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MANUTENÇÃO DE

TRANSPORTADORES
PAPELEIRA

VERSÃO REVISTA E ATUALIZADA

© Abril 2024 – Todos os direitos reservados

ON-CONVEYORS ESTEIRAS METÁLICAS


TRANSPORTADORES DE APARAS E CELULOSE
Introdução

Olá! Somos a ON-Conveyors, especialistas em transportadores. Neste E-book, vamos


conversar sobre algo que pode parecer complicado, mas prometemos torná-lo simples
e interessante para você.

Vamos falar sobre as "dores de cabeça" que podem surgir quando se trata de
manutenção de transportadores, como catalogar, prever e até mesmo prevenir.

Vamos explicar por que isso acontece e como evitar esses problemas.

Além disso, vamos desvendar os conceitos básicos de como projetar o transportador


correto para a indústria papeleira. Não importa se você é novo no assunto ou já tem
alguma experiência, acreditamos que entender bem os princípios básicos pode
ajudar a instalar da forma mais adequada e melhorar o funcionamento dos seus
transportadores.

Por fim, vamos mostrar como é o processo de fabricação de um transportador. Vamos


explicar como cada transportador da ON-Conveyors é feito sob medida para atender
às necessidades específicas de cada cliente e como a qualidade na fabricação pode
fazer a diferença no dia a dia.

Estamos animados para compartilhar tudo isso com você. Esperamos que este e-book
seja um guia útil e que ajude você a otimizar o uso dos seus transportadores.

Vamos começar?

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TRANSPORTADORES DE APARAS E CELULOSE
1.0 - Como projetar a instalação de um sistema de transporte eficiente na
área de aparas e celulose.

Cada transportador de aparas e celulose (pasta mecânica) é projetado de maneira


personalizada, levando em conta que tanto o projeto mecânico quanto o projeto civil se
iniciam pelo estudo do material a ser transportado.

1.1 - Identifique as características dos blocos a serem transportados:


Examine todas as características do bloco de aparas, incluindo as dimensões específicas para
cada tipo de bloco, o volume e a massa total por tempo a ser transportado. Isso garante que
o transportador seja projetado de maneira adequada, prevenindo assim transbordo do
material ou superdimensionamento.

1.2 - Defina o projeto civil:


Além de levar em conta todos os possíveis obstáculos na área de instalação, incluindo o
espaço entre a esteira e vigas de concreto, pipe-racks entre outros que possam interferir no
fluxo dos blocos, é necessário considerar espaços adequados para manutenções de forma
eficiente e segura.

1.3 - Nota:
Sugerimos que você entre em contato com a ON-Conveyors durante o projeto civil, para
evitar erros no conceito de angulação e espaços para troca de peças e manutenção.

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1.4 - Tipos de projetos:

1.4.1 - Equipamento dentro do pit:

O equipamento está instalado em um pit (fosso), onde todo o conjunto de retorno se localiza
abaixo da linha do piso. Como você pode observar na figura anterior há um espaço adequado
para o acesso do técnico ao conjunto de retorno, o que facilita as manutenções desta área.

Este tipo de instalação elimina os possíveis impactos laterais que podem ocorrer durante
o descarte do material por empilhadeiras. Além disso, ele garante a proteção de todo o
conjunto de retorno, pois tampas são aplicadas sobre as partes abertas do fosso.

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1.4.2 - Equipamento sem pit:

Nesta configuração, o equipamento é instalado alinhado com o piso, deixando o conjunto de


retorno visível. Isso proporciona acesso total para a manutenção do conjunto de retorno,
eliminando quaisquer obstáculos para a movimentação dos técnicos.

No entanto, é importante notar que a exposição da caixa de retorno pode torná-la vulnerável
ao impacto das empilhadeiras. Portanto, medidas adicionais de proteção podem ser
necessárias para garantir a integridade da caixa de retorno.

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1.4.3 Perfis adequados para transportadores de aparas e celulose:

Tipo 3:

Tipo 4:

Tipo 5:

Angulações permissíveis para os perfis informados: 0º até 25º

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1.4.4 - Carga de ruptura de correntes para esteiras de aparas e celulose:

Passo 100mm:
Força de tração máxima admissível:
2600 kPa

Passo 152,4 Decauville:


Força de tração máxima admissível:
4500 kPa

2.0 - Por que não utilizar transportadores de esteira de borracha?

Os transportadores de esteiras metálicas, apropriados para transporte de fardos de aparas e


celulose, se mostram amplamente presentes nas indústrias papeleiras. Sua robustez e baixa
necessidade de manutenção garantem a máxima eficiência no processo de produção. Com
base em três décadas de experiência, a maioria das indústrias de papel relata que os
transportadores de esteiras metálicas em centrais de aparas superam em eficiência os
transportadores com esteira de borracha (correia).

Um exemplo notável do sucesso das esteiras metálicas para


o transporte de aparas é o caso da Companhia Suzano. O
transportador instalado em 1998 foi revitalizado somente em
2023, demonstrando robustez e durabilidade desses
equipamentos. Este caso mostra o valor a longo prazo que
os transportadores de esteiras metálicas podem oferecer às
indústrias de papel.

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3.0 - Como planejar a manutenção do seu transportador.

3.1 - Conheça o tempo de vida útil do equipamento e de seus componentes.

Um dado importante para a criação de um plano de manutenção eficiente é a compreensão


da durabilidade do transportador e de seus componentes de desgaste. A tabela a seguir,
derivada de nossa experiência de três décadas com uma variedade de transportadores,
oferece uma perspectiva que auxilia na elaboração de um plano de manutenção ideal:

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3.2 - Elabore o gráfico de curva para determinar o momento ideal para manutenção:

O ponto de partida para uma manutenção eficaz é o


histórico do equipamento e sua durabilidade.

Nesse contexto, utilize um gráfico de curva para


monitorar e analisar o desempenho do equipamento. O
eixo "Y" representa a performance do equipamento ao
longo do tempo, enquanto o eixo "X" indica o tempo de
vida útil do equipamento.

Isso lhe permite atribuir a metodologia da Curva PF (Curva de Falha Potencial do inglês
Potential Failure Curve), usando como uma ferramenta essencial para estabelecer os
intervalos ideais para ações preventivas e preditivas.

O objetivo é realizar essas ações no momento mais oportuno: o mais próximo possível da
falha potencial, mas ainda assim o mais distante possível da falha funcional.

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3.3 - Minimize o nível das falhas:

Existem alguns pontos que historicamente, intensificam o risco de falhas. A ON-Conveyors


aplica a manutenção proativa durante o projeto de seus equipamentos. Embora essa
abordagem seja implementada antes da existência do equipamento, ela já é
concebida com todas as características viáveis para facilitar as manutenções
preventivas. Além disso, a construção do equipamento é realizada com sistemas
automatizados e materiais que minimizam o risco de falhas. Por exemplo:

3.3.1 - Esticamento da esteira:

Projetamos um sistema inovador que utiliza molas helicoidais com um êmbolo deslizante em
aço inoxidável. Este sistema permite a compensação das tensões sofridas pela esteira, o que
ajuda a evitar rompimentos de elos.

3.3.2 -Lubrificação:

Nosso sistema de lubrificação possui um painel


autônomo e programável, com comandos
individuais ou interligado com o PLC. Este sistema
inclui a função automática de lubrificação. Além
disso, ele vem equipado com um sinalizador de
nível mínimo de óleo para garantir que as
correntes permaneçam sempre lubrificadas.

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3.3.3 - Elétrica:

Controle individual para múltiplos transportadores:


Para sistemas com vários transportadores, oferecemos
controle individualizado para cada equipamento. Isso permite
ajustes precisos e otimização de desempenho em cada ponto
do processo;
Integração de sistemas avançados: Nossos painéis
incorporam um sistema de Interface Homem-Máquina (IHM),
proporcionando uma experiência intuitiva para os operadores.
O quadro sinótico oferece uma visão geral clara do sistema,
facilitando o monitoramento e a intervenção;
Inversores de frequência: Utilizamos inversores de
frequência para controle preciso da velocidade dos
transportadores. Este sistema de rampa de aceleração reduz
os esforços mecânicos no equipamento, permitindo uma aceleração e desaceleração suaves,
evitando impactos abruptos e estendendo a vida útil do sistema.

3.3.4 – Medidas de segurança contra acidentes:

Abas laterais: Fabricadas e dimensionadas para garantir que estejam acima da altura da
carga transportada. Isso impossibilita que o colaborador tenha contato com a esteira em
movimento, proporcionando segurança operacional;

Botoeiras de emergência: Distribuídas e posicionadas ao longo do equipamento permitem


a interrupção imediata do funcionamento. Em caso de emergência ou necessidade de parada
rápida, o operador pode acionar essas botoeiras para cessar o movimento da esteira.

Limitador de distância com cabo de segurança: O sistema conta com um cabo de


segurança equipado com dispositivo Schmersal. Esse limitador de distância garante que a
distância entre o operador e a esteira seja mantida dentro dos padrões de segurança.

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Sinalização: Durante a instalação do equipamento, implementamos sinalizadores
personalizados de acordo com a quantidade solicitada pelo cliente. Esses sinalizadores são
equipados com luzes intermitentes em tons de vermelho, verde e amarelo, visando alertar de
forma visual sobre áreas de risco ou restrição de acesso. Além disso, incorporamos disparos
sonoros de sinais bitonais, emitindo uma pressão sonora de 80 dB. Essa combinação busca
não apenas complementar o alerta visual, mas também garantir uma percepção eficaz em
ambientes com níveis elevados de ruído.

3.3.5 – Proteção das correntes:

A proteção das correntes é assegurada por meio


de um fechamento lateral de alta robustez. Este
fechamento impede que os a pasta mecânica ou
aparas entrem em contato com as correntes,
protegendo-as de envolvimento com os elos. É
importante notar que outros componentes, como
chapas, tubos, eixos dobradiças e arrastadores,
são mais fáceis de substituir em caso de desgaste.

Todas as automações que apresentamos são um testemunho da excelência


inerente aos produtos da ON-Conveyors.

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3.4 – Catalogue suas falhas:

Na classificação das falhas considere a metodologia FMEA (Failure Mode and Effect Analysis),
a Análise de Modos e Efeitos de Falha, como uma ferramenta essencial para manutenções
preventivas.

Recomendamos o FMEA pois, com nossa experiência de 3 décadas, prestando serviços de


manutenção em equipamentos de grande porte, constatamos que essa metodologia é a mais
eficaz, assertiva e segura para análise e classificação de falhas.

3.4.1 - Defina o equipamento a ser analisado: Defina todas as características do


transportador o qual você realizará o processo.

3.4.2 - Identifique os modos de falhas: Liste todas as maneiras possíveis pelas quais o
transportador pode falhar. Isso pode ser baseado em falhas que já ocorreram ou em falhas
potenciais que ainda podem surgir.

3.4.3 - Analise os efeitos dessas falhas: Para cada modo de falha identifique e discuta
com os demais técnicos envolvidos na operação, os possíveis efeitos que essas falhas teriam
no transportador e no processo de produção como um todo.

3.4.4 - Avalie os riscos dessas falhas: Para cada falha e seu efeito correspondente, avalie
os riscos associados. Isso geralmente é feito calculando o HRN (Número de classificação de
risco do inglês “Hazard Rating Number”), que leva em consideração a severidade da falha, a
frequência com que ela ocorre e a probabilidade de detecção.

3.4.5 – Desenvolva ações preventivas e corretivas:


Com base na análise de risco, desenvolva as ações para prevenir ou corrigir cada falha. Isso
pode incluir mudanças na configuração do transportador, melhorias nos procedimentos de
manutenção ou treinamento adicional para os operadores.

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Lembramos que FMEA não é um processo único. Reconhecemos a importância de revisar e
atualizar regularmente a análise à medida que novas informações se tornam disponíveis ou
as condições mudam. Caso necessite de auxílio e/ou suporte técnico para planejar essa fase,
principalmente a etapa de cálculo do HRN (item 3.4.4), entre em contato conosco através
do nosso site:

www.on-conveyors.com.br

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4.0 – Caixa KANBAN ON-CONVEYORS:

Nossos estudos e previsões, baseados em metodologias comprovadas, nos permitem adotar a


metodologia KANBAN. Esta metodologia nos auxilia a desenvolver soluções mais ágeis para a
reposição de componentes e subcomponentes de nossos equipamentos. Uma parte crucial
dessa estratégia é a criação de uma representação visual da disponibilidade dessas peças,
facilitando a rápida identificação e substituição, resultando na criação da Caixa KANBAN ON-
Conveyors.

A Caixa KANBAN exemplifica a aplicação prática do Sistema KANBAN. Projetada


especificamente para cada tipo de equipamento, ela garante a organização e fácil acesso a
todas as peças de reposição e ferramentas necessárias para o reparo.

Além disso, a CAIXA KANBAN ON- Conveyors


fornece ao usuário, através do QR CODE,
acesso a informações importantes, como
desenhos, códigos de cada peça e manual de
instruções, isso permite que o usuário
identifique facilmente as peças necessárias e
entenda como realizar os reparos de forma
eficiente.

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A ON-Conveyors garante que os equipamentos sejam fabricados em conformidade com as
Normas Regulamentadoras (NR-10 e NR-12). Isso permite que os colaboradores visualizem
facilmente os componentes, promovendo uma maior compreensão e eficiência no trabalho.

Parabéns às equipes da Suzano e ON-Conveyors pelo


notável sucesso na revitalização do transportador
principal da central de aparas em 2023, um feito que
exemplifica a excelência e o comprometimento com a
inovação e eficiência operacional.

ESG

Compreendendo a crescente importância da sustentabilidade ambiental, reconhecemos o


papel vital que as indústrias, especialmente as papeleiras, desempenham na busca por
práticas mais responsáveis. Nossos equipamentos são cuidadosamente desenvolvidos para
estar em sintonia com a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança), incorporando
tecnologias e processos que minimizam o impacto ambiental e promovem a eficiência
energética, garantindo operações que contribuam positivamente com o futuro sustentável.

Além disso, reconhecemos a importância da responsabilidade social corporativa em nossas


operações. Não apenas buscamos atender às demandas ambientais, mas também nos
empenhamos em promover um ambiente de trabalho seguro e inclusivo, investindo no bem-
estar de nossos colaboradores e nas comunidades onde operamos.

Por fim, nossa abordagem de governança corporativa reflete nosso compromisso com a
transparência, a ética e a conformidade regulatória. Mantemos altos padrões de governança
em todas as nossas práticas comerciais, assegurando a prestação de contas, a integridade e
a confiança dos nossos stakeholders. Ao alinhar nossos equipamentos e operações com os
princípios ESG, não apenas estamos nos adaptando às demandas do presente, mas também
estamos construindo um alicerce sólido para um futuro sustentável e próspero para todos.

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CONCLUSÃO

Esperamos que esse e-book tenha sido uma fonte valiosa de informações para você.

Ao longo deste guia, buscamos explicar os principais conceitos e pilares que fundamentam a
escolha correta do transportador, a importância de se definir o local para instalação antes
mesmo da fase de fabricação do equipamento.

Além disso, enfatizamos a importância da qualidade na fabricação e como ela pode impactar
positivamente na produtividade da indústria papeleira.

Também abordamos as “dores” que podem surgir durante a manutenção de transportadores,


como travamentos, desalinhamentos e vida útil reduzida dos equipamentos. Explicamos por
que esses problemas ocorrem e fornecemos estratégias eficazes para preveni-los.

Colocamo-nos à disposição para mais informações sobre nossos produtos e serviços.

Até breve.

EQUIPE TÉCNICA
ON-Conveyors

www.on-conveyors.com.br

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