Apostila Eu Creio
Apostila Eu Creio
Apostila Eu Creio
02 Creio 09
06 presente e papel
futuro. Deus Espírito
Santo
34
03 Deus Pai 13
07 A Igreja, o perdão e a 41
vida eterna
AULA
O CREDO
APOSTÓLICO
05
O CREDO APOSTÓLICO
O CREDO
Creio em Deus, o Pai todo poderoso,
Criador dos Céus e da Terra.
Amém.
A origem do CREDO
O objetivo do Credo
PARA PRATICAR
AULA
CREIO
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CREIO
Ao fazer a leitura do Credo Apostólico você percebeu que ele se inicia
com a afirmação CREIO e que ela se repete por mais duas vezes? Se sim,
você deve estar pensando, mas o que significa CRER?
Fé significa aceitação.
Fé significa confiança.
Quando afirmo que Creio em Deus Pai, Creio em Jesus Cristo, estou indo
muito além de somente reconhecer a existência de um bom homem,
estou afirmando que confio nele, estou anunciando que reconheço que
algo maravilhoso aconteceu por meio da vida, morte e ressureição de
Jesus. A fé compreende que Deus nos ama e corresponde esse amor. Diz
sim a Deus. A fé é uma confiante decisão, um ato deliberado de confiar
em Deus.
Ter fé não é apenas acreditar que Deus existe, mas é também estar
ancorado a esse Deus e sentir-se seguro por isso.
Fé significa compromisso.
Assim como Deus se humilhou por nós na cruz para nos alcançar,
também devemos nos humilhar em arrependimento para encontra-lo. A
fé em Deus exige um compromisso reciproco.
4. Fé significa obediência.
PARA PRATICAR
AULA
DEUS PAI
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DEUS PAI
Deus
Pai
Todo Poderoso
Por fim, nunca pense que ser todo poderoso se trata de um capricho de
Deus ou O fazer ser aleatório. As Escrituras ressaltam a fidelidade de
Deus, quando faz uma promessa, Deus a cumpre. (Sl. 19:7-10).
Como vimos, dizer que Deus é “nosso Pai” é falar de sua autoridade e
cuidado, mas também é falar de seu poder criador. Existimos porque
Deus nos criou.
Ainda assim é muito fácil pensar que a criação é impessoal. Por isso
sempre devemos olhar para nós e lembrar que fomos que criados por
Deus, fazemos parte dessa criação.
Martinho Lutero disse “ creio que Deus criou a mim e a tudo que existe; que
ele me deu e ainda sustenta o meu corpo e minha alma, meus membros e
meus sentidos meu raciocínio e minhas faculdades mentais; além de
alimento e roupa, casa e lar, família e bens. Creio que ele me concede, diária
e abundantemente, tudo que é necessário à vida, protegendo-me de todos os
perigos e me guardando de todo mal.”
Crer que Deus é o criador, significa acreditar que ele fez cada um de nós.
E nos fez a sua imagem e semelhança (Gn 1:26-27). Isso significa que
existem várias consequências importantes.
Em primeiro lugar, significa dizer que existe alguma afinidade entre Deus
e os seres humanos. Fomos criados com a capacidade de nos
relacionarmos com Deus e para nos desenvolvermos como seres
humanos, precisamos desse relacionamento.
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Em segundo lugar, significa dizer que nós pertencemos a ele. Não somos
nossos próprios senhores, um preço foi pago por nós. Nós fomos
estampados com essa imagem e semelhança, portanto nos entregamos
a ele porque a ele pertencemos.
O mesmo Deus que fez as estrelas também nos criou e cuida de nós.
Elas são igualmente sinais das promessas dividas e do seu cumprimento
(Gn 15:1-6).
PARA PRATICAR
O Pai todo-poderoso
Salmos 105:8-11 - Parte de um salmo que expressa a fidelidade de
Deus no cumprimento de suas promessas;
Mateus 6:9-13 - A oração ensinada por Jesus a seus discípulos, em
que ele chama Deus de Pai;
Mateus 7:9-11 - Jesus usa a analogia da paternidade humana para
ilustrar a disposição de Deus em responder às orações;
João 14:5-14 - Parte do que Jesus ensinou sobre sua relação com
Deus Pai.
Romanos 8:13-17 - A obra do Espírito Santo de conscientizar os
cristãos da identidade deles como filhos de Deus.
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2) O que significa para você pensar em Deus Pai? Como você ajudaria
quem tem memórias ruins sobre paternidade a compreender a
paternidade de Deus?
AULA
DEUS FILHO:
IDENTIDADE E
NASCIMENTO
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O Cristianismo relata que Jesus não era apenas um Rabino Especial, ele
era Filho de Deus. Além de sua existência todo seu tempo de
permanência na terra, restou absolutamente clara a relação de
intimidade entre Deus e Jesus. Intimidade tão profunda que o permitia
chamar a Deus de ABA.
No credo, afirmar que Jesus é o “filho de Deus” equivale a dizer que Jesus
é Deus, explicada por dois exemplos.
NOSSO SENHOR
"Portanto, saibam com certeza todos em Israel que a esse Jesus, que
vocês crucificaram, Deus fez Senhor e Cristo!". Atos 2:36
Em Atos 2.21, para Pedro, com sua ressureição, Jesus foi proclamado o
Senhor e agora compartilha a condição e a identidade do próprio Deus.
Em Filipenses 2.10-11, Paulo considerou absolutamente adequado, à luz
da ressureição tomar uma magnifica profecia (Is 45.23) acerca do Senhor
Deus e aplica-la a Jesus.
Crer que Jesus é o Senhor, implica mais que crer que ele tem autoridade
sobre nós, é uma afirmação direta e cabal da divindade de Jesus Cristo.
Declarar que Jesus Cristo é o Senhor é proclamar que ele é igual a Deus.
É Uma afirmação acerca da relação entre Jesus e Deus e também uma
afirmação acerca da relação de Jesus conosco. Afirma que Ele é, ou
deveria ser, o Senhor da nossa vida.
Repare que o Credo não se refere a Jesus apenas como o Senhor, mas
como nosso Senhor.
Jesus Cristo tem direito de senhorio sobre nossa vida. Isso equivale a
uma exigência de obediência e lealdade pessoal a Jesus Cristo, nosso
Senhor e Salvador. Se não reconhecemos Jesus Cristo como Senhor, ele
não é nosso Senhor, mas de outra pessoa. Ainda precisamos reconhecê-
lo como Senhor de nossa vida.
IMPORTANTE
Por que é importante insistir que Jesus é tanto Deus quanto homem,
tanto divino quanto humano? Para começar, as evidências exigem essa
conclusão. Os cristãos creem nisso porque é a única interpretação de
Jesus que lhe faz justiça. Entretanto, também é de importância capital
em outros aspectos. Se Jesus Cristo não fosse ao mesmo tempo divino e
humano, nossa redenção seria impossível.
Se, contudo, ele for apenas um homem, como o resto de nós, ele
também precisa ser redimido; em outras palavras, ele não pode nos
redimir. Ele faz parte do nosso problema, não da solução. Logo, deve
haver uma diferença essencial entre Jesus e os outros seres
humanos, para que ele realmente possa ser nosso redentor. Afinal
de contas o cristianismo sempre insistiu que Jesus é a solução do nosso
problema, não parte desse problema!
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PARA PRATICAR
Nosso Senhor:
Mateus 7:21-22 – Um alerta sobre o que realmente significa Jesus ser
“Senhor”;
Atos 2:14-39 – A explicação de Pedro de como um criminoso crucificado
poderia ser o Messias e o Senhor;
Romanos 10:9 e 1ª Coríntios 12:3 – A importância de dizer: Jesus é o
Senhor;
Ele foi concebido por obra do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria:
Mateus 1: 18-25 – As circunstancias que precederam o nascimento de
Jesus da perspectiva de José;
Lucas 1: 26-38 – As circunstancias que precederam o nascimento de
Jesus da perspectiva de Maria;
Hebreus 4: 14-16 – Uma das implicações da humanidade de Jesus.
AULA
DEUS FILHO:
MORTE E
RESSUREIÇÃO
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Há que ache ofensivo ou fique surpreso com o fato de Pôncio Pilatos ser
mencionado no Credo, mas Rufino, escritor do quinto século faz uma
ponderação importante sobre o fato:
E é sobre esse domínio que Deus age segundo o evangelho, ele agiu
para destruir o controle do pecado sobre nós. Pela morte de Jesus
Cristo, Deus transformou a nossa situação. A culpa pelo pecado é
perdoada, seu poder é destruído e sua mancha removida.
Dizer que Jesus “morreu”, ou apenas que “foi executado” não dá a devida
atenção a total selvageria de sua morte. Todo sadismo da natureza
humana foi derramado sobre ele. Foi uma morte vergonhosa e
degradante. O evangelho, entretanto, não se resume no fato de que
Jesus morreu, nem mesmo que foi executado por morte de cruz. Ele
morreu por nós.
Cristo ter morrido é uma simples questão histórica, ele ter morrido por
nossos pecados é o próprio evangelho. Assim, a “palavra da cruz” não é
apenas a proclamação do simples fato de Jesus ter sido crucificado, mas
também transmite a importância desse fato para nós.
Agora vamos refletir sobre a afirmação “desceu aos mortos”. Essa frase
significa que Jesus realmente morreu. Jesus compartilhara do destino de
todos os que já haviam morrido. Jesus realmente foi humano como nós.
Sua divindade não compromete sua humanidade. Ser Deus encarnado
não significa que seria poupado de sofrer a morte.
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O novo testamento deixa mais que claro que Aquele que “ressuscitou
dos mortos a Jesus, nosso Senhor” é o mesmo Deus que tirou Israel do
Egito. Os cristãos creem num Deus vivo e ativo. Ele é um Deus que age.
Porém não se tratam de sonhos que serão revelados após a morte. Não
há ressureição sem sofrimento e cruz. Não existe graça barata, não há
atalho para a salvação. Onde não há cruz, também não há ressurreição.
“É certo que soframos com ele, para que também com ele sejamos
glorificados” (Rm 8:17).
PARA PRATICAR
AULA
DEUS FILHO:
ATIVIDADE
PRESENTE E PAPEL
FUTURO. DEUS
ESPÍRITO SANTO
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Devemos entender ainda que a ascensão de Cristo, não significa que ele
está ausente do mundo, pelo contrário, Ele rompeu as barreiras do
tempo e do espaço e está ao alcance de todos. Cristo foi exaltado e
glorificado e habita no meio de nós por meio do Espirito.
A segunda ideia é que passaremos pelo juízo de Deus e isto não deve
nos trazer medo, mas temor, pois podemos observar três características
nessa ação de Jesus.
Por isso Alister McGrath deixa cinco conselhos para esse momento:
O Espírito Santo também nos fornece dons. Deus os dá aqueles que ele
acha que precisam deles, ou a quem ele entende que poderá usar muito
bem.
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Nossos talentos são presentes de Deus. Eles nos foram confiados não
pelo nosso valor pessoal, mas por causa das tarefas e responsabilidades
que o nosso Senhor tem em mente para nós. O importante é identificar
quais são nossos dons pessoais e usá-los a serviço de Deus.
Os dons de Deus são concedidos para serem usados. Não são adornos
que nos enfeitam e nos tornam mais interessantes. Eles existem para
edificarmos a Igreja de Cristo. Eles nos são entregues em empréstimo.
Nós somos responsáveis por usá-los no mundo e seremos responsáveis
pela forma que o aplicamos.
E quanto mais usamos os dons, mais eles aumentam. Nós devemos usar
os nossos dons para edificação do Reino.
PARA PRATICAR
AULA
A IGREJA, O
PERDÃO E A
VIDA ETERNA.
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A fé cristã pode ser vista tal qual um movimento de resistência, uma vez
que ela precisa sobrevir em um ambiente extremamente hostil.
Contudo, ela pode sobreviver e sobrevive quando exercida em
comunidade. É por isso que a Igreja deve permanecer, e nós devemos
fazer parte dela. Buscando consolo nas experiências dos primeiros
cristãos e ser influenciados por eles.
A Igreja local
No Antigo Testamento, vemos que Deus firmou uma aliança com seu
povo, prometendo cuidá-los e direcioná-los em todo tempo. Já no Novo
Testamento, Jesus anuncia uma NOVA ALIANÇA com sua vinda ao
mundo, morte e ressureição. E para que pudéssemos nos lembrar de
sua nova aliança, ele nos deixou duas ordenanças:
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Por isso e para que o reino se expanda cada vez mais, devemos ser
generosos através dos DÍZIMOS E OFERTAS. Somos meros
administradores de tudo aquilo que Cristo nos deu, por isso devemos
sempre dar com alegria. O dízimo é décima parcela de tudo aquilo que
recebemos. Já a oferta é além do dízimo, é um ato generoso de semear
ainda mais nos campos do Senhor.
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Como falamos anteriormente, vamos dedicar uma única seção para falar
a respeito da SANTIDADE DA IGREJA. Antes de examinar a igreja como
um corpo, devemos prestar atenção em nós mesmos como membros. A
igreja não é um prédio estático, mas um povo dinâmico e peregrino, que
caminha sempre em frente, com obediência e fé.
Somos santos por causa do nosso chamado, não por causa da nossa
natureza. Assim a santidade de Deus pode ser refletida em nossa vida,
mesmo que nós sejamos pecadores. Declarar que cremos na
“comunhão dos santos” não significa que acreditamos num clube
sagrado, mas, sim num Deus santo que nos chamou individualmente
para nos inserir numa comunidade.
Nossa vida com Deus não poderá ser atacada como nos dias de hoje,
mas alcançará a sua plenitude com Deus. Para isso precisamos crer em
todo tempo.
Crer é nascer de novo, é ter novidade de vida que dura para sempre. Ter
fé em Jesus Cristo é começar uma nova relação com Deus, que não se
extingue com a morte, mas se aprofunda, pois a morte remove os
pequenos obstáculos que ainda restam que nos impedem de desfrutar
da presença de Deus.
Por fim, observe que o Credo termina com uma única palavra: AMÉM.
Isso nos traz a memória que estamos fazendo uma oração, ao mesmo
tempo em que declaramos a nossa fé. É uma oração pedindo o
aprofundamento da nossa fé e de nosso compromisso com Deus.
PARA PRATICAR
No perdão de pecados
Isaías 59.1-15 - O motivo por que o perdão é necessário
Mateus 18.23-35 - Quando o perdão é impossível.
2 Coríntios 5.18-21 - Transmitindo as boas-novas.
1 Pedro 1.14-17 - O padrão elevado para o qual fomos chamados.
CONCLUSÃO
E assim, chegamos ao final do nosso estudo. Durante todos esses
encontros buscamos aprofundar o nosso relacionamento com Deus e
com as pessoas a partir da leitura do Credo Apostólico.
Agora, ao concluir essa etapa, você está apto para passar pelo Batismo,
levando ao conhecimento público da igreja a sua confissão de fé e
testemunho graças ao encontro com o Senhor.
Deus o abençoe!!