Manejo da febre aguda

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Departamentos Científicos de Pediatria Ambulatorial e de Infectologia (2019-2021) • Sociedade

05Brasileira
de Outubrode Pediatria
de 2021

Documento Científico
Departamentos Científicos de
Pediatria Ambulatorial e de Infectologia
(2019-2021)

Manejo da
Febre Aguda

Tadeu Fernando Fernandes (Relator)


Normeide Pedreira dos Santos
Geila De Amorim Rocha, Jose Paulo Vasconcellos Ferreira,
Régis Ricardo Assad, Renata Rodrigues Aniceto, Samir Buainain Kassar

Marco Aurélio P. Sáfadi (Relator)


Cristina de Oliveira Rodrigues
Analíria Moraes Pimentel, Aroldo Prohmann de Carvalho,
Eitan Naaman Berezin, Euzanete Maria Coser, Maria Angela Wanderley Rocha,
Sílvia Regina Marques

e indiretos ao seu tratamento, transformando


um sintoma comum em uma verdadeira fobia
(febrefobia), já que a associação entre febre e
A febre representa uma das queixas mais doenças infecciosas ou convulsões, está muitas
frequentes entre todos os atendimentos pediá- vezes implícita para familiares e mesmo para os
tricos, tanto em consultas ambulatoriais como profissionais que lidam com crianças e adoles-
em atendimentos de emergência. São estimados centes em ambiente domiciliar, escolar e hos-
que 20% a 30% das consultas pediátricas têm a pitalar.2,3
febre como sintoma principal.1
Por se tratar de um fenômeno biológico, os
A ansiedade dos familiares e dos pacien- valores medidos da temperatura corporal não
tes em relação à febre acarreta gastos diretos se mantêm constantes no decorrer do dia, pois

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Manejo da Febre Aguda

esta apresenta um ritmo circadiano, variando na A estabilidade da temperatura corporal


dependência dos fenômenos biológicos que a requer mecanismos de perda de calor, pois,
determinam. Os menores valores medidos ocor- de outra maneira, ela tenderia a elevar-se conti-
rem na madrugada e os maiores no fim da tarde nuamente. Em ordem decrescente de importân-
Em adultos, a amplitude dessa variação é de cer- cia, os mecanismos envolvidos na perda contí-
ca de 0,5°C; em lactentes essa variação é maior, nua de calor são:5
podendo atingir até 1°C.2 • Radiação: é a emissão de calor ao meio am-
Assim, deve-se interpretar com cautela o va- biente pelas ondas infravermelhas. Em condi-
lor da temperatura corporal medida, para não ções basais, é responsável por cerca de 60%
considerar como febril um indivíduo que apre- do total da perda de calor em adultos;
sente temperatura corporal um pouco elevada, • Evaporação: é a perda de calor produzida no
por ter sido tomada em determinado horário e organismo pelo processo de evaporação da
circunst ncia por e emplo num fim de tarde de sudorese, retirando, assim, calor do corpo. Em
um dia de verão.2 adultos, é responsável por cerca de 25% do to-
tal de perdas;
• Convecção: é a transferência de calor ao meio
ambiente e depende das correntes de ar que
circulam em torno do corpo;
• Condução: é a troca de calor entre o corpo
no contato direto com outra superfície de
A temperatura corporal é regulada e mantida
apoio.
estável pelo “centro termorregulador”, um con-
junto de neurônios localizados na área pré-óp- As glândulas sudoríparas desenvolvem-se
tica do hipotálamo, que, por sua capacidade de funcionalmente no sentido craniocaudal, sendo,
integrar as informações das variações da tempe- portanto, menor sua capacidade como fontes
ratura interna e do meio ambiente, tem função efetivas de perda de calor em lactentes jovens.
de termostato fa endo o e uilíbrio fino entre a Por outro lado, como eles permanecem a maior
produção e a perda de calor. Os mecanismos que parte do tempo deitados, é maior a área de troca
controlam o aumento de produção ou a conser- de calor por condução.5
vação de calor são controlados pelo hipotálamo
posterior, enquanto o hipotálamo anterior con- Vale lembrar, ainda, que as vestes funcionam
trola a perda de calor.4 como barreira para a dispersão do calor pelas
ondas infravermelhas (radiação). Por estes fato-
A produção de calor no organismo é contínua, res, é mais frequente a ocorrência de hiperter-
pois a principal fonte de produção de calor é o mia, nessa faixa etária.5
metabolismo basal, representado pela energia
cinética armazenada nas ligações de fosfato de
alta energia (adenosina trifosfato – ATP) deriva-
da do metabolismo das gorduras, das proteínas e
dos carboidratos.4

A atividade física é outra fonte importante A elevação da temperatura corporal ob-


de produção de calor. Assim, a produção de calor servada com a febre, e não na hipertermia, é
não é constante, sofrendo variação na depen- uma das manifestações clínicas de uma com-
dência da atividade física, do tipo de alimenta- plexa reação orgânica a agressões geralmente
ção e, em menor grau, pela função hormonal e externas. Os agentes capazes de desencadear
pela atuação da adrenalina e do próprio metabo- febre são denominados de pirógenos exóge-
lismo celular.5 nos, e podem ser classificados como infeccio-

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sos (vírus, fungos, bactérias e toxinas) e não- aumentando, assim, a população de macrófa-
-infecciosos (complexos antígeno-anticorpo gos (células de defesa);
e antígenos resultantes da destruição celular, • Nos quadros febris, observa-se diminuição da
como a que ocorre na reabsorção de hema- estabilidade da membrana lisossomal, poten-
tomas, necrose tumoral, cicatrização tissular, cializando a atividade bactericida dos macró-
etc.6 fagos;
Quando os pirógenos exógenos entram em • Há estimulação da transformação dos linfóci-
contato com os macrófagos teciduais, induzem a tos com a finalidade de facilitar e acelerar a
produção dos pirógenos endógenos representa- produção de anticorpos;
dos, principalmente, pelas interleucinas (IL) 1 e • O principal mecanismo de defesa indireto ob-
IL-6 e o Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF- ), servado nos quadros febris é fruto das alte-
entre outros, que ganham a corrente sanguínea rações observadas no metabolismo do ferro.
e se dirigem ao SNC (Sistema Nervoso Central) Ocorre inibição da absorção de ferro pelo in-
onde ativam o centro termorregulador locali- testino e aumento de sua captação pelo fíga-
zado na região pré-óptica do hipotálamo para do, acentuado pelo aumento da destruição de
produzir a prostaglandina E2 (PgE2), elemento
hemácias mais maduras pelo baço, resultando
responsável pela elevação do ponto de termor-
em diminuição da dosagem de ferro sérico e,
regulação.6,7
consequentemente, da hemoglobina. O ferro
A elevação da temperatura corporal desen- é um micronutriente de fundamental impor-
cadeada pelos pirógenos endógenos é modula- tância no metabolismo da multiplicação bac-
da pela liberação de hormônios. Estes, agindo teriana. Portanto, sua menor disponibilidade,
como antipiréticos endógenos impedem o des- observada quando ocorre um processo infec-
controle da temperatura corporal que poderia cioso, retarda e limita a proliferação bacte-
atingir níveis muito elevados. Isto, por sua vez, riana. Nos processos inflamatórios agudos ou
acarretaria alterações da função enzimática, ini- crônicos, também se nota a queda na dosagem
bindo ou bloqueando sua atividade. Os glicocor- de ferro sérico, explicando a queda observada
ticoides e o hormônio antidiurético, bem como na dosagem de hemoglobina, que é erronea-
o TNF- desempenham esse papel modulador mente classificada como anemia. A magnitude
da resposta ao estímulo do centro termorre- dessa queda de hemoglobina, em escolares,
gulador.6,7 pode chegar a 3 g/dL, observada na fase agu-
da de processos infecciosos bacterianos que
Podemos destacar alguns pontos interessan- retornam ao seu valor real em 2 a 4 semanas
tes:2,8-10 após o controle da infecção. Portanto, a tera-
• A elevação da temperatura corporal decor- pêutica para correção de um quadro de ane-
rente da febre, dentro de certos parâmetros, mia, em vigência de processos infecciosos de
acelera a atividade enzimática, produzindo qualquer etiologia, deve ser criteriosamente
aumento da atividade metabólica de todas as analisada, considerando a fisiopatologia dos
células do organismo e induzindo maior ati- mecanismos envolvidos nessas circunstân-
vidade celular, acompanhada de aumento de cias.
consumo de oxigênio, com todos os seus be- • A existência de um quadro infeccioso de qual-
nefícios e consequências; quer etiologia quase sempre está associada à
• O tempo médio dos leucócitos circulantes presença de febre. Contudo, observa-se que
é, habitualmente, de cerca de 8 horas. Num recém-nascidos, principalmente prematuros,
quadro febril, observa-se uma aceleração da podem não apresentar febre mesmo em vi-
migração dos leucócitos para os tecidos onde gência de infecção. Sabe-se que a partir da
estiver ocorrendo um processo inflamatório, 33ª semana, ou mais tardar na 36ª semana de

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Manejo da Febre Aguda

gestação, os leucócitos obtidos de sangue do • Temperatura axilar acima de 37,2 - 37,3ºC


cordão umbilical são capazes de sintetizar os
• Temperatura auricular acima de 37,8 - 38ºC
pirógenos endógenos, in vitro, quando esti-
mulados. No Brasil e em muitos países, a febre é de-
• Por outro lado, em prematuros com infecção, finida uando a temperatura a ilar ultrapassa
observa-se a ocorrência de hipotermia, in- 37,3ºC.11 O quadro clínico da febre caracteristi-
diretamente evidenciando a capacidade de camente inclui11:
resposta do centro termorregulador aos piró- • Extremidades frias
genos endógenos. Assim, a hipotermia pode
• Ausência de sudorese, sensação de frio e even-
ser consequência da vasoconstrição periférica
tualmente tremores
associada à pouca quantidade de tecido ce-
lular subcutâneo e à tomada da temperatura • Taquicardia e taquipneia
corporal periférica (axilar), e não à imaturida-
Nos casos onde a elevação da temperatura
de neural ou enzimática. Desnutridos graves
corporal decorrente da dificuldade em perder
também podem não apresentar febre quando
calor (excesso de roupa, ambiente aquecido) ou
infectados. A possível explicação está ligada à
mesmo pela produção exagerada de calor (exer-
diminuição da sua capacidade de síntese pro-
cícios intensos) chamamos de . O
teica das ILs.
uadro clínico re ete a necessidade de aumen-
• Não existem evidências clínicas de que a mag- tar as perdas, ocorrendo vasodilatação periféri-
nitude da temperatura alcançada nos qua- ca com consequente presença de extremidades
dros febris tenha qualquer valor prognóstico quentes, sudorese intensa, sensação de calor e
(gravidade) ou diagnóstico (etiologia viral ou ausência de tremores.11
bacteriana) nos quadros infecciosos. Contu-
do, temperatura corporal igual ou superior a A Sociedade Italiana de Pediatria publicou
39,5°C inibe o desempenho da atividade enzi- uma Diretriz para o manejo da febre em crianças,
mática, que depende da temperatura para sua baseada em evidências, após extensa revisão da
atividade normal, podendo, assim, inibir os literatura. Entre as questões revistas algumas se-
mecanismos normais de defesa dela depen- rão resumidas a seguir.12
dente.

• A temperatura retal é considerada a mais


próxima da temperatura central, mas não
deve ser usada de rotina em crianças meno-
res de 5 anos por ser desconfortável e inva-
A defini o de febre le a em conta o aumen- siva. A medida da temperatura oral também
to da temperatura corporal acima dos valores deve ser evitada.
considerados normais, decorrente da elevação
• Não se recomenda o uso de termômetros de
do ponto de termorregulação, não havendo um
mercúrio pelo risco de quebra e toxicidade
alor nico para sua defini o A temperatura
do metal.
variável em cada local onde é medida e, de ma-
neira geral, são aceitas as seguintes faixas de va- • A medida axilar com termômetro digital é
lores para febre:11 recomendada em todas as crianças, mas a
medida timpânica usando termômetro infra-
• Temperatura retal acima de 38 - 38,3ºC
vermelho só é recomendado para maiores
• Temperatura oral acima de 37,5 - 37,8ºC de 1 mês.

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• Recomenda-se que as medidas de tempera-


tura realizadas em domicílio pelos familia-
res e/ou cuidadores seja realizada com ter- • O ibuprofeno, a dipirona e o paracetamol po-
mômetro digital na axila, em qualquer faixa dem ser utilizados para tratamento da febre
etária. em pacientes com asma, exceto naqueles
casos nos quais a asma é induzida por anti-
in amat rios n o ormonais

• Os métodos físicos não são recomendados,


a n o ser nos casos de ipertermia definida
por uma temperatura central C acom-
• O paracetamol é o único antitérmico reco-
panhada de alterações no sistema nervoso
mendado para febre em menores de 1 mês,
central.
sendo sua dose ajustada segundo a idade
gestacional.

-
• Não pode ser utilizada a intensidade da fe- 13

bre como indicador de infecção bacteria-


• Uma metanálise recente de 3 grandes estu-
na grave, exceto em menores de 3 meses
dos, incluindo um total de 540 crianças com
com leucocitose ou aumento da proteína C
idades entre 6 e 72 meses de idade com
reativa.
convulsão febril anterior avaliou o uso de
antipiréticos para prevenção de convulsões
febris.

• A recomendação de antitérmicos em crian- • Neste estudo, não houve diferença esta-


ças deve ser feita quando a febre está as- tisticamente significante na ta a de con-
sociada a desconforto evidente (choro in- vulsões febris entre crianças que recebe-
tenso, irritabilidade, redução da atividade, ram antipir ticos profil ticos ou placebo
redução do apetite, distúrbio do sono), não (OR: 0,9; IC95%: 0,57 a 1,43). Chegando-se
“engessar” os pais a valores para uso de an- à seguinte recomendação: “o uso preven-
titérmico. No Brasil estão recomendados o tivo de antitérmicos não é recomendado
paracetamol, dipirona e ibuprofeno. O uso para a prevenção de convulsões febris com
do ácido acetilsalicílico não é recomenda- nível de evidência I e força de recomenda-
do pelo risco de Síndrome de Reye. O uso ção E.
alternado ou associado de antitérmicos
não é recomendado, pois podem confun-
14
dir os familiares ou cuidadores e aumen-
tar o risco de superdosagem, e não trazem • Um estudo de Primula e colaboradores publi-
nenhum benefício à criança febre a mono- cado na revista Lancet (2009) mostrou que,
terapia. embora as reações febris tenham diminuído
significati amente a administra o profil -
- tica de medicamentos antipiréticos no mo-
mento da vacinação não deve ser recomen-
• O paracetamol a dipirona e o ibuprofeno são dada de rotina, uma vez que as respostas dos
bem tolerados e efetivos nas doses reco- anticorpos a vários antígenos vacinais foram
mendadas. reduzidas.

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Manejo da Febre Aguda

situação é conhecida como febre sem sinais lo-


cali at rios SS definida como ocorr ncia de
febre com menos de 7 dias de duração em uma
A avaliação da criança febril começa por ana- criança em que a história clínica e o exame físico
mnese detalhada, passa por exame físico com- não revelaram a causa.11,15
pleto, destacando-se a presença ou ausência de
A maioria dessas crianças apresenta uma do-
sintomas e sinais que possam ser utilizados para
ença infecciosa aguda autolimitada ou está no
prever o grau de risco:11,15
pródromo de uma doença infecciosa benigna;
• Atenção para Frequência Cardíaca em batimen- poucos têm uma infecção bacteriana grave ou
tos por minuto (bpm): potencialmente grave.15
meses bpm Com o intuito de padronizar a abordagem e
a meses bpm diagnóstico precoce das infecções bacterianas
graves várias estratégias foram elaboradas para
a anos bpm
avaliar crianças menores de 3 anos de idade
• Observe a Frequência Respiratória (respira- com FSSL, utilizando-se da associação de cri-
ções/minuto): térios clínicos e laboratoriais, como exemplo
> 50 (6 a 12 meses) os critérios de Rochester, que procura separar
os lactentes de 3 meses de idade em dois gru-
> 40 para os maiores de 12 meses e, saturação
pos: alto e baixo risco para presença de doença
de o ig nio
bacteriana grave na vigência de FSSL e para os
• Avaliar o tempo de enchimento capilar, alerta maiores de 3 meses utiliza-se os critérios de
se > 3 segundos. Baraff.16,17
• Atenção para o grau de hidratação, avaliar mu-
O Hospital Universitário da USP utiliza um
cosas e turgor da pele.
protocolo de atendimento para crianças com
• Importante analisar a criança quanto ao grau SS baseado nos protocolos de Bara e oc es-
de atividade e responsividade aos estímulos. ter, mas propõe uma intervenção menor. Este
protocolo foi validado após um período de 12
Esta avaliação classificará em verde, ama-
meses de uso em crianças com FSSL onde todos
relo ou vermelho (protocolo semáforo) o grau
os casos de infecção bacteriana grave consegui-
de risco que direcionará o conjunto de inves-
ram ser identificados e a utili a o de antibi ti-
tigações e manejo inicial destas crianças com
cos empírica foi reduzida 4-11
. Este protocolo foi
febre.15
publicado no Tratado de Pediatria da SBP em
Em muitos casos, após toda avaliação clínica, 2017 e apresentamos nestas recomendações na
impossí el a identifica o do foco febril esta tabela 1 a seguir.18

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Manejo da Febre Aguda

Como todos os antitérmicos têm o mesmo feno a cada 2 horas, 16% a cada 3 horas, 43%
mecanismo de ação (inibição da PgE2), não há a cada 4 horas, 23% a cada 6 horas mostrando a
indicação para se usar a combinação de dois falta de consenso e racionalidade.23
deles, intercalando-os para melhor efeito tera-
Uma revisão sistemática incluiu ensaios clíni-
pêutico (baixar a temperatura), pois o risco de
cos randomizados, publicados até dezembro de
eventos adversos, com essa prática, multiplica-
2011, em que um dos braços fosse terapia alter-
-se sem qualquer melhora nos objetivos alme-
nada com antipiréticos para tratamento de febre
jados.11,20
em crianças menores de 12 anos, atendidas am-
Apesar da falta de e id ncias científicas ue bulatorialmente. A conclusão foi bem taxativa ao
ustifi ue a altern ncia de antit rmicos essa alertar que embora haja uma tendência na redu-
prática está se tornando um hábito na clínica pe- ção das médias de temperatura com antipiréticos
diátrica.11,20 alternados em relação aos antipiréticos isolados,
n o e iste e id ncia suficiente para afirmar ue
Várias publicações alertam para o risco dessa essa pr tica mais efica ue a monoterapia 24,25
prática, pais e cuidadores frequentemente erram
nas dosagens, e na ânsia do controle da febre au- Estudo brasileiro avaliou condutas terapêuti-
mentam o risco de intoxicações.11,20 cas e o uso alternado de antipiréticos pelos pais
de crianças (zero a seis meses) brasileiras com
Apesar dessas recomendações estudo norte- febre e residentes no Sul do Brasil.26 Foi um estu-
-americano mostra que mais de 50% dos pe- do transversal, com entrevistas domiciliares com
diatras, recomendavam aos pais essa prática.21 cuidadores de 692 crianças utilizando questio-
Outro estudo mostra que 68,8% dos pediatras nário validado.26
espanhóis praticam a alternância de antitérmi-
cos, o que motivou a Academia Espanhola de Pe- Os resultados mostraram que 73% dos cui-
diatria a emitir um alerta sobre a falta de emba- dadores no último episódio de febre da criança
samento científico 22 administrou antitérmico. Como ressalva, a média
de temperatura considerada febre foi 37,4°C e
Um estudo curioso realizado nos EUA merece febre alta 38,7°C, valores bem abaixo dos consi-
relato, pois indagou 256 pais, via questionários, derados na literatura.26 A utilização de terapia al-
sobre a prática de alternância de antitérmicos ternada com antipiréticos foi relatada por 26,7%
e deles responderam afirmati amente 23 dos entre istados ustificada pela aus ncia de
E segundo 81% deles a recomendação da al- resposta à monoterapia e indicação médica, na
ternância partiu do pediatra da criança com um maioria dos casos.26 Os medicamentos mais uti-
detalhe anedótico: 9% dos pediatras recomen- lizados foram dipirona e paracetamol como mos-
daram a alternância de paracetamol e ibupro- tra a tabela a seguir.26

Esquemas de antipiréticos utilizados na terapia alternada pelos cuidadores das crianças26

n* %

Dipirona + Paracetamol 80 48,2 40,6-55,8

Paracetamol + Ibuprofeno 46 27,7 20,9-34,5

Dipirona + Ibuprofeno 27 16,3 10,7-21,9

Dipirona + ácido acetilsalicílico 7 4,2 1,2-7,2

Paracetamol + ácido acetilsalicílico 5 3 0,4-5,6

Diclofenaco + ácido acetilsalicílico 1 0,6 0,1-1,8

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Proposta atual para avaliação e seguimento de crianças até 36 meses de idade com febre sem sinais
localizatórios.18

micos. A recomendação para uso de antitérmicos


em crianças deve ser feita quando a febre está
associada a desconforto evidente (choro inten-
so, irritabilidade, redução da atividade, redução
Uma revisão da Cochrane chama a atenção do apetite, distúrbio do sono) e não baseado em
para o rápido início de ação desses métodos, um número predeterminado.20
mas com pequena duração do efeito na redução Os antitérmicos estão entre os fármacos mais
da temperatura corpórea, de tal modo que seu utilizados em crianças febris, com ou sem pres-
uso oferece pequena vantagem sobre a terapêu- crição médica, e são comumente causa de into-
tica medicamentosa, mas com aumento no des- xicações, em geral por erro na administração de
conforto do paciente destacando-se os calafrios dose ou intervalo, ou por interação medicamen-
e a irritabilidade aumentada.19 tosa.20

Três antitérmicos estão disponíveis no Bra-


sil: paracetamol, ibuprofeno e dipirona. Todos
o e iste um alor m gico te rico fi ado são eficazes e seguros quando utilizados dentro
por consensos ou guias para administrar antitér- de sua faixa terapêutica e de modo isolado.

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Departamentos Científicos de Pediatria Ambulatorial e de Infectologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

O estudo mostrou que cerca de 70% das do- dimentos de emergência, além de reduzir riscos
ses utilizadas pelos cuidadores estavam abaixo da de sub ou superdosagem de medicamentos.26
dose mínima recomendada para o tratamento de
febre. A administração de subdoses de antipiréti-
cos e os valores de temperatura utilizados para o
diagnóstico de febre, abaixo dos valores preconi-
zados, e intercalar antitérmicos, sugerem falta de
orientação dos cuidadores e “febrefobia”.26
Devemos destacar que o mecanismo de ação
O estudo conclui que medidas educativas, que de todos antitérmicos é o mesmo: inibem a ação
esclareçam a população sobre o que é a febre, das enzimas cicloxigenases COX1 e COX2 de
quando e como tratá-la, poderão auxiliar no uso modo não seletivo. Com isso reduzem a produção
correto dos medicamentos e evitarão a procura da PgE2, a prostaglandina responsável pela eleva-
excessiva por consultas não programadas e aten- ção da temperatura no termostato hipotalâmico.20

Fosfolipídeos

Fosfolipase A2

Ácido Araquidônico

Dipirona
Prostaglandinas
(PgE2)

Febre

A seguir a análise dos antitérmicos citados em 10 a 12 mg/kg/dose. Quando analisamos


por ordem alfabética.20 o produto referência para dipirona, vemos que
na apresentação gotas, 1 gota contém 25 mg
• tem ação antitérmica e analgésica,
do princípio ativo, portanto, o uso tradicional
sem efeitos anti in amat rios armacologica-
de 1 gota/kg de peso leva à superdosagem do
mente é uma prodroga que produz metabólitos
fármaco, aumentando o nível de risco e a ocor-
após a primeira passagem hepática. O seu iní-
rência de hipotensão, hipotermia e sudorese
cio de ação é de 30 a 60 minutos e duração de
excessiva.
4 a 6 horas. Entre as reações adversas, urticária
e ras cut neo anafila ia broncoespasmo e • é um derivado do ácido propiô-
agranulocitose, destacamos a hipotensão, mui- nico. Assume diferentes indicações e efeitos
to frequente na rotina pediátrica. Esse sintoma na dependência das doses administradas.
deve-se principalmente ao uso incorreto da Quando se deseja uma ação antitérmica e/ou
dose farmacológica da dipirona, preconizada analgésica o ibuprofeno deve ser utilizado

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Manejo da Febre Aguda

em doses de 5 a 10 mg/kg/dose, a ação anti- dosador utilizado. Foram selecionadas crianças


in amat ria ser obser ada ao se administrar com até 12 anos de idade que foram consultadas
o ibuprofeno em doses de 15 a 20 mg/kg. Em por febre e haviam usado antitérmicos por pelo
ensaio clínico randomizado e duplo-cego com menos uma vez nas últimas 24 horas. Foram re-
doses únicas de paracetamol e ibuprofeno, gistrados o fármaco, a apresentação comercial e
sob mesma forma farmacêutica, foram compa- a dose utilizada em cada caso.27
radas em 116 crianças com temperatura média
A adequação de dose baseou-se nas referên-
de 39ºC. Os fármacos mostraram-se equiva-
cias para paracetamol, dipirona e ibuprofeno;
lentes em início de efeito, magnitude e ve-
analisou-se as apresentações comerciais utiliza-
locidade de queda da temperatura e duração
das pelos pacientes quanto à concentração e aos
do efeito antitérmico. Em metanálise de seis
gotejadores.27 Foram entrevistados 575 cuida-
ensaios clínicos paracetamol e ibuprofeno nas
dores e os dados foram surpreendentes:27
doses recomendadas demonstraram o mesmo
efeito antitérmico em uma hora. Nova medida • 249 (43,3%) dos pacientes receberam subdo-
em seis horas mostrou efeito mais duradouro ses da medicação
com ibuprofeno. • 280 (48,7%) receberam dose adequada
• é um derivado do para-amino- • 46 (8,0%) receberam dose acima da preconiza-
fenol, com ação analgésica e antitérmica, sem da como terapêutica.
a o anti in amat ria Sua dose terap utica
Quanto à origem da informação sobre a dose
varia de 10 a 15mg/kg/dose, e a dose máxi-
a ser ministrada:27
ma diária é de 75mg/kg. A dose tóxica é de
120mg/kg em crianças e 6,5g em adultos. • 432 (75,1%) cuidadores obtiveram a informa-
O paracetamol em doses elevadas tem sido o a partir de profissionais de sa de
associado à doença hepática tóxica, ocorren- • 81 (14,1%) basearam-se em familiares
do fatalidades em 3 a 4% de todos os casos
• 42 cuidadores (7,3%) utilizaram a bula do re-
não tratados. Esse efeito pode ocorrer quan-
médio como referência.
do da ingestão de 7,5 a 10g em período infe-
rior a 8 horas. Um estudo tipo dose-resposta De modo geral, não houve variação nas con-
para o paracetamol empregou doses de 5, 10 e centrações de dipirona, paracetamol e ibupro-
20 mg/kg de paracetamol em pacientes pedi- feno em relação aos produtos de referência.
átricos com febre acima de 39ºC. Quando se No entanto, verificou-se que os gotejadores das
empregou 5mg/kg a diminuição da tempe- diversas apresentações disponibilizam volu-
ratura não chegou a 0,5ºC, com duração de mes/quantidades diversos, geralmente meno-
quatro horas, quando utilizou 10mg/kg houve res.27
queda de 1,5ºC com duração que variou de 5 a
6 horas e quando foi administrada a dose de Concluem os autores que: erros na dosagem
20mg/kg a queda foi mais acentuada quase de antitérmico foram frequentes, geralmente
3ºC durando o efeito até 6 horas. em subdosagem de paracetamol, e não resulta-
ram de características familiares. Um possível
fator causal foi o gotejador, que muitas vezes
disponibiliza gotas de pequeno volume, com
menor quantidade de fármaco por gota.27 Os
profissionais da saúde devem levar em consi-
deração esse aspecto ao recomendar um anti-
térmico. A padronização dos gotejadores, nas
Estudo brasileiro avaliou a acurácia da admi- apresentações comerciais dos antitérmicos, é
nistração de antitérmicos a crianças febris e o necessária.27

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OMS e outras entidades médicas do mundo in-


teiro.29,30

Autoridades de saúde como a OMS, o Ministé-


rio da Saúde e a ANVISA alegam não haver estu-
Um dos aspectos mais intrigantes da pande-
do clínico ue a alie ual uer efeito mal fico do
mia causada pela COVID-19, e que se demonstra
ibuprofeno em pacientes com COVID-19 ou com
consistente em todo o mundo, baseia-se no fato
suspeita, e deixam a critério do médico a escolha
de que as crianças e adolescentes apresentam,
na indicação da prescrição de analgésicos para
em sua maioria, formas clínicas leves ou assin-
pacientes com COVID-19 ou suspeita dela.30-32
tomáticas, não obstante a rara ocorrência de ca-
sos graves, como os descritos em crianças que
apresentaram a Síndrome In amat ria ultis-
sistêmica.28

Estudo recente analisou uma população de


2143 pacientes pediátricos e mostrou que em
94% dos casos as crianças eram assintomáticas, O que pode ser dito com bastante clareza é
com manifestações leves ou moderadas.28 que a ação mais importante na diferenciação das
crianças com doença grave das sem doença gra-
Os sintomas da COVID-19 são semelhantes ve, não é combater a febre, mas avaliar o quadro
aos da gripe, resfriado comum e outras condições clínico de sinais e sintomas com um todo, dar su-
frequentes no dia a dia do pediatra, portanto, um porte ao paciente com uma boa hidratação e, se
teste RT PCR para SARS-CoV-2 é necessário para necessário, o antitérmico, visando aliviar o mal
a confirma o diagn stica 28 estar geral causado pelo sintoma febre, não bus-
cando valores numéricos de temperatura, fato
Os sintomas mais comuns são febre, tosse e
que incentiva a polimedicação, aumentando o
cansaço. Outros sintomas podem incluir falta de
risco de confusões e interações com outros me-
ar, dor ou pressão no peito, dores musculares ou
dicamentos, além de incrementar a febrefobia.
no corpo, dor de cabeça, perda de paladar ou ol-
fato, confusão, dor de garganta, congestão nasal O uso de antitérmicos deve ser criterioso,
ou nariz escorrendo, diarreia, náuseas e vômitos, conhecer a referência (controle de qualidade,
dor abdominal e erupções cutâneas. Além des- seguran a e efic cia isto ue e istem centenas
ses sintomas, bebês e crianças pequenas podem de cópias com variação na entrega da dose cor-
ter dificuldade em se alimentar 28 reta por gota.

Para o tratamento da febre o uso de um, dos Intercalar antitérmicos é mito e um erro que
três antitérmicos disponíveis no mercado, está pode aumentar o risco de intoxicações.
indicado na mesma dosagem e período de admi-
nfim de er do m dico combater a febre-
nistração indicados rotineiramente.28
fobia, mas de modo empático, entendendo a
No início da pandemia surgiram rumores que ansiedade dos pais e a busca por uma solução
o ibuprofeno estaria contraindicado nos casos rápida, que em muitos casos não é a mais segura
de COVID-19, fato posteriormente desmentido e efica de endo ficar claro ue febre um sinal
por vários estudos clínicos e recomendações da não uma doença!

11
Manejo da Febre Aguda

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Departamentos Científicos de Pediatria Ambulatorial e de Infectologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

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para o Pediatra relacionadas com a Pandemia Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em
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sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22426b- SCTIE/GAB/SCTIE/MS. Recomendações para
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provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2).
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Manejo da Febre Aguda

Diretoria
Triênio 2019/2021

PRESIDENTE: Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Magda Lahorgue Nunes (RS) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Luciana Rodrigues Silva (BA) Sidnei Ferreira (RJ) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Renata Belem Pessoa de Melo Seixas
1º VICE-PRESIDENTE: Silvio Rocha Carvalho (RJ) Dirceu Solé (SP) ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
Clóvis Francisco Constantino (SP) Antônio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) Roberta Paranhos Fragoso
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
2º VICE-PRESIDENTE: OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Clemax Couto Sant’Anna (RJ) Marise Helena Cardoso Tófoli
COORDENAÇÃO: Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
SECRETÁRIO GERAL: Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) DO MARANHÃO:
Sidnei Ferreira (RJ) EDITORA ADJUNTA:
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) Marynea Silva do Vale
1º SECRETÁRIO: MEMBROS: MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Henrique Mochida Takase (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Cássio da Cunha Ibiapina
2º SECRETÁRIO: João Carlos Batista Santana (RS) Sidnei Ferreira (RJ) MS - SOCIEDADE DE PED. DO MATO GROSSO DO SUL:
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Luciana Cordeiro Souza (PE) Isabel Rey Madeira (RJ) Carmen Lucia de Almeida Santos
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Mariana Tschoepke Aires (RJ) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA:
3º SECRETÁRIO: Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Maria de Fatima Bazhuni Pombo Sant’Anna (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) Paula Helena de Almeida Gatass Bumlai
Marilucia Rocha de Almeida Picanço (DF) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Rafaela Baroni Aurílio (RJ) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
DIRETORIA FINANCEIRA: Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Leonardo Rodrigues Campos (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Leonardo Cabral Cavalcante
Cláudio Hoineff (RJ) Sergio Augusto Cabral (RJ) Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Katia Galeão Brandt
Hans Walter Ferreira Greve (BA) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA CONSULTORIA EDITORIAL: PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Ricardo do Rego Barros (RJ) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Anenisia Coelho de Andrade
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Fábio Ancona Lopez (SP)
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) DIRETORIA DE DEFESA DA PEDIATRIA Dirceu Solé (SP) PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO: Joel Alves Lamounier (MG) Kerstin Taniguchi Abagge
COORDENADORES REGIONAIS Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO
NORTE: EDITORES ASSOCIADOS: DO RIO DE JANEIRO:
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) MEMBROS:
Gilberto Pascolat (PR) Danilo Blank (RS) Katia Telles Nogueira
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA RIO GRANDE
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
NORDESTE: Cláudio Orestes Britto Filho (PB) Renata Dejtiar Waksman (SP) DO NORTE:
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) João Cândido de Souza Borges (CE) Katia Correia Lima
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Anenisia Coelho de Andrade (PI) COORDENAÇÃO DO PRONAP
Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) RO - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
SUDESTE: Isabel Rey Madeira (RJ) Tulio Konstantyner (SP) Wilmerson Vieira da Silva
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
Isabel Rey Madeira (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) Cláudia Bezerra de Almeida (SP)
Mareny Damasceno Pereira
SUL: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL:
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Gloria Tereza Lima Barreto Lopes (SE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Sérgio Luis Amantea
Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Fábio Ancona Lopez (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
CENTRO-OESTE: Rosamaria Medeiros e Silva
Regina Maria Santos Marques (GO) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Joel Alves Lamounier (MG) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
Dirceu Solé (SP) Ana Jovina Barreto Bispo
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA COORDENAÇÃO DE PESQUISA SP - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
TITULARES: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS Cláudio Leone (SP) Sulim Abramovici
Gilberto Pascolat (PR) CIENTÍFICOS
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Elaine Carneiro Lobo
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) COORDENAÇÃO:
Isabel Rey Madeira (RJ) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Luciana Rodrigues Silva (BA) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO COORDENAÇÃO:
SUPLENTES: Dirceu Solé (SP) MEMBROS: Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Rosana Alves (ES) Cláudio Barsanti (SP)
Tânia Denise Resener (RS) Joel Alves Lamounier (MG) Suzy Santana Cavalcante (BA) Edson Ferreira Liberal (RJ)
João Coriolano Rego Barros (SP) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Marisa Lopes Miranda (SP) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Silvia Wanick Sarinho (PE) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
Joaquim João Caetano Menezes (SP) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
CONSELHO FISCAL MEMBROS: EM PEDIATRIA PRESIDENTE:
TITULARES: Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO: Mario Santoro Júnior (SP)
Núbia Mendonça (SE) Paulo César Guimarães (RJ) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Cléa Rodrigues Leone (SP) VICE-PRESIDENTE:
Nelson Grisard (SC) MEMBROS: Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) SECRETÁRIO GERAL:
SUPLENTES: NEONATAL Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Jefferson Pedro Piva (RS)
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Victor Horácio da Costa Junior (PR) DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
João de Melo Régis Filho (PE) Ruth Guinsburg (SP) Conceição Ap. de Mattos Segre (SP)
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) • Adolescência
PÚBLICAS: Kátia Laureano dos Santos (PB) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS) • Aleitamento Materno
COORDENAÇÃO: • Alergia
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Sérgio Luís Amantéa (RS)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Susana Maciel Wuillaume (RJ) • Bioética
MEMBROS: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) • Cardiologia
Clóvis Francisco Constantino (SP) Aurimery Gomes Chermont (PA)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) • Emergência
Maria Albertina Santiago Rego (MG) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO • Endocrinologia
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP)
COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA • Gastroenterologia
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Virgínia Resende Silva Weffort (MG) • Genética
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Hélcio Maranhão (RN) • Hematologia
Evelyn Eisenstein (RJ) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS • Hepatologia
Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) • Imunizações
Normeide Pedreira dos Santos (BA) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
João Coriolano Rego Barros (SP) Adelma Figueiredo (RR) • Imunologia Clínica
Alexandre Lopes Miralha (AM) Marcia de Freitas (SP) • Infectologia
André Luis Santos Carmo (PR)
Virgínia Weffort (MG) Marynea Silva do Vale (MA) • Medicina da Dor e Cuidados Paliativos
Themis Reverbel da Silveira (RS) PORTAL SBP
Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR) • Nefrologia
Luciana Rodrigues Silva (BA) • Neonatologia
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO MUSEU DA PEDIATRIA • Neurologia
PROFISSIONAL PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA
COORDENAÇÃO: • Nutrologia
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) À DISTÂNCIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Oncologia
Edson Ferreira Liberal (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA) • Otorrinolaringologia
Edson Ferreira Liberal (RJ) MEMBROS: • Pediatria Ambulatorial
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Mario Santoro Junior (SP) • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
José Hugo de Lins Pessoa (SP) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) José Hugo de Lins Pessoa (SP) • Pneumologia
• Reumatologia
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES REDE DA PEDIATRIA • Saúde Escolar
Mauro Batista de Morais (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) COORDENAÇÃO: • Segurança
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Luciana Rodrigues Silva (BA) • Sono
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Rubem Couto (MT) • Suporte Nutricional
Joel Alves Lamounier (MG) AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA: • Terapia Intensiva
COORDENAÇÃO DO CEXTEP Altacílio Aparecido Nunes (SP) Ana Isabel Coelho Montero • Toxicologia e Saúde Ambiental
(COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO Paulo Cesar Pinho Ribeiro (MG) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) Flávio Diniz Capanema (MG) Ana Carolina de Carvalho Ruela Pires GRUPOS DE TRABALHO
COORDENAÇÃO: AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA: • Atividade física
Hélcio Villaça Simões (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED)
Elena Marta Amaral dos Santos • Cirurgia pediátrica
MEMBROS: COORDENAÇÃO: • Criança, adolescente e natureza
Ricardo do Rego Barros (RJ) Renato Procianoy (RS) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA: • Doenças raras
Clovis Francisco Constantino (SP) MEMBROS: Rosenilda Rosete de Barros • Drogas e violência na adolescência
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA: • Metodologia científica
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Dolores Fernandez Fernandez • Oftalmologia pediátrica
Flavia Nardes dos Santos (RJ) João Guilherme Bezerra Alves (PE) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA: • Pediatria e humanidade
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Marco Aurélio Palazzi Sáfadi (SP) Anamaria Cavalcante e Silva • Saúde mental

www.sbp.com.br

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