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Universidade São Tomás De Moçambique

Delegação de Gaza

Curso de licenciatura em Farmácia

Trabalho de Tecnologia Farmacêutica II

Tema:

Enemas como formas farmacêuticas de administração retal

NOME:

Lemek Óscar Vinho

DOCENTE: DR. Paulo Muchanga

XAI-XAI, Maio de 2024

1
Índice
Introdução..................................................................................................................................3

Objetivos....................................................................................................................................3

Objetivo geral:............................................................................................................................3

Objetivo específicos:..................................................................................................................3

Resumo.......................................................................................................................................4

Enemas como formas farmacêuticas de administração retal......................................................5

Tipos...........................................................................................................................................5

Importância dos enemas.............................................................................................................7

Conclusão...................................................................................................................................9

Referência bibliográficas.........................................................................................................10

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Introdução
A administração de medicamentos via enema, uma prática farmacêutica antiga, continua a
desempenhar um papel crucial na medicina contemporânea. Neste trabalho, exploraremos a
relevância contínua dos enemas como formas farmacêuticas de administração retal,
abordando sua evolução histórica, as diversas finalidades terapêuticas, e a importância
contemporânea dessa prática na prestação de cuidados de saúde.

Objetivos

Objetivo geral:
 Conhecer as formas farmacêuticas dos enemas na via retal.

Objetivo específicos:
 Saber a importância dos enemas;
 Conhecer os seus tipos;
 Entender os cuidados com esses fármacos.

3
Resumo

O uso dos Supositórios é, sem dúvida, muito antigo (2, 3, 4, 5, 6, 7, 14...), reportando-se aos
primórdios da farmácia conhecida. Segundo ScHAEPPi (184) são citados na escrita
cunéiforme babilónica; o Papiro Ebers, que inclui conhecimentos de medicina de épocas
muito anteriores a Ramsés I, inscreve os clisteres e faria referências a formas sólidas cara
aplicação rectal (3,8). Estas são mais ou menos comuns nos escritos dos grandes médicos da
antiguidade, como HIPÓCRATES (séc. V A.C.), DlOSCÓRIDES (séc. I D.C), RUFO DE
ÉFESO (séc. I D.C.) e GALENO (131 a 201). Na índia os supositórios são conhecidos desde
idades remotas e, até, como meio de introdução de medicamentos para acção geral, como
sedativos e antiespasmódicos. Encontram-se, também, na medicina árabe de antanho;
AVICENA (980-1037), um dos seus mais célebres representantes, também os prescreveu.
Desde as suas origens conhecidas até, praticamente, ao século XVIII, a terapêutica rectal,
vivendo sob a égide dos grandes mestres do passado, pouco progrediu. A popularidade dos
supositórios decaiu muito durante a Idade Média e a Renascença; PARACELSO (1493-1541)
raramente os indicou. O quadro piorou, ainda, com a reacção provocada pelo exagerado uso
das formas de veículo líquido (séc XVII e XVIII) tão bem satirizado nos escritos de
MOLIÈRE e nas litografias de DAUMIER. Somente a magnífica onda de progresso,
verificada a partir do século XIX, nos campos da biologia, da galénica e da química, os viria
a colocar no lugar que hoje ocupam na farmácia e na medicina. Notemos, entretanto, que
escassos são os pontos de contacto entre os primitivos supositórios e a forma farmacêu- — 24
— tica que hoje consideramos como tal. Com efeito, aqueles eram construídos, como regra,
aplicando as substâncias activas adicionadas, por exemplo, de uma gordura ou mel
concentrado por decocção, sobre um suporte inerte.

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Enemas como formas farmacêuticas de administração retal
Enemas como formas farmacêuticas de administração retal” refere-se à prática de administrar
medicamentos ou soluções terapêuticas através do reto utilizando enemas. Os enemas são
líquidos introduzidos no reto por meio de uma sonda ou aplicador especial. Essa forma de
administração pode ser utilizada para diversas finalidades, como a entrega de medicamentos,
limpeza intestinal, administração de contraste para procedimentos diagnósticos, entre outros.
Os enemas são uma alternativa valiosa quando a administração oral não é possível ou quando
é necessário um rápido início de ação do medicamento. Eles podem ser formulados de várias
maneiras para atender a diferentes necessidades clínicas e são frequentemente utilizados em
ambientes hospitalares, ambulatórias e domiciliares.

Tipos
Existem diversos tipos de enemas, cada um com sua formulação e finalidade específicas.
Alguns dos tipos mais comuns incluem:

Enemas de limpeza ou evacuantes: São utilizados para esvaziar o cólon antes de


procedimentos cirúrgicos, diagnósticos ou terapêuticos. Geralmente contêm água, soluções
salinas (como solução fisiológica) ou agentes osmóticos (como polietilenoglicol) para
promover a evacuação intestinal.

Enemas terapêuticos: São utilizados para administrar medicamentos diretamente no cólon


para tratamento local ou sistêmico. Podem conter fármacos para tratar condições como
inflamação intestinal, infecções, hemorroidas ou câncer de cólon.

Enemas de retenção: São projetados para serem retidos no cólon por um período de tempo
específico para permitir a absorção de medicamentos ou nutrientes. Podem conter substâncias
como corticosteroides, mesalamina ou suplementos nutricionais.

Enemas de contraste: São utilizados em procedimentos radiológicos para ajudar na


visualização do cólon e reto. Geralmente contêm substâncias radiopacas, como bário ou
contraste iodado, para melhorar a visibilidade das estruturas intestinais em exames de
imagem, como a colonoscopia virtual ou o enema opaco.

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Enemas de óleo: São enemas que contêm óleo mineral ou outro tipo de óleo, como azeite de
oliva, e são utilizados para amolecer as fezes e facilitar a evacuação em casos de constipação
ou impactação fecal.

Administração dos enemas

Preparação do paciente: Explicação do procedimento ao paciente, obtenção do


consentimento informado e posicionamento adequado, geralmente deitado de lado com os
joelhos dobrados em direção ao peito.

Preparação do equipamento: Preparação do equipamento necessário, incluindo o enema,


lubrificante, luvas estéreis, toalhas e materiais de limpeza.

Preparação da solução: Preparação da solução de enema de acordo com a prescrição médica


ou as instruções do fabricante. A solução pode ser aquecida até a temperatura corporal para
maior conforto do paciente.

Posicionamento e inserção: O profissional de saúde insere gentilmente a sonda ou o


aplicador do enema no reto do paciente e administra a solução de forma lenta e gradual para
evitar desconforto ou lesões.

Retenção: O paciente é instruído a reter a solução pelo tempo necessário para permitir a
absorção do medicamento ou ação terapêutica. Durante esse período, o paciente pode ser
incentivado a mudar de posição para garantir uma distribuição uniforme da solução no cólon.

Evacuação: Após o tempo de retenção, o paciente é encorajado a evacuar a solução e


quaisquer resíduos fecais acumulados. Isso pode ocorrer imediatamente após a administração
ou em um período posterior, dependendo da finalidade do enema.

Monitoramento: O profissional de saúde monitora o paciente quanto a possíveis efeitos


colaterais, como dor, desconforto, náuseas ou reações alérgicas, e fornece cuidados adicionais
conforme necessário.
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Importância dos enemas
Administração de medicamentos via enema, utilizando a via retal, desempenha um papel
significativo na prática clínica por várias razões. Primeiramente, os enemas oferecem uma
alternativa valiosa quando a administração oral não é possível, seja devido a condições
médicas que comprometem a absorção gastrointestinal, como vômitos, disfagia ou distúrbios
do trato gastrointestinal, ou quando há a necessidade de evitar a degradação do fármaco pelo
trato digestivo. Isso é especialmente relevante em situações de emergência, onde é essencial
um rápido início de ação do medicamento. Além disso, os enemas podem ser utilizados para
alcançar uma concentração terapêutica localizada diretamente no cólon, onde certas
condições médicas exigem tratamento direto, como na colite ulcerativa ou na doença de
Crohn. Isso minimiza a exposição sistêmica do medicamento, reduzindo potencialmente os
efeitos colaterais sistêmicos. Outra vantagem dos enemas é sua capacidade de oferecer uma
absorção mais previsível e consistente em comparação com a administração oral,
especialmente em pacientes com distúrbios gastrointestinais que podem afetar a absorção oral
de medicamentos. Além disso, os enemas também são frequentemente utilizados para
limpeza intestinal antes de procedimentos cirúrgicos, diagnósticos ou terapêuticos, como
colonoscopias, garantindo uma visualização adequada do cólon e minimizando o risco de
complicações durante o procedimento.

Segurança quanto a esses fármacos

A segurança na administração de enemas via retal é uma preocupação essencial em ambientes


clínicos, sendo fundamental para garantir o bem-estar e a saúde dos pacientes. Este aspecto é
abordado com cuidado em todas as etapas do processo, desde a avaliação inicial do paciente
até o monitoramento pós-administração. Uma série de medidas são implementadas para
assegurar a segurança do procedimento e minimizar o risco de complicações. Em primeiro
lugar, a avaliação detalhada do paciente é crucial. Antes de administrar um enema, os
profissionais de saúde devem realizar uma avaliação completa do estado clínico do paciente,
levando em consideração fatores como histórico médico, alergias conhecidas, condições
médicas pré-existentes e quaisquer contraindicações para a terapia com enema. Essa
avaliação ajuda a garantir que o enema seja seguro e apropriado para o paciente em questão.
Além disso, a seleção adequada da formulação do enema é fundamental para garantir a
segurança do procedimento. A formulação do enema deve ser escolhida com base nas

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necessidades clínicas específicas do paciente e nas indicações para o tratamento. É
importante considerar a composição da solução do enema, incluindo os tipos de ingredientes
ativos e veículos utilizados, para garantir que sejam seguros e compatíveis com a condição
médica do paciente.

Por fim, é essencial manter registros precisos e completos de todas as administrações de


enemas. Isso inclui detalhes como a formulação utilizada, a quantidade administrada, a
resposta do paciente e quaisquer complicações ou eventos adversos ocorridos durante ou após
o procedimento. O registro e documentação adequados são essenciais para garantir a
continuidade do cuidado, fornecer uma base para avaliação e análise de segurança e garantir a
prestação de cuidados de alta qualidade aos pacientes.

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Conclusão
A segurança na administração de enemas via retal é uma preocupação primordial em
ambientes clínicos, e sua importância é indiscutível. Ao longo deste texto, discutimos as
várias medidas tomadas para garantir a segurança do procedimento, desde a avaliação inicial
do paciente até o monitoramento pós-administração. É evidente que a segurança na
administração de enemas requer uma abordagem abrangente e multidisciplinar, envolvendo
profissionais de saúde qualificados, educação do paciente, preparação adequada da solução,
técnica de administração correta e monitoramento cuidadoso. A implementação dessas
medidas ajuda a minimizar o risco de complicações e assegurar uma experiência segura e
positiva para o paciente. Portanto, concluí que a segurança na administração de enemas via
retal é uma prioridade absoluta em ambientes clínicos, e devemos continuar a dedicar tempo,
esforço e recursos para garantir que esse objetivo seja alcançado em todos os aspectos da
prática clínica. Somente assim poderemos fornecer cuidados de alta qualidade e promover o
bem-estar e a segurança dos nossos pacientes.

9
Referência bibliográficas:
World Health Organization (WHO) Patient Safety: Disponível em:
https://www.who.int/teams/integrated-health-services/patient-safety .

Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) Patient Safety Network:
Disponível em: https://psnet.ahrq.gov/

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