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APLICAÇÃO DOS MÉTODOS ROSA E NIOSH PARA ANÁLISE ERGONÔMICA EM


UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Article · October 2020

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4 authors, including:

Diego Prata Pedro Vieira Souza Santos


Federal University of Rio de Janeiro Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
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APLICAÇÃO DOS MÉTODOS ROSA E NIOSH PARA ANÁLISE
ERGONÔMICA EM UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE
APPLICATION OF ROSA AND NIOSH METHODS FOR ERGONOMIC ANALYSIS IN A
SMALL BUSINESS

ANDRÉ GOMES DE LIMA, GUILHERME BOTELHO MENDES, DIEGO FILIPE


RODRIGUES FERREIRA PRATA, PEDRO VIEIRA SOUZA SANTOS

RESUMO: Por meio da bibliometria, pode-se identificar os principais trabalhos


que utilizaram o método ROSA, para análise ergonômica em escritório, e o
NIOSH, para análise ergonômica em levantamento de carga. Com auxílio de um
software, ambos os métodos foram aplicados em uma empresa de pequeno
porte. Obteve-se como resultado do método ROSA a pontuação 5, o que significa
a necessidade de uma avaliação mais profunda a ser tomada o mais rápido
possível para salvaguardar a saúde do trabalhador. Por outro lado, em 9
trabalhadores avaliados pelo método NIOSH, apenas uma avaliação resultou em
um Índice de Levantamento (IL) acima de 1 (1,106), o que indica uma condição
insegura de trabalho com carga, com risco de desenvolver lesões. Ambos os
métodos se mostraram eficientes para identificar e quantificar os principais
pontos críticos para a saúde ergonômica dos trabalhadores e, deste modo,
identificar as possíveis medidas corretivas a serem aplicadas em prol da
melhoria das condições de trabalho na empresa de pequeno porte.

Palavras chave: Rosa, Niosh, análise ergonômica, carga.

ABSTRACT: Through bibliometrics, it is possible to identify the main works that


use the ROSA method, for ergonomic analysis in the office and NIOSH, for
ergonomic analysis in load lifting. With the aid of software, both methods were
used in a small business. As a result of the ROSA method, the score is 5, which
means the need for a deeper assessment to be taken or as soon as possible to
save the health of the worker. On the other hand, in 9 workers who use the NIOSH
method, only one assessment results in a Lifting Index (IL) above 1 (1,106), or
that indicates an unsafe workload condition, with risk of wear. Both methods are
effective in identifying and quantifying the main critical points for workers'
ergonomic health and, therefore, identifying as corrective measures to be applied
in improving working conditions in the small business.

Keywords: Rosa, Niosh, ergonomic analysis, charge.


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LIMA, MENDES, PRATA E SANTOS, 2020.

INTRODUÇÃO

Estudos comprovam um aumento do número de trabalhadores que sofrem


por sérios distúrbios musculares proporcionados pelo mau dimensionamento dos
postos de trabalho ao redor do mundo (CHAO; CHEN; YAU, 2018). Nesse
contexto, o National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) aponta
que os esforços físicos proporcionados pelo trabalho também é um fator crucial
para gerar esses distúrbios (NIOSH, 1997).

A medida que os avanços tecnológicos foram acontecendo, os


trabalhadores precisaram alterar sua forma de realizar o trabalho, assim como
os próprios de postos trabalho sofreram alterações. Mediante esse fato, os
trabalhadores começaram a ser expostos a novos riscos ergonômicos (MOOM;
SING; MOOM, 2015). Sendo assim, o estudo da ergonomia tornou-se
fundamental, visto que sua aplicação visa reduzir os danos causados ao homem
pelo trabalho no qual ele realiza (KULKARNI; DEVALKAR, 2019).

Nesse cenário, houve a necessidade de focar na mitigação de riscos


ergonômicos para proporcionar saúde ao trabalhador e aumentar a
produtividade. Para que esse objetivo fosse atingido, os profissionais da área
desenvolveram novos métodos para a realização de avaliações ergonômicas
(SANTOS, 2018; DE FARIA SILVA et al., 2018; FERNANDES; SANTOS, 2019).
A escolha desses métodos tornou-se fundamental para que essa análise seja
realizada e os riscos ergonômicos mitigados.

Sendo assim, dentre os diferentes métodos o do NIOSH e o Rapid Office


Strain Assessessment (ROSA) apresentam destaque. O Método de NIOSH é
considerado um dos mais utilizados pelos especialistas para realização de
avaliação ergonômica com levantamento de carga manual (DEMPSEY;
MCGORRY; MAYNARD, 2005). Já o método ROSA destaca-se dentre outros
métodos por ter sido desenvolvido especificamente para permitir uma avaliação
ergonômica de trabalhos em escritórios (SONNE; VILLALTA; ANDREWS, 2012).
No meio acadêmico podemos encontrar diversos trabalhos que realizaram uma
avaliação ergonômica utilizando o método de NIOSH (HUSSAIN et al., 2019;
MINETTE et al., 2015) e o método ROSA (MANI et al., 2016;
MOHAMMADIPOUR et al., 2018).

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Sendo assim, o método de NIOSH e ROSA apresentam-se como


ferramentas confiáveis para o auxílio dos profissionais de ergonomia para o
desenvolvimento de postos de trabalhos adequados para os trabalhadores,
assim como para apresenta-los uma postura ideal para execução do serviço.

Logo, este presente estudo tem como objetivo aplicar uma Análise
Ergonômica utilizando o Método ROSA, para avaliação do risco ergonômico em
escritório, e o método NIOSH, para avaliação do risco ergonômico em
levantamento de carga, estudando os postos de trabalho dos funcionários de
uma empresa de pequeno porte, no segmento de distribuição de baterias
automotivas no interior do Estado do Rio Janeiro.

REVISÃO DA LITERATURA

Esse capítulo tem a finalidade de apresentar os métodos utilizados no


trabalho e também demonstrar os diversos trabalhos acadêmicos que os
utilizaram.

NIOSH Lifting Equation

Estudos comprovam que a equação de NIOSH é uma das ferramentas


mais utilizadas para avaliar o impacto proporcionado devido ao levantamento de
cargas (DEMPSEY; LOWE; JONES, 2019). Mediante ela é possível verificar o
limite de peso no qual um trabalhador consegue realizar um levantamento
utilizando as duas mãos (WATERS, 2007; WATERS; LU; OCCHIPINTI, 2007).
Essa equação foi idealizada incialmente por NIOSHI 1981 sendo que,
posteriormente, uma versão revisada dessa equação foi proposta por Waters et
al. (1993). Deste então essa ferramenta tem sido utilizada ao redor do mundo
visando um estudo ergométrico em relação ao levantamento de cargas manuais.

Hussain et al. (2019) utilizaram a equação revisada de NIOSH para em


seus estudos. Mediante a aplicação dessa metodologia foi possível verificar as
condições dos trabalhadores e propor intervenções ergonômicas que reduziram
os riscos oriundos as posturas dos trabalhadores para um limite aceitável. Já

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Kim et al. (2018) realizara uma avaliação ergonômica dos trabalhadores de um


setor da colheita nos Estados Unidos. Eles utilizaram a equação revisada de
NIOSH em conjunto com outros métodos. Esse estudo verificou que o cenário
satisfatório para os trabalhadores desse setor seria se houvesse uma
mecanização, pois iria reduzir a carga e a fadiga na qual o trabalhador estava
sendo exposto.

De Faria Silva et al. (2018) focaram os seus estudos em uma empresa de


manufaturas metálicas brasileira. Eles realizaram uma avaliação ergonômica dos
trabalhadores que executavam tarefas de elevação de carga manual. Essa
análise foi realizada utilizando a equação revisada de NIOSH juntamente com
outros métodos. Mediante esse estudo, foi possível perceber que o mal
dimensionamento de alguns equipamentos juntamente com as metodologias de
trabalho empregadas, estavam sendo prejudiciais aos trabalhadores. Sendo
assim, os autores propuseram algumas medidas ergonômicas que foram
adotadas pela empresa visando a redução de riscos aos trabalhadores.

Teeple et al. (2017) utilizaram a equação revisada de NIOSH para realizar


uma avaliação ergonômica dos trabalhadores do hospital responsáveis por
carregar sacos contendo roupas. Mediante esse estudo foi possível verificar
parâmetros para proporcionar um enchimento dos sacos, tal que o peso não se
torne excessivo para o manuseio dos funcionários.

Tafazzol et al. (2016) avaliaram os trabalhadores da companhia aérea que


carregam bagagens manualmente por meio da equação revisada de NIOSH
juntamente com outras metodologias. A análise constatou que os funcionários
estavam trabalhando em condições que não eram ideias, podendo acarretar em
futuros problemas a sua saúde, pois a postura na qual o serviço era realizado
não era ideal e, somado a isso, o peso das bagagens eram superiores ao
recomendado para o levantamento manual. Já ZARE et al. (2016) utilizaram a
equação de NIOSH revisada para proporcionar um melhor entendimento dos
riscos nos quais os trabalhadores estavam expostos devido ao carregamento de
cargas.

Minette et al. (2015) utilizaram a equação de NIOSH para realizar uma


avaliação ergonômica dos trabalhadores de uma empresa brasileira que
trabalhavam com fertilização manual. Eles estavam sendo submetidos a

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esforços devido ao levantamento de sacos de fertilizantes. Mediante a análise


foi possível verificar que o trabalho estava sendo realizado com posturas
inadequadas e também foi estabelecido os pesos máximos dos sacos que os
trabalhadores deveriam carregar para que fosse reduzido o risco de lesões. Xu
e Cheng (2014) fizeram uma avaliação ergonômica em um restaurante Chinês
utilizando a equação de NIOSH em conjunto com outros métodos. Mediante esse
estudo, foi constatado que o churrasqueiro estava sendo submetido a um
levantamento de carga que poderia proporcionar um a lesão em sua lombar.

Rapid Office Strain Assessment

O método ROSA foi desenvolvido de acordo com as posturas contidas


nas orientações da Canadian Standarts Association (CSA) e do Canadian Centre
for Occupational Health and Safaty (CCOHS). Trata-se de um método
desenvolvido para avaliar especificamente as atividades realizadas em
escritórios (SONNE; VILLALTA; ANDREWS, 2012). Mediante sua utilização os
profissionais da ergonomia conseguem realizar avaliações relacionadas tanto
aos postos de trabalho quanto as posturas dos trabalhadores (BAGHERI;
GHALJAHI, 2019).

O método trata-se de um checklist no qual é atribuído pontos para cada


análise, sendo possível avaliar: aspectos relacionados ao assento; ao monitor e
telefone; ao mouse e teclado (LIEBREGTS; SONNE; POTVIN, 2016). Cada
etapa de avaliação contém uma figura para ilustrar as situações encontradas,
sendo assim, facilita a identificação e a marcação dos pontos (RODRIGUES et
al., 2019). Matos e Arezes, (2015) afirmam que o método ROSA é fácil de ser
aplicado e que proporcionam resultados satisfatórios. Mediante esse cenário,
novos estudos ergonômicos têm sido realizados mediante a aplicação desse
Método.

Mohammadipour et al. (2018) realizaram uma avaliação ergonômica dos


trabalhadores de escritório de uma Universidade. Mediante a aplicação do
Método ROSA foi constatado que os postos de trabalhos devem ser modificados,
pois estão proporcionando um alto risco aos trabalhadores. Bakri et al. (2018)

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por meio do método ROSA e um outro método realizaram uma avaliação dos
trabalhares responsáveis por controlar o tráfego dos ônibus. Essa pesquisa foi
importante, pois demonstrou que grande parte desses trabalhadores estavam
exercendo o trabalho com posturas que proporcionavam um alto risco
ergonômico. A pesquisa apontou que para a diminuição desses riscos será
importante uma mudança na forma de trabalho desses funcionários assim
também como uma modificação dos seus postos de trabalhos.

Mani et al. (2016) realizaram uma conscientização para os funcionários


que trabalharam em escritórios utilizando computadores. Essa educação
ergonômica foi realizada da seguinte forma: primeiramente foi aplicado um
questionário juntamente com o método ROSA para captação dos dados dos
trabalhadores. Após isso, os funcionários passaram por um processo de
conscientização que durou seis semanas, e posteriormente, os métodos foram
aplicados novamente. Mediante essa pesquisa nota-se que o conhecimento
adquirido durante todo o processo, os trabalhadores foram capazes de identificar
os riscos nos quais eles estavam submetidos, proporcionando uma mudança em
seus hábitos de trabalho. A aplicação dos métodos após o processo de
treinamento identificou que, devido as mudanças, os trabalhadores diminuíram
suas exposições ao risco de lesões.

Matos e Arezes (2015) em seus estudos avaliaram trabalhadores de uma


corretora de seguros em Portugal, com o foco em trabalhadores de escritório.
Mediante a utilização do método ROSA foi possível analisar os riscos
ergonômicos nas quais os trabalhadores estavam sendo submetidos e visando
a sua redução, foi implementado um programa de ginástica ocupacional. Já
Poochada e Chaiklieng (2015) realizaram uma avaliação ergonômica em
trabalhadores de call center na Tailândia. A aplicação do método ROSA apontou
que os níveis dos riscos ergonômicos nos quais os trabalhadores estavam sendo
expostos eram acima do desejado.

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MATERIAL E MÉTODOS

Neste trabalho foi realizado um estudo na base Scopus, visto que nessa
base estão localizados um vasto número de trabalhos relevantes da área
científica. A pesquisa bibliométrica foi realizada da seguinte forma:
primeiramente foram definidos os termos a serem utilizados para realizar a busca
na Base. Após isso, foi verificado a quantidade de trabalhos publicados em cada
área desejada e verificado a evolução cronológica das publicações em cada uma
delas. Logo após, foi realizada uma análise para verificar os trabalhos com mais
citações em cada uma das áreas. Por fim, verificou os periódicos que receberam
o maior número de publicações.

O Quadro 1 apresenta como foi feita a pesquisa na base Scopus. Ela foi
realizada através da busca pelo título, resumo e palavras chaves dos trabalhos
científicos. Foi feita uma divisão em três grandes áreas de conhecimento, sendo
elas: ergonomia (trabalhos publicados com foco em ergonomia), NIOSH
(trabalhos que utilizaram a metodologia NIOSH), ROSA (Trabalhos que
utilizaram a metodologia ROSA). Para cada área foi utilizada um termo para que
fosse realizada a busca na base. Para ergonomia foi utilizada o termo
“ergonomics”, para Niosh, “NIOSH Lifting Equation”, já para o ROSA foi utilizado
o termo “Rapid Office Strain Assessment”. Perceba que cada área de
conhecimento foi identificada com uma letra, sendo: Ergonomia (A), NIOSH (B)
e ROSA (C).

Quadro 1 – Identificação dos termos utilizados na pesquisa

Termos utilizados para cada área de pesquisa Identificação

TITLE-ABS-KEY (ergonomics) A

TITLE-ABS-KEY (“NIOSH lifting equation”) B

TITLE-ABS-KEY (“Rapid Office Strain Assessment”) C

( TITLE-ABS-KEY ( ergonomics ) AND TITLE-ABS-KEY


A∩B
(“NIOSH lifting equation”) )

( TITLE-ABS-KEY ( ergonomics ) AND TITLE-ABS-KEY


A∩C
(ROSA or “Rapid Office Strain Assessment ) )

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( TITLE-ABS-KEY (“NIOSH lifting equation” ) AND TITLE-ABS-


B∩C
KEY ( “Rapid Office Strain Assessment” ) )

( TITLE-ABS-KEY ( ergonomics ) AND TITLE-ABS-KEY (


"NIOSH lifting equation" ) AND TITLE-ABS-KEY ("Rapid Office A∩B∩C
Strain Assessment" ) )
Fonte: Elaboração própria (2019)

A Figura 1 apresenta o Diagrama de Venn. Ela demonstra a quantidade


de trabalhos indexados na base Scopus em cada área de conhecimento e nas
intercessões entre elas.

Figura 1. Diagrama de Venn

Fonte: Elaboração própria com dados da base scopus (2019)

Na intercessão das áreas B e C não foi encontrado nenhum trabalho


publicado, o que proporcionou também que não houvesse trabalhos na área
A∩B∩C. Esse fato demonstra que em periódicos de alto impacto do meio
cientifico, é uma área que pode ser explorada. A Figura 2 demonstra a evolução
cronológica dos trabalhos publicados na área A∩B (Ergonomia e NIOSH).

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Figura 2. Evolução cronológica dos trabalhos publicados na área A∩B

Fonte: Elaboração própria com dados da base scopus (2019)

Essa área de pesquisa apresentou um aumento das publicações em


periodos recentes, sendo que o maior numero de publicaçoes aconteceu no ano
de 2019 com 14 trabalhos publicados (até o momento da pesquisa). Essa fato
demonstra que essa área apresentou um comportamento crescente,
demonstrando que apresenta interesse para estudos pela comunidade científia.
A Figura 3 apresenta a evolução cronológia dos trabalhos publicados na área
A∩C (ergonomia e método Rosa).

Figura 3. Evolução cronológica dos trabalhos publicados na área A∩C

Fonte: Elaboração própria com dados da base scopus (2019)

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Essa área de estudo também demonstrou um aumento de trabalhos


publicados em um período recente, mais especificamente a partir do ano de
2015. A maior quantidade de trabalhos publicados foi no ano de 2018 onde
obteve 5 trabalhos indexados na base. Mediante a evolução cronológica dos
trabalhos indexados nas áreas de pesquisa, foi observado dentre esses quais
foram os mais citados pela comunidade científica. Sendo possível visualizar os
principais trabalhos que podem auxiliar para a construção de um referencial
teórico sólido. O Quadro 2 demonstra os artigos com maiores citações da área
de conhecimento A∩B e A∩C. Esses artigos estão distribuídos de forma
decrescente de acordo com o número de citações e divididos de acordo com sua
respectiva área de conhecimento.

Pode-se observar que foram selecionados os cinco artigos com mais


citações em cada uma das áreas. A área A∩B apresentou artigos com mais
citações. Nessa área, o artigo que apresentou o maior número obteve 92
citações e o menor 34. Já a área A∩C o artigo com maior número de citações
obteve 48 enquanto o menor obteve 8.

Quadro 2 – Periódico com maior números de publicações nas áreas A∩B e


A∩C

Área de
Nome do artigo Autores Citações
conhecimento

When is it safe to manually


Waters, T.R. 92
lift a patient?

Usability of the revised


Dempsey, P.G. 59
NIOSH lifting equation.

The effects of initial lifting Lavender, S.A.


height, load magnitude, and
Andersson,
lifting speed on the peak
A∩B G.B.J. 48
dynamic L5/S1 moments.
(Ergonomia e NIOSH) Schipplein, O.D.
Fuentes, H.J.

New procedure for assessing Waters, T.R.


sequential manual lifting jobs
Lu, M.-L. 41
using the revised NIOSH
lifting equation. Occhipinti, E

Continuous assessment of Mirka, G.A. 34


back stress (CABS): A new

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method to quantify low-back Kelaher, D.P.


stress in jobs with variable
Nay, D.T.
biomechanical demands
Lawrence, B.M.

Development and evaluation Sonne, M.


of an office ergonomic risk
Villalta, D.L. 48
checklist: ROSA - Rapid
office strain assessment Andrews, D.M.

Photograph-based ergonomic Liebregts, J.


evaluations using the Rapid
Sonne, M. 13
Office Strain Assessment
(ROSA) Potvin, J.R.

A∩C Ergonomic Evaluation of


Office Workplaces with Rapid Matos, M.
(Ergonomia e ROSA) 11
Office Strain Assessment Arezes, P.M.
(ROSA)

Evidence-based ergonomics Mani, K.


education: Promoting risk
Provident, I. 8
factor awareness among
office computer workers Eckel, E.

Ergonomic Risk Assessment Poochada, W.


among Call Center Workers 8
Chaiklieng, S.
Fonte: Elaboração própria com dados da base scopus (2019)

A Figura 4 apresenta os cincos periódicos/eventos nos quais


apresentaram a maior quantidade de trabalhos publicados área de ensino A∩C.
Mediante isso, é possível observar os principais periódicos nesse tema,
auxiliando na busca de novos materiais para futuras pesquisas.

Entre os cinco periódicos/eventos com maior número de publicações na


área de ensino A∩C não houve nenhum que obteve uma disparidade em relação
a quantidade de trabalhos publicados. O periódico Applied Ergonomics obteve o
maior número de publicações, com 3 trabalhos publicados.

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Figura 4 - Periódico com mais publicações na área A∩C

Advanced
Science Letters

Procedia Manufacturing

Work

Journal Of Military Medicine

Applied
Ergonomics

0 1 2 3 4
Quantidade de trabalhos publicados

Fonte: Elaboração própria com dados da base scopus (2019)

A Figura 5 demonstra os periódicos com mais publicações na área de


ensino A∩B. Foram escolhidos os cinco periódicos que obtiveram o maior
número de trabalhos publicado até a data da pesquisa. Os periódicos/eventos
com maior número de publicações foram o Proceedings Of The Human Factors
And Ergonomics Society com 11 trabalhos, Human Factors e International
Journal of Industrial Ergonomics, ambos com 9 trabalhos publicados.

Figura 5 - Periódicos com mais publicações na área A∩B.

Advances In
Intelligent
Systems And
Computing
Ergonomics
International Journal
Of Industrial…
Human…
Proceedings Of
The Human
Factors And…
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Quantidade de trabalhos publicados na área A∩B

Fonte: Elaboração própria com dados da base scopus (2019)

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Conclusão da análise bibliométrica

A Análise demonstrou que, na base scopus, não houve nenhum trabalho


publicado na intercessão das três áreas de ensino desejada pela pesquisa. Esse
fato demonstra que essa área de pesquisa ainda pode ser explorada. Como não
houve nenhum trabalho encontrado nas intercessões entre as áreas B∩C, a
análise foi realizada nas áreas: A∩B e A∩C. A análise pela evolução cronológica
das publicações demonstrou que as duas áreas de pesquisa apresentaram uma
evolução crescente, principalmente nos últimos anos. A A∩B apresentou o maior
número de publicações no ano de 2019 com 14 trabalhos publicados (até a data
do estudo), já A∩C apresentou o maior número de publicações em 2018 com 5
publicações e nos anos de 2017 e 2019 apresentaram 4 trabalhos.

A análise pelo maior número de citações apresentou artigos que podem


auxiliar para a construção de um referencial teórico sólido. Foi descoberto que
na área de ensino A∩B os trabalhos “When is it safe to manually lift a patient?”,
“Usability of the revised NIOSH lifting equation” e “The effects of initial lifting
height, load magnitude, and lifting speed on the peak dynamic L5/S1 moments.”
foram os que apresentaram o maior número de citações com 92, 59 e 48
respectivamente. Já a análise na intercessão A∩C demonstrou que os trabalhos
com maiores citações foram “Development and evaluation of an office ergonomic
risk checklist: ROSA - Rapid office strain assessment”, “Photograph-based
ergonomic evaluations using the Rapid Office Strain Assessment (ROSA)” e
“Ergonomic Evaluation of Office Workplaces with Rapid Office Strain Assessment
(ROSA)” atingindo a marca de 48, 13 e 11 citações respectivamente.

Já a busca dos periódicos/eventos com maior número de trabalhos


publicados demonstrou que em A∩C não houve nenhum que se destacou em
relação aos outros. Sendo que o periódico Applied Ergonomics, com três
publicações, foi o que apresentou o maior número de trabalhos. Já na área de
ensino A∩B o periódico com maior número de publicações foi o “Proceedings Of
The Human Factors And Ergonomics Society” com 11 artigos.

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Área de Estudo

O estudo foi desenvolvido em uma Empresa de Pequeno Porte, no


segmento de venda de baterias automotivas em regime de varejo e distribuição.
O trabalho foi desenvolvido em diferentes unidades varejistas da empresa e em
sua central de distribuição composta por um escritório e depósito. As unidades
da empresa ficam situadas nos municípios de Nova Friburgo, Rio das Ostras,
Barra de São João, Unamar e São Pedro da Aldeia, todos os municípios situados
no Estado do Rio de Janeiro.

Aplicação do método ROSA

Para a avaliação ergonômica do profissional do setor de secretaria,


realizou-se a aplicação dos métodos ROSA, com o objetivo de obter, de forma
rápida e eficaz, informações sobre o risco ergonômico do colaborador e em quais
atributos devem ser direcionadas ações para melhoria do ambiente laboral em
frente ao computador.

Com o auxílio do software Ergolândia 7.0, Foram realizadas três seções


de avaliação (A, B, C), durante aproximadamente 20 minutos, em que o
colaborador esteve trabalhando em sua estação de trabalho ao computador. Na
seção A foram avaliados aspectos relacionados ao assento; B, ao monitor e
telefone; C, ao mouse e teclado.

Em todas as seções, o fator Tempo de Trabalho foi mensurado e utilizado


no cálculo das pontuações. No software, o critério de pontuação deste fator é
baseado em três opções:

1. Menos de 1 hora por dia ou menos de 30 minutos continuamente;


2. 1 a 4 horas por dia no assento ou entre 30 minutos e 1 hora
continuamente;
3. Mais que 4 horas por dia no assento ou mais que 1 hora continuamente.

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Seção A

Na seção A foram pontuados atributos relacionados ao assento utilizado


ao computador, onde, para avaliar a altura do assento, observou-se o ângulo dos
joelhos. O ângulo maior que 90° graus indica a altura elevada do assento e
menor que 90° indica uma altura baixa (Figura 6).

Figura 6. Campo do software Ergolândia para avaliação da altura do assento


por meio do ângulo dos joelhos.

Fonte: software Ergolândia 7.0

Para avaliação da profundidade do assento, adotou-se a medida ideal de


8 cm de espaço entre o joelho e a borda do assento. O assento com profundidade
menor que 8 cm indica que o acento está muito longo e maior que 8cm indicaria
uma profundidade curta (Figura 7).

Figura 7. Campo do software ergolândia para Avaliação da profundidade do


assento por meio do ângulo dos joelhos.

Fonte: software Ergolândia 7.0

Outro fator pontuado pelo software para a avaliação é o apoio dos braços,
onde deve-se informar ao software se os apoios proporcionam uma posição onde
os ombros fiquem relaxados e o cotovelo apoiado e alinhado com os ombros, ou
se os ombros estão elevados ou os cotovelos sem apoio (Figura 8).

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Figura 8 - Campo do software Ergolândia para avaliação do apoio para os


braços

Fonte: Software Ergolândia 7.0

Outro atributo importante na avaliação do assento é o apoio das costas,


onde deve-se pontuar de acordo com a inclinação do apoio das costas e o
suporte à lombar, como mostra a Figura 9.

Figura 9. Campo do software Ergolândia para avaliação da altura do assento


por meio do ângulo dos joelhos

Fonte: Software Ergolândia 7.0

Por último, deve-se informar o tempo médio que o colaborador passa


utilizando o assento durante um dia de trabalho.

Seção B

Nesta seção, avaliaram-se os aspectos físicos do colaborador


relacionados aos equipamentos de monitor e telefone, pontuando de acordo com
o grau de conforto proporcionado. Para o monitor, avaliou-se a distância e
posição da tela do monitor para os olhos do profissional e o tempo de trabalho
em frente a tela. A pontuação pela distância e posição do monitor, levou em

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LIMA, MENDES, PRATA E SANTOS, 2020.

consideração se a tela se encontra ao nível dos olhos ou a uma distância entre


40 cm e 75 cm, se a tela está em posição baixa (ângulo de visão abaixo de 30°)
ou alta, deixando o pescoço em posição de extensão (Figura 10).

Além disso, indicou-se se há rotação do pescoço maior que 30° para


visualizar o conteúdo exibido no monitor e presença de reflexo da luz solar na
tela. Para pontuar o tempo de atividade em frente ao monitor e utilizando o
telefone, utilizaram-se os critérios padrão do software. Para pontuar o risco
ergonômico ao utilizar o telefone, além do tempo, verificou-se o alcance e o
esforço para atender ao telefone.

Figura 10. Campo do software Ergolândia para avaliação dos aspectos físicos
do colaborador relacionados aos equipamentos de monitor

Fonte: Software Ergolândia 7.0.

Seção C

Por fim, na seção C, foram avaliados os aspectos físicos do colaborador


ao utilizar o mouse e teclado do computador. Primeiramente, observou o alcance
do mouse, tendo como ideal o mouse alinha com o ombro (Figura 11). Em
seguida, verificou a presença de características como pega em pinça, teclado e
mouse em superfícies diferentes e apoio para a mão em frente ao mouse. A
avaliação de tempo de uso do equipamento foi feita utilizando os critérios padrão
do software.

Para a avaliação ergonômica ao utilizar o teclado, inicialmente observou-


se a posição dos punhos ao manusear o equipamento: Punho neutro e ombros
relaxados (ideal) ou punhos em extensão maior que 15°. A avaliação de tempo
de uso do equipamento foi feita utilizando os critérios padrão do software e
alguns itens opcionais foram levados em consideração, como a altura do
teclado deixando os ombros altos e a altura da mesa não ajustável.

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Figura 11 - Campo do software Ergolândia para avaliação dos aspectos físicos


do colaborador relacionados ao posicionamento do mouse

Fonte: Software Ergolândia 7.0

Aplicação do Método Niosh

A aplicação do método Niosh foi realizada utilizando dados e informações


da rotina de trabalho de todos os funcionários da empresa estudada, pois, apesar
alguns dos funcionários trabalharem por menos tempo com o levantamento de
carga ou realizando o levantamento de cargas de baixo peso, adotou-se o
princípio da precaução como medida protetiva ao trabalhador.

Na empresa em estudo, foram avaliados nove (9) colaboradores com o


auxílio do software Ergolândia 7.0, dentre eles sete (7) correspondiam à função
de atendimento, manutenção e instalação de baterias automotivas, principal tipo
de carga levantada; um à função de secretaria, onde era comum o serviço de
organização de almoxarifado e estoque; e um funcionário responsável pela
função de entregador, serviço este com maior frequência e carga levantada.

Na aplicação deste teste foram levados em consideração 7 fatores para


cálculo do Limite de Peso Recomendado (LPR) e o Índice de Levantamento (IL):
A Distância Horizontal (H) é a distância em centímetros entre o ponto médio dos
tornozelos até a mão do trabalhador (Figura 12). Esta distância é levada em
consideração, pois quanto maior for a distância do centro de gravidade do
colaborador para a carga levantada, maior será o esforço para levantá-la,
podendo implicar em uma série de problemas à saúde do trabalhador de forma
crônica ou até mesmo aguda devido à força incidente aos músculos localizados
na região lombar. Para o cálculo do LPR, o método considera o Fator de
Distância Horizontal em relação à carga (FDH) igual a 1 para valores de H

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menores que 25 cm, enquanto para valores maiores que 63 cm o fator relativo é
igual a 0.

O Fator de Distância Horizontal em relação à carga (FDH) é calculado


pela seguinte fórmula:

FDH = (25/H)

Figura 12. Croqui da Distância Horizontal (H), distância em centímetros entre o


ponto médio dos tornozelos até a mão do trabalhador.

Fonte: software Ergolândia 7.0

A Distância Vertical (V) é calculada em centímetros e representa a


distância entre o as mãos, ao segurar o objeto levantado, e o chão (Figura 13).
Esta distância interfere diretamente no cálculo do Limite de Peso Recomendado,
pois através dela que se determina o Fator de Altura Vertical em Relação ao
Solo, calculada pela seguinte fórmula:

FAV= 1 – (-0,003 x [V-75])

Figura 13. Croqui da Distância Vertical (V), distância entre o as mãos, ao


segurar o objeto levantado

Fonte: software Ergolândia 7.0

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A Distância Vertical Percorrida (D) também é um fator que interfere


diretamente no cálculo do Limite de Peso Recomendado, pois é por meio deste
valor que é calculado o Fator de Distância Vertical Percorrida, representado pela
seguinte fórmula:

FDVP = (0,82 + 4,5/D)

Esse fator faz referência à distância percorrida do início do levantamento


da carga até o término da ação (Figura 14). A importância de levar a distância
vertical percorrida em consideração se dá uma vez que os movimentos de
agachamento e levantamento com carga exigem esforços da musculatura dos
membros inferiores, região lombar e abdominal.

Figura 14. Croqui da Distância Vertical Percorrida (D), distância percorrida do


início do levantamento da carga até o término da ação

Fonte: software Ergolândia 7.0

O Ângulo de Torção do Tronco (A) determina a rotação do tronco do


colaborador ao transportar a carga (Figura 15). Este fator é avaliado em um
ângulo de 0º a 135º, pois valores maiores de 135º o software considera o Fator
Relativo ao Ângulo de Torção (FRAT) igual a zero. O Cálculo deste fator é dado
pela seguinte fórmula:

FRAT= 1-(0,032 x A)

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Figura 15. Croqui do Ângulo de Torção do Tronco (A), que determina a rotação
do tronco do colaborador ao transportar a carga.

Fonte: software Ergolândia 7.0

O Fator Frequência (F) é calculado em função da quantidade de


levantamentos de cargas no período de um minuto, a duração desta atividade, e
a distância vertical (V) em que o levantamento acontece. Com a obtenção desses
valores e por meio de uma tabela pré-estabelecida pela NIOSH (Tabela 1), pode-
se chegar ao Fator Frequência, que influenciará diretamente no cálculo do Limite
de Peso Recomendado (LPR):

Tabela 1 - Fator frequência relacionado ao regime de trabalho.

Fonte: Software Ergolândia 7.0.

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A Qualidade da Pega (QP) também é outro fator essencial para o cálculo,


pois interfere diretamente no esforço sobre os membros superiores do
trabalhador. Esse fator obtido de forma qualitativa e seus valores também são
alcançados por meio de uma tabela pré-estabelecida (Tabela 2):

Tabela 2 - Fator qualidade da pega relacionado à Distância Vertical (V).

Fonte: Software Ergolândia 7.0.

O Limite de Peso Recomendado (LPR), conforme o seu nome sugere,


quantifica em função dos fatores apresentados anteriormente o peso máximo
que o trabalhador pode levantar sem comprometer sua saúde física. O LPR
também é fundamental para definir o Índice de Levantamento (IL), principal
objetivo do método NIOSH.

O LPR é calculado pela seguinte fórmula:

LPR = 23 x FDH x FAV x FDVP x F x FRAT x QP

Ou

LPR = 23 x (25/H) x {[1 – (-0,003 x (V-75)]} x (0,82 + 4,5/D) x [1-(0,032 x A)] x


F x QP

O Índice de Levantamento (IL) do método NIOSH é calculado em função


do LPR em relação à massa real levantada pelo trabalhador. É este índice que
irá determinar se uma atividade apresenta risco de lesão osteomuscular, bem
como classificará este risco.

O IL é calculado pela seguinte fórmula:

IL = P/LPR

Onde,

IL ≤ 1 indica uma condição segura de trabalho com carga, com baixo risco
de desenvolver lesões.

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IL > 1 indica uma condição insegura de trabalho com carga, com risco de
desenvolver lesões.

RESULTADOS

Resultados do Método ROSA

Nesta seção, ao avaliar as características do assento, observou-se que


os joelhos do colaborador encontravam-se em um ângulo adequado, ângulo de
90°. Por outro lado, a profundidade do assento encontrava-se inadequada, não
havia nenhum espaço entre a parte traseira do joelho e a borda do assento,
características de um assento com profundidade muito longa. Um assento de
profundidade longa pode gerar desconforto ao não oferecer suporte para a
coluna, propiciando uma maior curvatura da coluna e consequentemente um
desconforto para o trabalhador (CSA International, 2000; Harrison et al., 1999).

A cadeira do escritório não possuía regulagem e não havia apoio para


os braços, e, portanto, os braços do funcionário encontravam-se apoiados sobre
a mesa alta (deixando os ombros elevados) ou sem apoio algum. Segundo a
CSA International (2000), Os braços devem ser posicionados de modo que os
cotovelos estejam em 90° e os ombros estão em uma posição relaxada (CSA
International, 2000). A presença de braços em uma cadeira para atividade laboral
é importante, pois propicia o aumento do conforto nos usuários e reduz a carga
estática nos músculos do ombro e do braço durante ou manuseio dos mouses
(CSA International, 2000; Lueder e Allie, 1997).

Assim, é importante também que o apoio do braço esteja livre de bordas


afiadas ou duras, pode causar pontos de pressão que levam a danos nos tecidos
moles os antebraços (Szabo e Gelberman, 1987). O encosto da cadeira possui
inclinação adequada aos padrões da CSA, entre 95° e 110°, para porporcionar
o suporte adequado às costas e à lombar, garantindo a curvatura natural da
coluna do traballhador em seu posto de trabalho, dste modo, evitando tensão
sobre os musculos das costas, ligamentos e tendões (Harrison et al., 1999).

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Resultados Seção B

A avaliação dos fatores de riscos foi satisfatórias nesta seção.


Inicialmente, foram avaliados nesta seção os fatores de risco relacionados à
visualização do monitor do computador e sua posição. Os padrões da CSA
indicam uma distância de 40 cm a 75 cm e um ângulo que não supere 30° abaixo
dos olhos do colaborador e a tela do monitor, a fim de evitar tensões na
musculatura do pescoço.

Esses padrões estão sendo atendidos perfeitamente. O melhor método


para garantir a continuidade deste padrão alcançado consiste em orientações
periódicas, alertando o trabalhador sobre os cuidados a serem tomados e a
importância de regular a distância e altura do monitor para maior conforto de sua
visão. Para garantir maior conforto à visão do funcionário, outro fator de risco
levado em consideração foi a presença de reflexos de luz na tela do monitor. O
computador encontrava-se instalado distante da janela onde tem maior
incidência de entrada de luz solar. Os fatores de riscos atrelados ao uso do
telefone não foram significativos. O colaborador utiliza o telefone poucas vezes
ao dia, de modo que o tempo de uso somado não ultrapassa uma hora por dia
ou trinta minutos continuamente. Além disso, o equipamento era sem fio, o que
possibilitava deixá-lo ao alcance do trabalhador, evitando qualquer esforço,
torção ou alongamento para utilizá-lo.

Resultado da Seção C

Ao avaliar-se os fatores de risco ao utilizar o mouse, verificou a


linearidade da posição dos ombros e o equipamento e se este encontrava-se em
uma altura que deixasse os ombros relaxados. No entanto, o colaborador
encontrava-se afastado do mouse, motivado pela altura da mesa da mesa e da
cadeira, proporcionando a elevação de seus ombros e o alongamento dos braços
para alcança-lo.

Por outro lado, o tamanho do mouse se adequava perfeitamente ao


tamanho da mão do colaborador, e possuía apoio para o pulso no mousepad,

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propiciando um maior conforto e evitando pontos de concentração de pressão e


pegada no mouse em pinça em. Assim como o mouse, o teclado também estava
em posição alta, deixando os ombros elevados; e em inclinado em ângulo
positivo, deixando os pulsos desconfortáveis. Os padrões da CSA indicam uma
um posicionamento dos teclados que permitam um ângulo dos cotovelos de
aproximadamente 90° e permita que os ombros fiquem relaxados.

Ao final da avaliação, todos os dados foram plotados no software, que


por meio de um checklist ponderado e guiado pelos padrões internacionais da
CSA, indicou como resultado a pontuação 5, o que significa a necessidade de
uma avaliação mais profunda a ser tomada o mais rápido possível para
salvaguardar a saúde do colaborador, aumentar o conforto e bem-estar no local
de trabalho e aumentar a produtividade na realização de tarefas.

Resultados do Método NIOSH

Entre os resultados obtidos pela aplicação do método NIOSH em relação


aos colaboradores na função de Atendimento e Manutenção, apenas o teste
aplicado ao colaborador número 7 se diferenciou dos outros colaboradores que
desempenham a mesma função, esta diferenciação se deu devido a este
colaborador não transportava os mesmos objetos que os outros, os objetos
levantados pelo colaborador 7 pesavam em média 3kg (Figura 17), enquanto os
colaboradores de 1 a 6 transportavam cargas que pesavam em média 13kg
(Figura 16). Apesar desta diferença, todos os colaboradores da função
apresentaram Índice de Levantamento (IL) menor que 1, que segundo este
método indica boas condições para levantamento de carga e baixo risco de
lesões osteomusculares.
Figura 16. Croqui do levantamento de carga dos colaboradores 1 ao 6.

Fonte: software Ergolândia 7.0

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Figura 17. Croqui do levantamento de carga do colaborador N° 7

Fonte: software Ergolândia 7.0

O trabalhador avaliado, alocado na unidade de Escritório e Depósito e


responsável pela função de secretaria, junto ao colaborador Nº 7, obteve a
melhor avaliação pelo Índice de Levantamento. Este resultado ocorreu devido ao
baixo peso médio levantado (inferior e distante do LPR calculado) e qualidade
de pega razoável.

O colaborador, alocado na unidade de logística e responsável pela função


de entregas, obteve o único resultado de avaliação insatisfatório na empresa
onde o teste foi aplicado. Este resultado ocorreu devido à alta frequência de
levantamento registrada no momento das entregas, influenciando diretamente
no cálculo do Limite de Peso Recomendado, que por estar abaixo do valor real
levantado, culminou num valor de IL de 1,106 (Tabela 3).

Algumas intervenções são sugeridas para melhorar as condições de


levantamento de carga para o colaborador de N° 9 dentro dos cálculos do
método, como por exemplo:

a) Diminuir o valor de H de 30 cm para 25 cm, aproximando o


colaborador da carga e diminuindo o risco de lesões na região lombar, por
meio de treinamento e sensibilização do trabalhador;
b) Aumentar o valor de V, evitando que o colaborador agache próximo
ao chão para levantar a carga e consequentemente reduzindo o valor de
D, isto pode ser alcançado através do armazenamento em bancadas ou
utilização de palhetes e paleteiras hidráulicas;
c) Melhorar a Qualidade da Pega (QP), com intuito de elevar o fator
de 0,9 para 1. Isto pode ser alcançado por meio da utilização de luvas

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pigmentadas, que dão maior aderência ao objeto levantado, e trabalhar


com baterias automotivas que possuam alças;
d) Aproximar o valor de F de 0,88 para 1. Isto pode ser alcançado
aumentando o tempo de descanso entre os levantamentos das cargas
durante o manuseio dos produtos. O grande diferencial do trabalhador na
função de entregas é o curto intervalo entre os levantamentos das cargas
no momento das cargas e descargas de produtos.

Tabela 3 - Resultados dos testes aplicados por colaborador avaliado

Colaborador Unidade Função Peça Levantada LPR IL


1 Loja Matriz Atendimento e Manutenção Bateria Autmotiva 13,35 0,973
2 Filial 3 Atendimento e Manutenção Bateria Autmotiva 13,35 0,973
3 Filial 4 Atendimento e Manutenção Bateria Autmotiva 13,35 0,973
4 Filial 4 Atendimento e Manutenção Bateria Autmotiva 13,35 0,973
5 Filial 1 Atendimento e Manutenção Bateria Autmotiva 13,35 0,973
6 Filial 2 Atendimento e Manutenção Bateria Autmotiva 13,35 0,973
7 Filial 3 Atendimento e Manutenção Peças Autmotiva 14,051 0,214
8 Escritório/Depósito Secretaria Caixas 14,05 0,214
9 Logística Entregas Bateria Autmotiva 11,752 1,106

Fonte: Elaboração própria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação ergonômica por meio do método ROSA demonstrou-se


eficiente em correlacionar situações de desconforto, essas muitas vezes
negligenciadas pelo empregado e empregador, com aspectos técnicos que
apontam os principais pontos de desconforto no ambiente de trabalho em
escritório. Deste modo, o método mostrou-se útil para a realização periódica de
um check list ergonômico, a fim de aumentar o conforto do trabalhador,
melhorando sua produtividade e prevenindo doenças osteomusculares
relacionadas ao trabalho.
O método ROSA pode ser complementado pelo método de antropometria,
para auxiliar na adaptação personalizada do posto de trabalho às características
físicas dos colaboradores. Além disso, a composição dos postos de trabalho com
equipamentos mobiliários ajustáveis é de grande importância para garantir as
condições de conforto para qualquer trabalhador. A avaliação ergonômica por

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meio do método NIOSH, aplicado com o auxílio do software Ergolândia,


demonstrou-se com uma ótima ferramenta para avaliar o risco ergonômico na
atividade de levantamento de cargas, em que os trabalhadores estão submetidos
na empresa analisada.
A empresa avaliada demonstrou uma situação de trabalho de baixo risco
ergonômico em suas funções, pois num total de 9 (nove) trabalhadores
avaliados, apenas um teve seu Índice de Levantamento fora dos limites
aceitáveis. Entretanto, com a utilização deste método aliado ao software, pode-
se verificar quais aspectos e fatores devem ser ajustados para a regulação e
otimização das condições laborais: Diminuição do valor de H, aumento do valor
de V, melhoria da Qualidade da Pega, e aproximar o valor do Fator Frequência
de 0,88 para 1, aumentando o tempo de descanso do colaborador.

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