LIÇÃO 09 - O DISCÍPULO E O DÍZIMO Versão Do Professor

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 9

LIÇÃO: 04/05/2024

LIÇÃO 09 – O DISCÍPULO E O DÍZIMO:


INTRODUÇÃO
1. SÍNTESE TEXTUAL:
2. ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
3. O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO:
 O Dízimo nos Dias de Abraão;
 O Dízimo nos Dias de Jacó;
 O Dízimo nos Dias de Moisés;
4. O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO:
 Jesus e o Dízimo;
 O Dízimo nas Cartas;
5. AS BÊNÇÃOS QUE ACOMPANHAM O DÍZIMO:
 Bênçãos Para a Igreja;
 Bênçãos Para Quem Paga ou Devolve o Dízimo;
6- PRATICANDO DISCIPULADO COM O QUE FOI APRENDIDO:
CONCLUSÃO:
 O Dízimo no Ponto de Vista Bibliográfico:
VERIFIQUE O QUE VOCÊ APRENDEU:
ESTUDO PARA SEMANA:
NOTAS:

OBJETIVOS DESSA LIÇÃO:


No término dessa aula você estará apto a:
 Exemplificar o ensino e a prática do dízimo no Antigo e no Novo Testamento.
 Identificar que devemos obedecer a Deus através de Sua Palavra, à Igreja, e aos nossos pastores;
 Mencionar com base bíblica, os efeitos benéficos da obediência na vida dos que a praticam;

INTRODUÇÃO

Versículo chave: Malaquias 3:10.


“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa[...]”.

O dízimo não é mera obrigatoriedade, mas um ato oriundo da fé nas promessas de Deus. O dízimo é
uma forma de você mostrar sua gratidão pelas bênçãos decorrentes da salvação. É tornar-se participante com
Deus na obra da evangelização do mundo. É o privilégio de tirar 10% de toda a renda pessoal e investir nos ne-
gócios de Deus aqui na Terra.

1
1- SÍNTESE TEXTUAL:

O conceito de dízimo no Antigo Testamento já existia na era patriarcal. Abraão deu a Melquisedeque o
dízimo de tudo. Portanto, antes da lei, o dízimo já existia. A lei apenas formalizou e sistematizou esta prática, e
os profetas pregaram a necessidade de sua observância. Era exigida a décima parte das rendas de uma pessoa
com vistas à manutenção da adoração; do sistema religioso e também para o benefício dos pobres da comuni-
dade judaica. No Novo Testamento, o próprio Cristo reforçou o conceito do dízimo como um ato de fé que pro-
duz obediência voluntária aos preceitos divinos. O dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, é um ato de gene-
rosidade do cristão, que faz parte da lei do amor. O resultado será que os crentes que assim fazem de nada terão
necessidade, pois Deus, o legítimo dono de todas as coisas, ama aqueles que dão com liberalidade e pureza de
coração.
O mais observado “não é quanto é dado” e sim que “sentimentos possuímos quando estamos dizimando”.

2- ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

Vamos fazer um exercício de interpretação desses textos bíblicos, no quadro da esquerda, coloque o que
você entendeu ao versículo que está à direita (não se preocupe se está certo ou errado e sim queremos entender
o que você entendeu quando leu esses versículos). Oriente-se baseando no exemplo deixado a respeito do se-
gundo versículo. Experimente fazer perguntas aos textos, tais como: “O que aprendo com esse versículo sobre
dízimo? ”; “Quem está ensinando sobre dízimo? ”; “O que está sendo pedido em dízimo? ”; “Quem são os be-
neficiados pelos dízimos aqui? ”
Levítico 27:30-32 - 30"Todos os dízimos da Resposta: Os dízimos pertencem ao Senhor. O
terra - seja dos cereais, seja das frutas - per- povo deveria dar os dízimos de todos os produtos
tencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor. da terra e do Rebanho.
31Se um homem desejar resgatar parte do seu

dízimo, terá que acrescentar um quinto ao seu


valor.
32O dízimo dos seus rebanhos, um de cada dez

animais que passem debaixo da vara do pas-


tor, será consagrado ao Senhor.

Números 18:21-32 - 21"Dou aos levitas todos os Resposta: Um dos propósitos do dízimo era o sus-
dízimos em Israel como retribuição pelo tra- tento dos levitas em troca dos serviços prestados
balho que fazem ao servirem na Tenda do En- na tenda da congregação; por sua vez, os levitas
contro. davam o dízimos dos dízimos ao sacerdote.
22De agora em diante os israelitas não poderão

aproximar-se da Tenda do Encontro, caso


contrário, sofrerão as consequências do seu
pecado e morrerão.
23É dever dos levitas fazer o trabalho na

Tenda do Encontro e assumir a responsabili-


dade pelas ofensas contra ela. Este é um de-
creto perpétuo pelas suas gerações. Eles não
receberão herança alguma entre os israelitas.
24Em vez disso, dou como herança aos levitas

os dízimos que os israelitas apresentarem


como contribuição ao Senhor. É por isso que
eu disse que eles não teriam herança alguma
entre os israelitas".
25O Senhor disse depois a Moisés:
26"Diga o seguinte aos levitas: Quando recebe-

rem dos israelitas o dízimo que dou a vocês


como herança, vocês deverão apresentar um

2
décimo daquele dízimo como contribuição
pertencente ao Senhor.
27Essa contribuição será considerada equiva-

lente à do trigo tirado da eira e do vinho do


tanque de prensar uvas.
28Assim, vocês apresentarão uma contribuição

ao Senhor de todos os dízimos recebidos dos


israelitas. Desses dízimos vocês darão a contri-
buição do Senhor ao sacerdote Arão.
29E deverão apresentar como contribuição ao

Senhor a melhor parte, a parte sagrada de


tudo o que for dado a vocês.
30"Diga aos levitas: Quando vocês apresenta-

rem a melhor parte, ela será considerada equi-


valente ao produto da eira e do tanque de
prensar uvas.
31Vocês e suas famílias poderão comer dessa

porção em qualquer lugar, pois é o salário


pelo trabalho de vocês na Tenda do Encontro.
32Ao apresentarem a melhor parte, vocês não

se tornarão culpados e não profanarão as ofer-


tas sagradas dos israelitas, para que não mor-
ram".

Deuteronômio 14:28,29 - 28"Ao final de cada Resposta: Outro propósito era auxiliar aos neces-
três anos, tragam todos os dízimos da colheita sitados: o estrangeiro, o órfão e a viúva.
do terceiro ano, armazenando-os em sua pró-
pria cidade,
29para que os levitas, que não possuem propri-

edade nem herança, e os estrangeiros, os ór-


fãos e as viúvas que vivem na sua cidade ve-
nham comer e saciar-se, e para que o Senhor,
o seu Deus, os abençoe em todo o trabalho das
suas mãos.

Deuteronômio 26:25 e Malaquias 3:8-10 - Resposta: Assim como Deus dera bênçãos a seu
Tomarás das primícias de todos os frutos do solo povo, os que as receberam deviam reparti-las com
que trouxeres da terra que o senhor teu Deus te as pessoas menos favorecidas. Dar o dízimo, por-
dá, e as porás num cesto, e irás ao lugar que o Se- tanto, traria bênçãos divinas, retê-lo traria maldi-
nhor teu Deus escolher para ali fazer habitar o ção.
seu nome.

Malaquias 3:8-10 - ⁸ Roubará o homem a Deus?


Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te rou-
bamos? Nos dízimos e nas ofertas.
⁹ Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim
me roubais, sim, toda esta nação.
¹⁰ Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para
que haja mantimento na minha casa, e depois fa-
zei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exérci-
tos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não
derramar sobre vós uma bênção tal até que não
haja lugar suficiente para a recolherdes.

3
Lembre-se que natural que tenham dificuldade de interpretar os textos, mas lembre-os que esse é um
exercício para auxiliá-los a fazer sozinhos interpretação de textos bíblicos e aprenderem a como fazê-lo, não só
com essas passagens, mas poderão usar essas regras em outros textos.

3- O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO:

Dar, devolver ou pagar o dízimo, no Antigo Testamento, constituía-se em separar a décima parte do pro-
duto da terra e dos rebanhos para o sustento do santuário de Deus e dos sacerdotes.

 O Dízimo nos Dias de Abraão:


A origem do dízimo perde-se no tempo, sendo anterior a Moisés e Abraão. No entanto, a primeira refe-
rência bíblica ao fato relaciona-se aos dias deste patriarca. Em Gênesis 14:20 está escrito que Abraão pagou a
Melquisedeque o dízimo de tudo, sendo que, nesse caso, não foi do produto da terra nem dos rebanhos, e sim do
despojo da guerra, costume também observado nos tempos antigos (Hebreus 7:2 - A quem também Abraão
deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém,
que é rei de paz;). Ora, quando o Novo Testamento se reporta ao assunto, é porque algum ensino existe para o
dia de hoje, como você terá a oportunidade de verificar mais adiante (Levítico 27:30,32-34 e Deuteronômio
12:5-6).
Nesse exemplo Abraão deu o dízimo do despojo de guerra.

 O Dízimo nos Dias de Jacó:


Posteriormente, na progressão da história bíblica, você encontrará o patriarca Jacó seguindo o exemplo
de Abraão, só que em outra circunstância; a de ser grato a Deus, se este lhe guardasse durante a sua jornada
(Gênesis 28:18-22 - ¹⁸ Na manhã seguinte, Jacó pegou a pedra que tinha usado como travesseiro, colocou-
a de pé como coluna e derramou óleo sobre o seu topo.
¹⁹ E deu o nome de Betel àquele lugar, embora a cidade anteriormente se chamasse Luz.
²⁰ Então Jacó fez um voto, dizendo: "Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fa-
zendo, prover-me de comida e roupa,
²¹ e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus.
²² E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Deus; e de tudo o que me deres
certamente te darei o dízimo"). É certo que a gratidão pelas bênçãos a serem alcançadas moveu o coração de
Jacó, que, de forma espontânea, reconheceu a soberania de Deus após a experiência em Betel.
Aqui não houve uma barganha, mas sim um propósito diante de Deus.

 O Dízimo nos Dias de Moisés:


Nos dias de Moisés, o dízimo passou a exercer importante papel na vida religiosa do povo israelita
(Deuteronômio 26:1-15 - ¹ E será que, quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der por he-
rança, e a possuíres, e nela habitares,
² Então tomarás das primícias de todos os frutos do solo, que recolheres da terra, que te dá o Senhor teu
Deus, e as porás num cesto, e irás ao lugar que escolher o Senhor teu Deus, para ali fazer habitar o seu
nome.
³ E irás ao sacerdote, que houver naqueles dias, e dir-lhe-ás: Hoje declaro perante o Senhor teu Deus que
entrei na terra que o Senhor jurou a nossos pais dar-nos.
⁴ E o sacerdote tomará o cesto da tua mão, e o porá diante do altar do Senhor teu Deus.
⁵ Então testificarás perante o Senhor teu Deus, e dirás: Arameu, prestes a perecer, foi meu pai, e desceu
ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente, porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa e nu-
merosa.
⁶ Mas os egípcios nos maltrataram e nos afligiram, e sobre nós impuseram uma dura servidão.
⁷ Então clamamos ao Senhor Deus de nossos pais; e o Senhor ouviu a nossa voz, e atentou para a nossa
miséria, e para o nosso trabalho, e para a nossa opressão.
⁸ E o Senhor nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com si-
nais, e com milagres;
⁹ E nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel.

4
¹⁰ E eis que agora eu trouxe as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste. Então as porás
perante o Senhor teu Deus, e te inclinarás perante o Senhor teu Deus,
¹¹ E te alegrarás por todo o bem que o Senhor teu Deus te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita, e o es-
trangeiro que está no meio de ti.
¹² Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos,
então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se
fartem;
¹³ E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao le-
vita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado;
não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci;
¹⁴ Delas não comi no meu luto, nem delas nada tirei quando imundo, nem delas dei para os mortos; obe-
deci à voz do Senhor meu Deus; conforme a tudo o que me ordenaste, tenho feito.
¹⁵ Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e abençoa o teu povo, a Israel, e a terra que nos deste,
como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel). Desta forma, não só a Casa de Deus era suprida,
como também mantida a tribo levítica, responsável pelo sacerdócio. Quando o povo se encontrava fraco e afas-
tado de Deus, o dízimo era negligenciado. Devolver o dízimo é, portanto, um sinal de avivamento, entre outros,
quando provém da fé e de um coração que reconhece o senhorio de Deus sobre todas as coisas. Por isso, Mala-
quias chegou a chamar de roubadores de Deus àqueles que não queriam dar os dízimos e desviavam o uso de
seu propósito (Malaquias 3:8-10), concitando-os* a fazer prova do Todo-Poderoso, que jamais deixará de
cumprir as suas promessas àqueles que lhe são fiéis.
Aqui temos um grande ensino, o roubo não era somente cometido pelo povo, como muitos apontam, mas o uso
incorreto dos dízimos e ofertas que eram muitas vezes desviados do seu uso correto.

4- O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO:

O dízimo não ficou restrito aos tempos do Antigo Testamento. O escritor da epístola aos Hebreus esta-
belece uma vinculação direta entre esta prática e o Novo Testamento, quando menciona o fato de Abraão ter
pago o dízimo de tudo a Melquisedeque. Vale lembrar, inclusive, que o mesmo autor afirma ser Cristo sumo
sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 5:10 - Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo
a ordem de Melquisedeque). Ora, isto quer dizer que, se a ordem é a mesma, os deveres e privilégios conti-
nuam também os mesmos, sem alteração, e isto inclui o dízimo. Devolver o dízimo, portanto, é dar sequência,
em Cristo, ao sacerdócio de Melquisedeque, que é “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio
de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sem-
pre” (Hebreus 7:3).
É comum muitos dizerem que o “dízimo” faz parte do Velho Testamento, e não faz parte da “graça, mas na ver-
dade, a necessidade do dízimo se faz presente nos dias de hoje, por isso, não como um mandamento novo e sim
por amor a obra de Deus.

 Jesus e o Dízimo:
O próprio Cristo não passou ao largo do dízimo (Mateus 23:23,24 - ²³ "Ai de vocês, mestres da lei e
fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os
preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coi-
sas, sem omitir aquelas.
²⁴ Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo).
Você descobriu, entre outras coisas, que a prática do dízimo entre os contemporâneos de Jesus tornou-se
legalista e ostentatória de falsa espiritualidade. Os escribas e fariseus cumpriam esta determinação para serem
vistos e honrados pelos homens, e não como fruto sincero de corações agradecidos. Era apenas aparência. Nada
mais. Todo o texto de Mateus 23 enfatiza este lado da arrogância, da falsa religiosidade, onde a hipocrisia se
reveste de justiça para tomar-se a glória de corações iníquos e apodrecidos.

5
Alguns podem pensar, à primeira vista, que Jesus estivesse condenando o dízimo. Porém, uma leitura
mais acurada do texto (Verso 23) revela que Ele estava reprovando a motivação errada. Foi isso que deixou
claro ao afirmar: “[...] pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da
lei, o juízo, a misericórdia e a fé”. Ou seja, uma coisa não pode existir sem a outra. É tanto que acrescentou:
“Deveis, porém, fazer estas coisas (Viver o juízo, a misericórdia e a fé), e não omitir aquelas” (dar o dízimo
da hortelã, o endro e o cominho).
O que Jesus fez foi reforçar o conceito de que o dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, para aparen-
tar justiça, é um ato de fé que produz obediência voluntária aos mandamentos da Palavra de Deus.
Muitos que dão grandes ofertas e dízimos queriam atenção e serem notados na época de Jesus, infelizmente
muitas pessoas esquecem que Deus não tem prazer nisso, o importante não é a oferta em sim ou valor do dí-
zimo que é dado, mas que ato de fé produzimos ele.

 O Dízimo nas Cartas:


Ainda que a palavra dízimo não apareça nos ensinos do apóstolo Paulo, está implícita todas as vezes em
que ele admoesta sobre a contribuição (1 Coríntios 16:2 - No primeiro dia da semana, cada um de vocês se-
pare uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas
quando eu chegar).
Duas coisas aparecem no texto: as contribuições eram feitas no primeiro dia da semana (domingo), pro-
porcionalmente à prosperidade de cada um. O dízimo é exatamente isto. Quando se devolve 10 por cento, ele
sempre será proporcional. Em outras palavras, quanto mais o crente prospera, mais contribui. O apostolo tam-
bém reitera o conceito de que a contribuição sistemática, além de proporcional, deve ser oriunda da motivação
correta. Ele afirma: “Não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2
Coríntios 9:7).
Qual é a nossa motivação quando devolvemos o dízimo e damos ofertas voluntárias? Pergunte aos irmãos e
ouça as possíveis respostas, tire duvidas caso houver.

5- AS BÊNÇÃOS QUE ACOMPANHAM O DÍZIMO:

 Bênçãos Para a Igreja:


Se todos os crentes “pagassem” ou “devolvessem” o dízimo, não haveria necessidade de a igreja local
lançar mão de campanhas financeiras para a execução de sua tarefa. O que ocorre é exatamente o oposto. É pe-
queno o percentual dos que se dispõem a cumprir este mandamento, talvez por falta de ensino e de ter a visão
correta do que significa dízimo.
Malaquias afirmou que o dízimo é para que haja “mantimento na Casa do Senhor”. Aplicando-se ao
contexto de hoje, é o meio que a Igreja tem aqui na Terra para realizar e evangelização, enviar missionários,
manter os seus obreiros, cuidar da assistência social, construir templos para abrigar o povo e suprir o dia-a-dia
da administração. Por exemplo: como a Igreja poderá ser abençoada com o crescimento, se lhe faltam recursos
para adquirir folhetos, enviar obreiros, dar suporte aos programas de evangelismo e ajudar no cuidado aos ca-
rentes da Igreja e da comunidade? O dízimo é para isso também. Uma boa finalidade para ele.
Toda igreja tem a necessidade básica de uma organização, aprendemos que assim como uma casa tem os seus
custos, não é estranho notarmos que a igreja também tem suas contas e necessidades também, por isso não po-
demos negligenciar sermos dizimistas.

 Bênçãos Para Quem Paga ou Devolve o Dízimo:


A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiro trazer os dízimos, de-
pois fazer prova do Senhor, que garante derramar bênção tal, trazendo maior abastança. Porém, é preciso que
fique claro: isto não anula as aflições da vida, onde podem aparecer os momentos de sequidão. Agora, com cer-
teza garante vitória aos que, com fidelidade em tudo atravessam estas horas mais difíceis, pois a Palavra de
Deus jamais cai por terra. Fazer prova aqui não é chantagear o Senhor, mas saber que Ele é recíproco para co-
nosco, se cumprimos a nossa parte. “Se vós estiverdes em mim”, disse Ele, “e as minhas palavras estiverem
em vós”. Veja algumas coisas que acontecem quando, motivado pela visão correta, o crente devolve o dízimo:

6
a) Sente-se recompensado por sentir-se parte ativa da Obra de Deus;
b) Deus o socorre em tempos trabalhosos;
c) Torna-se exemplo para os demais;
d) Deus é reciproco em proporções bem maiores;
e) Os recursos são mais abundantes para os projetos da igreja;
f) A obra de Deus é realizada com maior rapidez;
Bênçãos para quem é dizimista não tem nada a ver com a mentira pregada em muitas igrejas que defen-
dem a heresia mais comum hoje em dia, a Teologia da Prosperidade. É verdade que Deus é poderoso para pros-
perar a nossa vida em quaisquer circunstâncias que estamos vivendo, no entanto, essa heresia diz que se não
prosperamos, estamos em pecado, ou algo parecido, traduzem errado que não somos cauda e sim cabeça de
Deuteronômio 28:13 (O Senhor fará de vocês a cabeça das nações, e não a cauda. Se obedecerem aos
mandamentos do Senhor, do seu Deus, que hoje lhes dou e os seguirem cuidadosamente, vocês estarão
sempre por cima, nunca por baixo), na verdade temos aqui uma interpretação totalmente errada deste versí-
culo. Agora imagine esse cenário, se realmente fosse assim: “Se todos os cristãos se tornassem adeptos dessa
teologia, todos seríamos patrões e não existiria mais empregados”, e mais um exemplo: “Como você prega
Teologia da Prosperidade em um país que há perseguição contra cristãos, onde seus bens são roubados por
causa dessa perseguição, e no fim, vão dizer que esses cristãos perseguidos estão em pecados por que ficaram
pobres devido a perseguição”? Isso prova que é o uma falsa Teologia que não se sustenta em qualquer cenário
real.

6- PRATICANDO DISCIPULADO COM O QUE FOI APRENDIDO:

Você aprendeu que o dízimo é uma doutrina que se fundamenta em toda a Bíblia, não sendo, portanto,
uma imposição humana. Descobriu, também, que é um ato de fé, onde não há lugar para o legalismo e a falsa
religiosidade. Viu, ainda, que é fruto de gratidão pelas bênçãos do Altíssimo, que resulta na obediência voluntá-
rias aos mandamentos da Palavra de Deus. Finalmente, pôde perceber que devolver o dízimo conduz, pelo me-
nos, a duas coisas: a termos “mantimentos na Casa do Senhor” e “maior abastança” em nossa vida pessoal.
Diante do exposto, cabe-lhe avaliar como novo crente, que existe segurança em seguir as orientações bíblicas,
devendo pôr em prática os ensinamentos bíblicos recebidos.
1- Se você ainda não teve a experiência de pagar ou devolver o dízimo, comece a fazê-lo já esse mês ainda.
Não olhe para o tamanho do seu salário, se ele é pequeno, mas para a grandeza de Deus, a quem você
está servindo com sua contribuição. Lembre-se que é apenas 10 por cento de sua renda, uma quantia
certamente menor do que daquela empregada, outrora, em coisas vãs.
2- Se você já vinha pagando ou devolvendo o dízimo, mas com a motivação errada, mude de rumo: faça-o
por amor à obra e como um ato de fé nas promessas de Deus, que resulta na obediência voluntária aos
seus mandamentos sem legalismo.
3- Saiba que de sua decisão em investir na obra de Deus dependerão muitos projetos de sua Igreja, princi-
palmente os relacionados com a evangelização e a obra missionária.
4- Não se esqueça, também, de que seus irmãos em Cristo que estejam passando por alguma necessidade,
bem como os mais carentes da comunidade, poderão ser melhor abençoados se o seu dízimo for reco-
lhido regularmente à casa do Senhor.
5- Lembre-se, finalmente, da promessa bíblica: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos
20:35).
6- Entenda que você congrega em uma Igreja que não foca em “cobrar dízimos e ofertas em todos os cultos
por meio de suas principais mensagens semanais” e nem transforma praticamente “todas as principais
passagens da Bíblia em ensinos sobre dízimos e ofertas”, pelo contrário, congregamos em uma Igreja
que seu pastor te orienta a fazer prova com Deus baseado em Malaquias 3:10 e se em três meses, se o
Senhor não te responder, te aconselha a deixar de dizimar.

7
Não acredite em falácias sobre o uso mal administrado dos dízimos e ofertas, você congrega em uma
igreja séria e que leva sério as coisas de Deus e que tem temor de Deus, procure conhecer as necessidades de
sua igreja, e na medida do possível, e dentro de suas possibilidades ajude ela como puder, igreja tem contas,
paga água e luz. E não estamos dizendo que não existam igrejas em que seus administradores sejam corruptos,
mas uma igreja séria não vive em função de pregar somente prosperidade, e sim de pregar mudança de vida,
porque o que compensa você ter uma vida financeira abastada aqui e não ter uma vida de arrependimento e que
vive em santificação.

CONCLUSÃO

 A Obediência no Ponto de Vista Bibliológico:


Antes do advento da Lei, o dízimo era um ato proveniente da espontaneidade e baseado na gratidão,
com a Lei, o dízimo passou a ser uma obrigação moral inadiável, um tipo de tributo permanente ou imposto
pago para a conservação e manutenção do governo sacerdotal instituído por Deus. Contudo faz-se mister salien-
tar que o “espírito” que envolvia o ato de dizimar antes da Lei não “morreu” com a promulgação* da Lei, pois
qualquer judeu nesta época estava consciente da participação determinante de Deus em seus progressos e suces-
sos. Além disso, ele devia ser agradecido pelo resto de sua vida, em relação da libertação que Deus operou no
Egito o seu favor. Isso tudo servia de elemento motivador do pagamento ou devolução do dízimo. Porém o que
não podia se esquecer é que o amor, o compromisso com Deus e a moral vêm sempre antes da Lei.
Entregar dádivas, ofertas e oferendas a Deus sempre refletiu o impulso espontâneo de um coração agra-
decido. Mas com o passar do tempo e, sobretudo, com a própria degeneração moral e espiritual do homem, a
sociedade esqueceu-se de Deus, salvo raríssimas exceções, e foi concebendo um tipo de comportamento estra-
nho, interesseiro, avarento e egoísta que precipitou a ruptura da comunhão entre o Criador (Deus) e sua criatura
(homem). Então, Deus precisou escolher dentre os povos apenas um, através do qual pudesse resgatar valores
esquecidos, tais como gratidão, generosidade, abundancia, obediência, lealdade etc., que são elementos impres-
cindíveis para que o homem não se desumanize ou se descaracterize como imagem e semelhança de Deus.

VERIFIQUE O QUE VOCÊ APRENDEU:


1- O que significa pagar ou devolver o dízimo?
Resposta: Tirar 10% de toda a renda pessoal e investir nos negócios de Deus aqui na Terra.
2- O dízimo deve ser pago por mera obrigatoriedade ou como um ato de fé nas promessas de Deus?
Resposta: Como um ato de fé nas promessas de Deus.

3- Em que circunstância o dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia?


Resposta: Abraão pagando o dízimo de tudo a Melquisedeque.

4- Qual o profeta que chamou de roubadores de Deus aquele que usurpam do dízimo, roubando do seu uso
verdadeiro, no Velho Testamento?
Resposta: Malaquias.

5- Qual a utilidade do dízimo para a igreja local?


Resposta: Evangelização, enviar missionários, manter os seus obreiros, cuidar da assistência social, cons-
truir templos e suprir o dia a dia da administração.

8
ESTUDO PARA SEMANA (leitura sugerida):
SEGUNDA: leia Malaquias 3:8-10 para hoje;
TERÇA: leia Levítico 27:30-32 para hoje;
QUARTA: leia Números 18:21-32 para hoje;
QUINTA: leia Deuteronômio 14:28,29 e Deuteronômio 26:25 para hoje;
SEXTA: leia Mateus 23:23,24 para hoje;

MEDITAÇÃO DA SEMANA: Deus disse: “Meu povo perece porque lhes falta conhecimento...” (Oseias
4:6). Comece a se esforçar para estudar a lição e participar das aulas, para que não sejamos contados entre esses
que perecem, não deixe de vir e participar por motivo banal (Deus sabe o motivo de cada um de não poder par-
ticipar das aulas, realmente Ele “sabe mesmo”), aprender é uma oportunidade que o Senhor nos dá nos dias de
hoje e não devemos ignorar porque chegará a hora que não poderemos mais falar de Jesus, e aí não poderemos
reclamar das oportunidades perdidas.
Oremos e vigiemos para que não sejamos surpreendidos pelo fato de termos a oportunidade de ler a Pa-
lavra de Deus, e ficar negligenciando dê o fazê-lo, porque realmente virão tempos tempestuosos em que não
teremos mais a oportunidade de ler e pregar a Bíblia e o cenário não caminha bem para os cristãos que real-
mente querem ler e viver o que a Bíblia ensina.

NOTAS:

https://www.bibliaonline.com.br/acf
Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora – Emery H. Bancroft
Dizimista, Eu?! Rio de Janeiro. CPAD, pp. 45,46

* Concitar: “Concitar” significa incitar, estimular, instigar ou provocar algo ou alguém. É um verbo que ex-
pressa a ação de incentivar ou motivar alguém a realizar determinada atividade ou comportamento.

* Promulgação: “Promulgação” é o ato pelo qual uma lei é tornada pública e oficial. Após um projeto de lei
ser aprovado pelo legislativo, a promulgação é o passo final em que a autoridade competente, geralmente o
chefe do poder executivo, sanciona e torna a lei oficial, comunicando-a à população. Isso significa que a lei en-
tra em vigor e passa a ser aplicada.

Você também pode gostar