Trabalho Análise Projeto Político Pedagógico (1)

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I.

Dados dos Alunos

ALUNOS (A):
JESSIKA CRISTINA RODRIGUES - 22152015
PAMELA DA SILVA CUNHA - 22152013
RAQUEL JOAQUIM FAUSTINO - 22152018

II. Dados da Avaliação

Ano: 2024 Avaliação:AV2 Observação:


Curso: PEDAGOGIA Turma: 6/8º períodos
Disciplina: PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO
Professor: WALLACE SANTANA UD:
Data da realização: Duração:

Fontes de consulta: Sim (x) Não ( )

Composição da avaliação (a soma deve ser 100%):


• Prova formal:
• Trabalho individual ou em grupo: (100%)
• Atividades na plataforma Moodle:

Objetivos da Unidade Didática (UD) avaliada:


1. Refletir sobre o processo avaliativo no contexto da educação básica;
2. Identificar a necessidade da mudança em relação à avaliação;
3. Associar as questões teóricas com a legislação vigente;
4. Construir conceitos relacionados à avaliação formativa alternativa.

III. Grau da prova formal


Nota Nota por extenso Rubrica
Após correção
Após revisão

IV. Instruções Gerais:


• O item I deve ser preenchido pelo aluno que deverá ler, conferir e assinar todas as folhas antes do início da
realização da prova.
• O item II deve ser preenchido pelo professor na montagem da prova.
• O item III deve ser preenchido pelo professor após a correção da prova e após revisão da nota, se houver.
• As provas e os trabalhos corrigidos deverão ser entregues na secretaria geral, junto com a folha de notas
assinada pelo professor (pode ser impressa no próprio portal acadêmico).

Este documento é para uso interno e exclusivo da AEDB. Não deve ser copiado, distribuído ou reproduzido a terceiros. Versão: 02_2018
SEMESTRE: 6° DISCIPLINA: Projeto Político Pedagógico

MATRÍCULA: 22152018 NOME DO ALUNO: - JESSIKA CRISTINA RODRIGUES, PAMELA DA SILVA


CUNHA E RAQUEL JOAQUIM FAUSTINO

ANÁLISE E REFLEXÃO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Quando tratamos da educação, entendemos que ela é o pontapé inicial para a


transformação da sociedade, e quando voltamos nosso olhar para a instituição escola, é de nosso
conhecimento que ela desempenha um papel central no processo de transformação social, no
entanto, sozinha, não resolverá os problemas estruturais da sociedade. É preciso alinhar a teoria
e prática, para que não apenas falemos, mas façamos educação. Freire (1970), afirma que “a
teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto,
quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da
realidade.”
Neste sentido, o Projeto Político Pedagógico é um documento que ultrapassa a mera
organização de planos de ensino, finalidades e funções dentro de uma instituição. Não se trata de
um documento elaborado para ser arquivado ou enviado às autoridades educacionais como
simples formalidade burocrática. Ao contrário, ele é continuamente construído e vivenciado em
todos os momentos, envolvendo ativamente todos os participantes do processo educativo da
escola.
Como cita Ilma Passos, professora e pesquisadora, “o PPP é uma ferramenta para
enfrentar as desigualdades e contradições presentes no processo educativo, principalmente nas
escolas públicas, onde as disparidades em relação às escolas privadas são mais evidentes.” Este
documento deve ser pensado e posto em prática a fim de que tenha como pressuposto o
conhecimento do contexto social e das realidades dos alunos e da comunidade.
Diante disso, a Escola Municipal de Educação Infantil - Carolina Maria de Jesus,
localizada no Distrito Rio Pequeno em São Paulo, apresenta seu “Projeto Pedagógico” (2015),
com alguns dizeres indispensáveis para a organização de uma instituição. E neste momento de
leitura, compreendemos que de forma geral, cumpre seus requisitos enquanto documento político
e pedagógico de uma instituição de ensino, uma vez que este está diretamente ligado à
estruturação do trabalho pedagógico, pensando na organização da escola em sua totalidade. Além
do mais, trata de aspectos importantes para a estruturação documental de uma instituição,
contemplando objetivos educacionais, princípios que orientam as práticas pedagógicas e
elementos que conectam a escola à sua comunidade.
O Projeto Político Pedagógico não é estruturado baseado em achismos, existem “Marcos”
fundamentais para organizar e garantir que a estruturação do documento aconteça de forma

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democrática. São estes: Marco Situacional ( está relacionado à identidade da escola, refletindo
suas características gerais e regularizando-a como um processo dinâmico e em constante
transformação.), Marco Conceitual ( refere-se à base teórica que orienta a escola, expressando os
princípios e valores que fundamentam suas práticas e o que ela almeja alcançar como instituição
educativa.) e Marco Operacional (respeito às ações concretas da instituição, detalhando como o
projeto está sendo implementado na prática, envolvendo as estratégias, metodologias e recursos
utilizados para alcançar os objetivos estabelecidos).
Ao tratarmos do Marco Situacional do PPP em questão, compreendemos que a instituição
contempla esta dimensão, uma vez que o documento explicita as características da comunidade
e as problemáticas que a envolvem. Além disso, o PPP destaca o perfil das famílias e a sua relação
com o processo educativo, evidenciando questões como as condições socioeconômicas, as
configurações familiares e os desafios que impactam diretamente a vivência escolar. Essa
abordagem inicial demonstra uma tentativa de alinhar o trabalho pedagógico às realidades e
necessidades do contexto social em que a escola está inserida, o que é fundamental para a
construção de um projeto significativo e adequado à comunidade atendida. No entanto,
observamos que há espaço para maior detalhamento em alguns pontos, como a integração entre
os diferentes segmentos da comunidade escolar e a abordagem prática de alguns valores e metas
elencados.
Além do mais, o PPP apresenta elementos que ajudam a compreender o contexto da
instituição, tais como sua historicidade, os ambientes escolares, o perfil das famílias atendidas e
algumas considerações gerais sobre a educação infantil. No entanto, ao abordar os sujeitos que
compõem a escola, o documento foca majoritariamente em agentes como professores, gestores e
responsáveis, deixando pouco detalhadas as características dos alunos, que são centrais no
processo educativo. A ausência de uma descrição mais aprofundada das especificidades dos
alunos, como suas diversidades culturais, necessidades educacionais e vivências particulares,
limita a compreensão integral do contexto escolar.
Além disso, o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da EMEI Carolina Maria de Jesus
apresenta algumas potencialidades e também fragilidades da instituição, o que nos mostra que
uma instituição pode não ser perfeita, mas precisa oferecer qualidade aos estudantes, professores
e toda a comunidade escolar. Assim, dentre as potencialidades destacam-se a estrutura física, que
inclui parque de areia, parque com grama sintética, salas de leitura e jogos pedagógicos e um
ateliê ao ar livre. A escola também apresenta questões como acessibilidade, onde percebemos

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que garante rampas e um elevador. No mais, a escola assegura nos dizeres de seu PPP, promover
uma gestão democrática, com forte integração da comunidade e das famílias.
No entanto, também aponta fragilidades que demandam atenção. Entre elas estão
problemas de infraestrutura, como infiltrações e a necessidade de reorganização de espaços; a
comunicação com as famílias, marcada pela baixa participação em eventos; dificuldades na
inclusão (devido ao atendimento lento e à necessidade de maior formação em educação especial),
entre outras urgências, como a de formar professores e gestores reflexivos e críticos, com uma
sólida base inicial e continuada, para que atuem de forma construtiva diante das demandas da
sociedade e dos desafios da escola pública atual.
Neste sentido, acreditamos que ao reconhecer as fragilidades, a escola se preocupa com
as mesmas e esclarecem que essas fragilidades devem ser trabalhadas como áreas prioritárias
para melhorias na gestão e na integração com a comunidade, promovendo avanços significativos
em direção a uma educação mais inclusiva e de qualidade.
O Marco Conceitual também é uma dimensão contemplada pelo PPP apresentado, uma
vez que o documento esclarece que suas intenções estão alinhadas à Orientação Normativa nº 01:
Avaliação na Educação Infantil: aprimorando os olhares – SME/DOT, 2013. Contudo, ao
tratarmos de fundamentação teórica propriamente dita, no que diz respeito a autores e correntes
pedagógicas, o PPP não apresenta com clareza quais referências acadêmicas ou teóricas embasam
as escolhas e práticas pedagógicas. Essa ausência pode comprometer a compreensão mais
aprofundada dos princípios e das diretrizes que orientam o trabalho educacional da instituição,
sendo insuficiente em termos de aspectos teórico que fundamentam e legitimam suas decisões e
práticas.
E ao direcionarmos nossa atenção para o aspecto mais essencial da instituição escolar –
as crianças e os alunos, podemos contemplar no PPP analisado alguns dizeres sobre a concepção
de criança, infância e consecutivamente de professor. Assim, as concepções de crianças e
infâncias partem de um pressuposto de construção social, seres históricos e culturalmente ativos,
vistos como ativo e participativos. Entendemos que estes estão constantemente construindo
relações, em um processo de aprender e ensinar. A infância, neste sentido, não é apenas uma
etapa preparatória para a vida adulta, mas um período valioso para si mesmo, repleto de
significados, potencialidades e descobertas.
Desta forma, ao falarmos do professor, o documento nos diz que este atua como
“observador participante , cuja ação (que traz sempre uma intencionalidade) possibilita que as
crianças construam culturas infantis”. Entendemos, portanto, que nesta instituição os educadores

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deverão adotar em suas práticas uma escuta ativa, compreendendo os interesses, as necessidades
e os contextos de seus alunos.
Ao tratarmos de avaliação, uma das grandes discussões que temos neste período no curso,
podemos compreender no documento, suas impressões e concepções acerca dela. Assim, o
explicita que a avaliação é como um elo, ou seja, um vínculo entre prática cotidiana vivenciada
pelas crianças e o planejamento do educador, acontecendo de forma processual, mediante
acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção.
Ademais, a escola diz que a avaliação não acontece de forma classificatória, deste modo,
compreendemos que estão preocupados com a aprendizagem dos alunos, pensando não apenas
nas produções, mas nos processos e os desdobramentos que aconteceram nele. Portanto, ao
alinharmos o que discutimos anteriormente (as concepções e os Marcos apresentados),
compreendemos que existe um alinhamento com o que se diz e o se faz (relação teoria e prática).
Diante de todas as considerações, compreende-se que o Projeto Político-Pedagógico
(PPP) da Escola Municipal de Educação Infantil Carolina Maria de Jesus apresenta elementos
que demonstram esforço em alinhar a teoria à prática educativa, considerando o contexto local e
promovendo uma gestão democrática, apresentando potencial significativo como instrumento de
transformação educacional. No entanto, para cumprir plenamente sua função política e
pedagógica, é necessário aprofundar sua fundamentação teórica e reforçar a centralidade dos
alunos como sujeitos do processo educativo.
Com essas adequações, apontadas pelo próprio documento, as práticas poderão se
consolidar como uma ferramenta eficaz para a melhoria da qualidade da educação na instituição.
Por isso, Veiga (2006) afirma que “Um PPP sem fundamentação teórica explícita torna-se
vulnerável, perdendo a conexão com as práticas reflexivas necessárias para enfrentar os desafios
do cotidiano escolar."
Portanto, é imprescindível que o documento seja continuamente revisto e melhorado
num processo de envolvimento e reflexão. A incorporação de uma base teórica mais forte, aliada
à prática de ensino e às realidades dos alunos, aumentará a capacidade do PPP de orientar a ação
e alcançar uma educação de alta qualidade e socialmente comprometida. Além disso, ao colocar
os alunos no centro do processo educativo, a escola reafirma o seu compromisso com uma
educação humana que respeite a singularidade e a origem cultural das crianças.

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REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 72. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.

GARCIA, L. T. S.; QUEIROZ, M. A. Embates pedagógicos e organizacionais nas políticas de


educação. Natal: Ed. da UFRN, 2009.

VEIGA, I. P. A. (Org.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 10. ed. Campinas:


Papirus, 2006. p. 8-32.

VEIGA, Ilma Passos da (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.
Campinas: Papirus, 1998. p. 11-35.

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