 CC
•• CÉDULA DE CRÉDITO PIGNORATÍCIA – garantia por penhor (Art. 1.438 §ú, art. 1.448 §ú,
Art. 1.462, §ú) – bem móvel.
•• CÉDULA DE CRÉDITO FIDUCIÁRIA – alienação fiduciária (lei 10.931/04)
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6. (2014 – FGV – BNB – Analista Bancário)
As operações de empréstimo concedidas por instituições financeiras à pessoa física ou jurídica
que se dedique à atividade comercial ou de prestação de serviços poderão ser representadas
por Cédula de Crédito Comercial ou por Nota de Crédito Comercial. Sobre esses títulos de
crédito e suas garantias, é correto afirmar que:
a) nas cédulas e notas de crédito comercial, não poderão ser pactuados juros capitalizados,
sob pena de nulidade dos títulos e dos contratos a eles vinculados;
b) a não inscrição da cédula de crédito comercial no Cartório de Registro de Imóveis retira sua
validade tanto entre as partes quanto em relação a terceiros;
c) o beneficiário da cédula de crédito comercial é a instituição financeira concedente do
empréstimo; na nota de crédito comercial, a instituição financeira é a emitente do título;
d) a não identificação dos bens objeto da alienação fiduciária cedular não retira a eficácia da
garantia, que incidirá sobre outros de mesmo gênero, quantidade e qualidade;
e) é obrigatória a descrição dos bens objeto de penhor e do local de seu depósito quando a
garantia se constituir através de penhor de títulos de crédito.
Resposta: Letra D.
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TÍTULOS DE CRÉDITO
Antes de entrar em cada um dos títulos, vejamos alguns princípios que regem todos eles.
a) CARTULARIDADE: necessidade de apresentar o documento, os títulos de crédito materiali-
zam o próprio direito – eles precisam ter uma forma física.
EXCEÇÃO: POSSÍVEL PROTESTAR UM TÍTULO DE CRÉDITO MESMO NÃO ESTANDO NA SUA POS-
SE, PELAS SIMPLES INDICAÇÕES. Ex: art. 13, Lei 5474:
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento.
§ 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de
devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
b) LITERALIDADE: tudo o que estiver escrito no título de crédito representa o direito. Da mes-
ma sorte, tudo que não estiver escrito, o não poderá ser cobrado/exigido.
c) AUTONOMIA: cada transferência simboliza um negócio jurídico autônomo, independente.
Quando posto em circulação, o título de crédito desvincula-se do negócio que lhe deu origem,
abstraindo-se do mesmo. Ex. Se alguém compra droga e paga com cheque, o traficante poderá
executar judicialmente o cheque, pois não tem relação com o negócio que originou (sendo dis-
pensável inclusive mencionar o negócio)
Características:
a) Força executiva: presunção de liquidez, certeza e exigibilidade; Satisfação de um direito
inquestionável.
b) Formalismo: requisitos formais devem ser atendidos para gozar de eficácia.
c) Circulabilidade: fazer circular riqueza.
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Endosso
O endosso: É o meio através do qual os títulos cumprem a sua função de circulação, não
existindo uma limitação de quantidade de endossos.
É uma declaração, escrita no dorso de um título de crédito ou papel comercial, que transmite a
outrem a sua propriedade.
Importante destacar que o endosso parcial é nulo.
Nesta modalidade foram duas posições jurídicas: Endossante (quem transfere) x Endossatário
(quem recebe).
Efeitos do endosso
I – Circulação do título; e
II – Investe endossante como codevedor solidário. Podendo o último endossatário cobrar tanto
do emitente, quanto dos avalistas e endossantes.
Endosso pode ser em preto: onde indica o nome da pessoa para a qual o título está sendo
transferido.
Endosso em branco: não indica a pessoa que receberá o título. Equipara-se ao título ao porta-
dor. Assim, a circulação é feita mediante simples entrega, não sendo necessário novo endosso.
NOTA PROMISSÓRIA: Trata-se de uma promessa de pagamento, que pode ser transferida por
endosso e garantida por aval, porém não comporta aceite.
Atenção para o artigo 77 da LUG:
Art. 77. São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias à natureza
deste título, as disposições relativas às letras e concernentes: endosso (artigos 11 a 20); venci-
mento (artigos 33 a 37); pagamento (artigos 38 a 42); direito de ação por falta de pagamento
(artigos 43 a 50 e 52 a 54); pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63); cópias (artigos 67
e 68); alterações (artigo 69); prescrição (artigos 70 e 71); dias feriados, contagem de prazos e
interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74).
CHEQUE: (Lei nº 7.357/85) Trata-se de uma ordem de pagamento em dinheiro e a vista. Trans-
fere-se por endosso e pode ser garantido por aval, porém não comporta aceite.
Em que pese se trate de pagamento a vista, é usual a utilização de cheques pré datados, com
vencimentos em datas futuras. Dada a aplicação disso no sistema social, o STJ editou a sumula
370 “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado”.
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DUPLICATA: Trata-se de uma ORDEM DE PAGAMENTO. Transfere-se por endosso e pode ser
garantida por aval. O aceite na duplicata é OBRIGATÓRIO, pois é requisito formal, porém, nas
situações expressas nos Art. 8º e 21, não será necessário o aceite.
Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
I – avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por
sua conta e risco;
II – vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente
comprovados;
III – divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo de:
I – não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
II – vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados;
III – divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
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I – contra o sacado e respectivos avalistas, em 3 (três) anos, contados da data do vencimento
do título;
II – contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto;
III – de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que
haja sido efetuado o pagamento do título.
Resposta: Letra B.
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