Manual Abesc
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E D I S T R I B U I Ç Ã O DE
CONCRETO
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MANUAL ABESC PARA BOMBEAMENTO,
LINHAS DE TRANSPORTE E SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
DO CONCRETO
Introdução geral.................................................................................................................................. 03
Por que bombear, transportar e distribuir concreto por tubulação rígida ou flexível,
e benefícios econômicos, produtivos e de segurança decorrentes da escolha.............. 04
e avaliadas independentemente:..................................................................................................... 06
Fase III – Sistemas para distribuição do concreto: manual ou mecanizado com mastros
para distribuição..................................................................................................................................... 29
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INTRODUÇÃO GERAL
A ABESC, Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Concretagem, desenvolveu e
criou este manual com seus associados, que compõem um grupo de profissionais com grande
experiência no serviço de bombeamento, transporte e distribuição de concreto.
Todos devemos primeiro conhecer todas as regras, e depois manter nossa atenção no
trabalho que está sendo executado. Nunca é demais salientar que, para uma operação segura, é
crucial LER, COMPREENDER E APLICAR TODAS AS ORIENTAÇÕES DO MANUAL DE OPERAÇÃO
DO EQUIPAMENTO QUE SERÁ UTILIZADO.
Não tentamos, com este manual, detalhar todas as variações e situações aplicáveis ao
bombeamento do concreto, mas tentamos, isso sim, orientar e esclarecer os envolvidos quanto
às suas responsabilidades, com foco na produtividade com segurança e também na padronização
dos serviços de bombeamento. Por favor, use as informações aqui contidas com sabedoria para
selecionar e instalar o melhor sistema para sua obra.
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Por que Bombear, Transportar e Distribuir o Concreto por
Tubulação Rígida ou Flexível, e Quais os Benefícios Econômicos,
Produtivos e de Segurança Decorrentes da Escolha
O bombeamento e a distribuição do concreto são mais rápidos e produtivos usando esse método
do que qualquer outro método convencional.
O concreto bombeado pode ser distribuído em áreas onde é difícil ou impossível chegar com
um guindaste, caçamba ou outros sistemas de colocação do concreto.
O bombeamento pode ser feito em diferentes condições climáticas, incluindo neve e chuva, pois
o concreto fica protegido durante o transporte até o local de distribuição.
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Os equipamentos para bombeamento de concreto ocupam espaços reduzidos, o que permite
disponibilizar um espaço maior do canteiro de obras para outros equipamentos da construção.
As bombas de concreto distribuem o concreto com precisão no devido local, enquanto guindastes
e transportadores de correia depositam, num local arbitrário, uma grande quantidade de concreto
que depois precisa ser manualmente removida e distribuída ao local preciso, o que acarreta um
gasto maior com mão de obra, um custo mais alto e menor produtividade.
Poucos obstáculos podem bloquear uma linha de transporte ou bombeio do concreto. Por meio
de tubulações rígidas ou flexíveis, o concreto pode percorrer curvas acentuadas, atravessar espaços
estreitos, passar por cima ou por baixo de paredes, etc.
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O bombeamento é o método ideal e mais recomendado em todo o
mundo para colocação do concreto em construções de pequeno, médio
e grande porte: permite sua distribuição em áreas de ACESSO difícil ou
MESMO impossível se comparado a outros métodos, gera AUMENTO
DE produtividade, REDUÇÃO NO GASTO com equipamentos, economia
de mão de obra, e sobretudo economia de tempo.
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FASE I - INSTALAÇÃO E DEFINIÇÃO DO EQUIPAMENTO PARA BOMBEAMENTO DO
CONCRETO ESTACIONÁRIO OU AUTOBOMBA COM MASTRO PARA DISTRIBUIÇÃO.
As circunstâncias da obra decidem qual modelo de bomba é o mais adequado, ou seja,
a seleção da bomba ideal de concreto depende das dimensões da construção (distâncias de
distribuição horizontais e verticais), do tamanho das seções individuais a serem despejadas
(volume de concreto) e da qualidade de concreto fornecido (conteúdo de cimento, graduação dos
agregados, consistência, tamanho máximo dos agregados, relação água e cimento, entre outras
coisas)
Considerações básicas gerais para a avaliação do equipamento ideal para o bom resultado
da colocação do concreto:
Destacamos que testes práticos em campo são o método mais seguro para se avaliar a
pressão de bombeamento necessária. Portanto, é altamente recomendável que esses testes sejam
realizados antes de se dar início ao projeto.
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COMO DITO ANTERIORMENTE, É IMPORTANTE REALIZAR TESTES PRÁTICOS
EM CAMPO PARA DEFINIR O MELHOR CONCRETO A SER BOMBEADO; ASSIM,
ESTA FIGURA TEM CARÁTER MERAMENTE ILUSTRATIVO.
CONCRETO BOMBEÁVEL
Tabela de alturas e lançamentos
Brita: 0 e 1 Slump: 18 cm +
( com estabilizador / aux. de
bombeamento) 105 m
Brita: 0 e 1 Slump: 16 cm 90 m
Brita: 0 e 1 Slump: 14 cm 75 m
Brita: 0 e 1 Slump: 12 cm 60 m
Brita: 0 e 1 Slump: 12 cm 42 m
Brita: 0 e 1 Slump: 10 cm 30 m
Brita: 0 e 1 Slump: 8 cm 20 m
Fluxo livre de entrada e saída dos caminhões betoneiras até o equipamento para o
bombeamento do concreto.
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O material e o preparo para lubrificação da linha de bombeio é de responsabilidade do
contratante. Normalmente, antes do bombeamento, as linhas de concreto precisam ser preparadas
e preenchidas com uma mistura lubrificante, o grout. A mistura de lubrificação é abastecida na
tremonha da bomba estacionária de concreto e depois empurrada para dentro da linha de
transporte do concreto.
Observações:
A receita da mistura lubrificante deve permitir que ela permaneça na linha de concreto
por um certo período de tempo. É recomendável usar retardadores como aditivo na mistura de
lubrificação. O tempo de permanência permitido da mistura lubrificante deve ser comunicado e
levado em consideração durante a operação do sistema.
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FATORES IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS AO DECIDIR
BOMBEAR O CONCRETO
Comunicação:
Acesso:
Área de Limpeza:
Deve-se providenciar uma área de lavagem para que as calhas de escoamento das
autobetoneiras sejam limpas e as bombas para concreto sejam lavadas, assim como os segmentos
da tubulação. Não se deve permitir que a água da lavagem escoe para o sistema de esgoto. A
limpeza e o correto descarte do concreto residual do equipamento e da linha de bombeio são
de responsabilidade do contratante. Se não houver lugar para jogar a água da lavagem, é preciso
preparar uma área ou tanque apropriado para futuro descarte. A máquina e a linha de bombeio
devem ser lavadas no final dos trabalhos ou nas interrupções da operação, que podem variar de
acordo com o tipo de concreto, a temperatura ambiente, e o tempo de descarga, sendo que tal
período não pode ser superior a 90 minutos.
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Outras Providências:
Segurança:
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CONEXÃO DA LINHA DE TUBULAÇÃO/BOMBEIO À BOMBA OU
AUTOBOMBA ESTACIONÁRIA DE CONCRETO.
Há duas maneiras normalmente utilizadas para conectar a tubulação à bomba de concreto. Cada
uma delas apresenta vantagens e desvantagens que detalhamos a seguir:
Tubo reto de DN 150 x 1,0 m + Tubo de Redução DN150 – DN 125 e tubulação normal DN 125.
Vantagens:
1. O fluxo do concreto através da tubulação é suave, sem qualquer turbulência, e o risco de bloqueio
ou entupimento é reduzido.
2. A potência ou pressão necessária para empurrar o concreto através de uma linha reta é menor
do que se o transporte se der através de uma curva.
Desvantagem:
A pressão estática resultante da carga vertical de concreto (peso do concreto) na linha é aplicada
diretamente na válvula do concreto. Em alturas de transporte superiores a 400 m, isso pode causar
pressões extremas na troca de posição da válvula.
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MÉTODO II
Curva 90o (R = 273 mm) DN 150 + Tubo reto 1,0 m. DN 150 + Curva 90 o (R= 273 mm) DN 150 +
Tubo de Redução DN 150 - DN 125.
Tipo I Tipo II
Vantagens:
1. Maior flexibilidade em torno da bomba e acesso mais fácil para dois caminhões betoneiras.
Desvantagens:
Para o bombeamento a longa distância (acima de 100 metros), tanto horizontal quanto
vertical, é muito importante que o equipamento de bombeio esteja montado a no mínimo 6 m de
distância da primeira curva, seja esta horizontal ou vertical; e essa primeira curva deve estar fixada
ou fundida em bloco de concreto com o intuito de eliminar qualquer movimentação da linha de
transporte / bombeio.
A linha de bombeamento vertical deve ser montada em furos ou shafts exclusivos, com
dimensões recomendadas de 200 mm. Não se recomenda a montagem em poços de elevadores,
pois esses não são adequados para a realização de manutenções na linha de bombeio.
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Não é recomendável utilizar sistemas flexíveis (mangotes) nas linhas de bombeio verticais
de 3 ou 5 polegadas. Em aplicações assim, devem ser usadas somente tubulações rígidas de aço
com acoplamentos e sistemas de fixações adequados.
As linhas de bombeio e transporte devem ser dispostas de modo a evitar empeno, curvas
acentuadas e danos durante a operação. Prenda as linhas de fornecimento horizontais de modo
que ainda seja possível abrir e fechar os acoplamentos.
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NA INSTALAÇÃO E MONTAGEM DAS LINHAS DE BOMBEIO É
PRECISO TOMAR OS SEGUINTES CUIDADOS:
Eliminar imperfeições nas conexões dos tubos, apoiando tubulações horizontais e verticais
para evitar cargas extras nas braçadeiras de tubos, e fixando curvas de 90o em suportes com pés
presos ao solo.
Mangueiras flexíveis não podem estar sujeitas a que outras estruturas ou equipamentos
passem por cima delas, nem sujeitas a curvas acentuadas que bloqueiem o fluxo do concreto.
Tubos de aço para as linhas de transporte e bombeio do concreto são fabricados em aço
carbono de alta resistência ao desgaste e sem costura. Tais tubos devem ser capazes de resistir ao
desgaste abrasivo e às altas pressões internas presentes nas linhas de transporte e bombeio do
concreto. 17
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As paredes dos tubos de aço quando novos têm as seguintes espessuras
e especificações técnicas:
DN 75 / 3”, esp. min. da parede 3,5 mm; pressão máx. trabalho de 75 Bar.
DN 125 / 5”, esp. min. da parede 4,5 mm; pressão máx. trabalho 110 Bar.
DN 125 / 5”, esp. min. da parede 7,1 mm; pressão máx. trabalho 160 Bar.
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MOVIMENTO DA LINHA DE TRANSPORTE E BOMBEIO
II - Instale uma mangueira de borracha com alma de aço de alta pressão entre a bomba de concreto
e a linha de tubulação.
As tubulações flexíveis (a saber, mangotes de borracha com tramas de aço) permitem fácil
manobrabilidade com pequenos raios de dobra, porém são menos resistentes a amassamento.
Assim, os cuidados no seu manuseio devem ser maiores do que no caso da tubulação rígida.
Elas são recomendadas para pequenos e médios trabalhos e para pressões de bombeio que não
excedam 75 bar.
Antes do bombeamento com mangotes deve-se fazer uma inspeção visual rigorosa das
mangueiras, tanto externa como internamente, para verificar a integridade das tramas de aço:
danos na parte interna podem causar entupimentos, e na externa podem causar acidentes na
operação. Também é importante inspecionar os espigões das flanges de acoplagem: se estiverem
com desgaste excessivo, a substituição deve ser imediata, pois sob pressão as mangueiras podem se
soltar e chicotear, causando graves acidentes. É recomendável que tubulações flexíveis disponham
igualmente de um sistema de rastreabilidade e controle do desgaste por abrasão.
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Abraçadeiras para tubulação de transporte e bombeio do concreto
ou flexíveis:
III - Sistema de abraçadeiras de engate rápido com cunha, recomendado para linhas horizontais ou
verticais de baixa, média, ou alta pressão. Características principais: menos econômicos, apropriados
para qualquer pressão, e melhor trabalhabilidade de montagem e desmontagem.
Devem ser fabricadas em aço fundido e alta resistência e nunca em ferro fundido, pois no
caso de acidente com abraçadeiras de ferro fundido, esta se estilhaça causando acidentes fatais.
Não devem ser usadas abraçadeiras que não tenham pinos de travamento;
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FIXAÇÃO DA TUBULAÇÃO DE TRANSPORTE E BOMBEIO
(ELEMENTOS DE FIXAÇÃO)
A fixação segura da linha de concreto é importante para a operação segura do sistema. Utilize
elementos de fixação confiáveis. É recomendável usar os seguintes elementos de fixação,
projetados e adequados a cada necessidade:
Fixação standard de linha de piso (seção horizontal): com um pino U, perfil “duplo T”,
a cada 3 metros de tubo.
Fixação de linha de piso (seção horizontal) em áreas de picos de força:com dois pinos U
(por exemplo: tubos posicionados diretamente após a bomba estacionária de concreto)
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Elementos de fixação para seção vertical de linha de transporte e bombeamento
do concreto:
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PREVENÇÃO DE BLOQUEIOS OU ENTUPIMENTOS DAS LINHAS DE
TRANSPORTE OU BOMBEIO DO CONCRETO
O problema mais comum de cálculo do traço é o concreto que não retém a água na mistura.
A água do concreto pode enxugar devido a uma areia mal classificada, que permite que a água
saia através de pequenos canais formados pelos vazios na areia; outro problema é se o concreto
estiver muito molhado. Para que a fluidez permaneça constante e estável, sem entupimento na
linha de bombeio, é importante que o teor de argamassa do concreto bombeado por tubulação
rígida ou flexível esteja acima de 0,55.
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II - PROBLEMAS COM A LINHA DE TRANSPORTE OU BOMBEIO
O sistema de bombeamento deve passar por uma avaliação completa antes de o trabalho ser
realizado. O sistema precisa estar bem dimensionado: a capacidade da bomba e a potência do
motor devem ser adequados para mover o concreto por toda a extensão da tubulação. Tubos mal
limpos podem causar bloqueio devido à aderência de concreto velho, provocando exsudação e
segregação.
Outro ponto a ser observado são as curvas: um número excessivo de curvas, assim como curvas
muito curtas ou muito acentuadas aumentam a pressão de bombeamento do concreto. Variações
no diâmetro da tubulação (por exemplo, quando um diâmetro maior é acoplado a um menor)
podem causar bloqueios ou encalhamento de pedras, pois o concreto não fluirá com tanta
presteza através dos tubos de diâmetro menor. Por esse motivo, linhas de redução mais longas
ajudam a prevenir bloqueios.
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III - ERROS NA OPERAÇÃO
o sistema de bombeamento. Operadores devem saber ajustar cada trabalho para que tubos ou
mangueiras só precisem ser removidos, e não adicionados.
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LIMPEZA DA LINHA DE TRANSPORTE E BOMBEIO
A limpeza da linha de transporte é um trabalho em equipe. Em geral há duas possibilidades de se
limpar uma linha de fornecimento em um canteiro de obras com linha de transporte e bombeio de
grandes distâncias:
I - Limpeza com ar comprimido de cima até em baixo, ou do ponto de descarga até a bomba.
II - Limpeza com água bombeando de baixo até em cima, ou da bomba até o ponto de descarga.
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É recomendável instalar um dispositivo de
coleta da bola de limpeza na extremidade
inferior da linha de concreto (estando a
linha de concreto instalada nas saídas de
limpeza da válvula de derivação dupla).
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Fase III – Sistemas para distribuição do concreto: manual ou mecanizado com
mastros para distribuição
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SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MECANIZADA DO CONCRETO
I - AUTOBOMBAS DE CONCRETO COM MASTRO DE DISTRIBUIÇÃO
Autobombas são bombas de concreto montadas sobre caminhões com mastros hidráulicos
articulados para efetuar a distribuição do concreto. Também chamadas de bombas-lanças, as
autobombas disponíveis no Brasil normalmente são utilizadas em obras de médio e grande
porte, com alcances verticais que vão de 17 a 63 metros. Elas apresentam grande produtividade
em distribuições de concreto na horizontal e vertical, e excelente mobilidade. Além disso,
necessitam de pouca mão de obra – praticamente o operador da bomba de concreto e um
distribuidor na ponta do mangote que normalmente é fornecido pelo construtor ou contratante.
A desvantagem é que são equipamentos pesados e de grande porte, por isso é preciso
disponibilizar, no canteiro de obras, áreas compatíveis com o tamanho do caminhão-lança,
além de abertura de estabilização para uma operação segura. Tais bombas não podem ser
operadas na proximidade de redes elétricas: é preciso no mínimo 5 metros de distância, e
cuidados especiais com bueiros ou buracos para a estabilização do equipamento. No final da
lança é acoplado um mangote de distribuição de 3 ou 4 metros. Por questões de segurança,
não se recomenda nem se autoriza o uso de mangotes maiores do que os informados pelos
fabricantes. Também não se autoriza o acoplamento de tubulações na ponta do mangote. O
operador deve ser qualificado e certificado para operar esse equipamento.
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II - MASTROS MECÂNICOS PARA DISTRIBUIÇÃO DO CONCRETO (SPIDER)
O sistema de distribuição de concreto com utilização de mastro mecânico, também conhecido como
spider, foi idealizado para auxiliar e agilizar a distribuição de concreto em lajes e pisos industriais,
onde não existam arranques de ferragens para a construção de pilares. Esse equipamento somente
é recomendado para distribuições horizontais de concreto, e não verticais como vigas e pilares.
São equipamentos simples, compostos basicamente de dois braços: um articulado e outro que
é a própria tubulação de concreto para distribuição. Eles funcionam basicamente como dois
braços pantográficos, operados manualmente por dois ou três operadores. São leves, e não têm
sofisticação hidráulica e nem elétrica.
Funcionam muito bem na complementação da concretagem de grandes lajes, pois podem ser
acoplados ao mastro de distribuição das bombas-lança ou mesmo aos mastros hidráulicos de
distribuição através de mangote flexível de acoplamento duplo. Normalmente estão disponíveis
no mercado brasileiro com dimensões de 12 a 18 metros de raio de alcance.
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III - MASTROS HIDRÁULICOS PARA DISTRIBUIÇÃO DO CONCRETO
O resultado é uma distribuição sistemática de concreto a velocidades confiáveis, e até 50 por cento
maiores do que as atingidas com outros métodos.
A mão de obra exigida é mínima – uma pessoa opera o mastro de distribuição para colocar o
concreto em formas de paredes, colunas e decks. Como a colocação é precisa, demanda menos
tempo de raspagem de sobras e de acabamento. O fluxo contínuo também resulta em um concreto
de melhor qualidade.
Há ainda uma economia adicional de tempo pelo fato de a grua ficar livre para realizar outras
operações de levantamento na obra.
O mastro de distribuição é usado em pátios de obra para liberar o guindaste das operações de
concretagem.
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Há necessidade de total supervisão durante as operações; o supervisor deve ser uma pessoa
experiente na função.
Devem ser usados sistemas completos de inspeção abrangente para monitorar tanto a instalação
quanto a colocação da máquina em funcionamento.
É preciso observar as condições da máquina na obra. Inspeções regulares devem ser feitas por
pessoa competente, com relatórios guardados no arquivo de segurança.
Se o mastro for usado com seu próprio gerador, o tamanho recomendado é 75 kVA.
Segurança é um fator obrigatório e, para isso, todo o pessoal de montagem deve ser treinado e
certificado para a instalação segura e correta de mastros de distribuição.
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RESPONSABILIDADES E PLANEJAMENTO DO SERVIÇO DE BOMBEAMENTO DO
CONCRETO NA OBRA
É PRECISO:
Determinar o volume bombeado, as distâncias horizontais e verticais, assim como a vazão por
hora: são informações necessárias na contratação e dimensionamento do serviço de bombeamento
do concreto.
Verificar o acesso à obra para a movimentação dos caminhões de concreto e bomba no canteiro,
a segurança do patolamento, e a estabilização completa e segura do equipamento.
Preparar a nata de lubrificação da bomba e linha de transporte e bombeio do concreto com areia
fina e cimento ou somente com cimento/água.
Programar o horário de almoço dos operadores, com local e condições mínimas de higiene,
incluindo banheiro.
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SEGURANÇA, EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO, CERTIFICAÇÃO DOS
OPERADORES E OPERAÇÃO SEGURA
Cuidados básicos, equipamento de proteção individual (EPIS de segurança) para operação dos
equipamentos de bombeamento, linha de transporte/bombeio e mastros para distribuição do
concreto
É importante que o operador descanse e durma bem para trabalhar no dia seguinte, e não consuma
bebidas alcoólicas ou drogas que possam prejudicar a atenção e o cuidado durante a operação
do equipamento. Acidentes podem ocorrer quando a mente está num lugar e o corpo noutro. As
roupas devem ser adequadas para a operação.
A seguir, EPIS de segurança indispensáveis para uma operação segura no serviço de bombeamento:
Capacete de segurança;
Luvas de proteção;
Protetor auricular;
Colete refletivo;
Não se deve usar joias, relógios, sandálias ou qualquer tipo de roupa curta quando se está operando
os equipamentos para bombeamento e distribuição do concreto, ou quando se está bombeando
o concreto.
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CERTIFICAÇÃO DO OPERADOR DO EQUIPAMENTO PARA
BOMBEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO CONCRETO
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Plano preventivo do equipamento para bombeamento do concreto e certificação de
qualidade estrutural dos mastros para distribuição do concreto
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A estabilização das autobombas de concreto com mastro de distribuição tem que ser
realizada em terrenos consistentes, compactados e seguros, e muito cuidado deve ser tomado
em relação a tubulações subterrâneas, taludes ou bueiros. A área para estabilização deve estar
completamente livre e aberta para que se possa fazer a abertura segura de todos as patolas de
estabilização. Se houver possibilidade, optar pelo bombeio estacionário
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Os mastros para a distribuição de concreto das bombas-lança são fabricados em aço
flexível, de alta resistência e baixo peso. Assim sendo, em hipótese alguma se deve conectar
tubulação rígida na ponta da lança. O equipamento mais recomendável para bombeamentos
a grandes distâncias horizontais ou verticais são as bombas e autobombas estacionárias, com
montagem de tubulações rígidas ou flexíveis.
Utilizar mangotes não especificados pelos fabricantes (a saber, com tramas de aço e
comprimentos maiores do que o recomendado) pode ocasionar dobras, obstruindo a passagem
do concreto e causando acidentes graves.
Abrir uma tubulação de concreto sob pressão pode causar grave acidente. Nunca abra
tubulações sob pressão.
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DICAS DE PRODUTIVIDADE, ECONOMIA E EFICIÊNCIA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
O sistema de remuneração pelo serviço de bombeamento de concreto no Brasil é atualmente
feito por volume (m³), o que contribui diretamente para a baixa produtividade da obra. Como não leva
em consideração a presteza, esse sistema é incapaz de definir claramente o culpado por atrasos ou
ineficiência (se é a construtora, a empresa de bombeamento ou concreteira), o que acaba onerando o
custo de tais operações. Por isso, o sistema de remuneração por período/ hora manhã, tarde ou noite,
com valores já definidos (adotado na maior parte do mundo), é o que melhor se adapta ao objetivo de
produtividade no canteiro de obras, pois deixa às claras qual é a empresa improdutiva, penalizando-a.
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A colocação do concreto através de bombeamento por linha de bombeio e transporte
com mastros de distribuição deve ser planejada com antecedência, de preferência durante
o projeto da obra, por profissionais qualificados e com experiência nesta aplicação. Essa
iniciativa produz benefícios imediatos que se revertem a todos os envolvidos na operação
– concreteiras, empresas especializadas no bombeamento do concreto, e principalmente o
construtor – gerando diretamente economia de custo, tempo, qualidade e segurança.
REFERÊNCIAS/ BIBLIOGRAFIA
SCHWING AMERICA INC.
Safety Manual and Segurance
www.schwing.com
5900 Centerville Road
White Bear, MN 55127 - USA
Ph: 651 429 0999
Fax: 651 429 3464
CONSTRUCTION FORMS
Selección y Uso de Sistemas para el Bombeo de Concreto
www.conforms.com
1325 South Park Street.
P.O. Box, 588
Port Washington, WI - USA
Ph: 414 268 6801
Fax: 414 268 1946
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MEMBROS DO GRUPO DE TRABALHO DA ABESC RESPONSÁVEIS
PELA ELABORAÇÃO DESTE MANUAL
Dedicamos este manual ao nosso mestre e amigo Arcindo Vaquero y Mayor, que com
sua experiência, sabedoria e humildade contribuiu tecnicamente para sua elaboração.
Arcindo será lembrado por todos nós da indústria do concreto e da construção civil
pela sua alegria, amizade e prazer em ensinar. Utilize este documento com sabedoria.
M A N U A L P A R A B O M B E A M E N TO E D I S T R I B U I Ç Ã O C O N C R E T O
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AV. Brigadeiro Faria Lima, 2894 - 7º andar - cj. 71 / 72
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