Resumo Aula 02

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Pensamento Estratégico e sua Evolução

Pensamento Estratégico

Pensamento estratégico é a capacidade de analisar e avaliar o ambiente interno e externo de uma


organização para desenvolver uma visão de longo prazo e tomar decisões informadas que
promovam o sucesso sustentável. Ele envolve a consideração de diversos factores e a integração
de informações de várias fontes para criar estratégias eficazes.

Aspectos Fundamentais do Pensamento Estratégico

1. Análise do Ambiente: Compreende a análise dos factores internos (forças e fraquezas) e


externos (oportunidades e ameaças) que afetam a organização. Ferramentas como a Análise
SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) são comumente utilizadas.

2. Visão de Longo Prazo: Envolve a definição de uma visão clara e ambiciosa para o futuro da
organização. Essa visão orienta as decisões estratégicas e ajuda a alinhar os objectivos de curto
prazo com os objectivos de longo prazo.

3. Tomada de Decisão Informada: Requer a colecta e análise de dados relevantes para tomar
decisões fundamentadas. Isso inclui considerar as tendências de mercado, o comportamento dos
concorrentes e as mudanças no ambiente regulatório.

4. Flexibilidade e Adaptação: Estratégias eficazes precisam ser flexíveis para se adaptarem às


mudanças no ambiente externo. O pensamento estratégico envolve a capacidade de ajustar as
estratégias conforme necessário para responder a novas informações e desafios.

5. Inovação e Criatividade: Encoraja a busca de novas oportunidades e a exploração de


maneiras inovadoras de alcançar os objectivos organizacionais. Isso pode incluir o
desenvolvimento de novos produtos, a entrada em novos mercados ou a implementação de novas
tecnologias.

Natureza do Estratégico

A natureza do estratégico refere-se às características fundamentais que definem as ações e


decisões estratégicas dentro de uma organização.
1. Proatividade: As estratégias não são reactivas; elas são planejadas com antecedência para
antecipar tendências e mudanças no ambiente. A proatividade permite que as organizações se
preparem para futuros desafios e oportunidades.

2. Integração: As estratégias devem ser integradas e alinhadas com a missão, visão e valores da
organização. Isso garante que todas as partes da organização trabalhem em conjunto para atingir
objectivos comuns.

3. Direccionalidade: O pensamento estratégico fornece direcção clara para a organização,


guiando-a em um caminho específico para alcançar seus objectivos de longo prazo. Isso inclui a
definição de metas e a implementação de planos para atingi-las.

4. Complexidade: As decisões estratégicas frequentemente envolvem considerações complexas


e multifacetadas, incluindo a gestão de recursos, a coordenação de actividades diversas e a
navegação em ambientes incertos e dinâmicos.

5. Sustentabilidade: Estratégias eficazes visam garantir a sustentabilidade da organização a


longo prazo. Isso inclui a gestão responsável dos recursos, a consideração das implicações
ambientais e sociais das decisões e o fortalecimento da reputação e da marca da organização.

6. Competitividade: As estratégias buscam criar uma vantagem competitiva sustentável para a


organização. Isso pode ser alcançado através da diferenciação, liderança em custos, inovação, ou
outras formas de agregar valor aos clientes e se destacar no mercado.

Evolução do Pensamento Estratégico

A evolução do pensamento estratégico reflecte a maneira como as organizações e os gestores têm


adaptado suas abordagens ao longo do tempo, em resposta às mudanças nos ambientes de
negócios e às novas descobertas em teoria e prática de gestão.

1. Estratégia Militar (Antiguidade até o Século XVIII)

O pensamento estratégico tem suas raízes na estratégia militar, com clássicos como "A Arte da
Guerra" de Sun Tzu e "A Estratégia" de Carl von Clausewitz. Esses escritos influenciaram a
aplicação de princípios estratégicos no contexto militar, focando em planejamento, tática e a
importância de conhecer o inimigo e a si mesmo.
2. Administração Científica (Final do Século XIX e Início do Século XX)

Frederick Taylor e Henri Fayol foram pioneiros da administração científica, que buscava
melhorar a eficiência operacional por meio da padronização e divisão do trabalho. O foco era
interno, visando a maximização da produtividade e eficiência.

3. Planeamento Estratégico Formal (Décadas de 1960 e 1970)

Durante essa época, a abordagem ao planeamento estratégico tornou-se mais formalizada.


Grandes consultorias, como a Boston Consulting Group (BCG), introduziram ferramentas
analíticas como a Matriz BCG, que ajudavam empresas a avaliar seus portfólios de negócios.
Essa fase focava em previsibilidade e controle.

4. Análise Competitiva e Vantagem Competitiva (Décadas de 1980 e 1990)

Michael Porter trouxe uma nova perspectiva com seu modelo das Cinco Forças e o conceito de
vantagem competitiva. As empresas começaram a se concentrar mais em seu posicionamento no
mercado e nas formas de superar os concorrentes, considerando a indústria como um todo.

5. Estratégia Baseada em Recursos (Década de 1990)

A visão baseada em recursos (RBV) emergiu, focando nos recursos e capacidades únicos das
empresas como fonte de vantagem competitiva sustentável. Esta abordagem enfatizava a
importância dos activos intangíveis, como conhecimento, cultura e competências.

6. Aprendizado Organizacional e Inovação (Final dos Anos 1990 e Início dos Anos 2000)

Com a globalização e o rápido avanço tecnológico, a capacidade de inovar e aprender


continuamente tornou-se crucial. Peter Senge, com sua obra "A Quinta Disciplina", destacou a
importância das organizações que aprendem e da inovação contínua como componentes
estratégicos.

7. Estratégia Ágil e Digital (Década de 2010 até o Presente)

Na era digital, a velocidade e a flexibilidade se tornaram fundamentais. As metodologias ágeis,


originárias do desenvolvimento de software, passaram a ser aplicadas na formulação e execução
estratégica. A transformação digital e a análise de big data são agora elementos essenciais no
arsenal estratégico das empresas.

8. Sustentabilidade e Responsabilidade Social (Atualidade)

Hoje, as estratégias corporativas também devem considerar a sustentabilidade ambiental e a


responsabilidade social. A pressão de stakeholders, incluindo consumidores, governos e ONGs,
força as empresas a adotar práticas sustentáveis e responsáveis.

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