Apostila - Enfermagem No Tratamento Cirúrgico - Novetec
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APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
Classificação Cirúrgica............................................................................................................................ 16
CAPÍTULO 3
Períodos Perioperatórios.......................................................................................................................... 24
CAPÍTULO 4
Instrumentais e Fios Cirúrgicos............................................................................................................... 62
CAPÍTULO 5
Limpeza Operatória................................................................................................................................. 77
CAPÍTULO 6
Central de Materiais e Esterilização........................................................................................................ 83
CAPÍTULO 7
Paramentação e Antissepsia Cirúrgica das Mãos....................................................................................
REFERÊNCIA.......................................................................................................................................
NOVETEC – Enfermagem no Tratamento Cirúrgico
Em 1125, na Idade Média, a prática da cirurgia era exercida por barbeiros. Em Basiléia,
no ano de 1543, André Vesalius exerceu grande influência na história da cirurgia com a publicação
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de seu magnificente De Humani Corporis Fabrica, criticando Galeno, que havia dissecado animais e
não homens.
Cirurgia antes do final do século XIX: dor e infecção, a hemorragia já tinha sido
relativamente reduzida pela ligadura dos vasos. Antes do século XVI, havia incerteza sobre as
estruturas internas e funcionamento do corpo humano, os textos de anatomia existentes haviam
erros. Durante grande parte da história europeia, aprender anatomia através das dissecações de
corpos humanos era delituoso e sacrilégio.
Dentre as atividades
cirúrgicas mais antiga, encontram-se
as bandagens e curativos, drenagens
de abcessos, fraturas e luxações,
hemorroidas, amputações, extrações
dentárias, cirurgias de catarata, etc.
cirurgias ósseas e de superfície. A primeira cirurgia conduzida com anestésico (éter) aconteceu em
Boston, Estados Unidos, em 1846, realizada pelo cirurgião John Collins Warren e pelo anestesista
Willian T. C. Morton.
Sem dúvida, o maior avanço de que se beneficiou a cirurgia consistiu na descoberta dos
Raios X por Wilheen Conrad Roentgen, em 1845. Este recebeu o Nobel de Física, em 1901. Outro
feliz procedimento técnico foi a utilização rotineira de luvas de borracha, usadas pela primeira vez,
em 1852, por Willian Stewart Halsted. Os alemães foram os precursores na educação e treinamento
dos cirurgiões, na metade do século XIX, e Halsted adotou o seu programa no Hospital John
Hopkins.
Hoje, felizmente, parece apenas curiosidade histórica o fato de cirurgiões haverem tido
contra o estudo, a prática e o domínio técnico de sua ciência preconceitos religiosos, cujo
obscurantismo foi vencido no século XX, quando a cirurgia ganhou aceitação social.
o CENTRO CIRÚRGICO
É considerado uma das unidades mais complexas do Hospital, não só por sua
especificidade em realizar procedimentos invasivos, mais também por ser um local fechado que
expõe a paciente e a equipe de saúde em situações estressantes.
O centro cirúrgico deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a
segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de
pessoas, de ruído e de poeira.
A Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) n°307/2002, da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) do Ministério da Saúde,
determina uma sala de operação para cada
50 leitos não especializados ou 15 leitos
cirúrgicos.
Após a passagem pelo SO, o cliente é encaminhado à sala de RPA – a qual deve
estar localizada de modo a facilitar o transporte do cliente sob efeito anestésico da SO para a
SRPA, e desta para a SO, na necessidade de uma reintervenção cirúrgica; deve possibilitar,
ainda, o fácil acesso dos componentes da equipe que operou o cliente.
✓ Portas:
As portas das salas de cirurgia devem
ser largas o bastante para facilitar a passagem de
macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir
metal na altura da maca para evitar seu estrago, ser
de materiais laváveis e resistentes, de preferência
revestidas de fórmica. É indicado o uso de portas do
tipo “vaivém” que impeçam o uso das mãos para
abri-la.
✓ Piso:
✓ Paredes:
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✓ Teto:
Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser
poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos.
✓ Iluminação:
✓ Rede de gases:
o Centralizado:
- Vácuo clínico: O vácuo é utilizado para a sucção de substâncias líquidas e resíduos moles
(secreções, coágulos, entre outras), provenientes de processos hospitalares, principalmente
cirúrgicos.
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✓ Lavabo:
✓ Não-restrita:
As áreas de circulação livre são
consideradas áreas não-restritas e
compreendem os vestiários, corredor de
entrada para os clientes e funcionários e sala
de espera de acompanhantes. O vestiário,
localizado na entrada do CC, é a área onde
todos devem colocar o uniforme privativo:
calça comprida, túnica, gorro, máscara e
propés.
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✓ Semi-restritas:
Nestas áreas pode haver circulação tanto do pessoal como de equipamentos, sem,
contudo, provocarem interferência nas rotinas de controle e manutenção da assepsia. Como
exemplos temos as salas de guarda de material, administrativa, de estar para os funcionários,
copa e expurgo. A área de expurgo pode ser a mesma da Central de Material Esterilizado, e
destina-se a receber e lavar os materiais utilizados na cirurgia.
✓ Restrita:
O corredor interno, as áreas de escovação das mãos e a sala de operação (SO) são
consideradas áreas restritas dentro do CC; para evitar infecção operatória, limita-se a
circulação de pessoal, equipamentos e materiais.
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❖ EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
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EXERCÍCIO – CAPÍTULO 01
“No centro cirúrgico de um hospital, existem três tipos de áreas quanto aos níveis de
restrição: área irrestrita — constituída por secretaria, vestiário e corredor de entrada;
área semirrestrita — composta por expurgo, sala de estar médico interno e sala de
preparo de material; área restrita — que inclui salas de cirurgias, lavabos, sala de
recuperação pós-anestésica, sala de depósito e corredor interno.”
a) Certo.
b) Errado.
o TRATAMENTO CIRÚRGICO
É um método de tratamento de
doenças, lesões ou deformidades internas e
externas executadas através de técnicas
geralmente realizadas com o auxílio de
instrumentos. A cirurgia abrange a abertura ou
não do corpo com a finalidade diagnóstica,
terapêutica ou estética.
1. EMERGÊNCIA
O paciente requer atenção imediata,
pois é um agravo potencialmente fatal. A indicação
cirúrgica é feita sem demora.
Ex: Hemorragia significativa, obstrução
vesical ou intestinal, fratura de crânio, lesão por
projétil de arma de fogo ou arma branca.
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2. URGÊNCIA
Paciente requer atenção imediata e a indicação para
cirurgia é de 24h até 30 horas do ocorrido.
Ex: Infecção aguda da vesícula biliar, cálculos renais
e uretrais, etc.
3. NECESSÁRIA
Paciente precisa fazer a cirurgia, mas não de forma imediata. Pode haver
planejamento de algumas semanas ou até meses.
Ex: Hiperplasia prostática benigna sem obstrução vesical.
4. ELETIVA
Paciente precisa ser operado, porém, a realização pode
aguardar ocasião mais propicia, ou seja, pode ser programada sem
pressa.
Ex: Reparo de cicatrizes, hérnias simples,
mamoplastia.
5. OPCIONAL
A decisão cirúrgica cabe ao paciente com
indicação cirúrgica de acordo com a preferência pessoal
do paciente.
Ex: Cirurgia Plástica.
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1. PALIATIVO
Tratamento cirúrgico que visa compensar os distúrbios para melhorar as
condições do paciente ou aliviar a dor, contribuindo para melhoria de sua qualidade de vida.
Ex: gastrostomia, colostomia.
2. DIAGNÓSTICA
Caracteriza-se por uma biópsia ou quando se realiza algum procedimento
explorador. Ex: Biópsia de mama, laparotomia exploradora.
3. RADICAL
4. CURATIVA
5. PLÁSTICA OU REPARADORA
Tratamento realizado com finalidade estética, corretiva ou de reconstrução. Ex:
Mamoplastia, Blefaroplastia, Reconstrução de mama.
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1. CIRURGIAS LIMPAS
Realizada em tecidos estéreis. Realizada na ausência de processo infeccioso e
inflamatório local e ausência de falhas técnicas.
Cirurgias eletivas com cicatrização por primeira intenção e sem presença de
dreno. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivos, respiratório ou
urinário.
Exemplos: Cirurgia de ovário, neurológica, cardíaca e ortopédica.
3. CIRURGIAS CONTAMINADAS
São aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos,
colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível,
bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de
supuração local.
Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção ou
grande contaminação a partir do tubo digestivo.
Exemplos: Obstrução biliar ou urinária.
4. CIRURGIAS INFECTADAS
São toda as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em
presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.
Exemplos: Cirurgia de anus e reto com pus, nefrectomia com infecção, presença
de vísceras perfuradas.
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o NOMENCLATURA CIRÚRGICA
Terminologia cirúrgica é o conjunto de termos que expressam o segmento
corpóreo afetado e a intervenção realizada para tratar a afecção.
A utilização de uma terminologia apropriada fornece definição de termos
cirúrgicos, descreve os tipos de cirurgias e facilita o preparo de instrumentais e equipamentos
para cada tipo de procedimento cirúrgico.
Tem como objetivos: fornecer, de maneira verbal e escrita, uma definição do
termo cirúrgico, descrever os diversos tipos de cirurgias, entre outros.
O nome é composto de raiz (identifica a parte do corpo a ser submetida à
cirurgia), somada ao prefixo ou ao sufixo).
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EXERCÍCIO – CAPÍTULO 02
1. Defina os seguintes prefixos:
a) Espleno: d) Histero:
b) Adeno: e) Bléfaro:
c) Salpinge:
2. Defina os sufixos:
a) Pexia: d) Rafia:
b) Tomia: e) Algia:
c) Ectomia
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o FASES OPERATÓRIAS
o PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
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Neste período mediato, sempre que possível, o cirurgião faz uma avaliação do
estado geral do paciente através de exame clínico detalhado e dos resultados de exames de
sangue, urina, raios X, eletrocardiograma, entre outros. Essa avaliação tem o objetivo de
identificar e corrigir distúrbios que possam aumentar o risco cirúrgico.
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- Orientar quanto aos exercícios com MMII para prevenir TVP pós-operatória;
- Encaminhar o paciente para a realização dos exames pré-operatórios;
- Preparo do intestino, quando indicado.
- Verificar lista cirúrgica e confirmar reservas de sangue e materiais especiais (biópsias,
materiais cirúrgicos especiais);
- Rever resultados dos exames (hemograma, coagulograma, tipagem sanguínea);
- Verificar jejum de 8 a 12 horas;
NO DIA DA CIRURGIA:
- Preparo da pele;
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- Demarcação de lateralidade:
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exame físico e todo o paciente cirúrgico será analisado conforme Protocolo da Sociedade
Americana de Anestesiologia – ASA.
- Opiáceos: que provocam analgesia e sonolência, sendo normalmente prescritos para clientes
que apresentam dor antes da cirurgia. O principal medicamento é a meperidina (Dolantina);
- Benzodiazepínicos: apresentam ação ansiolítica e tranqüilizante, bem como efeitos
sedativo, miorelaxante e anticonvulsivante. Os principais medicamentos são o diazepan e o
midazolan (Dormonid).
- Hipnóticos: provocam sono ou sedação, porém sem ação analgésica, sendo os principais o
fenobarbital (Gardenal) e o midazolan (Dormonid).
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o PERÍODO OPERATÓRIO
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❖ LISTA DE VERIFICAÇÃO
- Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua identificação
tenha sido confirmada;
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- A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia;
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❖ TRANSOPERATÓRIO
✓ Cuidados de Enfermagem:
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Se for utilizado o bisturi elétrico, faz-se necessário aplicar gel condutor na placa
neutra, para neutralizar a carga elétrica quando do contato da mesma com o corpo do cliente,
conforme orientação do fabricante.
A seguir, colocar a placa neutra sob a panturrilha ou outra região de grande massa
muscular, evitando áreas que dificultem o seu contato com o corpo do cliente, como saliências
ósseas, pele escarificada, áreas de grande pilosidade, pele úmida. Ao movimentar o cliente,
observar se ocorre deslocamento da placa, reposicionando-a se necessário.
Qualquer que seja a posição escolhida para colocar a placa, ela deve permitir o
funcionamento correto dos eletrodos dos aparelhos, equipos de solução e de sangue, drenos,
sondas e cateteres. Jamais se deve deixar nenhuma parte do corpo do cliente em contato
com a superfície metálica da mesa cirúrgica, pois isto, além de desconfortável, pode
ocasionar queimaduras devido ao uso do bisturi elétrico.
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O sistema monopolar, por sua facilidade de uso, tem sido, desde o princípio da
videolaparoscopia, o sistema diatérmico preferido e mais utilizado pelos cirurgiões. No
sistema monopolar, o eletrodo neutro está distante do eletrodo ativo, de forma que a corrente
elétrica deve atravessar o corpo humano.
EXECUÇÃO:
PÓS-EXECUÇÃO:
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❖ INTRA-OPERATÓRIO
✓ POSICIONAMENTO
É aquela na qual o paciente é colocado depois de anestesiado, para que possa ser
submetido ao procedimento cirúrgico.
OBJETIVOS:
o POSIÇÃO SUPINA
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o POSIÇÃO TRENDELEMBURG
INDICAÇÕES: Cirurgias e
procedimentos abdominais e perineais, pélvicos
e geniturinários, porém deve ser escolhida
apenas se for estritamente necessária.
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INDICAÇÕES: Cirurgias da
região dorsal, lombar, sacrococcígea e
occipital. Cirurgias de coluna,
hemorroidectomia e hernia de disco.
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✓ Cuidados de enfermagem:
- Evitar contato de partes do corpo do paciente com superfícies metálicas da mesa cirúrgica.
✓ TEMPOS CIRÚRGICOS
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✓ ESCALA DE ELPO
A lesão por pressão (LPP) pode aparecer até 48 horas após o procedimento
cirúrgico, podendo ou não ser detectada durante o período de recuperação ou internação. É
muito importante que a equipe multiprofissional tenha conhecimento dos riscos para, assim,
garantir que o paciente tenha uma excelente qualidade do cuidado prestado.
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✓ ANESTESIA
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o HIPERTERMIA MALIGNA
O sinal mais precoce é o aumento da Frequência Cardíaca (FC > 150 bpm),
hipermetabolismo, arritmias, hipotensão, rigidez, tentania. O sinal mais tardio encontrado é a
elevação da temperatura.
o COMPLICAÇÕES
- Náuseas e vômitos: Podem ocorrer depois do paciente acordar, são frequentes, mas
facilmente tratáveis.
o ANESTESIA EPIDURAL
(PERIDURAL)
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Complicações: Após a punção lombar, pode vazar um pouco de líquor o que aumenta
a pressão dentro do crânio e pode causar cefaleia. A dor geralmente melhora na
posição deitada e piora ao ficar em pé ou sentar-se. O tratamento nesses casos é feito
com repouso, hidratação e medicamentos analgésicos.
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o CUIDADOS DE ENFERMAGEM
❖ ATRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM
✓ TÉCNICO CIRCULANTE
- Disponibilizar materiais;
- Colocação da placa de bisturi;
- Garantir o funcionamento dos equipamentos;
- Manter boa iluminação;
- Realizar controle da perda sanguínea através da
pesagem das compressas; - Avisar o paciente do
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término da cirurgia;
✓ TÉCNICO INSTRUMENTADOR
- Sempre antes da cirurgia é preciso certificar-se que tudo está em ordem, desde os fios e
agulhas, até os instrumentos especiais.
- Chegar ao centro cirúrgico e logo vestir o uniforme privativo, não se esquecendo do gorro
para proteger os cabelos, máscaras para cobrir o nariz e a boca, e por fim, a proteção para os
pés;
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- Evitar qualquer tipo de contaminação, conservando as mãos acima da cintura, não podendo
encostar estas em qualquer lugar que não esteja esterilizado;
- Passar os instrumentos, sempre tendo cuidado que seja do lado correto, para evitar quedas, e
que o cirurgião tenha que corrigir o seu posicionamento antes de usar, evitando um acidente;
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❖ DESMONTAGEM DA SALA
o PÓS-OPERATÓRIO
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Deve-se ler atentamente o seu prontuário, o qual deverá conter informações sobre
o tipo de anestesia, anestésico recebido, cirurgia realizada, intercorrências e recomendações
especiais. Os frascos de solução, sangue e derivados devem ser postos no suporte e realizados
o controle de gotejamento e dos líquidos infundidos e eliminados pelas sondas, drenos e
cateteres - os quais deverão estar conectados às extensões e fixados no leito ou outro local
adequado.
Visando evitar a queda dos clientes sonolentos, confusos e/ou agitados devido à
ação dos anestésicos, as grades da cama devem ser mantidas elevadas. Normalmente, o cliente
apresenta-se hipotérmico ao retornar da SO, em vista da ação depressora do sistema nervoso -
provocada pelo anestésico. A primeira conduta é aquecê-lo com cobertores, fechar as janelas,
ligar o aquecedor de ambiente e controlar sua temperatura com maior frequência. É
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Quando o cliente está com os reflexos presentes, sinais vitais estabilizados, drenos
e sondas funcionantes, recebe alta médica da SRPA e é encaminhado para a unidade de
internação. Para isso, existe uma escala chamada Escala de Aldrete e Kroulik que determina a
condição geral do paciente e sua condição de alta da recuperação anestésica.
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Nas instituições que têm por rotina trocar o curativo somente após o 2o dia pós-
operatório (DPO), o mesmo deve ser coberto com plástico, como proteção à água do chuveiro
- caso molhe-se acidentalmente, isto deve ser notificado. Nas instituições onde os curativos
são trocados diariamente, o curativo pode ser retirado antes do banho, para que o cliente possa
lavar o local com água e sabão, e refeito logo após.
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Ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento cirúrgico e envolve apenas pele
e tecido subcutâneo e apresenta pelo menos um dos seguintes critérios:
- Drenagem purulenta;
- Cultura positiva
- Incisão superficial aberta pelo cirurgião se: dor, aumento da sensibilidade, edema local,
hiperemia ou calor.
- Drenagem purulenta;
- Deiscência espontânea profunda ou incisão aberta pelo cirurgião e cultura positiva;
- Abcesso ou outra evidencia de infecção envolvendo tecidos profundos.
3. ISC ÓRGÃOS/CAVIDADES
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- Presença de abcesso ou outra vidência que a infecção envolve os planos profundos de órgãos
e cavidades.
✓ HEMORRAGIAS:
✓ DEISCÊNCIA:
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✓ EVISCERAÇÃO:
✓ OUTRAS ALTERAÇÕES:
No tocante à respiração, esta pode estar alterada por efeito do anestésico que
deprime o sistema nervoso ou por obstrução das vias aéreas devido à aspiração de vômitos ou
secreções.
Dor: o estado neurológico do cliente pode ser afetado pela ação do anestésico, do
ato cirúrgico ou de um posicionamento inadequado na mesa cirúrgica. Por isso, a equipe de
enfermagem deve observar o nível de consciência e as funções motora e sensitiva.
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EXERCÍCIO – CAPÍTULO 03
“A demarcação da lateralidade deve ser feita no sítio operatório ou próximo a ele — sítios não
operatórios não devem ser demarcados.”
a) Certo
b) Errado
a) Para o cateterismo cardíaco, deve ser feita a tricotomia na região torácica até a cicatriz
umbilical
b) Esticar a pele com a mão protegida com gaze e proceder à tricotomia em movimentos
amplos e suaves. O sentido da raspagem deve ser contrário ao crescimento dos pelos
c) O uso do tricotomizador é obrigatório para o procedimento de tricotomia,
independente do tipo de cirurgia.
d) Nas operações programadas, a tricotomia é realizada até 2 horas antes da cirurgia; e
nas emergências, é feita momentos antes de encaminhar o paciente para a sala
cirúrgica.
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a) 15 em 15 minutos.
b) 30 em 30 minutos.
c) Hora em hora.
d) 2 em 2 horas.
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Auxiliam a equipe cirúrgica durante a operação, mas para isso é necessário que a
equipe de enfermagem os ofereça em perfeitas condições de uso e no tamanho correto.
❖ Instrumentos Comuns:
❖ Instrumentos Especiais:
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o DIÉRESE
❖ BISTURI
❖ TESOURA
Existe uma grande variedade de tesouras com pontas diferentes, apropriadas para
cada tarefa e especialidade médico-cirúrgica. Geralmente as tesouras são classificadas de
acordo com a forma das extremidades de suas lâminas, que podem ser rombas ou finas.
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o Tesoura de Mayo
o Tesoura de Metzenbaum
ATENÇÃO:
o HEMOSTASIA
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o Pinça Crile
o Pinça Kelly
o Pinça Halstead
o Pinça Kocher
o Pinça Mixter
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o Pinça Rochester
o SÍNTESE
o Agulhas
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o Fios de Sutura
o AUXILIARES
o Pinça Anatômica
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o Pinça de Adson
o PREENSÃO
o Babcock
o Duval
o Collins
o Allis
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o PINÇA DE CAMPO
São utilizadas para fixar os campos cirúrgicos, bem como fixar alguns
instrumentos neles.
o Backaus
o AFASTADORES
o Afastador de Farabeuf
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o Afastador de Doyen
o Afastador de Volkmann
o Espátula Maleável
o Afastador Deaver
o ESPECIAIS
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o CAMPOS CIRÚRGICOS
Após a antissepsia e
paramentação cirúrgica adequada,
será iniciada a colocação dos
campos operatórios. O
instrumentador entrega ao cirurgião
um dos campos maiores, este
campo é desdobrado nas duas
extremidades sendo uma segurada
pelo cirurgião e outra pelo auxiliar,
e é colocado sobre as pernas do
paciente.
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• MESA CIRÚRGICA
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EXERCÍCIO – CAPÍTULO 04
1. Os fios cirúrgicos:
a) servem para fixar ou conter o sangramento e o risco de necrose das estruturas
orgânicas cortadas.
b) devem ser de baixo custo, resistentes à tração e torção, de calibre grosso, rígidos e
resistentes à esterilização.
c) podem ser de origem animal, como o catgut simples ou de origem vegetal, como o
algodão, quando absorvíveis.
d) podem ter origem animal, como a seda trançada, ou vegetal, como o algodão, ou ter
origem sintética, como o mononylon, quando inabsorvíveis.
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5. Instrumental de campo são os instrumentos que têm por objetivo fixar os campos
estéreis que delimitam o campo operatório. Como exemplo desse tipo de
instrumental tem-se a pinça
a) Mixter
b) Babcock
c) Mayo
d) Backaus
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1. Diérese
2. Hemostático
3. Síntese cirúrgica
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Áreas dos serviços de saúde que são classificadas por meio do nível de risco
potencial para a transmissão de infecções que cada local apresenta.
• ÁREA CRÍTICA
• ÁREA SEMI-CRÍTICA
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❖ LIMPEZA PREPARATÓRIA
É realizada pelo circulante, com uso de EPI (luva de procedimento). Deve ser
realizada antes de iniciar a programação diária das cirurgias. É feita limpeza das superfícies
com pano unido com solução desinfetante (álcool a 70%).
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❖ LIMPEZA OPERATÓRIA
- Remover a sujidade residual com pano limpo embebido em água e sabão e secar;
- Aplicar desinfetante preconizado na área em que a matéria orgânica for removida;
- Retirar as luvas e higienizar as mãos;
- Deixar propés limpos na SO, caso necessário trocá-los, para evitar disseminação orgânica.
❖ LIMPEZA CONCORRENTE
Realizada após o término de uma cirurgia e antes do inicio da outra (entre dois
procedimentos), visando a remoção da sujidade e matéria orgânica do mobiliário,
equipamentos e chão. Responsabilidade do circulante e do serviço de limpeza hospitalar.
❖ LIMPEZA TERMINAL
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EXERCÍCIO – CAPÍTULO 05
A sequência correta é:
a) V; V; V; V
b) V; V; F; F
c) V; V; V; F
d) V; V; F; V
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