Trabalho Análise Projeto Político Pedagógico (1)
Trabalho Análise Projeto Político Pedagógico (1)
Trabalho Análise Projeto Político Pedagógico (1)
ALUNOS (A):
JESSIKA CRISTINA RODRIGUES - 22152015
PAMELA DA SILVA CUNHA - 22152013
RAQUEL JOAQUIM FAUSTINO - 22152018
Este documento é para uso interno e exclusivo da AEDB. Não deve ser copiado, distribuído ou reproduzido a terceiros. Versão: 02_2018
SEMESTRE: 6° DISCIPLINA: Projeto Político Pedagógico
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SEMESTRE: 6° DISCIPLINA: Projeto Político Pedagógico
democrática. São estes: Marco Situacional ( está relacionado à identidade da escola, refletindo
suas características gerais e regularizando-a como um processo dinâmico e em constante
transformação.), Marco Conceitual ( refere-se à base teórica que orienta a escola, expressando os
princípios e valores que fundamentam suas práticas e o que ela almeja alcançar como instituição
educativa.) e Marco Operacional (respeito às ações concretas da instituição, detalhando como o
projeto está sendo implementado na prática, envolvendo as estratégias, metodologias e recursos
utilizados para alcançar os objetivos estabelecidos).
Ao tratarmos do Marco Situacional do PPP em questão, compreendemos que a instituição
contempla esta dimensão, uma vez que o documento explicita as características da comunidade
e as problemáticas que a envolvem. Além disso, o PPP destaca o perfil das famílias e a sua relação
com o processo educativo, evidenciando questões como as condições socioeconômicas, as
configurações familiares e os desafios que impactam diretamente a vivência escolar. Essa
abordagem inicial demonstra uma tentativa de alinhar o trabalho pedagógico às realidades e
necessidades do contexto social em que a escola está inserida, o que é fundamental para a
construção de um projeto significativo e adequado à comunidade atendida. No entanto,
observamos que há espaço para maior detalhamento em alguns pontos, como a integração entre
os diferentes segmentos da comunidade escolar e a abordagem prática de alguns valores e metas
elencados.
Além do mais, o PPP apresenta elementos que ajudam a compreender o contexto da
instituição, tais como sua historicidade, os ambientes escolares, o perfil das famílias atendidas e
algumas considerações gerais sobre a educação infantil. No entanto, ao abordar os sujeitos que
compõem a escola, o documento foca majoritariamente em agentes como professores, gestores e
responsáveis, deixando pouco detalhadas as características dos alunos, que são centrais no
processo educativo. A ausência de uma descrição mais aprofundada das especificidades dos
alunos, como suas diversidades culturais, necessidades educacionais e vivências particulares,
limita a compreensão integral do contexto escolar.
Além disso, o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da EMEI Carolina Maria de Jesus
apresenta algumas potencialidades e também fragilidades da instituição, o que nos mostra que
uma instituição pode não ser perfeita, mas precisa oferecer qualidade aos estudantes, professores
e toda a comunidade escolar. Assim, dentre as potencialidades destacam-se a estrutura física, que
inclui parque de areia, parque com grama sintética, salas de leitura e jogos pedagógicos e um
ateliê ao ar livre. A escola também apresenta questões como acessibilidade, onde percebemos
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que garante rampas e um elevador. No mais, a escola assegura nos dizeres de seu PPP, promover
uma gestão democrática, com forte integração da comunidade e das famílias.
No entanto, também aponta fragilidades que demandam atenção. Entre elas estão
problemas de infraestrutura, como infiltrações e a necessidade de reorganização de espaços; a
comunicação com as famílias, marcada pela baixa participação em eventos; dificuldades na
inclusão (devido ao atendimento lento e à necessidade de maior formação em educação especial),
entre outras urgências, como a de formar professores e gestores reflexivos e críticos, com uma
sólida base inicial e continuada, para que atuem de forma construtiva diante das demandas da
sociedade e dos desafios da escola pública atual.
Neste sentido, acreditamos que ao reconhecer as fragilidades, a escola se preocupa com
as mesmas e esclarecem que essas fragilidades devem ser trabalhadas como áreas prioritárias
para melhorias na gestão e na integração com a comunidade, promovendo avanços significativos
em direção a uma educação mais inclusiva e de qualidade.
O Marco Conceitual também é uma dimensão contemplada pelo PPP apresentado, uma
vez que o documento esclarece que suas intenções estão alinhadas à Orientação Normativa nº 01:
Avaliação na Educação Infantil: aprimorando os olhares – SME/DOT, 2013. Contudo, ao
tratarmos de fundamentação teórica propriamente dita, no que diz respeito a autores e correntes
pedagógicas, o PPP não apresenta com clareza quais referências acadêmicas ou teóricas embasam
as escolhas e práticas pedagógicas. Essa ausência pode comprometer a compreensão mais
aprofundada dos princípios e das diretrizes que orientam o trabalho educacional da instituição,
sendo insuficiente em termos de aspectos teórico que fundamentam e legitimam suas decisões e
práticas.
E ao direcionarmos nossa atenção para o aspecto mais essencial da instituição escolar –
as crianças e os alunos, podemos contemplar no PPP analisado alguns dizeres sobre a concepção
de criança, infância e consecutivamente de professor. Assim, as concepções de crianças e
infâncias partem de um pressuposto de construção social, seres históricos e culturalmente ativos,
vistos como ativo e participativos. Entendemos que estes estão constantemente construindo
relações, em um processo de aprender e ensinar. A infância, neste sentido, não é apenas uma
etapa preparatória para a vida adulta, mas um período valioso para si mesmo, repleto de
significados, potencialidades e descobertas.
Desta forma, ao falarmos do professor, o documento nos diz que este atua como
“observador participante , cuja ação (que traz sempre uma intencionalidade) possibilita que as
crianças construam culturas infantis”. Entendemos, portanto, que nesta instituição os educadores
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deverão adotar em suas práticas uma escuta ativa, compreendendo os interesses, as necessidades
e os contextos de seus alunos.
Ao tratarmos de avaliação, uma das grandes discussões que temos neste período no curso,
podemos compreender no documento, suas impressões e concepções acerca dela. Assim, o
explicita que a avaliação é como um elo, ou seja, um vínculo entre prática cotidiana vivenciada
pelas crianças e o planejamento do educador, acontecendo de forma processual, mediante
acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção.
Ademais, a escola diz que a avaliação não acontece de forma classificatória, deste modo,
compreendemos que estão preocupados com a aprendizagem dos alunos, pensando não apenas
nas produções, mas nos processos e os desdobramentos que aconteceram nele. Portanto, ao
alinharmos o que discutimos anteriormente (as concepções e os Marcos apresentados),
compreendemos que existe um alinhamento com o que se diz e o se faz (relação teoria e prática).
Diante de todas as considerações, compreende-se que o Projeto Político-Pedagógico
(PPP) da Escola Municipal de Educação Infantil Carolina Maria de Jesus apresenta elementos
que demonstram esforço em alinhar a teoria à prática educativa, considerando o contexto local e
promovendo uma gestão democrática, apresentando potencial significativo como instrumento de
transformação educacional. No entanto, para cumprir plenamente sua função política e
pedagógica, é necessário aprofundar sua fundamentação teórica e reforçar a centralidade dos
alunos como sujeitos do processo educativo.
Com essas adequações, apontadas pelo próprio documento, as práticas poderão se
consolidar como uma ferramenta eficaz para a melhoria da qualidade da educação na instituição.
Por isso, Veiga (2006) afirma que “Um PPP sem fundamentação teórica explícita torna-se
vulnerável, perdendo a conexão com as práticas reflexivas necessárias para enfrentar os desafios
do cotidiano escolar."
Portanto, é imprescindível que o documento seja continuamente revisto e melhorado
num processo de envolvimento e reflexão. A incorporação de uma base teórica mais forte, aliada
à prática de ensino e às realidades dos alunos, aumentará a capacidade do PPP de orientar a ação
e alcançar uma educação de alta qualidade e socialmente comprometida. Além disso, ao colocar
os alunos no centro do processo educativo, a escola reafirma o seu compromisso com uma
educação humana que respeite a singularidade e a origem cultural das crianças.
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REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 72. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.
VEIGA, Ilma Passos da (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.
Campinas: Papirus, 1998. p. 11-35.
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