Projeto_de_TCC_Eliana e Ronaldo - STB
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PROJETO DE TCC
Ronaldo Schneider
NOVA VENÉCIA - ES
2024
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
1.1 A DENGUE NO BRASIL 3
1.2 ENSINO DA DENGUE 3
1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA 4
2. JUSTIFICATIVA 6
3. OBJETIVOS 8
3.1 OBJETIVO GERAL 8
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 8
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 9
5. CRONOGRAMA 14
6. REFERÊNCIAS 15
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1. INTRODUÇÃO
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1.2 ENSINO DA DENGUE
Ao trabalhar sobre a dengue em sala de aula, com as famílias e com a comunidade no
entorno escolar, os educadores da instituição visam contribuir para a redução do número de
casos na cidade, através de uma corrente de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
As estratégias de combate à dengue envolvem uma abordagem multifacetada que inclui
prevenção, controle do vetor e conscientização pública. Aqui estão algumas estratégias
eficazes: eliminação de criadouros, fumacê e larvicidas, controle biológico, educação e
conscientização, monitoramento e vigilância, engajamento da comunidade, melhoria da
infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento.
1.4 JUSTIFICATIVA
A incorporação de métodos educativos no ensino de ciências pode ter um efeito
considerável na compreensão dos estudantes em relação à doença, aos seus transmissores e às
medidas de prevenção. Isso pode resultar em uma mudança de atitude capaz de diminuir a
propagação desse problema de saúde.
A educação em saúde é um componente crucial das políticas de saúde atuais para
promover a saúde e prevenir doenças. Após anos de aplicação de métodos isolados, que têm
se mostrado ineficazes, agora sabe-se que o método mais eficaz para controlar a transmissão
viral da dengue é o uso de uma abordagem integrada, apoiada por entidades governamentais
locais e pela população (RANGEL, 2008; GIRÃO et al., 2012). Crianças e adolescentes em
idade escolar são um grupo importante para introduzir novos conceitos na comunidade porque
estão em um processo de formação cognitiva e são membros permanentes.
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A análise bibliográfica acerca da dengue e das medidas educativas em saúde para o
ensino de ciências pode trazer à tona abordagens e tecnologias inovadoras empregadas na
prevenção e combate dessa enfermidade. Isso engloba a utilização de recursos digitais na
educação em saúde, a criação de novas vacinas e terapias, e a adoção de métodos científicos
para elucidar a disseminação do vírus.
Apesar dos progressos na compreensão da dengue e nas estratégias de educação em
saúde, existem ainda lacunas significativas no conhecimento. Isso pode englobar a eficácia de
diferentes abordagens de educação em saúde, a compreensão dos fatores que contribuem para
a propagação da doença e a eficácia das intervenções tecnológicas. Uma revisão da literatura
pode auxiliar na identificação dessas lacunas e orientar pesquisas futuras.
A relevância desse trabalho é indiscutivelmente indispensável, uma vez que pode
impactar positivamente a área de educação em saúde e o ensino de ciências em diversas
dimensões. Pode proporcionar uma visão abrangente das estratégias atuais de educação em
saúde para a dengue, identificar áreas que demandam mais pesquisa e sugerir novas
abordagens para a prevenção e controle da doença. Ademais, pode orientar os educadores
sobre as melhores práticas para integrar a educação em saúde ao currículo de ciências. Enfim,
pode contribuir para a redução da incidência de dengue através da educação eficaz.
1.5 OBJETIVOS
1.5.1 OBJETIVO GERAL
Analisar, através de uma revisão sistemática de literatura, a eficácia das diferentes
estratégias de educação em saúde na prevenção e controle da dengue entre estudantes do
ensino fundamental II.
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publicados no período de 2018 a 2024. A opção por realizar a revisão no determinado
período foi adotada com o intuito de acompanhar as evidências de estudos mais recentes a
respeito do tema em constante atualização.
Após a seleção dos estudos, os dados serão organizados em uma planilha e agrupados
em um formulário. Cada item deve conter informações sobre as características dos estudos,
como autores, título do artigo, periódico, ano da publicação, país, período da realização do
estudo, idioma, tipo de estudo, participantes, intervenções de combate e controle do mosquito
e resultados.
O método qualitativo será utilizado para analisar os dados e identificar as categorias
temáticas a partir da leitura minuciosa dos estudos incluídos na revisão. Após a leitura, foram
identificadas seis categorias, sendo elas: estratégias educativas, tecnologia e ferramentas
digitais no ensino, envolvimento da comunidade escolar, impacto na mudança de
comportamento, desafios e limitações das estratégias educativas e resultadas de programas
educacionais sobre saúde pública. Os
dados serão inicialmente sintetizados por meio de fichamentos e a partir dali
resumidos e compilados em quadros, para facilitar a compreensão
dos resultados.
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2. DESENVOLVIMENTO
O impacto na modificação da estrutura epidemiológica levam a fatores que possam
estimular determinados tipos de doenças. Os fatores ambientais na patologia da dengue tem
grande influência, visto que este se torna um determinante para o estímulo da criação do
vetor, mosquito Aedes Aegytpti. Deve-se levar em consideração, o ambiente onde está sendo
desenvolvido o surto, visto que a frequência relativa dos casos deve ser analisada para que
ações, medidas sejam adotadas.
Diante das novas funções e arranjos que as cidades foram sendo estabelecidos, novos
problemas de saúde foram surgindo como a dengue, pois essa doença caracteriza um
problema recorrente dos espaços urbanos que provoca transtornos em diferentes setores da
sociedade.
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, um vetor que
se adaptou ao ambiente urbano e encontrou condições ideais de proliferação nas áreas
tropicais e subtropicais, especialmente no Brasil. Com milhões de casos registrados
anualmente, a dengue representa uma das principais preocupações de saúde pública no país.
Para o autor Marques e Souza (2019, p.45), "a dengue representa uma das maiores ameaças à
saúde pública nas regiões tropicais, onde o Aedes aegypti encontra as condições ideais para se
reproduzir e proliferar".
No país, os surtos de dengue são mais comuns durante os meses de maior
pluviosidade, momento em que a água parada se acumula em recipientes, pneus, caixas d'água
e outros ambientes que favorecem a reprodução do mosquito. Tal cenário agrava o ciclo de
transmissão e, consequentemente, o aumento de casos da doença. Além disso, a crescente
urbanização desordenada e a precariedade do saneamento básico nas cidades brasileiras
contribuem para a expansão do vetor (SILVA; ALMEIDA, 2020).
O mosquito Aedes aegypti apresenta hábitos urbanos, diurnos e que, ao contrário de
outros vetores, se reproduz preferencialmente em ambientes criados pelo próprio homem.
Encontra facilidade para se reproduzir em água limpa e parada, como as que se acumulam em
recipientes domésticos e nas áreas de descarte inadequado de resíduos (RODRIGUES, 2021).
A urbanização desordenada em junção com a falta de conscientização sobre o descarte de
resíduos sólidos contribui para o aumento dos criadouros do mosquito, tornando o controle
mais difícil. Para Lopes (2022, p.67), "o ciclo de reprodução do Aedes aegypti é rápido e
muito dependente do ambiente, o que torna o controle da dengue um desafio contínuo para as
políticas públicas de saúde".
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Destarte ainda que, a transmissão da dengue ocorra quando o mosquito fêmea
infectado pica uma pessoa injetando o vírus, levando a sintomas como febre alta, dor intensa
nas articulações e músculos (a chamada "febre quebra-ossos"), dor de cabeça, dor atrás dos
olhos e, em casos graves, manifestações hemorrágicas. Para o autor Lima (2019, p.72), "a
dengue hemorrágica demanda tratamento hospitalar imediato e representa uma situação de
emergência médica", o que evidencia a gravidade da doença e a necessidade de
monitoramento constante dos casos graves.
Em se tratando dos tipos da patologia da dengue verifica-se que existem atualmente
quatro sorotipos virais (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), o que significa que um indivíduo
pode ser infectado até quatro vezes por diferentes tipos do vírus, e as infecções subsequentes
podem aumentar o risco de desenvolver formas mais graves da doença (SANTOS; CRUZ,
2018). As infecções secundárias são frequentemente associadas à dengue hemorrágica, que
envolve sangramentos nas mucosas, pele e órgãos internos, além de uma potencial queda
brusca da pressão arterial, podendo ser fatal se não tratada de forma imediata.
Além desses sintomas clássicos da febre e dores corporais intensas, a patologia da
dengue pode se manifestar em formas mais graves com sintomas como vômitos persistentes,
dor abdominal intensa, acúmulo de líquidos, e dificuldades respiratórias. Esses sintomas
graves tornam a dengue uma emergência médica que exige hospitalização e cuidados
específicos para evitar complicações mais sérias, como insuficiência de órgãos (OMS, 2022).
Discorrendo brevemente a respeito do controle da dengue é um desafio complexo, que
envolve não apenas o uso de inseticidas, mas também ações de conscientização comunitária,
melhorias no saneamento básico e a eliminação de criadouros do mosquito. Na perspectiva de
Cunha (2020, p.90), "apenas com a união de esforços entre governo, sociedade e pesquisa
científica será possível controlar a disseminação do Aedes aegypti e, consequentemente,
reduzir os casos de dengue". Campanhas educativas e de conscientização popular são
fundamentais para estimular a eliminação de recipientes com água parada nas residências,
especialmente em áreas urbanas densamente povoadas.
Além das práticas de eliminação de criadouros, novas tecnologias têm sido testadas,
como a liberação de mosquitos estéreis para reduzir a reprodução e a infecção dos mosquitos
com a bactéria Wolbachia, que reduz a capacidade do Aedes aegypti de transmitir o vírus da
dengue (Souza, 2021). Entretanto, apesar dessas iniciativas, o controle do vetor e a
diminuição de casos dependem, em grande parte, da mobilização da população e de políticas
públicas contínuas e eficazes.
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Por meio dos dados apresentados acima, observa-se que o impacto da dengue acaba
por ultrapassar as barreiras da saúde pública, afetando também o desenvolvimento econômico
e social do Brasil. Os custos que estão associados ao tratamento da doença, internações
hospitalares, perda de produtividade no trabalho e o impacto emocional nas famílias afetadas
representam uma sobrecarga significativa tanto para os sistemas de saúde quanto para a
economia. Estudos recentes indicam que a dengue gera uma "carga socioeconômica
significativa, especialmente em países em desenvolvimento, onde o controle da doença é
menos eficaz" (OMS, 2022, p. 21).
Aliado a isso, os gastos com internações e os dias de afastamento no trabalho são
alguns dos custos diretos e indiretos mais elevados relacionados à dengue. "O impacto
financeiro e social da dengue é substancial, especialmente em comunidades carentes onde a
infraestrutura para controle da doença é limitada" (RODRIGUES, 2021, p. 33). Nesse
contexto consta-se que os fatores ressaltados evidenciam a necessidade de investimento
constante em prevenção e em estratégias de longo prazo que considerem tanto o controle do
vetor quanto a educação da população para práticas de saúde e saneamento, mostrando a
significância da pesquisa proposta.
O enfrentamento da dengue no Brasil requer uma abordagem multidisciplinar e uma
integração entre os setores de saúde, educação e meio ambiente. As políticas públicas voltadas
ao combate ao mosquito Aedes aegypti e à conscientização da população têm se mostrado
essenciais para a redução dos casos, mas são necessárias intervenções contínuas para que os
resultados sejam sustentáveis. Lopes (2022, p.120), ressalta que "uma abordagem integrada e
com apoio popular pode fazer a diferença no controle e na prevenção da dengue, reduzindo os
impactos sociais e econômicos da doença". Assim, a implementação de medidas de controle
ambiental, somada a esforços educativos e o avanço da pesquisa científica, é fundamental
para reduzir a carga da dengue e seus impactos no Brasil.
Devido à alta incidência e à possibilidade de evolução para uma forma mais grave, a
dengue tem sido considerada um preocupante problema de saúde pública. A compreensão do
impacto social e econômico da dengue é muito importante para a implementação eficaz de
estratégias de prevenção e controle.
Sabe-se que a educação em saúde possui papel de grande importância na prevenção e
controle da dengue. Quando se promove a conscientização sobre medidas de proteção
individual e coletiva, e também bem como sobre a identificação e eliminação de criadouros do
mosquito transmissor, a educação em saúde pode contribuir significativamente para a redução
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da incidência e gravidade da dengue. Assim, entender as estratégias de educação utilizadas é
imprescindível para o desenvolvimento de intervenções eficazes e sustentáveis no combate à
doença.
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fica mais diferenciado e elaborado, ou seja, aprende-se a partir do que já se conhece.
(SANTOS, 2024).
Considera-se que a aprendizagem é significativa quando uma nova informação adquire
significados para o aprendiz através de uma ancoragem em aspectos relevantes da estrutura
cognitiva preexistente do indivíduo. Caracteriza-se pela interação entre o novo conhecimento
e o prévio. Para que a aprendizagem significativa ocorra é preciso disposição do indivíduo
para aprender, presença de conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva do aprendiz,
e material didático significativo para esse sujeito. (SANTOS, 2024).
A legislação brasileira garante que todos os indivíduos têm direito à vida, à saúde, à
segurança, à instrução — todos esses direitos ocorrendo em clima de liberdade. São direitos
que devem ser incorporados e garantidos à vida do cidadão de forma consciente e não apenas
como mera informação.
Saúde não deve ser considerada apenas como a ausência de doença, apesar de esse
conceito não estar totalmente errado, no entanto, o conceito de saúde é muito mais amplo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1946), saúde é um "estado de completo
bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade".
A educação em saúde é um campo interdisciplinar que busca promover o
desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e práticas relacionadas ao cuidado com a saúde e
ao bem-estar das pessoas e comunidades. No contexto educacional, ela desempenha um papel
fundamental na formação de uma consciência crítica sobre temas de saúde e na criação de
uma cultura de autocuidado e prevenção. No ambiente escolar, a educação em saúde engloba
temas como higiene, alimentação saudável, atividade física, prevenção de doenças, saúde
mental, e questões de saúde pública e ambiental, todos ajustados ao nível etário e ao contexto
social dos estudantes (BRASIL, 2017).
A educação em saúde visa a empoderar os indivíduos para que façam escolhas
saudáveis, incentivando o autocuidado e a prevenção de doenças. Conforme assinala Barbosa
(2019, p.45), "a promoção da saúde é mais eficaz quando os indivíduos entendem os fatores
que influenciam seu bem-estar e se sentem habilitados a agir sobre eles". No ambiente
escolar, essa educação ajuda a construir uma base sólida de conhecimentos que os alunos
poderão utilizar em toda a vida.
Destarte ainda que a educação em saúde na escola envolve a formação de valores que
levam o aluno a um comportamento inteligente, revertendo em benefício de sua saúde e da
saúde dos demais. Não se trata apenas de transmitir conhecimentos; preocupa-se em motivar a
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criança a fim de torná-la capaz de tomar decisões inteligentes baseadas no conhecimento
adquirido. Entende-se, enfim, que a educação em saúde não deve ser minimizada apenas a
atividades voltadas para a transmissão de informação em saúde. “É considerada importante
ferramenta da promoção em saúde, que necessita de uma combinação de apoios educacionais
e ambientais que objetiva atingir ações e condições de vida conducentes à saúde”
(CANDEIAS, 1997, in SALCI et al., 2013, p. 225).
Ensinar sobre saúde na escola é um desafio para a educação, uma vez que é necessário
proporcionar uma aprendizagem que seja capaz de transformar atitudes e hábitos de vida. A
transmissão desses ensinamentos não pode ocorrer apenas por meio da transmissão de
informações (BRASIL, 1998).
Segundo Costa et al. (2013), se considerarmos a evolução do ambiente escolar, como
espaço atuante na promoção da saúde, nos últimos 30 anos, é possível perceber o quanto
cresceu no Brasil a realização de atividades educativas voltadas para a saúde.
Apesar de toda essa evolução, muitas vezes esse ensino ainda está muito ‘engessado’,
sendo trabalhado de forma pontual, ligada apenas a áreas convencionais classicamente
ministradas, mas de forma fragmentada, como ciclos de doença, verminoses, higiene corporal,
anatomia humana, entre outras (VALADÃO, 2004; COSTA et al., 2013).
No contexto da escola, a educação em saúde pode se dar de forma direta, com
disciplinas ou oficinas específicas, ou de forma transversal, sendo incorporada a diversas
áreas do currículo, como ciências, educação física e estudos sociais. De acordo com o
Ministério da Saúde (BRASIL, 2017), “a educação em saúde permite que os alunos
compreendam não apenas os conceitos de saúde, mas também os fatores sociais e culturais
que os influenciam" (p. 18). Esse aspecto é especialmente importante em países com
desigualdades sociais, onde o acesso à informação e à saúde é um desafio para parte
significativa da população.
Embora a educação em saúde seja essencial, sua implementação no ambiente escolar
enfrenta desafios. Fatores como a falta de formação adequada para professores, escassez de
recursos e o próprio currículo escolar sobrecarregado podem dificultar a inclusão de práticas
eficazes de educação em saúde. No entanto, para Marques e Souza (2019, p.89), "a integração
da educação em saúde com outras disciplinas e o uso de metodologias ativas podem ajudar a
superar essas barreiras e tornar o ensino de saúde mais acessível e relevante para os alunos".
A aprendizagem significativa na educação em saúde envolve o ensino de conteúdos
que vão além da memorização, incentivando os alunos a compreenderem profundamente os
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fatores que impactam a saúde e o bem-estar. Segundo Moreira (2011, p.34), "o conhecimento
significativo permite ao aluno construir relações entre o novo conteúdo e suas experiências
anteriores, o que facilita a assimilação e a retenção desse conhecimento". No Ensino
Fundamental II, etapa em que os jovens começam a compreender temas de maneira mais
abstrata e ampla, o ensino da saúde pode explorar tópicos como higiene, alimentação
saudável, prevenção de doenças, e saúde mental de forma a se relacionarem com a realidade
vivida por eles.
Para que a educação em saúde seja significativa para os alunos, é fundamental a
aplicação de metodologias e atividades que os envolvam ativamente e estimulem a reflexão
crítica. Algumas estratégias eficazes incluem: mapas conceituais (onde os alunos irão
organizar os conhecimentos adquiridos e criar ligações entre conceitos relacionados a
temática da saúde), aprendizagem baseada em projetos (fazer com que os alunos pesquisem,
discutam e apresentem soluções para problemas relacionados com a situação da dengue no
país, aplicando de forma prática os conhecimentos adquiridos), estudo de caso e resolução de
problemas (tal abordagem irá fazer com que os alunos analisem situações relacionadas com
casos de dengue no país, formas como ela é transmitida por seus vetores ou até mesmo
situações de saúde pública) e por fim, pode-se utilizar ainda debates e discussões críticas
(onde a promoção de debates que envolvem temas atuais de saúde, acaba por engajar os
educando fazendo-os refletir sobre o impacto desses fatores em suas vidas e na comunidade
de entorno).
Desta forma, apresentou-se forma de utilização de estratégias de aprendizagem
significativa na educação em saúde verificando que as mesmas apresentam diversos
benefícios. Como por exemplo, promover um aprendizado que é mais duradouro, pois os
alunos conseguem relacionar os conteúdos com situações cotidianas e integrá-los ao seu
conhecimento prévio (MOREIRA, 2011). Além disso, tais estratégias desenvolvem
habilidades socioemocionais e de pensamento crítico, tornando os alunos mais conscientes
sobre a importância de escolhas saudáveis e preventivas. Segundo Lopes (2020, p.85), "a
aprendizagem significativa capacita os estudantes a aplicarem o conhecimento adquirido em
situações de vida real, promovendo uma cidadania mais consciente e ativa".
Logo, a aprendizagem significativa aplicada à educação em saúde no Ensino
Fundamental II representa uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de
conhecimentos e atitudes saudáveis. Ao integrar práticas que incentivam a reflexão e a
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aplicação prática, é possível formar cidadãos mais preparados para cuidar da própria saúde e
contribuir para o bem-estar coletivo.
A educação em saúde na escola é fundamental para formar cidadãos conscientes,
capazes de tomar decisões informadas sobre seu bem-estar e o da comunidade. Investir em
práticas e metodologias adequadas pode ajudar a reduzir desigualdades e promover uma
cultura de saúde e prevenção desde a infância, contribuindo para uma sociedade mais
saudável e consciente.
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A concepção comportamentalista tem como premissa que o homem é produto do meio
ambiente, e, como o meio pode ser controlado e manipulado, consequentemente, também o
processo educacional é visualizado dessa forma. Portanto, o elemento principal é a
organização racional dos meios, o professor é apenas o executor do processo educacional e as
estratégias têm como finalidade reforçar e manter os comportamentos desejados. Para tanto é
utilizada a instrução programada, que tem como princípio o fato de que o conteúdo a ser
aprendido é dividido em pequenos passos, podendo, assim reforçar todas as respostas e todos
os comportamentos desejados emitidos pelos alunos. (SANTOS, 2024).
Outra técnica muito utilizada nessa perspectiva tem sido a demonstração, em que o
conteúdo é dividido em partes ordenadas numa sequência lógica a ser estudada pelos alunos,
os quais recebem previamente folhas de instruções e os módulos instrucionais contendo as
etapas a serem seguidas. Assim, sob essa óptica, perde-se a visão do todo e a técnica
determina o fim, porque é ela que prescreve o que os professores e os alunos devem fazer,
como fazer e quando fazer. (SANTOS, 2024).
A concepção comportamentalista vê o ambiente como um fator determinante dos
comportamentos e, portanto, aplicável à promoção da saúde ao reforçar comportamentos
saudáveis. Nesse contexto, o professor incentiva e reforça práticas saudáveis por meio de
instrução programada, como técnicas de escovação de dentes, alimentação balanceada e
atividades físicas. O objetivo é estabelecer hábitos por meio de reforços contínuos e
sequências de comportamentos saudáveis, de modo que os alunos aprendam a adotar e manter
práticas de saúde desejáveis. Essa abordagem é útil para desenvolver comportamentos
específicos e rotinas de saúde, como lavar as mãos, mantendo a disciplina no aprendizado e
reforçando a repetição.
Na concepção humanista a ênfase se dá nas relações interpessoais, portanto, cabe ao
professor ser o facilitador da aprendizagem, procurando compreender as necessidades e
expectativas dos alunos, identificando o que é mais significativo para eles. Segundo essa
abordagem, o papel do professor é criar condições para que os alunos aprendam. Para os
teóricos dessa concepção, os recursos didáticos e os meios tem pouca importância. As
tecnologias a serem usadas são aquelas que permitem a participação do aluno, o diálogo
professor-aluno. (SANTOS, 2024).
Como a concepção humanista é centrada nas relações interpessoais e na
personalização do aprendizado, acaba por colocar o professor como um facilitador que
respeita as necessidades individuais dos alunos. Na promoção da saúde, isso significa
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valorizar as experiências e os conhecimentos prévios dos alunos em relação a práticas de
saúde. Por exemplo, em uma aula sobre alimentação saudável, o professor pode perguntar
sobre os alimentos que os alunos têm em casa e como eles entendem uma dieta equilibrada.
Esse diálogo facilita a criação de um ambiente acolhedor onde os alunos se sentem
valorizados e compreendem que cuidar da saúde é algo pessoal e importante, o que aumenta a
motivação para adotar hábitos saudáveis.
Na concepção cognitivista, a preocupação é com as formas pelas quais os alunos lidam
com os estímulos ambientais, organizam dados, sentem e resolvem problemas, adquirem
conceitos e empregam símbolos. É uma abordagem predominantemente interacionista, na
qual a estratégia de trabalho em equipe é um elemento importante para a socialização, uma
vez que permite aos alunos compartilharem ideias, informações, responsabilidades e decisões.
(SANTOS, 2024).
Assim, o papel do professor é o de orientar e criar ambientes que facilitem a troca de
experiências e cooperação com os alunos, propondo desafios e soluções que partam dos
alunos. Nessa perspectiva, o professor utiliza tecnologias que propiciam ao aluno explorar o
espaço da aula de forma ativa, experimentando racionalmente atividades de classificação e
seriação e atividades hipotéticas. Para tano o docente apresenta situações-problema que levam
o aluno a necessidade de investigar, pensar, racionalizar a questão e construir uma resposta
satisfatória.
Neste caso, a concepção cognitivista valoriza o desenvolvimento de habilidades de
resolução de problemas e de organização do conhecimento, oferecendo uma visão
interacionista da promoção da saúde. O professor atua como guia, criando situações
desafiadoras para que os alunos investiguem e encontrem soluções para questões de saúde,
como, por exemplo, planejar uma campanha contra o sedentarismo na escola. Esse tipo de
abordagem permite que os alunos vejam a saúde como um campo que demanda análise e
reflexão, em vez de apenas memorização de práticas, e estimula o entendimento profundo
sobre temas complexos, como os efeitos do estilo de vida e as escolhas alimentares sobre o
corpo.
A concepção sociocultural o homem é o sujeito da educação, situado no tempo e no
espaço, inserido num contexto social, econômico, cultural e político: é o homem
contextualizado. O aluno precisa estar no mundo, refletindo, atuando e transformando a sua
realidade. E para isso o diálogo é essencial, sem diálogo não haveria a possibilidade de
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conhecer o mundo, a natureza e o social, incluindo as contradições e os conflitos, nem de
compreender o mundo de uma forma diferente. (SANTOS, 2024).
Logo, o papel do professor é de procurar leva o aluno a consciência da realidade que o
cerca, identificando a ideologia dominante, valorizando a linguagem e a cultura. Também
nessa abordagem devem ser selecionadas tecnologias dialógicas, priorizando aquelas que
propiciem a cooperação e o trabalho coletivo na resolução dos problemas sociais. As
estratégias de ensino devem propiciar processos reflexivos construídos por meio do diálogo
que os alunos mantêm consigo mesmos, com os outros, com a cultura e com o contexto.
Esta concepção acaba por reconhecer o aluno como um ser situado em um contexto
social, cultural e econômico, o que é fundamental na promoção da saúde. A abordagem
sociocultural na educação em saúde permite que os alunos reflitam sobre como seu ambiente
social influencia sua saúde e seu bem-estar. Aqui, o diálogo é essencial, possibilitando aos
alunos e ao professor discutirem fatores sociais e culturais que impactam a saúde, como
acesso à água potável e saneamento básico. A promoção da saúde, nessa perspectiva, estimula
a compreensão crítica e a ação transformadora, permitindo que os alunos se tornem agentes de
mudança em suas comunidades ao reconhecer as desigualdades e identificar formas de
melhorar a saúde coletiva.
E por fim, na concepção histórica crítica proposta por Saviani (2005), a educação é
entendida como mediação da prática social, portanto, a prática social é o ponto de partida e o
ponto de chegada da prática educativa. Professor e aluno se encontram igualmente inseridos,
porém ocupando posições distintas, condição para que travem uma relação fecunda na
compreensão e no encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática social,
cabendo aos momentos intermediários do método identificar as questões suscitadas pela
prática social (problematização), dispor os instrumentos teóricos e práticos para a sua
compreensão e solução (instrumentalização), e viabilizar sua incorporação como elementos
integrantes da própria vida dos alunos (catarse).
Por fim, a concepção histórico-crítica, proposta por Saviani, considera a educação
como um ato de conscientização sobre a prática social. Aplicada à promoção da saúde, essa
abordagem busca não apenas ensinar conceitos e práticas, mas estimular os alunos a
compreenderem as condições sociais e históricas que afetam a saúde pública, como as
políticas de saneamento, o acesso aos serviços de saúde e as questões ambientais. O professor
e o aluno dialogam para entender como a saúde é condicionada por fatores estruturais, e o
processo educativo é focado em transformar essa realidade. Na promoção da saúde, a
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abordagem histórico-crítica promove uma visão de cidadania, capacitando os alunos a
identificar e questionar as condições sociais que impactam a saúde e a lutar por melhores
condições de vida.
Cada uma dessas concepções pedagógicas traz contribuições valiosas para a promoção
da saúde na educação. Enquanto algumas oferecem estratégias para introduzir conceitos
básicos e desenvolver hábitos, outras incentivam a reflexão crítica e a ação social. A aplicação
de diferentes abordagens permite uma educação em saúde completa, que não só instrui sobre
práticas saudáveis, mas também empodera os alunos para entenderem e transformarem as
condições sociais que impactam a saúde de suas comunidades.
Promoção em saúde é uma definição ampla voltada em direção a um bem-estar
global. Segundo a Carta de Otawa, documento produzido na Primeira Conferência
Internacional sobre Promoção da Saúde no ano de 1986, o conceito de Promoção da Saúde é
um conjunto de valores que visam: vida, saúde, equidade, democracia, solidariedade,
desenvolvimento, cidadania, participação e outras áreas de ação conjunta. Além disso,
depende da existência de ações de políticas públicas saudáveis, desenvolvimento de
habilidades pessoais, reforço de ação comunitária e também a reorientação do sistema de
saúde (WHO, 1986).
De acordo com Salci (2013, p. 226), “um dos requisitos fundamentais para a saúde é a
educação, assim, a promoção da saúde apoia o desenvolvimento pessoal e social através da
divulgação de informações, educação em saúde e intensificação das habilidades vitais”.
A Carta de Otawa (1986) destaca a importância do desenvolvimento de habilidades
pessoais, desse modo é possível trabalhar a autonomia do indivíduo, através de estímulos da
capacidade, com uma lista variada de estratégias de educação em saúde, com ênfase em
programas educativos voltados para os riscos comportamentais e hábitos passíveis de
mudança.
A teoria salutogênica proposta por Aaron Antonovsky enfatiza a educação em saúde e
fortalece as ações de desenvolvimento pessoal. Esta teoria baseia-se nas narrativas dos
sobreviventes do Holocausto e em suas experiências obtidas através das entrevistas com os
sobreviventes do Holocausto com o objetivo de tentar compreender o potencial dessas
pessoas em evitar doenças durante sua permanência nos campos de extermínio nazistas. A
partir dessas narrativas, desenvolveu-se a teoria salutogênica e seus conceitos, criando um
questionário – o Senso de Coerência de Conceitos Salutares (SOC) – como guia de orientação
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para a vida. Os SOCs são recursos/ferramentas que orientam a promoção da saúde para
indivíduos, grupos ou sociedades.
A teoria salutogênica versa sobre a capacidade de superação das pessoas de se
recuperarem das adversidades, tendo como foco principal a promoção da saúde. Diante do
exposto, é possível perceber que a salutogênese é um processo que busca capacitar as pessoas
a viverem a vida como elas quiserem viver.
Alguns programas de educação em saúde são:
Programa Saúde na Escola (PSE): Este programa é uma iniciativa dos Ministérios da Saúde
e da Educação, que visa integrar as políticas e ações de educação e saúde. O PSE conta com a
participação da comunidade escolar, das equipes de atenção básica e da educação básica
pública.
Programa de Educação, Cultura e Saúde (PECS): O PECS tem como objetivo contribuir
para a produção de conhecimentos, tecnologias e práticas de educação em saúde. O público-
alvo do programa inclui a comunidade escolar, gestores, profissionais da saúde, da educação e
da cultura, e grupos da sociedade civil.
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professores podem iniciar o tema com a análise do ciclo de vida do Aedes aegypti, mosquito
transmissor da doença, e com a discussão sobre os ambientes propícios à sua reprodução. Esse
conhecimento permite que os alunos compreendam as causas e consequências da dengue em
sua comunidade e se sintam parte do processo de solução.
Falta de recursos, estruturas precárias e ausência de laboratórios equipados para
experiências práticas são realidades em muitas escolas. Sem acesso a materiais como
microscópios, modelos anatômicos e até mesmo a uma biblioteca adequada, professores e
alunos se veem limitados a um ensino teórico, muitas vezes distante da prática que poderia
despertar ainda mais interesse. Essa situação contrasta fortemente com o ensino idealizado,
onde o aluno participa ativamente, realiza experimentos, observa a natureza e interage com o
conhecimento de forma prática.
Mas, apesar das limitações, é importante reconhecer o papel essencial e inspirador dos
professores de Ciências na rede pública. Muitos desses educadores desenvolvem
metodologias criativas para contornar a falta de recursos, buscando materiais alternativos,
realizando atividades ao ar livre e utilizando a própria escola como laboratório. Por exemplo,
professores incentivam a criação de hortas escolares, onde os alunos podem aprender sobre
biologia e ecossistemas, ao mesmo tempo em que entendem a importância da sustentabilidade
e da alimentação saudável.
Já Piaget (1976) destaca que o conhecimento se constrói com base em atividades que
incentivem o raciocínio lógico, a experimentação e o questionamento, o que pode ser
alcançado ao trabalhar o tema da dengue com experimentos e investigações práticas. Uma
possível atividade é propor que os alunos façam observações sobre possíveis focos de
proliferação do mosquito em seus bairros e que investiguem as condições necessárias para o
desenvolvimento do Aedes aegypti, associando o conteúdo teórico ao cotidiano. Esse processo
fomenta a reflexão crítica e incentiva os alunos a pensarem sobre suas ações e a maneira
como o ambiente doméstico e urbano influencia a saúde pública.
Esses professores, que muitas vezes trabalham em condições desafiadoras, são
verdadeiros agentes de transformação. Eles buscam maneiras de aproximar os conteúdos de
Ciências da realidade dos alunos, incentivando-os a observar e compreender o próprio corpo,
o ambiente ao redor, e até mesmo questões globais como as mudanças climáticas e a
preservação de espécies. O ensino de Ciências, então, torna-se um meio de empoderamento
para os alunos, ajudando-os a desenvolver uma consciência crítica e a se tornarem cidadãos
mais informados e preocupados com o mundo ao seu redor.
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A perspectiva sociocultural de Vygotsky (1984) reforça a importância da
aprendizagem mediada pelo contexto social, o que torna o tema da dengue ainda mais
relevante no Brasil, onde as condições socioeconômicas e os serviços públicos impactam
diretamente a propagação da doença. Com essa abordagem, os professores de Ciências podem
incentivar discussões sobre as desigualdades sociais e ambientais que favorecem a
proliferação do mosquito, contextualizando o tema e promovendo o diálogo e a reflexão
crítica.
O uso de metodologias ativas, como o ensino por projetos e o aprendizado baseado em
problemas (ABP), também é altamente eficaz para tratar a dengue na disciplina de Ciências.
Ao utilizar o ABP, o professor pode propor aos alunos um problema inicial, como: "Como
podemos ajudar a reduzir os casos de dengue na nossa comunidade?". Esse tipo de
metodologia incentiva os alunos a serem protagonistas na busca por soluções, investigando o
que pode ser feito e desenvolvendo um plano de ação. Essa abordagem estimula a autonomia
e o engajamento, levando os alunos a entenderem que são capazes de gerar impacto positivo
na sociedade (MORAN, 2015).
Outro ponto importante é que o ensino de Ciências Biológicas também promove a
educação em saúde, um tema relevante nas comunidades atendidas pela rede pública. Muitos
alunos tomam contato com práticas de prevenção e autocuidado, aprendem sobre doenças e
entendem a importância de hábitos saudáveis. Essa educação em saúde é fundamental, pois
leva para as famílias dos alunos o conhecimento que pode transformar vidas e evitar
problemas de saúde pública.
A relação entre o ensino de Ciências e a educação ambiental é essencial ao abordar a
dengue, pois o controle da doença está intrinsecamente ligado ao cuidado com o meio
ambiente. Segundo Loureiro (2009), a educação ambiental visa à construção de valores e
atitudes que promovam a conservação ambiental e a sustentabilidade. No contexto da dengue,
isso significa compreender que a acumulação inadequada de resíduos e o acúmulo de água
parada são fatores que aumentam o risco de proliferação do mosquito.
Dessa forma, o professor de Ciências pode propor atividades práticas como a criação
de campanhas escolares de conscientização, em que os próprios alunos desenvolvem materiais
informativos para a escola e a comunidade, sobre o descarte correto de resíduos e a
eliminação de possíveis criadouros do mosquito. Essa abordagem prática e informativa
estimula os alunos a aplicarem o conhecimento adquirido, promovendo o aprendizado
significativo e a responsabilidade social.
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A realidade da rede pública de ensino ainda precisa de mais investimentos e políticas
educacionais que valorizem o ensino de Ciências, oferecendo aos alunos as ferramentas e
condições necessárias para uma educação integral e humanizadora. No entanto, a dedicação
de professores e o entusiasmo dos alunos mostram que, mesmo diante das dificuldades, o
ensino de Ciências Biológicas na rede pública continua a ser um espaço de aprendizagem,
reflexão e construção de um futuro mais consciente e sustentável para todos.
O ensino de Ciências Biológicas na rede pública, assim, é um exemplo de resistência e
esperança. Ele nos mostra que, mesmo com poucos recursos, é possível ensinar e aprender
sobre a vida em suas formas mais ricas e complexas, despertando nos alunos o desejo de
entender e cuidar do mundo em que vivem.
A disciplina de Ciências, quando voltada à promoção de saúde e sustentabilidade,
pode ser uma poderosa aliada na conscientização e na prevenção da dengue, especialmente
nas comunidades mais afetadas. Através de abordagens teóricas e práticas integradas, o ensino
de Ciências oferece aos alunos a chance de desenvolver uma compreensão aprofundada dos
fatores biológicos, ambientais e sociais que influenciam a saúde pública. Dessa forma, a
escola contribui para a formação de cidadãos informados e críticos, capazes de agir de forma
responsável e de conscientizar sua comunidade sobre a importância do combate à dengue e
das práticas preventivas. A educação para a saúde e o meio ambiente, com o apoio de
metodologias ativas e uma abordagem contextualizada, fortalece o papel da escola como
agente de transformação social.
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3. CRONOGRAMA
2024
ATIVIDADES JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do tema. Definição do X X X X
problema de pesquisa
Definição dos objetivos, X X X X
justificativa.
Definição da metodologia. X X
Pesquisa bibliográfica e
elaboração da fundamentação X X
teórica.
Entrega da primeira versão do
projeto. X
Entrega da versão final do
projeto. X X
Revisão das referências para X X X X
elaboração do TCC.
Elaboração do Capítulo 1. X X X X X X
Revisão e reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração do X X X X X X
Capítulo 2.
Revisão e reestruturação dos
Capítulos 1 e 2. Elaboração do X X X X X X
Capítulo 3.
Elaboração das considerações
finais. Revisão da Introdução. X X X X X X
Reestruturação e revisão de todo
o texto. Verificação das X X X X X X
referências utilizadas.
Elaboração de todos os X X X X X X
elementos pré e pós-textuais.
Entrega da monografia. X X X X X X
Defesa da monografia. X X X X X X
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REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Combate ao mosquito Aedes
aegypti, 2017. Disponível em: http://www.ans.gov.br/prevencao-e-combate/combate-ao-
mosquitoaedes-aegypti. Acesso em 15 de abr. 2024.
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de 11 de novembro de 2014. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude.pdf. Acesso
em: 12 nov. 2024.
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estratégia pedagógica para a prevenção à dengue, febre chikungunya e zika vírus em
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SOUZA, G. Impacto socioeconômico das doenças virais. Editora Políticas em Saúde, 2021.
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