marciano_montelo_maranhão_monteiro
marciano_montelo_maranhão_monteiro
marciano_montelo_maranhão_monteiro
São Paulo
2023
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CENTRO DE ALTOS ESTUDOS DE SEGURANÇA (CAES)
“CEL PM NELSON FREIRE TERRA”
SÃO PAULO
2023
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CENTRO DE ALTOS ESTUDOS DE SEGURANÇA (CAES)
“CEL PM NELSON FREIRE TERRA”
__________________________________________________
Coronel PM Wélere Gomes Barbosa
Doutora em Educação Física – UnB
__________________________________________________
Coronel PM Paulo Augusto Leite Motooka
Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública – CAES
__________________________________________________
Ten Cel PM Enio Antonio de Almeida
Doutor em Educação – UNICAMP
__________________________________________________
Ten Cel PM Rinaldo de Araújo Monteiro
Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública – CAES
__________________________________________________
Ten Cel PM Angelo Augusto Freitas de Souza
Doutor em Administração – USP
Dedico este trabalho a Deus, sem Ele nada é possível realizar; ao meu pai,
pelo exemplo e por tudo que fez por mim; a minha mãe, pelo seu amor e toda sua
dedicação incondicional; a minha esposa e meu filho, pela compreensão e apoio,
tornando todos os propósitos viáveis de serem realizados e a missão mais fácil de
executar.
AGRADECIMENTOS
A Deus, a Ele toda honra e toda glória, por me permitir mais esta
oportunidade de aprimoramento intelectual e moral.
A minha orientadora, Cel QOPM Wélere Gomes Barbosa, por ter aceitado o
convite para me orientar.
Aos membros da banca examinadora, Coronel PM Paulo Augusto Leite
Motooka, Ten Cel Enio Antonio de Almeida, Ten Cel Rinaldo de Araújo Monteiro e
Ten Cel Angelo Augusto Freitas de Souza, por terem contribuído com este trabalho.
“Tudo vale a pena, se a alma não é pequena” (PESSOA, 1993, p. 13).
RESUMO
This thesis as a research of police science deals with the operationalization of rural
policing in the Military Police of the State of Tocantins. For this gentleman, the
problem of this investigation is how rural policing is being operationalized in the
PMTO and what are the demands for the improvement of this modality of police
action in the State of Tocantins? To arrive at the answer to this question, the
objective is to analyze the operationalization of ostensive policing in rural areas and
the possible emerging demands for the improvement of this modality of police action
in the State of Tocantins. The methodology of this work is the qualitative/quantitative
method, with a descriptive/analytical approach., with bibliographical and documentary
research. Finally, I conclude this thesis is that ostensive rural policing is effective for
public safety in the rural area of Tocantins, with interaction between road traffic and
environmental policing, so that interoperability is present. Thus, it is important to have
the institutional direction of the PMTO with normative instruction and guidance of the
Standard Operating Procedure directed to rural policing within the scope of the
PMTO
Key words: Military Police; ostensive policing; countryside policing; interoperability.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 14
1.1 Objetivos ....................................................................................................... 15
1.1.1 Objetivo geral .................................................................................................. 15
1.1.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 15
1.2 Metodologia ................................................................................................... 15
2 ESTADO DO TOCANTINS: CARACTERÍSTICAS REGIONAIS E
SOCIOECONÔMICAS.................................................................................... 17
2.1 Aspectos socioeconômicos ........................................................................ 20
2.2 Atividades produtivas .................................................................................. 22
3 OCORRÊNCIAS CRIMINAIS NAS REGIÕES DO TOCANTINS ................... 27
4 DOUTRINA DE POLICIAMENTO OSTENSIVO ............................................. 34
4.1 Doutrina de policiamento ostensivo brasileira .......................................... 34
4.2 Doutrina de policiamento ostensivo na América Latina ........................... 36
5 ESTADO DA ARTE DO POLICIAMENTO RURAL ........................................ 39
5.1 Policiamento rural na América Latina ......................................................... 39
5.2 Policiamento rural no Brasil ........................................................................ 54
5.3 Policiamento rural no Tocantins ................................................................. 72
6 CONCLUSÃO ................................................................................................. 75
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 76
APÊNDICE A – POP Nº X .............................................................................. 82
APÊNDICE B – INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 00/2023 – DEIP ................... 88
ANEXO A – INFORMAÇÕES SOBRE POLICIAMENTO RURAL NO BRASIL
........................................................................................................................ 93
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Analisar a operacionalização do policiamento ostensivo em zona rural e as
possíveis demandas emergentes para a melhoria dessa modalidade de atuação
policial no Estado do Tocantins.
1.2 Metodologia
Este estudo se orienta pelo método qualitativo/quantitativo, por meio de uma
abordagem descritiva/analítica, elaborado com supedâneo em pesquisa bibliográfica
e documental. Efetuou-se a coleta de material em academias que trataram das
ciências policiais de policiamento ostensivo em zona rural e também se buscaram
normativas em instituições policiais militares que possuem tal tipo de policiamento
preventivo. Em seguida, foi realizada a leitura e o fichamento adequado do material
importante para a pesquisa. Como passo seguinte, a coleta de dados deu-se de
maneira a serem relidos tais materiais e separados em conformidade com seus
grupos de interesse para este estudo; em seguida, após a separação por eixos de
interesses, foram construídos os respectivos textos, complementando o referencial
teórico para alcançar entendimento sobre o assunto abordado nas seções
sequenciadas.
16
Por fim, ocorre a análise de todo o material e sua respectiva discussão, para
alcançar os objetivos anteriormente elencados, visando responder a questão-
problema desta investigação, que é a composição da conclusão da pesquisa.
17
Rodrigues (2008) constataram que as áreas com restrição legal para uso e
2
ocupação são: 1) áreas indígenas (19.895,1 km ); 2) unidades de
2
conservação implantadas (38.742,6 km ); 3) unidades de proteção integral
2 2
(16.046,6 km ); 4) parques estaduais (2.577,4 km ); 5) estações ecológicas
2 2
(6.453,8 km ); 6) áreas de proteção ambiental (22.695,9 km ); e 7) áreas
2
propícias para conservação (9.766,7 km ). (CODEVASF, 2021, p. 29).
A Ferrovia Norte Sul (FNS), quando concluída, trará redução nos valores
dos fretes de longa distância. Será conectada ao Norte com a Estrada de
Ferro Carajás (EFC), e ao Sul com a Ferrovia Centro Atlântico (FCA), que
será responsável por conectar a FNS aos maiores portos brasileiros como
Santos, Vitória e Rio de Janeiro, as regiões industriais de São Paulo e
Minas Gerais. (CFA, 2013, p. 5)
Tabela 1 – Comparativos de prisões com drogas ilegais no Estado do Tocantins entre os anos de
2019 e 2020
Tabela 2 – Comparativos de ocorrências contra a vida no Estado do Tocantins entre os anos de 2019
e 2020
O aumento dos crimes no interior não parece estar se refletindo numa maior
presença policial. Segundo IBGE (2013), os municípios com delegacia de
polícia civil somavam 4.660, em 2009, e 4.553, em 2012. Diante dessa
interiorização do crime, há algumas incertezas: a interiorização do crime
entrará na agenda da segurança pública? Haverá expansão da presença
policial (policiamento ostensivo e polícia judiciária) no interior?
Assim, vinculadas a essa temática, destacam-se uma tendência e duas
incertezas.
1) Tendência:
a) crescimento da criminalidade violenta no interior do país.
2) Incertezas:
a) haverá expansão da presença policial (policiamento ostensivo e polícia
judiciária) no interior; e
b) a interiorização do crime entrará na agenda da segurança pública.
(FERREIRA, 2015, p. 45, grifos do autor).
Por outro lado, a partir de uma escala de intensidade que pode ser um par
dialético que interage conjuntamente com outros, a violência, em seu nível
menos explícito dá-se a partir daquilo que Bourdieu (1996) de violência
simbólica, uma violência que não se realiza diretamente e nem sempre é
sentida pela sua vítima, na medida em que há um conjunto de relações,
instituições, organizações e normas que a consagram e difundem sua
legitimidade e aceitação, fazendo-a quase invisível. A outra ponta dessa
escala, ou a negação deste par dialético, ocorre aquilo que chamamos de
ultraviolência, que é uma violência explícita, uma brutalidade extremamente
dolorida no corpo e na psique, que não encontra legitimidade fora do
alcance da racionalidade de seu protagonista. A ultraviolência é
extremamente brutal e aponta fraturas no processo de civilização como um
raio atávico de barbárie. (ANDRÉ, 2015, p. 109).
32
1-42. APRESENTAÇÃO
a. Tipos
São qualificadores das ações e operações de Policiamento Ostensivo:
1) Policiamento Ostensivo Geral
Tipo de Policiamento Ostensivo que visa a satisfazer as necessidades
basilares de segurança, inerentes a qualquer comunidade ou a qualquer
cidadão.
2) Policiamento de Trânsito
Tipo específico de Policiamento Ostensivo executado em vias urbanas
abertas à livre circulação, visando a disciplinar o público no cumprimento e
respeito às regras e normas de trânsito, estabelecidas por órgão
competente, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro e legislação
pertinente.
35
3) Policiamento Rodoviário
Tipo específico de Policiamento Ostensivo executado em rodovias
estaduais e, mediante convênio, em rodovias federais, visando a disciplinar
o público no cumprimento e respeito às regras e normas de trânsito,
estabelecidas por órgão competente, de acordo com o Código de Trânsito
Brasileiro e legislação pertinente.
4) Policiamento Florestal e de Mananciais
Tipo específico de Policiamento Ostensivo que visa a preservar a fauna, os
recursos florestais, as extensões d’água e mananciais, contra a caça e a
pesca ilegais, a derrubada indevida ou a poluição. Deve ser realizado em
cooperação com órgãos federais ou estaduais, mediante convênio.
5) Policiamento de Guarda
Tipo específico de Policiamento Ostensivo que visa à guarda de
aquartelamentos, à segurança externa de estabelecimentos penais e das
sedes dos poderes estaduais. (IGPM, 1985, p. 11).
1) Patrulhamento
É a atividade móvel de observação, fiscalização, reconhecimento,
proteção ou mesmo de emprego de força, desempenhada pelo PM no
posto.
2) Permanência
É a atividade predominantemente estática de observação, fiscalização,
reconhecimento, proteção, emprego de força ou custódia, desempenhada
pelo PM no posto.
3) Diligência
É a atividade que compreende busca de pessoas, animais ou coisas,
captura de pessoas, ou animais, apreensão de animais ou coisas, resgate
de vítimas.
4) Escolta
É a atividade destinada à custódia de pessoas ou bens em deslocamento.
(IGPM, 1985, p. 12, grifo nosso).
e. Lugar
É o espaço físico em que se emprega o Policiamento Ostensivo:
1) Urbano
É o policiamento executado nas áreas de edificação intensiva dos
municípios.
2) Rural
É o policiamento executado em áreas que se caracterizam pela
ocupação extensiva, fora dos limites urbanizados dos municípios.
(IGPM, 1985, p. 14, grifo nosso).
Alguns países da América Latina estão passando por migração do crime das
grandes cidades para a zona rural, sendo o Brasil um desses países, mesmo tendo
o esvaziamento dessas regiões para os grandes centros urbanos, que proporcionam
empregos em maior quantidade.
a) PERU
Observa-se na Constituição do Peru o trato sobre o assunto desta
investigação, sendo interessante refletir em conformidade com as nuances locais do
Tocantins.
ARTICULO 145°.-
Para la elaboración del sistema de seguridad ciudadana, se convocará y
concertará con las organizaciones sociales, vecinales o comunales, las
rondas urbanas y campesinas, los comités de autodefensa y las
comunidades campesinas, nativas y afroperuanas. (PERÚ, 2003b, p. 33).
b) COLÔMBIA
O policiamento no campo realizado pela Polícia Nacional da Colômbia (PNC)
é complexo, tendo em vista esse país possuir grupos guerrilheiros que atuam
sobremaneira na zona rural, porém tem sido feita a desestruturação dessas
guerrilhas como política pública da Colômbia.
Pese a la crisis que ha vivido Colombia en los últimos años por la acción de
grupos armados al margen de la ley, el Estado, a través de la Policía
Nacional, ha aumentado sus esfuerzos con miras a la recuperación rural,
comprometiendo no sólo hombres y grupos especiales, sino también
significativos recursos públicos, apoyos económicos internacionales y
privados, orientados al mejoramiento de la seguridad del campo,
coadyuvando a la empresarización del mismo y al mejoramiento de la
competitividad del país. (MÉNDEZ, 2007, p. 240).
O campo colombiano era carente de tal política pública, sendo agora feita de
maneira consolidada pelo serviço policial realizado pela Direção de Carabineiros e
Segurança Rural (DCSR) na zona rural, agregada a sinergia e aproximação policial,
produzindo confiança por parte do homem do campo e elevação da sensação de
segurança. Deve-se lembrar de que, por décadas, regiões da Colômbia estiveram
sob a égide de organizações criminosas e guerrilheiras, levando a conflitos extremos
entre esses grupos e as forças de segurança estatais.
presente no campo, pois este tem extensa escala na Colômbia, atendendo a todos
os colombianos em suas mais distantes povoações.
Hasta acá se han descrito algunos de los elementos de tipo contextual que
deben considerarse a la hora de plantear estrategias de seguridad
ciudadana en ámbitos rurales con un enfoque territorial. Con el ánimo de
robustecer el análisis del complejo escenario de la seguridad rural en
Colombia, se planteará a continuación el diagnóstico de otro de asunto
crucial: la coordinación interinstitucional. Es sabido que las políticas de
seguridad ciudadana, por no depender de la acción de una única institución
o actor, son tremendamente sensibles a la capacidad de trabajo conjunto y
de sinergias. (BULLA; GUARÍN, 2015, p. 11).
c) MÉXICO
Por eso, más allá de los imaginarios del General Mexicano Porfirio Díaz, lo
que sobrevivió fue la emergente labor comunitaria y de seguridad de las
fuerzas policiales en todos los rincones de esa nación bajo una sola lógica
estatal. Finalizado el periodo conocido como el “Porfiriato” en el año 1910,
los rurales no desaparecieron dado que mantenían la preocupación por la
seguridad y cambiaron su denominación a “defensas rurales”, con ello
dieron continuidad a la labor comunitaria y de seguridad en las zonas
rurales, lo que refleja la importancia de esa actividad policial requerida en
las zonas vulnerables y de difícil acceso. (GUTIÉRREZ; CAÑAS;
SACRISTÁN, 2020, p. 30).
51
d) CHILE
e) ARGENTINA
CAPITULO II
INTEGRACIÓN
ARTICULO 21.- Las Policías de Seguridad correspondientes a cada
Municipio están integradas de la siguiente manera:
1. Policía de Seguridad de Distrito:
a) Comisarías.
b) Subcomisarías.
c) Comisarías de la mujer y la familia.
d) Estaciones de Patrulla Rural.
e) Destacamentos.
f) Puestos de Vigilancia.
g) Las que determine la Autoridad de Aplicación. (BUENOS AIRES, 2019, p.
5, grifo nosso).
Em se tratando de logística, essa lei, em seu art. 96, deixa claro que, para a
execução do policiamento ostensivo, a patrulha rural deve possuir o mínimo de
logística para poder atuar, sendo necessária a efetivação de convênios para o
sucesso desse tipo de policiamento na província de Buenos Aires.
f) PARAGUAI
demanda das pessoas que lá vivem, sendo assim preteridas em serviços públicos
de segurança pública de maneira ampla.
a) GOIÁS
FINALIDADE
- Reduzir os índices de criminalidade;
59
comunidade rural local e outras entidades privadas que atuam no campo e com
pessoas do campo.
b) RONDÔNIA
Para que o presente programa tenha resultados relevantes é vital que haja
o envolvimento social maciço, dotado de organização institucional e
comprometimento com as informações apresentadas. Nesse sentido faz-se
necessário o planejamento prévio, para uma organização comunitária
eficiente. Por isso, é extremamente importante o engajamento dos
sindicatos rurais das regiões e também com o público interno, as quais se
apresentam como colaboradores na implantação do Programa na área de
atuação do 7º BPM. (ARAÚJO; OLIVEIRA; CAONSALTER, 2020, p. 14).
c) SÃO PAULO
Tendo em vista que o policiamento rural estivera sendo exercido pelo CPI e
CPFM através de suas unidades operacionais, Navarrete (2014) esclarece que a
PMESP procurou ajustar problemas ocorridos devido haver normativas de ambos os
comandos de policiamento e não ter imposição da PM paulista para dirimir algumas
situações encontradas na rotina operacional, sendo publicada a Diretriz PM3-
008/02/04, que ampliou a perspectiva de emprego de policiamento rural no âmbito
da PMESP.
Com o passar do tempo, a força pública paulista ajustou sua normativa e
revogou a Diretriz PM3-008/02/04, contando agora com melhor entendimento e
direcionamento do policiamento rural no estado de São Paulo.
d) DISTRITO FEDERAL
A capital federal apresenta particularidade por ter uma pequena zona rural,
mas mesmo assim possui situações particulares nesse ambiente, contando com as
mesmas características de outras unidades da federação e também com suas
peculiaridades. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) possui em sua estrutura
policiamento preventivo destinado para esse ambiente.
Essa possibilidade é importante para o povo do campo, pois lhe serve com
estrutura estatal de segurança pública, com requisitos técnicos de qualidade e ainda
proporciona ao camponês se sentir mais importante e protegido.
Dessa maneira, a PMDF publicou a Portaria 802, de 15 de agosto de 2012,
que regulamentou as atividades e o emprego operacional dos grupos de
policiamento tático, tendo o inciso VI do art. 3º especificado o Grupamento Tático
Rural (GTR) e o art. 9º da mesma portaria, a sua atuação.
Já a Portaria 879 confeccionada no ano de 2013 dispôs sobre a criação do
Grupamento de Policiamento Rural na PMDF. O seu art. 1º objetivou a realização de
tal policiamento ostensivo nas áreas rurais do DF, ficando à época subordinado ao
Batalhão Ambiental da PMDF, mas posteriormente foram criados os Batalhões
Rurais.
e) MINAS GERAIS
f) PARANÁ
g) MATO GROSSO
O Estado de Mato Grosso (MT) é conhecido por ser uma das maiores
unidades da federação que atua no agronegócio, com pessoas que vivem e
dependem do campo, consequentemente, a Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT)
implantou também o policiamento rural.
Na nossa instituição, em 2003 foi realizada pelo então Capitão Brito Junior
uma pesquisa de campo em uma cidade do interior do Estado,
demonstrando que o Policiamento Rural com o enfoque na filosofia de
polícia comunitária era mais eficaz na prevenção e no controle da
criminalidade na zona rural que as atividades de policiamento tradicional.
(MORENO, 2019, p. 10).
mais aproximado com essa gente do campo, obteve mais prisões de criminosos,
consequente redução de crimes no campo e maior segurança para toda a
comunidade rural do território do 4º CR.
3.1. Objetivos
Atender com excelência a região rural do Estado de Mato Grosso,
executando o policiamento ostensivo, preventivo e repressivo rural, este
último quando houver necessidade, com policiamento de aproximação com
a comunidade rural, gerando como consequência uma sensação de
segurança para os moradores do campo.
Identificar e evidenciar os fatores imperativos que exigem uma
reestruturação física, logística e tecnológica da PMMT com o fito de melhor
assistir a população rural, garantindo o seu direito de acesso a segurança
pública de qualidade. (MORENO, 2019, p. 10).
Isto posto, analisa-se que pouco menos da metade das Unidades Polícias
militares observadas realizam o policiamento rural com as mesmas viaturas
que atendem a zona urbana, produzindo, via de regra, apenas o
atendimento reativo das ocorrências na zona rural.
73
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FBSP. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021. ISSN 1983-7364. Ano 15.
2021.
NSTITUTO CNA. Relatório Geral I Painel Sobre Segurança Pública Rural: boas
práticas de segurança rural da Polícia Militar. Instituto CNA. Observatório da
criminalidade no Campo. Brasília, Distrito Federal, maio 2019.
RAMÍREZ, Augusto Rigoberto López. Patrullaje policial a pie en zonas con alta
presencia de pandillas: Valoraciones para la educación policial. Centro de
Investigación Científica, Academia Nacional de Seguridad Pública. Enero-Junio.
Revista Policía y Seguridad, El Salvador, 2017.
.
82
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG.
Deslocamento. Art. 29, inciso VII do x
Código de Trânsito
Brasileiro (CTB).
Poder de polícia. Art. 78 do Código X
Tributário Nacional
(CTN).
Velocidade máxima. Art. 61 do CTB. X
Velocidade mínima. Art. 62 e 219 do CTB. x
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso não seja possível cumprir a rota estabelecida, informar imediatamente
ao Auxiliar de Dia;
2. Caso as condições climáticas, de tráfego ou da via sejam desfavoráveis, a
guarnição poderá fechar os vidros; e/ou,
3. Caso a região tenha área sem cobertura de sinal da operadora de telefonia
utilizada pela instituição, fazer uso de telefone móvel via satélite.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não verificar as condições de uso dos equipamentos durante a cautela;
e/ou,
2. Não informar ao Auxiliar de Dia.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 – Bolsa dos equipamentos
Confeccionada em material resistente na cor preta.
Medidas: 70 (setenta) centímetros de comprimento, 40 (quarenta) centímetros de
largura e 40 (quarenta) centímetros de altura.
Sistema de fechamento, entre as alças, de zíper em todo seu comprimento.
Itens previstos para serem acondicionados na bolsa dos equipamentos: luz auxiliar
(cilibrim), a corda, o facão com bainha e o kit de primeiro socorros.
85
ESCLARECIMENTOS:
Item I – Placa de Identificação
Com o cadastramento da propriedade, gera-se um número sequencial de cadastro
para identificação da propriedade de forma objetiva e rápida. Após gerar o número
de cadastro, é confeccionada uma placa de identificação a ser afixada em local
visível e estratégico na propriedade rural.
A placa terá as dimensões de 60x45 cm em material de PVC, ACM ou metal, e
conterá as informações: Patrulha Rural Georreferenciada, o número de cadastro, a
unidade e os telefones de contato da Unidade Policial Militar da área, sendo
confeccionada com material refletivo a identificação de ‘ÁREA MONITORADA’.
Essa placa terá como finalidade:
- Identificar a propriedade como participante do projeto de Monitoramento Rural da
Polícia Militar do Estado do Tocantins;
- Gerar um efeito preventivo com a informação da presença da Polícia Militar na
região;
- Facilitar a localização pelas equipes que estão em deslocamento para atendimento
de emergência.
88
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA PATRULHA RURAL
CAPÍTULO III
DO CURSO E REQUISITOS PARA INGRESSO
CAPÍTULO IV
DA COMPOSIÇÃO DA PATRULHA RURAL E DO MODELO DAS VIATURAS
Art. 10 – A fração de Patrulha Rural é composta por grupos, e estes, por equipes,
que deverão conter quatro policiais militares, excepcionalmente três, de forma a
proporcionar maior segurança para os operadores e para a comunidade.
Parágrafo único – Em caso de haver PM estagiário, a equipe poderá operar com
cinco policiais militares.
Art. 11 – As viaturas de quatro rodas da Patrulha Rural deverão ser camionetes ou
camionetas, com tração 4x4, com cubículo e equipamentos ostensivos necessários.
Parágrafo único – Excepcionalmente, a Patrulha Rural poderá utilizar automóveis
de pequeno porte.
Art. 12 – Todos os veículos da Patrulha Rural, de todas as Unidades, deverão
possuir um modelo único de plotagem, com as mesmas cores e brasão,
diferenciando apenas o indicativo da Unidade, discretamente posicionado nas
laterais da viatura, conforme estabelecida pelo comando da corporação.
CAPÍTULO V
DO FARDAMENTO
CAPÍTULO VI
DO ARMAMENTO E EQUIPAMENTO
Art. 14 – O Policial Militar da Patrulha Rural usará como armamento primário uma
arma longa, bem como deverá portar pistola como armamento secundário, podendo
munir-se de outros armamentos e equipamentos necessários disponíveis para o
desempenho da missão, quais sejam:
91
CAPÍTULO VII
DO BREVÊ, DO BRAÇAL E DO BRASÃO
Art. 15 – O brevê ou distintivo do curso de Patrulha Rural será usado pelos policiais
militares que concluírem com aproveitamento o referido curso, conforme prescrições
do Regulamento de Uniformes da PMTO, devendo ser fixado do lado direito do
uniforme acima do bolso.
Art. 16 – O braçal será usado no braço direito pelos policiais militares pertencentes
à Patrulha Rural; fabricado em couro; sobrepostos a ele conterá o brasão do grupo e
o nome “Patrulha Rural” logo abaixo, em letras de metal inox.
Art. 17 – O brasão, símbolo do grupo, será usado no braçal e na caracterização das
viaturas, devendo ser utilizado uniformemente por todas as Patrulhas Rurais do
Estado.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
– CEL QOPM
COMANDANTE GERAL DA PMTO – SECRETÁRIO DE ESTADO
93