Ação de Indenização - Dano Moral - I

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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE


_________ - UF
OBJETO: Ação de Indenização por Dano Moral

____________, brasileiro, casado, aposentado, portador de


Cédula de Identidade nº _______, SSP-UF, em ___ de ____
de _______, inscrito no CIC-MF sob nº ____________,
residente e domiciliado na Rua ____________, nº _______,
ap. ____, Bairro ____________, nesta Cidade, por sua
procuradora (procuração anexa, Doc. 01), mui
respeitosamente vem perante Vossa Excelência propor

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL contra

Lojas ____________, pessoa jurídica de direito privado, na


pessoa de seu representante legal, estabelecida com sede na
Av. ____________, nº ____________, Bairro ________, nesta
Cidade, pelos fatos e fundamentos a seguir expendidos:

DOS FATOS
1.- O autor, pessoa humilde, aposentado, tendo necessidade de realizar
algumas compras de uso pessoal para si e para a filha, dirigiu-se às Lojas
____________, nesta Cidade, para abrir um crediário e assim tornar viável o
seu intento.
2.- Para que tal fosse viável apresentou documentação pessoal, contracheque
e tudo o mais que normalmente é exigido para essa finalidade. Aliado a esta
tratativa, a loja fez consulta junto ao SPC - Serviço de Proteção ao Crédito e
tamanha foi a sua surpresa no momento em que a crediarista retornou da
pesquisa informando que seu crediário estava indeferido porque ele estava
registrado naquele órgão como devedor inadimplente.
3.- Sabedor de que nada devia em loja alguma, buscou saber qual loja o teria
cadastrado. Soube, então, que teria sido a loja-ré:____________
4.- Humilhado e envergonhado frente à balconista e à filha menor que estava
com ele, assim como pelas demais pessoas que se encontravam no local,
dirigiu-se à loja requerida e também ao SPC e ficou sabendo que seu nome
havia sido registrado pela ré, POR ENGANO, conforme faz prova a Declaração
firmada por essa, que vai anexa, Doc. 02.
5.- Em assim agindo, a Requerida feriu a moral do autor, sem motivo e de
forma gravíssima, sendo inquestionável o seu dever de indenizar o dano moral
causado.
DO DIREITO

Súmula 363 do STF:


"A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no domicílio
da agência, ou estabelecimento, em que se praticou o ato"
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
"Art. 5º - ...
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das
pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou
moral ou decorrente de sua violação."
6.- Em procedendo ao registro indevido de dívida, em nome do autor, a
requerida feriu direito inviolável desse, atinente à sua honra e à sua imagem.
Deve, portanto, indenizar.
7.- O dano moral é o dano imaterial, é aquele que não produz consequências
no patrimônio do ofendido. Atinge o foro íntimo da pessoa. Converte-se a dor, a
vergonha, a humilhação, em dinheiro como uma compensação. Esta
compensação deve ter o poder de caracterizar uma sanção ao ofensor, já que
este é o intuito do dever de indenizar. Se não tiver caráter de penalização, se o
valor fixado for, frente às posses do ofensor, insignificante, incapaz de lhe
penalizar, é por si só, ineficaz.
8.- Maria Helena Diniz, na Revista Literária de Direito, Ano II, nº 9, jan/fev de
1996, p. 9, ensina:
"...Na avaliação do dano moral o órgão judicante deverá estabelecer
uma reparação equitativa, baseada na culpa do agente, na extensão do
prejuízo causado e na capacidade econômica do responsável...
A reparação pecuniária do dano moral é um misto de pena e satisfação
compensatória. Não se pode negar sua função: penal, constituindo uma
sanção imposta ao ofensor; e compensatória, sendo uma satisfação que
atende a ofensa causada, proporcionando uma vantagem ao ofendido,
que poderá, com a soma de dinheiro recebida, procurar atender às
satisfações materiais ou ideais que repute convenientes, diminuindo
assim, em parte, seu sofrimento."
9.- A ocorrência do fato danoso e prova da autoria do registro indevido vem
comprovado na declaração firmada pela Loja-requerida. Agiu essa com culpa in
eligendo de seus servidores e in vigilando de seus atos e, assim, expôs o autor
à situação vexatória.
DIANTE DO EXPOSTO, requer:
a) que Vossa Excelência julgue totalmente procedente a demanda, condenando
o réu ao pagamento da importância de R$ ______ (____________), a título de
dano moral, em favor do autor;
b) seja a loja-ré citada para que, no prazo de 15 (quinze) dias conteste a
presente ação, querendo, sob pena de confissão e revelia;
c) provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos;
d) seja a requerida condenada ao pagamento das custas e honorários
advocatícios, ao percentual de 20% (vinte por cento), nos termos do artigo 20
do Código de Processo Civil;
e) seja concedido o benefício da assistência judiciária gratuita ao autor, em
virtude dele não possuir condições financeiras de pagar as custas processuais,
sem prejuízo próprio e de sua família, nos termos da Lei nº 1.060/50 e
alterações.
Dá à causa o valor de: R$ ______
____________, ___ de __________ de 20__.
Assinatura da Advogada e nº de inscrição na OAB.

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