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CURSO PSICOLOGIA

ALICI LOURA DE SOUZA


BARBARA EVELYN ANDRADE SENRA
CRISTHIANE DE MORAIS BUSTAMANTE COUTO
DANIELLE PRISCILA DE OLIVEIRA
JOYCE CAMPOS ARCHANJO
JULIA BICALHO MARTINS
MATHEUS NUNES SILVA
ALMEIDA

TRABALHO INTERDISCIPLINAR
O uso de técnicas lúdicas na educação em saude como estratégia de prevenção e controle a dengue

BELO HORIZONTE
2024
ALICI LOURA DE SOUZA
BARBARA EVELYN ANDRADE SENRA
CRISTHIANE DE MORAIS BUSTAMANTE COUTO
DANIELLE PRISCILA DE OLIVEIRA
JOYCE CAMPOS ARCHANJO
JULIA BICALHO MARTINS
MATHEUS NUNES SILVA ALMEIDA

TRABALHO INTERDISCIPLINAR
O uso de técnicas lúdicas na educação em saude como estratégia de prevenção e controle a
dengue

Atividade acadêmica interdisciplinar, uma proposta


de Solução Profissional Integrada a um problema
específico, com foco em grupos e comunidades,
utilizando conhecimentos das disciplinas envolvidas
para promover mudanças e solucionar desafios
relacionados à área de formação, como requisito para
pontuação na terceira etapa

Orientador(a): Prof. Priscila Ohno

BELO HORIZONTE
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

1.1 Tema
1.2 Embasamento Téorico
1.3 Objetivo Geral e Objetivos Específicos

2. REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

Um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil tem sido a prevenção e controle da
dengue. Atualmente, a dengue se apresenta como uma das arboviroses de maior relevância
na saúde pública de forma global, atingindo regiões tropicais e subtropicais, provocando
grande implicação social e econômica. Sabe-se que a dengue é uma doença altamente
complexa e a real magnitude do seu impacto no mundo é de difícil mensuração, por
inúmeros motivos, dentre eles, (VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015) destacam o
diagnóstico incorreto, baixos níveis de notificação e vigilância inadequada.

Embora as medidas desencadeadas pelo Programa Nacional de Controle da Dengue


(BRASIL, 2002; BRASIL, 2009, BRASIL, 2015a) em conjunto com a descentralização dos
serviços de controle e investimentos no setor da saúde para a capacitação de recursos
humanos representem um significativo avanço para a saúde pública, não têm sido suficiente
para o enfrentamento do agravo ( PESSANHA, et all, 2009).

O controle de vetores é também responsabilidade da população, uma tarefa difícil


considerando os diferentes tipos de criadouros. Partindo desse pressuposto, ações de
educação, espaços que promovam o diálogo e conscientização social são essenciais para a
eficácia de programas de prevenção e promoção de saúde (MALECK et al., 2017 citado por
FIRMINO, 2023).

O caráter multifatorial da doença requer a comunicação entre inúmeros atores, tais como
representantes das áreas de habitação, saúde, educação, trabalho, além da readequação dos
serviços profissionais e instituições de saúde (D'ANDRÉA et al., 2010).

Nesse cenário, práticas intersetoriais são fundamentais para a prevenção e controle da


dengue, pois possibilitam o estabelecimento de espaços compartilhados de decisões entre
instituições e diferentes setores do governo que atuam na produção da saúde, na formulação,
na implementação e no acompanhamento de políticas públicas que possam ter impacto
positivo sobre a saúde da população (DÍAZ et al., 2009).

Ainda hoje, existem grandes desafios para implementar uma política de prevenção e
controle da dengue. Uma das iniciativas foi a incorporação da vacina contra a dengue, que
está sendo aplicada na população de regiões endêmicas, em 521 municípios, a partir de
fevereiro. Com isso, 16 estados e o Distrito Federal têm municípios que preenchem os
requisitos para o início da vacinação a partir de 2024. Serão vacinadas as crianças e
adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalização
por dengue – 16,4 mil de janeiro de 2019 a novembro de 2023. ( Ministério da Sáude).

No entanto quase um mês após o início da campanha de vacinação contra a dengue em


crianças de 10 e 11 anos, o mutirão teve adesão de apenas 18,7% do público-alvo.(
BRASIL, Biblioteca Virtual em Saúde). O desafio está em enfrentar os fatores que
justifiquem a baixa adesão à vacina, como a descrença ao sistema de imunização, falta de
campanhas para divulgação de informações das vacinas e com isso reduzir o número de
internações.

A intervenção psicossocial está intimamente relacionada com a educação em saúde, dessa


forma, o estudo justifica-se por um trabalho de conscientização com adultos e crianças,
especialmente em relação a um tema de utilidade pública e complexidade como a dengue.
Segundo (Levy et al., 1997 citado por FERREIRA, 2023)

Educação em Saúde é um processo de trocas de saberes e experiências


entre a população como um todo, incluindo usuários, profissionais e
gestores de saúde. Nesse processo cada pessoa é valorizada como
dono de um saber, um aprendiz e um educador. Por meio dessa prática
objetiva-se à prevenção de doenças, a promoção da saúde e
consequentemente a promoção da autonomia dos sujeitos envolvidos,
tornando-os sujeitos ativos e transformadores de sua própria vida ou
até mesmo da comunidade em que vive.

Conforme (FERREIRA, 2023), o psicólogo que atue na educação em saúde orienta práticas
ampliadas e integradas, desenvolvendo estratégias onde os usuários do serviço e seus
familiares contribuam em campanhas e programas de promoção e prevenção. Assim
tornando-se um facilitador junto aos outros profissionais, propondo modelos de intervenção
que viabilizem a participação ativa dos sujeitos, capazes de participar na promoção da
qualidade de vida.

A Psicologia, enquanto profissão, busca a melhoria da qualidade de vida do ser humano e


para conseguir isso foca suas forças em diferentes áreas. De acordo com uma concepção da
Terapia Cognitivo Comportamental - TCC por meio de abordagens lúdicas é possível alterar
a forma de pensar, sentir e agir tanto em adultos quanto em crianças. As técnicas lúdicas no
contexto da Terapia Cognitivo-Comportamental aplicadas à prevenção e controle da dengue
junto a crianças e famílias representam uma abordagem inovadora e eficaz.
O problema central que torna o alicerce desta pesquisa é como a psicologia pode contribuir
para a prevenção e controle da dengue, por meio da utilização de técnicas lúdicas, no centro
de convivência com famílias e crianças de 10 a 14 anos.

Serão apresentados alguns conceitos de educação em Saúde e suas relacionações com as


principais formas de contribuição da Psicologia para o campo da Saúde Coletiva, dando
ênfase à atenção primária a saúde.
1.1 TEMA
O uso de técnicas lúdicas na educação em saude como estratégia de prevenção e controle a
dengue
1.2 EMBASAMENTO TEORICO

Destaca-se que o contexto atual de aumento recorrente dos casos de dengue representa um
desafio para os sistemas de saúde, como também impõe um ônus significativo aos indivíduos
afetados, no qual a abordagem integrada entre Psicologia e Saúde Coletiva tem se revelado
crucial na busca por soluções inovadoras para desafios de saúde pública. Bem como, a
Psicologia Hospitalar emerge como uma ferramenta valiosa para promover o bem-estar
psicológico e emocional dos pacientes, contribuindo de maneira integral no enfrentamento
dessa epidemia.

Tendo em vista tal cenário, é possível verificar que o uso de técnicas lúdicas para a
prevenção e controle da dengue no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos,
tendo como foco famílias e crianças entre 10 e 14 anos têm o poder de transformar a
aprendizagem em uma experiência envolvente e memorável. Essa abordagem visa não
apenas informar sobre a dengue, mas também de fortalecer e promover o entendimento
coletivo e, ao mesmo tempo, proporcionar uma experiência educativa. Ao utilizar jogos,
simulações e atividades interativas, a Psicologia contribui para a criação de um ambiente
educacional estimulante, facilitando a absorção de informações essenciais sobre a prevenção
da dengue de maneira mais eficaz. Além disso, as abordagens lúdicas têm a capacidade única
de atingir públicos diversos, independentemente de idade ou nível de escolaridade. Isso é
especialmente relevante em contextos de saúde coletiva, onde a diversidade demográfica
exige estratégias inclusivas. A Psicologia, ao considerar as diferenças individuais e sociais,
molda intervenções que são adaptadas e culturalmente sensíveis.

A interatividade oferecida pelas técnicas lúdicas educa, promove uma compreensão mais
profundo e significativo, cria um senso de comunidade e incentiva a cooperação entre os
membros da sociedade na luta contra a propagação da dengue. E assim, os participantes
envolvidos em atividades lúdicas relacionadas à prevenção da dengue têm mais
probabilidade de internalizar as informações, lembrando-se delas e aplicando-as em suas
vidas diárias. Esse aspecto é essencial para a eficácia a longo prazo das medidas preventivas.

Entretanto, é crucial destacar que a eficácia dessas estratégias depende da integração


adequada com as políticas de saúde pública, envolvimento comunitário e avaliação contínua.
Além disso, a colaboração multidisciplinar entre psicólogos, profissionais de saúde e
educadores é essencial para desenvolver e adaptar as técnicas lúdicas de maneira a atender às
necessidades específicas de cada contexto.

Realizar um trabalho de conscientização com adultos e crianças, especialmente em relação a


um tema de utilidade pública e complexidade como a dengue, demanda dos responsáveis
pelo projeto uma abordagem diferenciada na implementação. A relação entre intervenção
psicossocial e dengue pode não ser imediatamente aparente, mas existem maneiras pelas
quais as abordagens psicossociais podem ser úteis na prevenção e no controle da doença,
visto que desempenham um papel fundamental na promoção de saúde tanto mental quanto
física, abarcando não apenas os aspectos psicológicos individuais, mas também os fatores
sociais, culturais e ambientais que influenciam no bem-estar das pessoas.

A dengue é uma doença que pode passar despercebida, mas é uma questão grave de saúde
pública que requer a implementação de medidas para o combate e prevenção. Isso resulta na
necessidade de estabelecer canais de comunicação que promovam mudanças de
comportamento capazes de ajudar na prevenção desse adoecimento. (FIRMINO, 2023;
SOUZA, 2023). A intervenção psicossocial refere-se a uma grande variedade de abordagens
terapêuticas que objetivam promover o bem-estar e a autonomia dos envolvidos, visando
englobar os fatores sociais e ambientais que afetam a saúde mental e física das pessoas.

Na psicoeducação deve existir clareza nas informações sobre um determinado assunto,


combinado com estratégias educacionais para promover a compreensão e a aplicação prática
dessas informações promovendo educação na saúde. Neste processo, o diálogo e tarefas
como teatros, jogos de tabuleiro, dentre outros, podem ser muito eficientes, envolvendo a
comunidade a fim de incentivar discussões e mudança de comportamentos de risco. Fornecer
informações básicas incentivar medidas de controle e combate são algumas das formas pelas
quais a psicoeducação pode ser aplicada para a conscientização sobre a dengue, podendo
favorecer e fortificar a autonomia e autogestão desse coletivo.

A conscientização por meio de abordagens lúdicas surge como uma estratégia eficaz por ser
ativa, dinâmica e criativa. Utilizar elementos lúdicos ao trabalhar com crianças torna a
abordagem de assuntos complexos, como prevenção e controle da dengue, mais cativante,
sem perder a seriedade necessária. Brinquedos como marionetes ou fantoches constituem
uma forma de esclarecer comportamentos, avaliar cognições, modelar novas habilidades e
praticar maneiras mais funcionais de lidar com problemas (Friedberg & McClure, 2004).

A intervenção psicossocial está intimamente relacionada com a educação em saúde. Ela é


composta por três pilares, os profissionais de saúde que valorizem a prevenção e a promoção
tanto quanto as práticas curativas; os gestores que apoiam esses profissionais; e a população
que necessita construir seus conhecimentos e aumentar sua autonomia nos cuidados,
individual e coletivamente. O âmago da educação em saúde é potencializar no sujeito
autonomia e emancipação, onde se tornara capaz de propor e opinar nas decisões de saúde
para cuidar de si, de sua família e de sua coletividade.

Segundo NETO (2008), "a ênfase na função do interventor como especialista, que promove
a conscientização' do grupo que lhe faz demandas, traz uma hierarquização de saberes e
poderes". Partindo desta citação, o interventor pode apropriar-se do uso de técnicas lúdicas a
fim de promover a psicoeducação acerca da prevenção e combate à dengue, podendo ser essa
uma estratégia muito eficaz, especialmente quando se trata de um público mais jovem. Estas
intervenções desempenham um papel importante no combate a doenças, podendo abordar
fatores de risco psicossociais, ajudando a lidar com os desafios próprios desse enfrentamento.
Esta abordagem pode ser uma ferramenta eficaz para conscientizar as pessoas sobre a dengue
e promover mudanças comportamentais que ajudem no controle da doença.

Um trabalho realizado por Alves e Aerts em 2011 afirma:

[...] com o apogeu do paradigma cartesiano e da medicina científica, as


responsabilidades referentes às ações de educação em saúde foram divididas
entre os trabalhadores da saúde e os da educação. Aos primeiros, cabia
desenvolver os conhecimentos científicos capazes de intervir sobre a doença,
diagnosticando-a e tratando-a o mais rapidamente possível. Ao educador,
cabia desenvolver ações educativas capazes de transformar comportamentos.
Essa lógica, além de fragmentar o conhecimento, não levava em
consideração os problemas cotidianos vivenciados pela população.

A educação popular em saúde tem uma concepção diferenciada da hegemônica da educação


em saúde. Organiza a partir da aproximação com outros sujeitos no espaço comunitário,
privilegiando os movimentos sociais locais, num entendimento de saúde como prática social
e global e tendo como balizador ético-político os interesses das classes populares. Baseia-se
no diálogo com os saberes prévios dos usuários dos serviços de saúde, seus saberes
"populares", e na análise crítica da realidade. (Falkenberg, et al. 2014).

A educação em saúde entende que a promoção da saúde vai além do tratamento de doenças e
busca capacitar indivíduos e comunidades a assumirem um papel ativo na melhoria de sua
qualidade de vida. Características da educação em saúde incluem Informação; participação
ativa do sujeito; considera fatores sociais, econômicos e culturais, reconhecendo que a saúde
é influenciada por uma variedade de fatores; respeita e leva em consideração as diferenças
culturais; desenvolvimento de habilidades; enfatiza a prevenção de doenças e a promoção da
saúde; inclusividade; comunicação eficaz. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é
uma abordagem adequada para adultos e crianças, sendo este trabalho voltado para crianças
de 10 a 14 anos e famílias compostas por adultos. A TCC oferece a opção de adaptação
considerando o nível de desenvolvimento do indivíduo, permitindo a utilização de uma única
abordagem terapêutica para trabalhar com sujeitos de diferentes níveis cognitivos.

A aplicação da TCC por meio de abordagens lúdicas nos possibilita alterar a forma de
pensar, sentir e agir tanto em adultos quanto em crianças. No caso das crianças, podemos
"utilizar métodos (brincadeiras) que façam parte do cotidiano delas, como jogos, marionetes,
histórias, brinquedos e outros elementos que estejam presentes na realidade infantil"
(Stallard, 2007).

A TCC é uma abordagem focada no presente e nas evidências, permitindo direcionar o


objetivo do projeto - prevenção e controle da dengue. Através da TCC, orientamos nosso
público-alvo à ação por meio da aprendizagem prática, envolvendo tanto as famílias quanto
as crianças através de abordagens lúdicas. Considerando que o sujeito reflete, em parte, o que
ocorre ao seu redor, a TCC visa o contexto ambiental do sujeito, incluindo família e escola.
Para a eficácia de um trabalho de conscientização, é essencial avaliar inicialmente os fatores
que contribuem para a perpetuação do problema nos lares do público-alvo e, a partir dessa
análise, construir estratégias adequadas para abordar a prevenção e controle da dengue. As
técnicas lúdicas no contexto da Terapia Cognitivo-Comportamental aplicadas à prevenção e
controle da dengue junto a crianças e famílias representam uma abordagem inovadora e
eficaz.

Essas estratégias combinam os princípios fundamentais da TCC com atividades lúdicas,


proporcionando uma maneira envolvente e acessível de transmitir informações e promover
mudanças comportamentais. Conceitualmente, as técnicas lúdicas na TCC para a prevenção
da dengue buscam integrar elementos educativos de forma recreativa, utilizando jogos,
brincadeiras e atividades interativas. Isso permite que as crianças absorvam conceitos
relacionados à prevenção da doença de maneira mais fácil e lúdica, favorecendo a retenção
de informações.

Caracterizando essas técnicas, observamos a criação de intervenções que se adaptam ao


nível de desenvolvimento cognitivo das crianças, como proposto por Friedberg & McClure
(2004) na terapia cognitiva infantil. Jogos educativos, teatro interativo e atividades práticas
que envolvem a participação ativa das crianças são incorporados para transmitir conceitos-
chave sobre a dengue, seus vetores e medidas preventivas.

Além disso, a abordagem lúdica é estendida às famílias, incentivando a participação


conjunta em atividades educativas, fortalecendo os laços familiares e promovendo práticas
preventivas em âmbito domiciliar. Ao utilizar técnicas lúdicas na TCC para a prevenção da
dengue, cria-se um ambiente que não apenas educa, mas também estimula a motivação e a
adesão às práticas preventivas. Essa abordage contribui para a construção de comunidades
mais conscientes, capacitadas e engajadas na luta contra a propagação da dengue.

A relação entre direitos humanos e o uso de técnicas lúdicas na educação em saúde,


especialmente para a prevenção e controle da dengue, é um aspecto crucial a ser considerado.
Os direitos humanos, como estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos,
garantem o acesso à saúde como um direito fundamental de todos os seres humanos. Nesse
sentido, as técnicas lúdicas se destacam como uma estratégia eficaz para promover esse
acesso de forma mais inclusiva e participativa.

Ao utilizarmos atividades lúdicas, como jogos, dramatizações e gincanas, na educação sobre


a dengue, estamos não apenas transmitindo informações sobre prevenção e controle, mas
também capacitando as comunidades a participarem ativamente na proteção de sua própria
saúde e da comunidade em geral.

Esse envolvimento ativo é um componente essencial dos direitos humanos, pois enfatiza a
importância da participação das pessoas em questões que afetam suas vidas.

Além disso, o direito à informação é essencial para que as pessoas possam tomar decisões
informadas sobre sua saúde. As técnicas lúdicas tornam essas informações mais acessíveis e
compreensíveis, especialmente para crianças e suas famílias, contribuindo para o
fortalecimento desse direito fundamental. A educação em saúde também é reconhecida como
um direito humano fundamental, e o uso de técnicas lúdicas na abordagem da dengue
promove não apenas a saúde física, mas também o direito à educação das pessoas,
capacitando-as a tomarem decisões informadas sobre sua saúde e bem-estar.

Considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é importante ressaltar que as


crianças e adolescentes têm o direito à saúde e à educação. Além disso, o ECA preconiza a
participação ativa desses indivíduos em questões que afetam suas vidas. Portanto, ao utilizar
técnicas lúdicas na prevenção da dengue, estamos promovendo não apenas a conscientização
sobre saúde, mas também capacitando crianças e adolescentes a exercerem seu direito à
participação e tomada de decisões relacionadas à sua própria saúde e bem-estar.

1.3 OBJETIVO GERAL

Apresentar técnicas lúdicas que podem ser usadas como ferramenta de conscientização na
educação em saúde objetivando a prevenção e controle da dengue

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Conceituar e caracterizar educação em saúde e técnicas lúdicas

 Elencar medidas de prevenção e combate à dengue

 Propor atividades educativas que utilizem técnicas lúdicas como ferramenta de


prevenção e combate à dengue
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