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VOTO
II
Da irretroatividade da lei penal prejudicial ao acusado e da
aplicabilidade do princípio da extraterritorialidade da lei penal
brasileira
III
Da alegada violação do devido processo legal e do Tratado Bilateral
entre Brasil e Itália
Finalmente, o impetrante alega a existência de violação do devido
processo legal na Itália e inobservância do Tratado Bilateral de Extradição
firmado entre os dois países.
No caso dos autos, o Superior Tribunal de Justiça esclareceu que o
paciente Robson de Souza não foi julgado à revelia na Itália, o que seria
incompatível com normas processuais penais brasileiras de ordem
pública.
Ao contrário, o paciente constituiu seu advogado de confiança para
representá-lo nos autos do processo criminal que tramitou na Itália e teve
direito de exercer a ampla defesa e o contraditório, com todos os meios e
recursos defesa disponíveis, até o trânsito em julgado da condenação.
Relativamente à alegação de que o paciente, por ser brasileiro, não
teria sido submetido a um processo justo, não há fundamentos mínimos a
amparar o argumento, sendo certo que o Estado brasileiro mantém
relações diplomáticas com a Itália e deve cumprir os compromissos
internacionais assumidos, com o devido respeito recíproco entre as
instituições dos dois países.
O impetrante sustenta, por fim, a existência de norma, no Tratado
Bilateral entre Brasil e Itália, que vedaria a medida de execução de
condenações.
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IV
DO AGRAVO REGIMENTAL E DO HC 239.238
Em sede de agravo regimental, o agravante, a par de reiterar os
fundamentos lançados na petição inicial, sustentou que a decisão que
indeferiu o pedido de liminar teria desbordado os fundamentos da
petição inicial e tratado de temas que não teriam sido objeto de
questionamento. Afirma que “O writ deduzido limitou-se à questão da prisão
para o cumprimento da pena sem o trânsito em julgado, em face dos acórdãos
desse colendo Supremo Tribunal Federal relativos às ADC’s 43, 44 e 54, que
proclamaram ser o trânsito em julgado condição sine qua non para a efetivação
da prisão.”
Com o devido respeito à insurgência defensiva, o recurso não
merece provimento.
Com efeito, na petição inicial, o Impetrante sustentou que “o tema
envolve debate de relevantes temas constitucionais, como o tema da não
possibilidade de extradição do cidadão brasileiro nato, fora dos casos de tráfico de
entorpecentes (art. 5º, LI), não retroação da lei penal mais gravosa (art. 5º, XL) e
falta de observância do devido processo legal”.
Prosseguiu, ainda, a inicial do HC 239.162, nos seguintes termos:
Sustentou-se na defesa do paciente que (doc. 2):
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ARTIGO 1
Objeto da Cooperação
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