Ação Dano Moral Modelo - Baixa Gravame

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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CVEL DO FORO DA


COMARCA DE CANOAS/RS

COM ANTECIPAO DE TUTELA


Com pedido de Assistncia Judiciria Gratuita

xxxxxxxxxxxxxxx,
local
onde
recebem
intimaes,
vem,
respeitosamente, presena de V. Exa., para promover a presente
AO DE OBRIGAO DE FAZER C/C INDENIZAO POR
DANOS MORAIS E COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
contra
xxxxxxxxxxxxxxxxxx, na pessoa de seu representante pelos fatos e
fundamentos que passa a aduzir:
I - DOS FATOS
O demandante firmou contrato de financiamento de veculo com o
demandado em dezembro de 2009.
O veculo financiado foi um automvel marca VW/GOL 1.0, PLACA
INF2014, CHASSI 9BWCA05W06T181007, ANO 2006, sendo que o veculo ficou
como garantia do contrato de financiamento, por clusula de alienao fiduciria.
O autor ingressou com ao revisional contra o ru, mais precisamente na
data de 14/06/2010, conforme documentos em anexo.
Na ao revisional, que tramitou na 5 Vara Cvel da Comarca de
Canoas/RS sob o n 008/1.10.0010784-7, foi realizado um acordo para a quitao
do dbito, conforme os documentos que seguem, comprovam.
O acordo foi firmado entre as partes e homologado pelo M.M. Juzo em
30.01.2015, sendo disponibilizada a nota de expediente em 03.03.2015.

No acordo ficou estipulado que a parte r teria o prazo de 40 dias teis


aps a assinatura do acordo para dar baixa no gravame, conforme clusula 04
do acordo firmado, conforme os documentos em anexo comprovam.
possvel perceber que a notificao da homologao do acordo foi
publicada em 03.03.2015.
O acordo foi firmado em 04.08.2014.
O prazo de 40 dias teis aps a assinatura do acordo para dar baixa
no gravame, conforme clusula 04 do acordo firmado, iniciou em 05.08.2014 e
terminou em 30.09.2014.
Contudo, at a presente data, o veculo continua com a restrio de
alienao fiduciria pelo ru, o qual no cumpriu o acordo firmado.
Dessa forma, passados praticamente de 1 ano do trmino do prazo
para que a r promovesse a liberao do gravame, o veculo continua
alienado pelo ru, conforme documento que segue em anexo. Documentos
extrados do site do DETRAN-RS e documento de licenciamento recebido
este ano pelo autor.
Ademais, o autor espera pela baixa do gravame para poder vender o
veculo que est alienado de forma ilegal pelo ru, o qual no providenciou a baixa
no gravame durante 1 ano aps ter firmado o acordo judicial para quitao do
financiamento.
Ainda, que o autor tentou por inmeras vezes solucionar o seu problema
junto a R, mas no obteve xito. Assim, vem o demandante recorrer ao judicirio,
para ver o cumprimento do acordo firmada entre as partes, no que se refere a
baixa do gravame, e o ressarcimento pelos danos morais causados pela demora
na baixa do mesmo, pois o autor espera pela baixa do gravame para poder vender
o seu veculo, sendo que j teve um negcio prejudicado pela manuteno ilegal
do gravame.
Diante de tal quadro fica caracterizado o dano moral, pois a instituio no
utilizou todos os meios necessrios para solucionar o fato e pior, constrangeu e
humilhou a autora na extrema e inadmissvel demora da baixa do gravame,
causando ao demandante situao vexatria.
II - DO DIREITO
Primeiramente, cumpre salientar, que a r descumpriu o acordo firmado
judicialmente e, por este ato, qual seja a demora para dar baixa no gravame,
mesmo aps inmeros contato do autor com a R, caracteriza o dano moral ao
autor na forma in re ipsa.

Os artigos 186, 187 e 927, do Novo Cdigo Civil Brasileiro dispem que:
Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ou
imprudncia, violar direito, e causar dano prejuzo a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilcito.
Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao
exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.
E ainda:
Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repar-lo.
O art. 41, pargrafo nico claro, seno vejamos:
O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio
do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de
engano justificvel. Grifo nosso.
A reparao que obriga o ofensor a pagar e permite ao ofendido receber
princpio de justia, com feio, punio e recompensa, dentro do princpio jurdico
universal que adote que ningum deve lesar ningum, o que os romanos
consubstanciaram no aforismo do no laedere:
"Todo e qualquer dano causado algum ou ao seu patrimnio, deve
ser indenizado, de tal obrigao no se excluindo o mais importante
deles, que o dano moral, que deve automaticamente ser levado em
conta." (V.R. Limongi Frana, "Jurisprudncia da Responsabilidade
Civil, Ed. RT, 1988).
O art. 5, da Constituio Federal do Brasil, dirige-se tutela dos direitos e
aos deveres individuais coletivos, no seu inciso V:
"Assegura o direito de resposta proporcional ao agravo, alm da
indenizao por dano material ou moral ou imagem."
E, ainda, seu inciso X assegura que:
"So inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurando o direito indenizao pelo dano material ou
moral decorrente de sua locao."
Nesse contexto jurdico, tm-se argumentos dentro da lgica e do razovel
e voltados para as realidades humanas que envolvem as condutas em sociedade,
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a elevao a nvel constitucional do mandamento da indenizao por dano


puramente moral por ofensa aos bens e valores imateriais que estruturam os
direitos da personalidade.
Tenho que na hiptese narrada resta configurado o dano moral, pois a
desdia do ru evidente e incontroversa o acordo foi firmado em agosto de
2014 e passados praticamente 1 ano, quando do ajuizamento desta ao, quedouse inerte.
Evidenciada a conduta ilcita do ru, presente est o dever de indenizar,
que decorre do prprio fato ilcito, bastando a tanto a comprovao de haver o
requerente suportado ato injusto atribudo parte requerida, o que o caso dos
autos.
Trata-se do chamado dano in re ipsa, que deriva inexoravelmente do
prprio fato ofensivo, de tal modo que, provada a ofensa, ipso facto est
demonstrado o dano moral guisa de uma presuno natural, uma presuno
hominis ou facti, que decorre das regras da experincia comum.
Nesse sentido, os julgados deste Tribunal abaixo colacionados:
APELAO CVEL. ALIENAO FIDUCIRIA. ACORDO JUDICIAL. DEMORA NA
LIBERAO DA RESTRIO DO BEM. AO DE INDENIZAO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS. DOS DANOS MORAIS. O dano moral aquele que afeta
os direitos da personalidade (honra, dignidade, intimidade, etc.) e tem por
finalidade compensar os abalos psicolgicos (internos e externos) sofridos e a
restaurao do equilbrio psquico afetado. Desdia da parte r que deixou de
cumprir o acordo no sentido de liberar o gravame incidente sobre o bem, no prazo
de trinta (30) dias a contar do efetivo pagamento, obrigando o autor ao ajuizamento
da demanda para reconhecimento de um direito legtimo que lhe assistia. Restou
demonstrado o desrespeito ao consumidor e aos deveres da lealdade e boa-f, o
que proporciona sentimento de indignao, de revolta e desconformidade deste,
impondo-se a devida reparao. DOS DANOS MATERIAIS. O direito indenizao
por danos materiais exige a comprovao do alegado dano, o que restou assente,
em face da prova produzida e da impossibilidade de alienao do bem,
comprometido com pagamento de dvida, causando evidente prejuzo ao apelante.
APELO PROVIDO. (Apelao Cvel N 70021387741, Dcima Quarta Cmara
Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Judith dos Santos Mottecy, Julgado em
10/09/2008)
APELAES CVEIS. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. ACORDO
HOMOLOGADO. QUITAO DO CONTRATO. DEMORA NA LIBERAO DO
GRAVAME JUNTO AO DETRAN. PROCEDNCIA DO PEDIDO DE DANO
MORAL. Havendo a prova da quitao do contrato, por acordo judicial, cabvel o
levantamento do gravame sobre o bem alienado fiduciariamente, com a
transferncia da propriedade junto ao DETRAN/RS, providncia assumida pela
instituio financeira, aps o pagamento pelo financiado. Diante do ato ilcito e
lesivo praticado pela r/apelante, impe-se o reconhecimento do seu dever de
indenizar ao autor pelos danos morais por este sofrido. DESNECESSIDADE DA
PROVA DO DANO. Verificado o evento danoso, surge a necessidade da
reparao, no havendo que se cogitar da prova do prejuzo, se presentes os
pressupostos legais para que haja a responsabilizao civil pelo dano moral (nexo

de causalidade e culpa). VALOR DA INDENIZAO. Embora o dano moral no


possa ser causa de enriquecimento ilcito do ofendido, o seu valor deve ser fixado
levando em considerao o carter punitivo da indenizao e a situao financeira
do ofensor, razo pela qual, nenhum retoque merece a sentena que o fixou em R$
7.000,00. HONORRIOS ADVOCATCIOS. Ainda que singelo o trabalho do
patrono da parte, os seus honorrios devem retribu-lo com dignidade. Primeira
apelao desprovida. Segunda apelao parcialmente provida. (Apelao Cvel N
70022826705, Dcima Terceira Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator:
Lcia de Castro Boller, Julgado em 27/08/2009)

Dessa forma, de ser afirmada a responsabilidade da demandada, a fim de


que indenize a parte demandante em funo dos prejuzos sofridos vista da no
baixa do gravame at a presente data.
Harmonizando os dispositivos legais feridos de inferir-se que a reparao
satisfatria por dano moral abrangente a toda e qualquer agresso s
emanaes personalssimas do ser humano, tais como a honra, dignidade,
reputao, liberdade individual, vida privada, recato, abuso de direito, enfim, o
patrimnio moral que resguarda a personalidade no mais latu sensu.
No se pode deixar de favorecer compensaes psicolgicas ao ofendido
moral que, obtendo a legtima reparao satisfatria, poder, porventura, ter os
meios ao seu alcance de encontrar substitutivos, ou alvios, ainda que
incompletos, para o sofrimento. J que, dentro da natureza das coisas, no pode o
que sofreu leso moral recompor o "status quo ante" restaurando o bem jurdico
imaterial da honra, da moral, da auto estima agredidos, por que o deixar ao
desabrigo, enquanto o agressor se quedaria na imunidade?!!!
Conforme se denota, no caso em tela, existe evidente dano, causado pelas
rs parte autora, que deve, portanto, ser reparado pela manuteno do gravame.
DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Clarividente na relao contratual estabelecida entre as partes, a incidncia
do Cdigo de Defesa do Consumidor, que protege a autora de situaes como as
expostas no caso em tela.
Denota-se no discorrer desta, o abuso da requerida frente modesta
parte consumidora, na medida em que no soluciona os acontecimentos que
vem acontecendo a anos, causando transtornos quase que mensais autora.
Sem dvida, alm de negligentes e abusivas, ditas condutas so tambm
ilegais frente Lei n. 8.078/90, in verbis:
DOS DIREITOS BSICOS DO CONSUMIDOR
Art. 6 - So direitos bsicos do consumidor:

VI a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais,


coletivos e difusos;
VII o acesso aos rgos judicirios e administrativos com vistas preveno ou
reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos,
assegurada a proteo jurdica, administrativa e tcnica aos necessitados;
VIII a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso do nus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, for verossmil
alegao quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de
experincia.

Da mesma forma, a empresa r no pode realizar cobranas e expor a


autora ao ridculo, em razo de dividas que no existem, caso da manuteno do
gravame por dvida j quitada.
Dessa forma, requer a inverso do nus da prova e a baixa do gravame,
bem com indenizao pelos danos causados parte autora, posto que o autor
est sendo prejudicado por culpa exclusiva da empresa r.
DO DANO MORAL SOFRIDO PELA AUTORA
Frente ao exposto, inegvel o dano moral sofrido pela autora pela demora
e a no efetuao da baixa do gravame at a presente data, mau atendimento e
no resoluo do problema em relao ao autor.
A empresa age de forma leviana e irresponsvel contra consumidores
hipossuficientes imputando aes e transaes a quem tem pouco
conhecimento dos fatos, pois somente ficou sabendo da no baixa do
gravame quando foi vender o veculo e fazer a transferncia do mesmo,
chegando a perder de efetivar o negcio por causa do gravame que est
registrado de forma ilegal.
Alm disso, a autora foi constrangida a aguentar muitas horas pendurada
no servio do SERVIO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR sem nada ser
resolvido.
Em suma, aponta-se o dano moral sofrido pela autora, mais
especificamente na sua honra, na desconfiana gerada sobre a sua capacidade
de honrar seus compromissos, com reflexos em seu currculo da vida.
Dessa forma, o dano reputao da demandante hialino, no havendo
defesa que o justifique, caracterizado est a afronta autora e o consequente
dever de indenizao por dano moral causado a autora pela r.
Evidente a obrigao da demandada de REPARAR o dano moral e material
sofrido pela autora, devido ao ATO ILCITO causado por negligncia, ao
PRESTAR SERVIOS DEFICIENTES, IMPUTANDO AUTORA DE FORMA
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NEGLIGENTE E IRRESPONSVEL situao vexatria, inclusive impedindo o


autor de dispor/vender seu prprio bem, o qual est quitado.
Pelo exposto, vislumbra-se claramente o DANO sofrido pela autora.
Nessa esteira, configurado o ATO ILCITO, eis que presentes os
pressupostos: DANO, CULPA e o NEXO CAUSAL.
Contudo, desnecessrias maiores discusses quanto a CULPA DA R,
uma vez que a responsabilidade atribuda pelo CDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR OBJETIVA, no merecendo mais consideraes. Vejamos:
Art. 14. O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia
de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos prestao dos servios, bem como por informaes
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos.
1 O servio defeituoso quando no fornece a segurana que o consumidor
dele pode esperar, levando-se em considerao as circunstncias relevantes,
entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a poca em que foi fornecido.
2 O servio no considerado defeituoso pela adoo de novas tcnicas.
(grifei)

Portanto, qualquer tese que a r aponte como causa de excluso da


responsabilidade no merece prosperar, devendo o magistrado ponderar as
circunstncias, a fim de apurar o quantum a ser indenizado.
Para tanto, expressamente consignado e demonstrado o ato ilcito, a
resenha reside na discusso do grau de culpa do agente, a fim de possibilitar a
justa condenao nos valores a serem pagos a ttulo de ressarcimento.
Observe-se que neste caso a autora foi e est sendo prejudicado no
mercado, pela impossibilidade de negociar o seu prprio veculo, o qual se
encontra quitado a praticamente 1 ano. No somente a negativao no SPC
que traz prejuzos autora, devendo no caso em tela ser desconsiderado este
detalhe.
Nestas circunstncias, considerando a gravidade do ato ilcito praticado
contra o autor (descumprimento de deciso judicial aps homologao de acordo
firmado), o potencial econmico do ofensor (instituio financeira), o carter
punitivo-compensatrio da indenizao deve ser aplicado com os parmetros
adotados em casos semelhantes, fazendo jus o autor a ser indenizado.
DA ANTECIPAO DE TUTELA

Diante da situao narrada, no houve autora alternativa seno buscar os


efeitos da antecipao de tutela para que no venha a procrastinar os danos que
est sofrendo.
O art. 273 do Cdigo de Processo Civil preceitua que os efeitos da
antecipao de tutela podero ser deferidos, uma vez que existindo prova
inequvoca, se convena da verossimilhana de alegao e haja fundado receio
de dano irreparvel e fique caracterizado o abuso de direito do ru.
Nesse desiderato, considerando a inverso do nus da prova, as
alegaes da inicial posto que a autora nunca requereu prestao de servios a
empresa de telefonia, e que est de forma irregular e indevida utilizou os seus
dados, a fim de beneficiar-se.
Ademais, presentes no caso em tela esto os requisitos para a concesso
da presente medida, ou seja, o fumus boni iuris e o periculum in mora. O fumus
boni iuris resta caracterizado pela jurisprudncia ora colacionada, bem como pela
legislao do consumidor e civil invocada, restando inequvoca a presena da
fumaa de bom direito na pretenso da autora. O periculum in mora resta
igualmente caracterizado, haja vista que a demandante necessita do crdito at
mesmo para comprar alimentos para sua famlia. Nesse sentido, se demonstram
amplamente caracterizados os requisitos autorizadores da concesso do
pedido liminar ora formulado.
Cabvel, no caso em comento, a concesso de medida liminar, para que a
leso (demora na baixa do gravame) cesse de imediato, evitando assim maiores
prejuzos ao demandante, que j se encontra lesado.
DO QUANTUM INDENIZATRIO
Para que seja determinado o quantum indenizatrio, no caso em tela,
devem ser observados alguns fatores, conforme o entendimento do Tribunal de
Justia do nosso Estado, seno vejamos:
APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL.
PRESENTES OS REQUISITOS ENSEJADORES D INDENIZAO. DANO
IN
RE
IPSA.
QUANTUM.
1.
RESPONSABILIDADE
CIVIL.
PRESSUPOSTOS.
Presentes
os
pressupostos
ensejadores
da
responsabilidade civil, conduta ilcita, nexo causal e dano, merece aquele
que agiu ilicitamente ser condenado ao pagamento de indenizao parte
que foi vtima do agir ilcito. 2. QUANTUM INDENIZATRIO. O valor
arbitrado na indenizao por danos morais deve atender a uma dupla
finalidade: reparao e represso. E, portanto, deve ser observada a
capacidade econmica do atingido, mas tambm dos ofensores, de
molde a que no haja enriquecimento injustificado, mas que tambm
no lastreie indenizao que no atinja o carter pedaggico a que se
prope, razo pela qual o valor fixado em sentena est adequado e deve
ser mantido. APELO DESPROVIDO. (Apelao Cvel N 70011865110,

Nona Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Marilene Bonzanini


Bernardi, Julgado em 29/06/2005)

Conforme se denota a partir do julgado ora colacionado, o quantum


indenizatrio deve ser determinado pela capacidade financeira do ru que, no
caso em tela se trata de empresa de grande porte, com evidente possibilidade de
reparao. Deve se levar em conta tambm, o carter pedaggico da indenizao,
para que o mesmo dano no se repita a outros consumidores de boa f. Nesse
sentido, opina o autor que a quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) atinge essa
finalidade, e est dentro das possibilidades do ofensor.
IV - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto, pede e requer a Vossa Excelncia:
Liminarmente:
a) a concesso da antecipao de tutela, para que sejam oficiados os
rgos competentes, qual seja o DETRAN-RS, para proceder com a baixa do
gravame referente ao veculo alienado, qual seja um automvel marca VW/GOL
1.0, PLACA INF2014, CHASSI 9BWCA05W06T181007, ANO 2006, no prazo de
48 horas ou prazo estipulado por este Juzo;
a.1) alternativamente, condenar a r a efetuar a baixa no gravame no prazo
mximo de 5 dias, sob pena de multa diria a ser fixada pelo Juzo;
b) o deferimento da inverso do nus da prova.
No Mrito:
a) a procedncia da demanda para confirmar a antecipao da tutela ou a
procedncia do pedido para que sejam oficiados os rgos competentes, qual
seja o DETRAN-RS, para proceder com a baixa do gravame referente ao veculo
alienado, qual seja um automvel marca VW/GOL 1.0, PLACA INF2014, CHASSI
9BWCA05W06T181007, ANO 2006, no prazo de 48 horas ou prazo estipulado por
este Juzo;
a.1) alternativamente, a procedncia da demanda para condenar a r a
efetuar a baixa no gravame no prazo mximo de 5 dias, sob pena de multa diria a
ser fixada pelo Juzo;
b) a procedncia da presente demanda, para condenar a r a indenizar
pecuniariamente autora pelos danos morais sofridos na quantia a ser fixada por
este M.M. Juzo;
c) a citao da requerida, por seu representante legal, para conhecimento
dos termos desta inicial ofertando a sua defesa, sob pena de revelia;
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d) condenao dos rus ao pagamento das custas e honorrios


advocatcios, estes no importe de 20% sobre o valor da condenao;
e) a concesso do benefcio da assistncia judiciria gratuita autora, visto
que no dispe de recursos para o pagamento das custas processuais, sem
prejuzo do prprio sustento e de sua famlia, o que declara sob as penas da lei;
f) requer que seja determinada a inverso do nus da prova, por se tratar
de matria de natureza consumerista, para que sejam juntados documentos
referentes matria em tela;
g) requer o destacamento dos valores de honorrios contratuais conforme
declarao em anexo.
Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidas, inclusive a prova testemunhal, pericial, depoimento pessoal do autor e
do representante legal da requerida, bem como a juntada de novos documentos.
Valor da Causa: Alada (R$ 7.692,50).
Termos em que pede deferimento.
Canoas, 09 de setembro de 2015.

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