Dízimos e Ofertas Alçadas - Estudos Bíblicos

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Dízimos e ofertas alçadas

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DÍZIMOS E OFERTAS ALÇADAS

INTRODUÇÃO

Dízimo é a décima parte, tanto das colheitas como dos animais, e de


tudo que os israelitas ofereciam a Deus (Lv 27:30­32; Hb 7:1­10; Dt
12:6, 11, 22­23). O dízimo era usado para o sustento dos Levitas. Os
Levitas eram homens da tribo de Levi e que ajudavam os sacerdotes
nos serviços do Templo (Nm 18:21­24; Nm 3:5­13; 2Cr 8:14),
também no cuidar dos estrangeiros, dos órfãos edas viúvas (Dt 14:28­
29). Acima do dever, era uma obrigação a entrega do dízimo no Antigo
Testamento, tanto que para o dizimista resgatar algum valor que havia
entregado no Templo como dízimo, o mesmo tinha que acrescentar 1/5
ou seja, 20% do seu valor ­ Ex.: se o dízimo fosse uma ovelha de
1.000 reais. Para levá­la para seu aprisco novamente, o dizimista tinha
que pagar 1.200 reais para os administradores do Templo (Lv 27:31).
Além do compromisso que os israelitas tinham com a entrega do
dízimo, tinham também com a oferta alçada da qual a RC faz menção
cerca de trinta vezes (Êx 25:2­3; 29:27­28; 35:5, 21, 24; 36:3, 6; Lv
7:14, 32; 10:14­15; Nm 6:20; 15:19­21; 18:11, 24, 26­29; 31:41,
52; Dt 12:6, 11, 17; Ne 13:5.

A ORÍGEM DO DÍZIMO

O sistema de contribuir com o dízimo teve início muito antes da


promulgação da Lei (Gn 14:20; 28:22) Abrão entregou 10% dos bens
que havia recobrado a Melquisedeque. Outra referência importante
temos em Gêneses 28:22, nesta passagem Jacó não tenta barganhar
com Deus, mas, por gratidão reconhece o benefício que Deus lhe
proporcionou, bem como lhe proporcionaria para sempre, promete­lhE
então dar o dízimo de tudo quanto de Deus recebesse.

O DÍZIMO NO PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO

Quando Deus criou o homem, o colocou no Jardim, juntamente com


sua mulher, Eva, de cujo casamento, a cerimônia, Ele mesmo a
celebrou! E deixou TUDO o que era Seu a disposição do primeiro casal;
TUDO ali lhes era disponível. Mas, Deus não abriu mão de uma coisa,
que era uma árvore que Ele plantara no MEIO do Jardim. "TODAS as
demais árvores são tuas, mas, esta é MINHA, desta vocês não comem
o fruto" (Gn 2:9, 16­17).

Nunca houve época na história da humanidade em que Deus não


reservasse para Si alguma coisa do reino físico, onde ganhamos a vida.
Aquela árvore no meio do Jardim (Gn 2:3) foi o primeiro exemplo, e
quando Adão dela se apropriou, foi severamente punido, tendo, a
partir de então, que enfrentar trabalho árduo para sobreviver. O
primeiro casal além de comer o que Deus lhe deu em abundância,
ainda apropriou­se do que Deus reservou para Ele, como que se a
provisão divina fosse insuficiente.

Na Dispensação da Graça, na qual vivemos, Deus não tem uma árvore


reservada para Ele em nossa propriedade, o que não representa que
Ele não tenha algo físico reservado para Si daquilo que ganhamos,
melhor dizendo: “daquilo que Ele nos dá.” O que pode ser o ovo que a
galinha põe, o bezerro que a vaca cria, o fruto que colhemos; etc. ...
No caso dos crentes que são assalariados, figuradamente essa árvore
pode ser representada pelo dízimo do que se recebe líquido
mensalmente. Líquido, porque o que é recolhido para a Previdência
Social, FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, seguros, PIS
e outros. Um dia o trabalhador recebe o que fora recolhido em forma
de indenizações, prêmios, proventos mensais, entre outros, quando,
finalmente, será feita a contribuição para a obra de Deus relativa a
esses valores anteriormente recolhidos. Não descartando, todavia, o
dever daquele que sentiu em seu coração o desejo de contribuir 10%
do salário bruto que recebe.

Em Gêneses 8:20, lemos que Noé ao sair da arca, após o dilúvio,


ofereceu a Deus sacrifícios em gratidão por sua salvação, bem como
da sua família. Noé reconheceu a força e a revelação de Deus para
construir a arca e além do mais poder contar com a provisão divina em
todos aspectos enquanto o mundo sucumbia nas águas do dilúvio. Noé
tinha conhecimento dos recursos necessários para a construção da
arca, e com certeza, tinha ciência de que a Grande Obra de Deus não
se resumiria ali.

O DÍZIMO E A LEI DE MOISÉS

Esses fatos bíblicos comprovam que a prática de devolver o dízimo


para o Senhor, bem como a das ofertas alçadas, transcende à época da
Lei de Moisés, tornando com isto um tremendo equívoco afirmar que o
dízimo fôra instituído por causa da Lei. Vale observar também que com
o advento da Lei, na época de Moisés, o dízimo passou a ser um
compromisso moral inadiável para todo o povo de Israel, para os fins
descritos na Palavra de Deus. Ou seja: A prática do dízimo forma
normatizada na Lei e pela Lei.

O DÍZIMO NOS DIAS DE MALAQUIAS


Nos dias de Malaquias o povo ignorava o mandamento de Deus de dar
o dízimo para a manutenção do Templo. Possivelmente, temiam perder
aquilo pelo que trabalharam tão arduamente, mas nisto julgaram mal
a Deus. Ele diz: "Dai, e dar­se­vos­á" (Lc 6:38). Quando contribuímos
e entregamos os dízimos do Senhor, devemos nos lembrar de que as
promessas de Deus não são sempre materiais, e não podem ser
completamente experimentadas aqui na terra, mas, certamente as
receberemos em sua plenitude em nossas vidas futura, no céu.
Assim como foi para o profeta Ageu (Ag 1:58), um assunto de extrema
importância para o profeta Malaquias era a provisão da comunidade, a
continuidade da vida de adoração a Deus da mesma. O povo não
estava trazendo o dízimo de suas plantações de grãos, para o sustento
do sacerdócio e as cerimônias do Templo. Em resposta, Malaquias
declarou a Palavra do Senhor: “Trazei todos os dízimos à Casa do
Tesouro” (Ml 3:10). Nem todos os intérpretes concordam com a
condição de dízimo, na prática cristã. Alguns o consideram como parte
da Lei de Moisés, que deixou de ser uma exigência obrigatória, no
Novo Concerto de Jesus Cristo. Outros o consideram um princípio
fundamental da vida cristã fiel no Reino de Deus, comparável às
exigências morais do Decálogo. Muitos concordariam em vários pontos,
contudo, é sabido que o dízimo pela produção de alguém não
representa tudo o que pertence ao Senhor. Na verdade ele simboliza o
fato de que “Teu é tudo quanto há no céu e na terra”(1Cr 29:11), e
tudo que uma pessoa tem deveria ser aplicado, de alguma maneira
aos propósitos de Deus.

Todavia, é notório que o dízimo sustenta a obra de Deus e as


atividades da Igreja que Ele chamou para servi­lO no mundo. Ele é útil
por tornar possível a edificação de crentes e o alcance de muitos
incrédulos; sem ele, a missão da Igreja e a extensão do Reino de Deus
encontram dificuldades. A prática do dízimo e da caridade em geral
prepara o crente para receber bênção do Senhor. A mão que agarra
não está aberta para o que Ele procura dar. Sobre este aspecto
Malaquias insistiu especificamente com os judeus: “Fazei prova de
mim”(Ml 3:10). Na era em que vivemos do pós­modernismo; agora
com o relativismo e mudança de conceito, o que é certo para um é
errado para outro, o que de certa forma põe confusão na cabeça de
muitos até mesmo nas doutrinas do Senhor Jesus, e esta prática
degradante, infelizmente tem alcançado o arraial dos crentes em
Cristo. Malaquias exortou o povo a deixar de reter o dízimo e PARAR
DE ROUBAR A DEUS. Reitero que o ato de dizimar foi observado a rigor
também na época de Moisés, mesmo não sendo instituído por força da
Lei, ele foi reafirmado por ela (Lv 27:30­34; Dt 14:22).

O motivo da ênfase ao assunto em apreço nos dias do profeta


Malaquias foi porque o povo retia seus dízimos e por esta razão os
servidores do Templo tiveram que trabalhar para ter o seu sustento e
consequentemente, negligenciavam, deste modo, a responsabilidade
que lhes fora dada por Deus de cuidarem do Templo e do serviço de
adoração.
Tudo aquilo que temos pertence ao Senhor; então, quando nos
recusarmos a devolver­lhe uma parte daquilo que Ele colocou em
nossas mãos, o roubamos e consequentemente pecamos, porque de
certa forma impedimos a expansão do Reino de Deus na terra, por
desonestidade com o Pai que tudo de graça nos dá em abundância.
Será que de um modo egoísta desejamos reter 100% daquilo que
Deus nos dá, ou estamos dispostos a devolver­lhe ao menos 10% para
ajudar o progresso do Seu Reino entre os homens?

MALAQUIAS O PROFETA DO ELO

Destaco também, que Malaquias foi o “profeta do ELO” entre o Antigo


e Novo Testamento. Preste atenção: Malaquias nos dá diretrizes
práticas e próprias do Novo Testamento; própria da Nova Aliança,
sobre nosso compromisso com Deus, exemplo: “o Senhor merece o
melhor que tivermos a oferecer” (1:7­10); “devemos estar dispostos a
mudar nosso modo errado de viver”(1:2); “devemos fazer de nossa
família uma prioridade vitalícia” (2:13­16); “devemos ser sensíveis ao
progresso de purificação de Deus em nossas vidas” (3:3);“devemos
dar o dízimo de nossa renda” (3:8­12); “e não deve haver o orgulho
em nossas vidas” (3:13­15).“Finalmente, Malaquias conclui suas
mensagens apontando para aquele Grande Dia do Juízo Final. Para
aqueles que estão comprometidos com Deus, será um momento de
alegria porque os introduzirá à eternidade na presença do Senhor.
Aqueles que ignoraram a Deus serão como a "palha", que será
totalmente queimada” (4:1).
“Para ajudar as pessoas a se prepararem para aquele dia do juízo, o
Senhor enviaria um profeta como Elias (João Batista), (Ml 4:5), que
prepararia o caminho para Jesus Cristo, o Messias.” Pode­se dizer que
o Novo Testamento tem início com este profeta que conclama às
pessoas a se converterem de seus pecados e tornarem­se para Deus.
Tal compromisso com o Senhor exige grande sacrifício da nossa parte,
mas podemos estar certo de que no final será compensador (notas do
autor).

As dificuldades que o povo enfrentava nos dias de Malaquias eram


grandes. Isso já era um problema crônico principalmente em Judá. O
povo acreditava em Deus, mas não demonstrava compromisso. Motivo
este que me leva a considerar cristocêntrica a mensagem de
Malaquias. Sua mensagem era para que o povo colocasse suas vidas
em ordem! Se assim fosse feito seriam cobertos de bênçãos; do
contrário seriam cobertos de julgamentos.

Assim como Joel, o profeta do Pentecostes, através de Malaquias Deus


convida o povo a se converter novamente, e assim, Deus tornaria para
ele (Ml 3:7).

O DÍZIMO NOS DIAS DE JESUS

No Novo Testamento, Jesus reitera a obrigação da entrega do dízimo


na passagem a seguir: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois
que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o
mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém,
fazer essas coisas (entregar o dízimo de tudo) e não omitir aquelas"
(Mt 23:23).

Os fariseus legalistas se gloriavam porque davam o dízimo das


mínimas coisas, como a hortelã, o endro e o cominho porque constava
estatuído na Lei. Eles deviam sim cumprir com esta obrigação, todavia,
não desprezando a justiça, a bondade e a crença. Cumprir uma lei em
detrimento de outra, é negar todas. Já o escritor da carta aos hebreus
nos diz assim: "A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e
primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei
de Salém, que é rei de paz" (Hb 7:2). A alusão aqui é sobre
Mequisedeque, descrito abaixo: MELQUISEDEQUE (Rei da Justiça)
...Rei de SALÉM (antigo nome de Jerusalém) e sacerdote do Deus
Altíssimo. Abençoou a Abraão e recebeu dele o dízimo (Gn 14.18­20).
MELQUISEDEQUE É UM TIPO DE CRISTO, o Rei­Sacerdote (Sl 110:4;
Hb 5:6,10; 6:20; 7:1­28). Só que Cristo é Rei, Sacerdote e Profeta.

IMPORTANTÍSSIMO

Com o raiar da Nova Aliança, as coisas se mudaram, porque diante das


bênçãos advindas através de Jesus, as da Velha Aliança "pouco"
representavam, então os crentes que não se conformavam em
entregar somente o DÍZIMO, mas, eles DAVAM TUDO, e com isto não
havia entre eles necessitados algum e o Reino de Deus se expandia de
tal forma que chegou até nós aqui nos confins da terra (At 2:45; 2:39;
4:34). É bom notar que com todo o rigor da Lei, não me lembro de
alguém que tenha morrido por reter a parte do bem que pertencia ao
Deus, no Velho Testamento, entretanto, no alvorecer da
incomensurável Dispensação da Graça, Ananias e Safira, foram mortos
por negligenciar esta prática, exatamente no lugar da adoração a
Deus, no Templo.

A Igreja do Novo Testamento recebia dízimos dos primitivos cristãos?


Ou apenas "ofertas" a critério de cada um? Hebreus 7:8 declara que é
o próprio Cristo, aquele que vive para sempre, quem recebe nossos
dízimos, porque o dízimo é empregado exclusivamente na Sua obra.
Logo, a Igreja recebia sim, além dos dízimos, as ofertas, não somente
para consecução da obra, mas, também para socorro aos
necessitados, até mesmo porque, de certa forma, o socorro aos
comprovadamente necessitados está inserido no contexto do
compromisso da Igreja do Senhor.

ESTÁ PATENTE QUE JESUS ERA DIZIMISTA

Ele é o nosso exemplo em tudo; nele se cumpria em tudo a Lei.


Devemos fazer o que Ele fez. Ser Seu imitador assim como foi Paulo
(1Co 11:1). Sua vida foi investigada de forma minuciosa, e não tendo
denúncias reais o acusaram de quebrar o sábado, de fazer­se igual a
Deus, de ameaçar derrubar o templo e reedificá­lo em três dias, um
processo calunioso e ridículo. Porque não o acusaram de sonegar o
dízimo? Porque Jesus era dizimista. Cumpriu todos os preceitos da Lei
(Mt 3:15; 5:17­20; 17:24­27; Lc 10:4). Esta informação se resume
aos que insistem em afirmar que a Igreja de Cristo nada tem a ver
com o dízimo.

OUTRAS REFERÊNCIAS NEOTESTAMENTÁRIAS

Zaqueu, além de indenizar a quem fraudara quadruplicadamente e


ainda abriu mão da metade de seus bens, neste caso o dízimo de
Zaqueu foi de 50%, considerando a manifestação da graça de Deus em
sua vida (Lc 19:1­10).

A viúva observada por Jesus quando o Mestre sentou­se junto à Arca


do Tesouro para algo inusitado! Veja: Lucas 21:1­4 É importante notar
que nessa passagem, Jesus deixou de lado os demais trabalhos do
Templo para cuidar das contribuições! Ele estava na área do Templo
denominada de ÁTRIO DAS MULHERES. Neste local, havia sete caixas.
Em uma delas os adoradores poderiam depositar a quantia relativa ao
imposto do Templo, e as outras seis caixas eram para as ofertas
voluntárias, como a da viúva que deu. Esta não era apenas pobre, ela
tinha poucos meios para ganhar dinheiro. Seu pequeno presente era
um sacrifício, mas ela o entregou voluntariamente.

Em contraste com o modo que nós administramos nosso dinheiro,


aquela mulher deu TUDO o que tinha, deu o seu sustento e Jesus
estava ali a observar as contribuições das pessoas e julgar­lhes as
intenções. Essa pobre viúva depositou TUDO que tinha 100%.

O moço rico que reconheceu ser Jesus o Messias, pôs­se de joelho


diante dele para adoração, (os judeus só se prostravam diante de
Deus) depois de verificar que se tratava de um bom judeu, observador
da Lei, nesse caso, ele era dizimista; disse­lhe Jesus: "Falta­te uma
coisa: vai e vende TUDO QUE TENS, 100% (Mt 10:17­30). Jesus não
ordenou que se tornasse dizimista, porque ele já era, se não fosse
teria sido desmascarado. Esse moço era um forte candidato ao
apostolado, mas, era pego ao dinheiro. Jesus quer TUDO de nós,
espírito, alma e corpo. Assim como tudo que ELE tinha pertencia o Pai,
TUDO o que temos pertence a ELE (Jo 17:1­22).
Diante da multidão faminta, Jesus ordena a seus discípulos: “dai­lhes
vós de comer” (Mc 6:37), mas eles não tinham a menor ideia de como
prover meios para isto. De repente descobrem um menino que tinha
cinco pães e dois peixes, ou seja, sua pobre refeição. Mas diante
daquela situação quando solicitado, o menino não questionou,
entregando TODO seu almoço nas mãos do Mestre e com isto, cerca de
5.000 pessoas foram alimentadas e o menino recebeu ainda mais do
que tinha. 5.000 pessoas foram abençoadas pela presença de UM que
não tinha sua mão mirrada para Deus.

INCOERÊNCIA

Alguém procurar racionalizar a insignificância de sua contribuição


menos do que o dízimo, buscando defesa na Palavra de Deus. Crentes
sinceros às vezes buscam respaldo em 1Coríntios 16:2 "cada um deve
dar o que puder, conforme sua prosperidade.” Se um crente tivesse
mais dívidas do que dinheiro, e tivesse dificuldades até para comer;
estaria isento dessa contribuição, porque não teve prosperidade, mas
aqui não se trata do dízimo, mas dessa oferta que seria destinada aos
necessitado da Igreja em Jerusalém."

Do dízimo ninguém está isento, a não ser que esse não esteja
comendo e nem se vestindo. Porque ele não deve primeiro comer e
vestir para depois contribuir, visto que, a recomendação é que o dízimo
e as ofertas sejam tirados das primícias (Pv 3:9; Jr 2:3; Ez 20:40;
44:30; 48:14; Rm 11:16) e se ele come e veste das primícias, com
certeza não terá com que contribuir.

A seguir esses crentes apontam para 2Coríntios 9:7. Nesta passagem,


dá a impressão de que Paulo está ensinando que cada um decide por si
mesmo a importância com que vai contribuir para o Reino de Deus.
Um acha que pode dar muito, outro que deve dar menos, este conclui
que deve dar tudo, e aquele, que nada deve dar! Essas instruções de
Paulo dizem respeito a uma coleta especial para os pobres e
necessitados da Igreja de Jerusalém, assolados pela fome. Paulo fala
de levantamento de fundos para socorro, de ofertas extras,
espontâneas, para beneficência. Não se trata da contribuição regular,
sistemática, para o Senhor, leia (1Co 16:1­3; At 11:29; Rm 15:25­26;
2Co 9:1, 5, 9). Para essa oferta, Paulo não fala sobre porcentagem.
Ainda que esses apelos do apóstolo visassem a contribuição dos
crentes para a manutenção do ministério da Igreja, subsistiria a ideia
de proporção. Cada um deveria contribuir "conforme a sua
prosperidade", nesse caso Paulo não anula o sistema percentagem.
Não se queixe da falta de "sorte" "Queixe­se cada um de seus
pecados" (Lm 3:39). "Lembra­te de onde caíste! Arrepende­te" Ap
2:5). Nós não somos senhores, mas, somos escravos e escravos não
tem bens, os bens pertencem ao SENHOR! Olhando para a calmaria
que reina na casa de uma família extremamente dizimista e a
reclamação na casa dos que não adotam esta doutrina, vemos
nitidamente a coerência entre Ml 3:9 e At 5:1­10 ­ entendemos aí que
maldição é uma questão de opção (Dt 11:26, 28).

A necessidade da quebra de maldição, da cura interior, do descarrego,


das campanhas intermináveis, das andanças em busca de alguém que
possa ter uma revelação, das regressões, dos processos de sacrifícios,
como raspar a cabeça, deixar crescer a barba, andar descalço, vestir­
se todos de uma mesma cor, decorre da ausência de Deus na vida, da
inobservância a Seus preceitos, da intenção de invalidar o sacrifício
vicário de Cristo no Calvário, dando ênfase ao determinismo: "eu
determino" "eu não aceito" "eu declaro". O Espírito de Deus não
participa desses procedimentos. Esses deterministas adquirem a
confiança dos incautos, que passam a ser até mais do que dizimista,
na expectativa de aquisição de carros, casas, lojas, a ponto de os
senhores ministros não conseguirem transportar os dízimos que
recebem, no bolso, mas é necessário malas. E com esta prática
abominável a Receita Federal que dá isenção de impostos para as
Igrejas, mesmo sendo o estado laico, passa não a perseguir mas, a
fiscalizar até as que primam pelo bom senso, e com toda a razão. É
BOM RESSALTAR TAMBÉM QUE Abraão e seu neto Jacó já praticavam o
dízimo centenas de anos antes da promulgação da lei. Na verdade no
Novo Testamento o crente pertence totalmente a Deus. Ele dá o
dízimo, mas, não faz o que bem entende com os 90% que retém. Tudo
é de Deus, o crente é escravo de Cristo, o escravo não tem bens, tem
Senhor. É por isto que os crentes do Novo Testamento são motivados a
dar TUDO. Não mero 10%.

O PROBLEMA DA AUTOADMINISTRAÇÃO
Outra prática abominável tem sido a autoadministração da
contribuição, estive visitando um irmão em uma cidade no estado do
Espírito Santo, ele havia vendido uma fazenda por 80 milhões de
cruzeiros, cujo dízimo ele emprestou a juros até que aparecesse
naquela cidade um pastor que fosse de sua confiança para ele entregar
o dízimo que no caso seria de 8 milhões. E dois pastores já haviam
passado por lá, finamente ele ficou doente, exatamente quando eu o
visitei, então ele falou comigo, deitado em sua cama, sobre o dízimo e
o cuidado que ele tinha em entregar esse dinheiro, e o pastor nessa
época era meu sogro. Finalmente ele partiu para a eternidade e o
dízimo ficou na mão de quem ele cuidadosamente havia emprestado.
Em outra ocasião, uma irmã ficou viúva de um obreiro que trabalha
com trator, também para o mesmo estado, cujo trator virou em cima
dele, consequentemente, levando­o a óbito, e ao receber a indenização
a viúva foi instruída por uma antidizimista a comprar com o dízimo,
pedras marroada, muitas pedras, para a fundação da Igreja em nessa
outra cidade, onde nem o terreno a Igreja possuía, e comprou,
colocando­as na porta da Congregação que era alugada. Quando que a
Bíblia recomenda a honrar os que administram e ministram (Rm 13:7;
1Tm 5:17; Hb 13:7, 17).

MORDOMIA DO TEMPO

Como bons mordomos de Deus, devemos considerar também o tempo


que ELE nos concede: 24 horas por dia, dessas 24 horas é normal que
tiremos 8 para o trabalho; 1 e 36 minutos para o percurso entre a
residência e o trabalho; 8 para dormir; 4 para as refeições; 2 horas e
24 minutos é o dízimo do tempo para ocuparmos na promoção do
Reino de Deus. Quantos minutos por dia você tem tirado para a
promoção do Reino de Deus na terra. Fazendo uma visita a um
necessitado, evangelizando outro. Ou você não tem tempo para isto
porque você vive correndo em busca de alguém que te determine uma
vitória ou quem sabe até alguém que vaticine o seu futuro?! Ou você
pensa que gastando o "seu" tempo assim você está servindo a Deus?
Com certeza não! Você é servo; não é místico, você não pode ser
egoísta, Deus te dá de graça para você promover o SEU Reino entre os
pecadores. Faça isto (Mt 6:33).

Entre os necessitados. Você não é um mero seguidor, você um


despenseiro da graça de Deus. Ou não? Se não, pelo menos deveria.
Nestes 49 anos (03/1958­01/2007) tenho experiências, as mais
diversas, uma é sobre o pastor José Paes Martins, o conheci em 1965,
seu salário nunca ultrapassou ao mínimo e sua casa sempre teve de
TUDO, nunca morou em casa pequena, sempre teve dinheiro em
quantidade expressiva, inclusive para emprestar simplesmente para
ajudar as pessoas. Sua casa em Castelo ­ ES, era a hospedaria das
famílias quando vinham à cidade para tratamento de alguém, ficavam
semanas em sua casa, comendo e bebendo, dormindo, e ele com sua
esposa davam assistência em TUDO, em troca de nada material.
Inclusive minha esposa e eu fomos abençoados por eles quando
nasceu nossa segunda filha (17/07/1969. Nunca podemos
recompensá­los à altura. Até que um dia, sob meus cuidados
pastorais, internado em um hospital em Volta Redonda, já muito idoso;
cheguei à tarde no quarto do hospital em que ele estava; no momento,
ele estava deitado; assim que eu entrei, me coloquei de cócoras perto
da cama, com toda serenidade, ele sentou­se, serrou o punho da mão
direita, forço­a sobre a cama e me disse: ­ Jorge, daqui eu não saio
vivo, abaixei a cabeça, fiquei sem palavras, porque ele não era
contador de anedotas, e no dia seguinte, Deus o recolheu às Régias
Mansões Celestiais, foi para a glória, mas sua casa continuou com a
mesma fartura por vários anos. O Senhor continuou cuidando da sua
esposa, irmã Jandira Gomes Martins, até que por fim Deus a levou
também. Deus o honrou, até depois da morte!

AOS PASTORES QUE ADMINISTRAM A OBRA DO SENHOR

­ Se você foi chamado por Deus para ser pastor, a responsabilidade


primordial de seu sustento condigno é de Deus, e só secundariamente
da igreja, ou da tesouraria do presbitério, sínodo, ou denominação.
Mas você tem a obrigação de ensinar a igreja a praticar o dízimo.

­ Viva pela fé. Foi para isso que você foi chamado. Não murmure, não
estenda a mão à iniquidade, não desanime. A igreja é de Deus. O
Senhor cuida do seu povo, principalmente de seus servos pastores.

­ Viva na plenitude do Espírito Santo, não na carne. Fuja da aparência


do mal. Não racionalize o pecado. Esteja sempre no centro da vontade
de Deus.
­ De cada dez sermões doutrinários, um há de ser sobre o dízimo. Seja
exemplo de liberalidade e generosidade em sua própria contribuição.

­ Antes de admitir ao rol de membros os novos candidatos à profissão


de fé e batismo, veja se estão bem conscientes das obrigações e
privilégios do dízimo do Senhor. De modo algum recuse receber os que
vacilarem quanto ao dízimo. Mas esclareça a doutrina ao máximo. Se
revelarem relapsos na mordomia de seus bens, prestarão contas a
Deus. Não seja você o relapso, ocultando dos crentes uma doutrina de
máxima importância.

­ Obedeça ao preceito de Mateus 6:33: “buscai primeiro o reino e sua


justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Funciona!

­ Seja enérgico com os oficiais da Igreja que sonegam o dízimo.


Administra os dízimos alheios, mas eles próprios o retém! Talvez não
tenham percebido a incoerência. O oficial da igreja deve passar a
dizimar de imediato ou renunciar o cargo.

PRINCIPAIS OBJEÇÕES CONTRA O DÍZIMO

Crentes sinceros mas desconhecedores da doutrina evangélica do


dízimo, têm levantado objeções. Fazem­no, todavia, sem apoio nas
Escrituras, e até mesmo contra o ensino bíblico. As principais objeções
são:

­ O dízimo é da lei. Não estamos debaixo da lei. Não estamos no Velho


Testamento.

Resposta:
Abraão praticou o dízimo 400 anos antes da lei. Jacó foi dizimista
antes da lei.

­ O dízimo não é exigido no Novo Testamento.

Resposta:
Em Mateus 23:23 Jesus declara que não devemos desprezar o
essencial da lei, mas obedecer aos imperativos da misericórdia, fé e
justiça, inclusive o dízimo. A igreja apostólica recebia dízimos (Hebreus
7:8). O judeu devia um décimo ao Senhor. O cristão deve a si próprio,
cem por cento. Sua contribuição deve, pois, ser maior do que a do
judeu.

­ Quando Cristo mencionou o preceito de Mateus 23:23 ainda não


havia cumprido a lei. Esta se cumpriu na cruz. Além disso, essa
exortação foi dirigida aos fariseus hipócritas, não aos crentes.
Portanto, o Senhor não nos ordenou o dízimo.

Resposta:
Se esta objeção for válida, por coerência atiraremos ao lixo todo o
ensino do Senhor anterior à cruz, como o Sermão do Monte, a oração
dominical, as parábolas. O evangelho de antes da cruz não é
evangelho? Porventura o maior problema da igreja cristã não são os
“fariseus hipócritas?”

­ O dízimo em Israel era necessário porque levitas e sacerdotes não


receberam herança. Não podiam dedicar­se à indústria, comércio e
agricultura. O trabalho deles se restringia ao culto, pelo que o dízimo
era sua forma de sustento. Na igreja cristã não deve existir uma casta
sacerdotal, pastoral, ou clerical.

Resposta:
Deus chama ministros do evangelho, missionários, doutores em
teologia, em música, história da igreja, e muitos outros obreiros de
tempo integral, para uma infinidade de ministérios. Há o ministério do
ensino teológico, da evangelização, do pastorear, da administração de
entidades paraeclesiásticas, hospitais, escolas, editoriais, e despesas
com aluguéis, manutenção, água e luz, combustível, etc. O dízimo na
Igreja é mais importante do que em Israel.

­ Pastores, professores, missionários e outros cristãos deveriam ter um


emprego secular, a fim de ganhar a vida, como os demais crentes,
livrando a Igreja da responsabilidade de sustentá­los. Paulo fabricava
tendas, não?
Resposta:
A experiência milenar da Igreja é que o ministério eficiente é o de
tempo integral. O obreiro precisa de todo o tempo disponível para
estudar, preparar sermões, estudos, palestras, visitar o rebanho,
presidir reuniões, atender a compromissos da denominação, informar­
se pela mídia, separar tempo para si e para a família, repousar e orar.
Excepcionalmente há lugar para o ministério de meio expediente, que
não se deve confundir com o ministério “bico”, de fim de semana, que
oculta intenções inconfessáveis. Sim, Paulo fabricava tendas para
sobreviver. As igrejas não lhe enviavam o necessário sustento. E o
apóstolo adquirira o “mau hábito” de almoçar todos os dias. Ele teria
preferido dedicar­se ao ministério de tempo integral.

­ O crente é livre em Cristo. Se for muito rico, dará 30, 50 ou até 90


por cento para o Senhor, e nem assim sentiria que está agradando ao
Senhor, se ainda lhe sobrasse muito dinheiro. Outro crente, tão pobre
que não pode dar nem um centavo, porque já passa fome, está isento
de contribuir. Cada um dá conforme sua prosperidade, ou não dá
conforme sua miséria.

Resposta:
Sob a lei de Moisés, as ações é que configuravam a guarda ou a
quebra da lei. Sob a graça, as intenções do coração é que determina a
inocência ou a culpa, o grau de delinquência ou de piedade. O crente é
liberto por Cristo para superar o judeu no amor. O evangelho de Cristo
é social em sua essência; transforma o pecador, seja este miserável ou
milionário, dando­lhe um novo coração, e novo sistema de valores. O
miserável deixa de ser miserável, e o milionário se torna generoso.

­ Não posso dar o dízimo porque não sobra. Minhas despesas são
sempre maiores do que meu salário. Ganho uma miséria. Não tenho
sorte, nada dá certo, e vivo num país do Terceiro Mundo.

Resposta:
Ninguém dá o dízimo. Devolve ao Senhor o que é dele. Deus requer as
primícias, não as sobras. Em não havendo entrega das primícias, Deus
pode impedir que sobre. Crente enrolado em dívidas é crente sob a
disciplina de Deus, que precisa fazer um pacto de fidelidade ao Senhor,
pela fé. Nenhum cristão vive pela “sorte”. Você provavelmente foi
chamado para testemunhar de Cristo num país de Terceiro Mundo.

­ Não dou o dízimo, mas pelo menos dou uma oferta. Cada um dá
quanto pode, segundo propôs no coração.

Resposta:
Não se deve sonegar o dízimo do Senhor. Oferta só é oferta depois de
entregue o dízimo. Ofertas em lugar do dízimo são abominação
perante o Senhor. Ofertas cada um dá como quer. Dízimo o crente
entrega como Deus determina.

­ Acho errado falar tanto de dinheiro na Igreja. As coisas espirituais


são mais importantes do que dinheiro. Pedir dinheiro na Igreja
escandaliza visitas.

Resposta:
De fato, na Igreja não se deve falar demais em dinheiro. Em vez disso,
deve­se ensinar a doutrina da mordomia cristã de nosso corpo e
espírito, de nosso tempo e talentos, o que inclui nossa obrigação
quanto ao dízimo. Dinheiro é uma coisa, dízimo é outra. Dinheiro é
“mamom”, o deus do século, dízimo é retribuição de amor. Dinheiro
pode ser a trilha de Judas, dízimo deve ser o caminho da graça.

­ Nem sempre a Igreja administra bem os dízimos dos crentes. Às


vezes se esbanja no patrimônio. Algumas igrejas gostam de luxo e
ostentação, havendo tantas pessoas carentes. Prefiro ajudar as
instituições de caridade.

Resposta:
O crente tem a obrigação de filiar­se a uma Igreja cuja vida deriva da
Vida. A igreja de Cristo deve espelhar o próprio Cristo. Você não deve
apoiar uma Igreja que há muito tempo deixou de ser o Corpo de Cristo
e virou clube. O dízimo é de Deus, para ser entregue na tesouraria da
Igreja, e não para entidades beneficentes.

CONCLUSÃO
É extremamente lamentável notar os cultos que prestamos a Deus que
deveria ser de ADORAÇÃO, por ser esta sua finalidade precípua, se
tornando em culto de campanhas de prosperidades materiais,
libertação dos "libertos" que nunca ficam libertos. Contribuição
financeira em troca de acertos de negócios, casamentos, sair da
miséria, salvar casamento com o marido ou com a mulher do outro
(a). A TV faz apologia a isto através de "pastores, missionários, bispos
e apóstolos" inescrupulosos e os crentes tentam comprar de Deus as
coisas, quando que Deus não tem nada para vender. Ou Ele dá de
graça, ou então não dá NADA. Até o linguajar dos crentes mudam
diante dos apologistas da TV, assim como seus comportamentos no
culto que era para ser de adoração sincera.

CULTO QUE ERA PARA SER DE ADORAÇÃO

Já se ouve frases incoerentes entre nossos irmãos, tais como: abrace o


irmão que está do teu lado – pule, tire o pé do chão – pise no pé do pé
do teu irmão.

– dá glória – dá um tapa nas costa do teu irmão e grite, acorda


dormente! Isto decorre da negligência até mesmo dos Obreiros na
contribuição com os DÍZIMOS, sob a alegação sem fulcro de que esta é
uma prática do Velho Testamento e não do Novo! Entram na miséria e
depois têm que deixar sua congregação e partir para os pés desses
pregadores sem ética. O homem muda de conceito da noite para o dia,
mas Deus não muda. Neste caso, estaria Deus contente com a
mudança de conceito dos Seus filhos, quanto a forma de ADORARÁ­
LO?

DÍZIMOS E OFERTAS ALÇADAS FAZEM PARTE DA ADORAÇÃO

Se todos fossem pontuais na contribuição com os DÍZIMOS e


OFERTAS, os versículos abaixo poderiam ser obedecidos e os Obreiros
que dirigem Congregações devolveriam o DÍZIMO, do que receberiam
da Igreja por seu trabalho ministerial.

A BÍBLIA RECOMENDA ASSIM


Dt 25:4 Não atarás a boca ao boi, quando trilhar. 1Co 9:6­8: Ou só eu
e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais
milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu
fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite do gado? Digo
eu isso segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo?
Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que
trilha o grão. Porventura, tem Deus cuidado dos bois? 1Tm 5:18
Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E, digno
é o obreiro do seu salário Lc 10:7. E ficai na mesma casa, comendo e
bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário.
Não andeis de casa em casa. Destas passagens bíblicas, Paulo
determina que os obreiros do Senhor recebam côngruas por seus
serviços ministeriais e que não tenham suas bocas atadas assim como
se faziam com o boi quando trabalhava. Essa prática de atar a boca do
boi foi condenada na Velha Aliança e Paulo alude a isso dando ênfase a
côngrua do obreiro do Senhor. Mas, como pagar o que é justo ao
obreiro que trabalha se não há contribuição nem mesmo dos próprios
obreiros? Neste caso o recurso é INFRINGIR a Lei e depois arcar com a
INFLIGÊNCIA, ou seja, receber o justo castigo.

Duas coisas que andam juntas: quando o crente passa a ignorar o


dízimo, logo ele passa a entender também que não há mais
necessidade de congregar com os irmãos. Despreza a Igreja e nele
passa a inexistir a necessidade de interagir com os irmãos. O local de
culto perde o sentido – o ministério pastoral passa ser taxado de
exploração – a necessidade do calor dos irmãos desaparece e o
indivíduo arma uma grande teia como aranha e naquela redoma ele
leva uma vida de infelicidade! Isto é inquestionável.

CONCLUSÃO

Para adequação a uma forma mais inteligível desta apostilha para o


Curso Suplementar de Teologia da nossa Igreja, bem como a todos
meus leitores, no mês de dezembro do ano de 2012, após acurada
meditação e oração ao Senhor, a ampliei, acrescentando assim,
alguma páginas, buscando, segundo a orientação do Espírito do
Senhor, jogar mais luz sobre o assunto em apreço. Jamais tive durante
a elaboração da presente, a intenção de apresentar ponto de vista
radical e propriamente meu, mas, como sempre trato as coisas do
Senhor, primei somente pela apologética às doutrinas das Sagradas
Escrituras.

Volta Redonda, Rio de Janeiro


Volta Redonda, Rio de Janeiro
Janeiro de 2007

O servo do Senhor Jesus

Pastor Jorge Albertacci


E­mail: [email protected]

BIBLIOGRAFIA

Bíblia Sagrada – RC – SBB/1995;


Bíblia Sagrada – ARA – SBB;
Bíblia Sagrada – Aplicação Pessoal – SBB;
Dízimos & Bênçãos – Osvaldo Ramos – Vida;
Enciclopédia da Bíblia Teologia e Filosofia – Vol. 2 – R. N. Champlin,
Ph. D. J. M. Bentes.

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