Apostila - Fundamentos de Psicopatologia Psicanalitica EAD
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INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
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INTRODUÇÃO
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HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA
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patológica”, escreveu Alfred Binet em 1889, definindo a posição da
psicologia científica francesa. Com efeito, na Alemanha, onde a
psiquiatria era marcada pelo organicismo, a psicologia baseada na
fisiologia era experimental; e na Inglaterra, num espírito empírico, a
psicologia estava fortemente impregnada de estatísticas.
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(...) O termo psicopatologia, ao contrário, sugere mais o
estudo das influências das variáveis psicológicas sobre
uma enfermidade psíquica.
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O estudo desses elementos contribui para o
conhecimento de fenômenos que conhecemos por
nossa própria experiência, fenômenos os quais temos
apenas noções e fenômenos que se caracterizam pela
não impossibilidade de descrição, podendo ser
alcançados apenas por analogias.
CONCEITUANDO PSICOPATOLOGIA
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Pensar a psicopatologia a partir da visão da psicanálise é
um desafio constante, uma vez que a
“psicopatologização” da subjetividade humana está cada
vez mais presente no discurso hegemônico na área da
saúde mental.
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Freud, no fim do século XIX e início do século XX, inovou a perspectiva
da psicopatologia, formulando um corpo de conceitos precisos para
reconhecer a histeria e a conversão histérica, além de trazer à luz a
diferenciação clara da neurose obsessiva e da angústia.
Saiba mais: A psicanálise foi uma das primeiras teorias com aspecto
científico que objetivou compreender o fenômeno da psicopatologia.
Fundada por Sigmund Freud, postulava que o comportamento era em
grande medida determinado pelos aspectos inconscientes da
personalidade. Dessa forma, o homem possui menos controle sobre os
seus atos do que gosta de acreditar que tem, e esse pode ser um fator
relacionado com o surgimento e a manutenção dos transtornos
mentais.
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pelo menos, duas razões: à medida em que Freud foi avançando em
sua elaboração sobre o funcionamento psíquico, foi incorporando e
integrando conceitos. Um segundo fator é que por psicanálise
entende-se uma gama ampla de formulações teóricas sobre o
inconsciente; nesse sentido, há autores que são entendidos como
psicanalíticos (como Anna Freud, Melanie Klein e Jacques Lacan) e
outros, dissidentes, que aproveitaram alguns aspectos da psicanálise
freudiana e organizaram suas formulações (como Wilhelm Reich,
Alfred Adler e Carl Gustav Jung).
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Na prática clínica, as estruturas podem manter-se, mas seu
funcionamento pode ser transformado. Por outro lado, as
organizações limítrofes podem chegar a se estruturar
verdadeiramente.
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neste campo do saber. Portanto, a interpretação verbal, o manejo
do setting, o uso de procedimentos projetivos em psicodiagnóstico ou
em pesquisa sobre representações sociais. É importante lembrar que,
no âmbito psicoterapêutico, o método psicanalítico deve se
concretizar através de técnicas e estratégias de tratamento diferentes,
segundo a psicopatologia envolvida. Quando está em pauta o
sofrimento neurótico, o método se encarna segundo as modalidades
interpretativas classicamente empregadas por Freud.
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Temos, então, a partir do complexo de Édipo, 3 grandes estruturas:
O ESTÁGIO EDIPIANO
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mutilação genital, de um agravamento em seu estado, por uma
sucessiva amputação projetada.
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Demais Mecanismos de Defesa: Regressão, negação, deslocamento,
conversão, projeção formação reativa, introjeção, isolamento do afeto
idealização, identificação com o agressor.
IDEIAS PATOLÓGICAS
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funcionamento mental podemos destacar três espécies segundo Isaias
Paim (ano):
Dicionário Online
Fonte: https://www.dicio.com.br/nosologia/
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Na obra “Las estructuras clínicas” a partir de Lacan, Eidelsztein (2008)
reúne e descreve criticamente as estruturas clínicas extraíveis de
Lacan. Propondo uma estrutura das estruturas clínicas – estrutura é um
conjunto covariante de significantes em que a identidade dos termos
é obtida por suas diferenças.
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O SINTOMA EM PSICANÁLISE
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CONCEPÇÕES DA NEUROSE
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de recalque também origina força no psiquismo no que tenta dominar
essa carga, de modo que as forças entrem em conflito.
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Por isso caro(a) aluno(a), na neurose será comum no divã, no
consultório psicanalítico, a manutenção do conteúdo problemático
como segredo é o que chamamos recalque ou repressão. O paciente
neurótico esconde de si mesmo o problema, o sintoma ou a dificuldade
que o psicótico encontra fora de si. Ou seja, na neurose há uma cisão
da psique. Alguns conteúdos ficam recalcados, escondidos, em
segredo e causa sofrimento nos sintomas dos quais a pessoa reclama.
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acontecendo, não consegue controlar a intensidade de seus atos, nem
atuar dentro do padrão da “normalidade”.
SINTOMAS NA NEUROSE
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conflitos infantis recalcados que podem ser acessíveis pelo processo
de transferência.
CONCEPÇÕES DA PSICOSE
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sistema, que se desenvolve na interação ambiental, é conhecido com
o nome de Ego.
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• A psicose não é uma doença em si mesma, é um sintoma;
• Um delírio psicótico comum é a crença de que o indivíduo é uma
figura importante;
• Diagnóstico precoce de psicose melhora os desfechos em longo
prazo;
• A psicose é classicamente associada a transtornos do espectro
da esquizofrenia e, embora, existam outros sintomas, um dos
critérios definidores para a esquizofrenia é a presença de
psicose.
SINTOMAS DE PSICOSE
TRANSTORNOS CORRELATOS
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• Transtorno Bipolar: uma condição de saúde mental que afeta o
humor; uma pessoa com transtorno bipolar pode ter episódios
de humor baixo (depressão) e altos ou humor exaltado (mania).
• Depressão Grave: algumas pessoas com depressão também
apresentam sintomas de psicose quando estão muito
deprimidas.
TIPOS DE PSICOSE
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• Psicose Bipolar: os indivíduos apresentam sintomas de
transtorno bipolar (altos e baixos intensos de humor) e também
experimentam episódios de psicose. A psicose ocorre mais
comumente durante as fases maníacas.
• Depressão Psicótica: também conhecida como transtorno
depressivo maior com características psicóticas.
• Pós-parto (também chamado de pós-natal) Psicose: uma forma
grave de depressão pós-parto.
• Psicose Induzida por Substâncias: incluindo álcool, certas drogas
ilegais e alguns medicamentos prescritos, incluindo esteróides e
estimulantes.
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CONCEPÇÕES DE PERVESÃO
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fantasias. Normalmente, este desvio de comportamento começa a se
estruturar ainda na infância, se desenvolvendo na fase adulta. O
diagnóstico da perversão é complexo, sendo necessário considerar os
sintomas, mas também experiência do paciente. Conceitualmente,
pode ser dividida em dois grandes grupos: perversão social e sexual.
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de estrutura como um “conjunto de elementos que se constituem na
relação, que são exclusivamente interdependentes e que se regem por
determinadas leis que fazem parte de uma constituição interna”.
O DIAGNÓSTICO NA PERVERSÃO
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necessários para que haja o prazer. Um exemplo seria o uso de
objetos e acessórios numa relação sexual, como vestir-se como
o sexo oposto. O perverso não o faz de forma eventual, como
parte de uma fantasia, mas depende dele de forma incondicional
e com exagero.
• Inversão e Dissociação: a pessoa nega a norma estabelecida e
toma um “atalho” na hora de viver a sua vida. É marcadamente a
ideia de desvio, e essa negação da norma é a estratégia escolhida
pelo paciente para reafirmar sua força.
• Compromisso com a Transgressão: a pessoa não está disposta a
respeitar a moral, a lei e os costumes. Em seu compromisso de
transgredir perverte a norma, afirmando ou negando um
conjunto de costumes.
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formação deste conceito, implicando o sujeito neurótico em um
enodamento perverso social que o captura, de modo que em diversas
dimensões, ou organismos sociais, acabam por perverter o sujeito.
• Exibicionismo;
• Fetichismo transvéstico;
• Fetichismo;
• Frotteurismo (tocar ou esfregar-se numa pessoa);
• Masoquismo sexual;
• Pedofilia;
• Sadismo sexual;
• Voyeurismo;
• E, sem outra especificação, escatologia telefônica (telefonemas
obscenos), necrofilia, parcialismo (foco em uma parte do corpo),
zoofilia, coprofilia, clismafilias (enemas) e urofilia (urina).
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A PERVERSÃO: PSICOPATIA
Caro(a) aluno(a), muito se fala sobre psicopatia, seja na TV, nos jornais,
no cinema (serial killers), best-sellers, nas escolas psicanalíticas,
universidades, na área da saúde e etc. Esse tema além de gerar terror
e fascínio, também ganha modificações na ficção e nas repercussões e
gera confusão naquilo que diz respeito ao seu claro entendimento.
Então, por onde ela é compreendida?/o que é a psicopatia e como ela
se apresenta?/quais suas características?/como estudar, diagnosticar,
prever, tratar?
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Embora os termos variem bastante, eles costumam fazer referência a
um ponto padrão, que é a questão do comportamento antissocial, isto
é, a presença constante de atos que vão contra as normas e instruções
sócioculturais partilhadas por grupos e comunidades. Os atos
delituosos, transgressores e cruéis são considerados antissociais e seu
aparecimento na infância relaciona-se com o conceito de tendências
antissociais, proposto pelo psicanalista inglês D. W. Winnicott (ano) e
fenômeno confirmado com a análise do desenvolvimento de diversos
psicopatas e serial killers.
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