(Nana Gondim) Resumo Anestesio

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Natália Gondim – Anestesiologia 1

ANESTÉSICOS VENOSOS
Conceito – fármacos administrados por via venosa • Relação dose-resposta previsível – quando a
para induzir e/ou manter a anestesia geral, bem medicação não está mais circulante.
como para promover sedação durante anestesia • Mínima depressão cardiovascular e respiratória
loco-regional.  Opioides e hipnóticos a maioria causa depressão
cardiovascular; todos causam depressão
Pilares do controle anestésico – inconsciência,
respiratória. Propofol é o que mais causa
analgesia e bloqueio neuromuscular.
depressão cardiovascular. Etomidato é o que
Local de ação – SNC menos provoca; Cetamina melhora a
instabilidade hemodinâmica.
Momentos críticos da anestesia:
• Redução do metabolismo cerebral e PIC
• Indução – deve ser rápida, suave, com estabilidade e  Cetamina aumenta a pressão intracraniana,
fácil. assim anestesia neurológica não deve fazer uso
• Despertar – o qual deve ser previsível e suave. dessa droga. Succinilcolina também aumenta PIC
• Período Da Manutenção (venoso, inalatório ou • Retorno rápido e suave da consciência e analgesia
ambos) é o momento que há alterações residual
hemodinâmicas, mas se consegue melhor controle.  Remifentanil (opioide) é eliminado em 5
minutos, não garante analgesia pós-operatório;
Anestésico ideal
fentanil provoca efeito residual (após extubação
• Solúveis em água; ainda provoca diminuição da dor do paciente).
• Estáveis na solução; • Não causar náuseas e vômitos
• Sem dor à injeção – sem irritação venosa ou dano  Etomidato provoca muita náusea e vomito
tecidual; mesmo em dose de indução; propofol tem poder
 O propofol é um bom anestésico venoso, muito antiemético
usado, mas gera dor à injeção – por isso injeta • Não causar amnesia prolongada
xilocaína junto ou dilui com soro para diminuir o  Dormonid é a droga que mais provoca
desconforto. Etomidato, diazepam também • Não possuir reações psicomiméticas, tontura,
causam dor. cefaleia ou sedação prolongada (“ressaca”)
• Baixa liberação de histamina  Cetamina, sem associar ao midazolam é o que
 Rocurônio, atracúrio (o que mais provoca) – mais provoca esse tipo de reação.
bloqueadores musculares que provocam
 O anestésico ideal não existe; deve fazer
liberação de histamina.
associações entre eles.
 Os anestésicos venosos em sua maioria não
causam processo alérgico; As substâncias mais Mecanismo de ação:
irritantes são os adjuvantes, como a cefazolina, • BENZODIAZEPÍNICOS: agem no receptor GABA
anti-inflamatórios. (inibitório) aumentando sua afinidade pelos canais
• Início de ação rápida e sem atividade excitatória – o de cloro, causando a manutenção da polarização da
que se procura é uma atividade inibitória. membrana, impedindo a passagem do estímulo
• Rápido metabolismo – menos efeitos colaterais. nervoso.
 Ex.: metabolizado em 10 minutos e Metabolitos • BARBITÚRICOS E PROPOFOL: reduzem a dissociação
inativos – tiopental possui metabólitos ativos o do GABA do seu receptor (impede sua
que provoca efeito residual no paciente metabolização); quanto mais GABA mais canais para
passagem de cloro pro interior das células.
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• ETOMIDATO: aumenta a corrente de cloro amnésicas, anticonvulsivantes e relaxantes


• CETAMINA: antagoniza os receptores N-metil D musculares.
aspartato (NMDA) • Seu metabolismo é pelo citocromo P450 e tem boa
• OPIÓIDES: promove ligação aos receptores na estabilidade hemodinâmica.
superfície da célula e aos receptores acoplados a • Atravessa a barreira placentária e é eliminado no
proteína G. leite materno, não seda gestantes.
Farmacocinética e Farmacodinâmica: • O midazolam se acumula no organismo, então não é
• Quanto mais lipossolúvel, mais potente indicado para infusão contínua.
• Quanto mais ligado a proteínas plasmáticas, menos
OBS: Flumetazil: é o antídoto dos benzodiazepínicos, um
sua ação
antagonista dos receptores GABAa, atua por competição.
• Histerese: concentração sanguínea de droga
Tem meia-vida de 1hr e dose de 0,1 a 0,2mg/kg podendo
hipnótica no SNC e seu início de ação.
chegar a 3mg.
• Meia vida contexto dependente: tempo para
redução da concentração a metade. PROPOFOL: melhor anestésico venoso
• Meia vida contexto independente: medicação em • Mecanismo de ação: agem no receptor GABA
infusão continua. (inibitório) aumentando sua afinidade pelos canais
de cloro, causando a manutenção da polarização da
BARBITÚRICOS: tiopentanol, fenobarbitol e membrana, impedindo a passagem do estímulo
metoexital nervoso
São divididos em Oxibarbitúricos (oxigênio) e • Início rápido de ação, metabolismo hepático,
tiobarbitúricos (enxofre) de acordo com o radical que estabilidade hemodinâmica, antiemético.
está ligado a molécula. Pouco utilizado, ficando • Pode ser usado em infusão contínua. O glicerol é
reservado para quando se deseja uma redução absurda responsável pela ardência na injeção (injeta xilocaína
do metabolismo cerebral (coma barbitúrico). A injeção junto ou dilui com soro para diminuir desconforto).
não é dolorosa. • Não usar em pacientes alérgicos ao ovo.
• Mecanismo de ação: reduzem a dissociação do GABA • É o mais potente depressor cardiovascular: diminui
do seu receptor (impede sua metabolização) débito cardíaco, PA, RVS, pré e pós carga. Obs:
pacientes em choque: não usar propofol pelo efeito
BENZODIAZEPÍNICOS: midazolam, diazepam, cardiovascular intenso.
clonazepam, flunitrazepam, lorazepam. • No sistema respiratorio, causa apneia dose-
• São drogas hipnóticas. dependente e induz a broncodilatação.
• São classificadas de acordo com o meia-vida e • Não causa vasodilatação cerebral então pode ser
duração: usado em neurocirurgia
o Curta duração: clonazepam (rivotril) e • Induz o núcleo accubens então provoca sensação de
midazolam. bem-estar.7
o Média duração: lorazepam e bromazepam. • Dose: 1 A 2mg em adulto e 2 a 3 mg em criança
o Longa duração: diazepam e flunitrazepam. (metabolismo mais rápido)
• Mecanismo de ação: agem no receptor GABA • Rápida recuperação anestésica e retorno precoce
(inibitório) aumentando sua afinidade pelos canais das funções psicomotoras.
de cloro, causando a manutenção da polarização da • Meia-vida contexto dependente.
membrana, impedindo a passagem do estímulo ETOMIDATO:
nervoso. • Droga Hipnótica.
• O diazepam é o mais utilizado no ambulatório pelos • Mecanismo de ação: aumenta a corrente de cloro.
clínicos gerais, mas dentro da anestesia o midazolam • Droga que proporciona grande estabilidade
é o mais utilizado. hemodinâmica. Usada praticamente só em pacientes
➢ Midazolam: instáveis.
• É o mais utilizado em anestesia, possuem • Rápido início e termino de ação, metabolização
propriedades hipnótico-sensitivas, ansiolíticas, hepática, 75% ligado as proteínas plasmáticas.
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• Não usado em infusão continua. Provoca alta ➢ FENTANIL:


ardência. • Mais utilizado em anestesia para cirurgia e é 50 a
• Causa náuseas e vômitos e mioclonias (abalos 100x mais potente que a morfina.
musculares). Pode provocar convulsões (evitar em • Analgesia pós-operatória.
epiléticos). • Muito associada em sedação a dormonid.
• Dose: 0,2 a 0,3mg/kg. • Causa uma analgesia profunda podendo levar a
• Tem efeito inibitório na síntese de cortisol. depressão respiratória.
CETAMINA: • Começa a agir em 1 a 2min com duração de 30min
• Mecanismo de ação: único que não age no receptor • Dose: 1,5 a 5mg/kg.
GABA, age no receptor NMDA atuando como um ➢ SULFENTANIL:
antagonista não competitivo. • 2 x mais lipossolúvel que o fentanil,
• Provoca estimulação cardiovascular, então não consequentemente é 2x mais potente.
utilizar em pacientes com doenças cardiovasculares. • Começa a agir após 1 a 3min, 6 minutos para pico de
• Único sedativo hipnótico com ação analgésica. ação e dura 30min.
• Provoca aumento da PIC e do metabolismo e fluxo • Dose: 0,5 a 1mg por kg.
cerebral. ➢ RAMIFENTANIL:
• Provoca broncodilatação – não deprime a • Nova, usada em regime ambulatorial, usada em
respiração. infusão contínua (induz hiperalgia)
• Provoca uma sensação extracorpórea. • Pode causar bradicardia, hipotensão arterial e rigidez
• Estimula o sistema límbico provocando uma torácica.
anestesia dissociativa. • Pico de ação em 1min, dura 5 a 10min.
• Muito usado na troca de curativo de queimados. ➢ MORFINA:
• Opióide mais antigo, potência forte, base fraca.
OPIÓIDES: fentanil, sufentanil, alfentanil e • Difusão lenta, demora a agir mas tem efeito
reminfentanil: prolongado.
• São inibidores da DOR. • O metabolito ativo pode causar depressão
➢ ALFENTANIL: respiratória, náusea, vomito, bradicardia, retenção
• Concentra-se muito no SNC, metabolismo hepático. urinaria e prurido.
• Início de ação e eliminação muito rápido, agem em • Analgesia pós-operatória.
30s, e duram até 15 minutos.
OBS: Naloxona: reversos dos opióides, reversor total ou
• Não possui efeito residual e pode ser usado em
parcial dos efeitos cardiovasculares e da depressão
infusão contínua.
respiratória. Dose de 1,4mg/kg.
• Dose: 10 a 70 microgramas/kg;
• Muito utilizada em intubação de sequência rápida.
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ANESTESIA AMBULATORIAL
A anestesia ambulatorial compreende o • Pacientes diabéticos (hipoglicemiantes orais ou
atendimento a pacientes sob anestesia geral, loco insulina) – geralmente se evita procedimento
regional ou combinada com indicação de intervenção ambulatorial;
cirúrgica, exames diagnósticos ou procedimentos • Pacientes com patologias crônicas pulmonares
terapêuticos, que permanecem sob controle médico até crônica ou aguda – minimizar possibilidade de
a plena recuperação das funções físicas e psíquicas, tendo broncoespasmos;
alta para casa (em até 12 h) sem pernoite no hospital.
CRITÉRIOS DA ANESTESIA AMBULATORIAL:
Foi comprovado cientificamente que, quando o
• Paciente ASA I ou ASA II;
paciente sai do hospital o mais precocemente possível e
• Procedimento cirúrgico não ultrapassar 90 minutos;
a incisão cirúrgica é a menor possível, pela técnica
minimamente invasiva, a chance de surgir infecção • Possuir monitorização adequada;
hospitalar diminui bastante. Esse é o grande sucesso da • Relação custo-benefício;
anestesia e cirurgia ambulatorial. VANTAGENS DA ANESTESIA AMBULATORIAL:
Escolha do paciente: • Retorno do paciente ao lar;
• Deve ser paciente hígidos ASA I, ASAII e algumas • Oferece maior conforto ao paciente e ao
situações ASA III (a). acompanhante;
• Oferecem menor risco de infecção hospitalar;
OBS: Em algumas situações, como idosos com catarata, • Liberam leitos hospitalares;
se considera pacientes ASA III na cirurgia ambulatorial.
• Diminuição do custo hospitalar;
Nesses pacientes se faz a relação custo benefício, quando
• Médico que atendeu na unidade ambulatorial é o
tiver patologia que insira em ASA III, se for pulmonar,
mesmo que da alta hospitalar: Aumenta o vínculo do
cardiovascular, ele não é um paciente adequado para o
médico-paciente;
procedimento ambulatorial.

• Pacientes com histórico de prematuridade; demência


DESVANTAGENS DA ANESTESIA AMBULATORIAL:
senil ou distúrbio de comportamento, como
• Unidade ambulatorial distante da unidade hospitalar;
pacientes com Alzheimer;
• Revisão obrigatória (curativo) 24h após a realização
• Procedimento cirúrgico de até 90 minutos de
da cirurgia: deslocamento consultório
duração;
médico/unidade ambulatorial; Muitas vezes se
• Extremo de idade, sobretudo crianças com histórico
transforma um procedimento ambulatorial em
prematuro;
hospitalar por questões sociais (paciente já vai para
• Síndrome da angustia respiratória;
casa com a ferida operatória seca).
• Cardiopatia congênita e arritmias;
• Perda de controle sobre os pacientes com relação a
• Patologias pré-existentes;
sua atividade física e intelectual, após a alta;
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ANESTESIA SUBARACNOIDEA (RAQUIANESTESIA) X ANESTESIA EPIDURAL

HISTÓRICO conjuntivas (principal barreira meníngea); logo


• A linha imaginária de TUFFIER está entre L3-L4. A abaixo da dura-máter;
punção deve ser realizada nessa área. É a descrição o PIA-MATER: Fina, avascularizada e dilatada
da linha imaginária entre uma crista ilíaca e outra recobre toda a superfície da medula, aderindo a
para a detecção do espaço intervertebral L3-L4. Pode ela imediatamente, constituindo seu limite
ocorrer variação a depender da idade, sexo e externo
sobretudo a cor do paciente. • Espaço raquidiano (subaracnóidea)
ANATOMIA: o Espaço peridural
• A nível da medula existe uma estrutura anatômica  Limite superior - fusão da dura-máter ao
importante, que é o cone medular, onde se insere o forame occipital
fio medular e vai dar origem a cauda equina. Abaixo  Limite inferior - hiato sacral
de L1 não existe mais a presença da medula espinhal.  Composição – gordura, vasos e expansões
Portanto, a punção abaixo de L1 não há possibilidade fibrosas
de atingir a medula espinhal, em função de ser abaixo  Largura – C5-C6 – 1-1,5mm; L2-L3 – 5-6mm
da inserção do cone medular.
Obs.: Plexo venoso peridural – uma grávida, devido a
pressão uterina no abdome, ingurgita de sangue o espaço
• É formada por 33 vértebras:
peridural devido à ligação desse plexo com outros
o 07 cervicais (1° Atlas; 2° Axis e 7° proeminente);
(paravertebral e Sistema ázigo). Por este motivo, é
o 12 torácicas
necessário menos anestésico, pois, pode ocorrer punção
o 05 lombares
vascular inadvertida, causando intoxicação sistêmica.
o 05 sacrais
Obs.: O espaço epidural é um pouco maior na região
o 04 coccígeas
lombar e na região torácica alta; À medida que se faz uma
• Pontos De Referência
punção mais alta a chance de lesão de dura-máter
o C7 – proeminência na base posterior do pescoço;
aumenta. A transição das duas intumescências é o menor
1 ponto de reparo
espaço entre o espaço epidural e a dura-máter, ou seja,
o T3 – na altura das espinhas das escapulas. 2
na hora de escolher o espaço de se fazer uma anestesia
PONTO DE REPARO
epidural o espaço lombar é maior, tendo de 5 a 6mm.
o T7 – na altura da ponta inferior da escapula
o L3-L4 – Linha imaginaria de Tuffier o Espaço subdural – o contato da superfície interna
o S2 – espinha ilíaca póstero-superior da dura-máter com a aracnoide cria esse espaço
CONTEÚDO DO CANAL OSTEOLIGAMENTAR DA que está entre as duas membranas;
COLUNA
Obs.: Muitas vezes, se faz a punção inadvertida desse
• Meninges
espaço, e se pode achar que o liquido puncionada é o LCR,
o DURA-MÁTER – mais firme, na hora da punção
mas na verdade é linfa; Se tiver utilizando uma técnica
sente-se o “clique”. Membrana mais externa e
hiperbárica ao aspirar o LCR pode-se ver que não há
mais resistente, é formada por fibras colágenas e
mistura deste com o anestésico; (00:45:00)
poucas fibras elásticas. Reveste toda a extensão
da medula, desde o forame magno até a porção o Espaço subaracnóideo - entre a pia-máter e a
S2; aracnoide, contém o liquido cefalorraquidiano
o ARACNÓIDE: Membrana delicada, avascular
LCR:
composta superposição de células com fibras
• Volume – 90 – 150ml (2ml/kg)
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• Produção – nos plexos coroides dos Ventrículos (III,


IV e laterais)
RAQUIANESTESIA:
• Percurso – VL  Forame Interventric.  III Ventric 
• A agulha da raquianestesia ultrapassa o espaço
Aqueduto de Sylvius (Mesencefalo)  IV Ventric 
epidural para penetrar na dura-máter (sente o clique)
Espaço Subaracnoide (através da abertura mediana –
e aracnoide e entra no espaço subaracnóideo ou
de Magendie, e Laterais – de Luschka)
intratecal, aonde está o LCR.
• Distribuição – 25% - plexo coroide e 75% - espaço
• Planos anatômicos: Pele, TCS, ligamento supra-
intratecal (subaracnoide).
espinhoso, inter-espinhoso, ligamento longitudinal
anterior e posterior, ligamento amarelo, espaço
EPIDURAL epidural, dura-máter, aracnoide, espaço
subaracnóideo.
• Planos anatômicos atingidos: Pele, TCS, ligamento
• Posição – pode ser lateral ou sentada
supra espinhoso, inter-espinhoso, ligamento amarelo
o Em decúbito lateral e em “posição fetal” ocorre
(anterior e posterior), espaço epidural ou peridural maior exposição dos processos espinhosos de L3
(gordura, vasos). e L4, encontrando mais facilmente o local de
• A preparação e posicionamento do paciente, o uso de
agulhamento.
monitores e a abordagem são os mesmos que para a o Lado operatório para baixo – quando usa a
raquianestesia. No entanto, ao contrário, a peridural anestesia hiperbárica.
pode ser aplicada em qualquer espaço intervertebral. o Identificação dos espaços vertebrais lombares.
• A Inserção da agulha peridural (agulha de Tuohy) o Sentado – é a posição mais adequada para
ocorre no ligamento Inter espinhal. Avançando pacientes obesos, gestantes e em bloqueios
lentamente, encontra resistência com o ligamento baixos.
amarelo. • Antissepsia – clorexidina – evita a colonização de
• A agulha deve ultrapassar o ligamento amarelo e cateteres percutâneos.
parar no espaço peridural (perde resistência) antes •
de encontrar as meninges. ➢ Punção Mediana
• Técnica - 99% Técnica de Dogliotte: Após a colocação  Depois da infiltração do sítio de inserção da agulha
da ponta da agulha no ligamento amarelo, deve-se com solução anestésica local, deve-se avançar a
conectar uma seringa (5-10ml) contendo de 2 a 3 mL agulha (do tecido subcutâneo pelo ligamento
de solução salina e uma bolha de ar. A mão
supraespinhoso, pelo ligamento interespinhoso, pelo
dominante deve manter pressão constante sobre o ligamento amarelo, pelo espaço peridural, até a dura-
êmbolo da seringa, enquanto a mão não dominante máter [“pop”] e, finalmente, até a aracnoide) até que
se apoia nas costas do paciente e avança a agulha
seja possível visualizar o refluxo de LCR (aspiração
lentamente. Se a agulha for colocada corretamente suave pode ser bastante útil).
no ligamento amarelo, é possível comprimir a bolha
 Em geral, as meninges espinais localizam se a uma
de ar sem injetar solução salina. Quando a ponta da
profundidade de 4 a 6 cm.
agulha penetrar no espaço peridural, há uma perda
repentina de resistência (pressão negativa) Obs.: Após a injeção de anestésico, deve-se aspirar o LCR
permitindo que a solução salina seja ejetada para ter certeza que está no espaço subaracnoide.
facilmente da seringa.
➢ Punção Paramediana
• Injeção de dose teste do anestésico – ajuda a
 Usada quando o paciente não consegue flexionar a
detectar inserções intravenosas ou subaracnóideas
coluna ou em casos de ligamentos muito calcificados.
não identificadas da agulha.
 O anestesiologista deve inserir a agulha em um ponto
• Penetra-se a agulha por via mediana ou paramediana,
lateral localizado 1 cm em relação ao Inter espaço
em um ângulo de 90 graus, até encontrar a resistência
desejado, avançando-a na direção da linha média (a
do ligamento amarelo. Quando se vence essa
primeira resistência significativa é o ligamento
resistência (Técnica de Dogliotti), atinge-se o espaço
amarelo, à medida que a agulha se desvia do
peridural.
ligamento Inter espinal).
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Raqui X Peridural – Na raqui se perfura a dura-máter proximidades do interespaço onde ocorreu a


e aracnoide; já na epidural, ultrapassa-se apenas o punção meníngea), cuja finalidade é fazer o
ligamento amarelo seguindo a disposição anatômica. tamponamento da fissura.
• Porque o paciente tem cefaleia pós-punção?

Porque a quantidade de liquor produzido nos ventrículos


CONTRAINDICAÇÕES DE RAQUIANESTESIA E laterais é menor do que quantidade de liquor que está
PERIDURAL escapando do espaço intratecal para o epidural, ou seja,
o Recusa do paciente (contraindicação absoluta) é mais liquor escapando pela fistula do que sendo
o Hipovolemia produzido.
o Pressão intracraniana aumentada
• Sintomatologia clássica
o Coagulopatia ou trombocitopenia (hematoma
peridural) Cefaleia frontal com irradiação occipital. Intensifica-se
o Sepse (risco aumentado de meningite) quando o paciente fica de pé, devido a posição ortostática
o Infecção no sítio de punção (erisipela, pústulas) (pressionamento das estruturas posteriores em nível das
o Doença neurológica preexistente (não há amídalas cerebelares), na deambulação e melhora ao
evidências de que as anestesias raquidianas ou deitar (pressão estável).
peridurais alterem o curso)
A cefaleia acontece geralmente 24 a 48 horas no pós-
o Deformidade da coluna vertebral (custo-
operatório imediato. Em uma semana a cefaleia regride.
benefício)
o Cirurgia prévia da coluna vertebral TÉCNICAS ANESTÉSICAS
CEFALEIA PÓS-RAQUIANESTESIA São usadas na raquianestesia anestésicos locais com
densidades menores, iguais ou maiores à densidade do
Quando se faz um corte na dura-máter se encontra fibras
LCR (1,015). Essa diferença de densidade que classifica o
dispostas longitudinalmente em toda sua superfície; no
anestésico local quanto ao comportamento e local de
entanto, quando se faz punção transversal a essas fibras,
ação. Usando como exemplo o paciente sentado:
na hora que punciona a dura-máter e ao puxar a agulha
no fim da punção, esse furo secciona as fibras e na ponta • Anestesia hipobárica – o anestésico possui
da agulha pode vir fibra da dura-máter (visto ao densidade menor que a do LCR e tenderá a subir,
microscópio); promovendo sua ação em sítios superior ao de
aplicação. Ou seja, ela age contra a gravidade.
Quando se usa agulha com pontas menos cortantes,
• Anestesia isobárica – o anestésico tem densidade
como Sprotte, Whitracre, Greene, ao invés de fazer a
punção transversal se coloca perpendicular as fibras, na semelhante à do LCR e tenderá a permanecer no local
mesma disposição, as fibras não serão seccionadas, é que foi aplicado, sendo esse seu sitio de ação.
feito o afastamento (divulsão); quando puxa a agulha não • Anestesia hiperbárica – gravidade faz com que as
se retira a dura-máter e as fibras divulsionadas se soluções hiperbáricas fluam no LCR, no sentido
interpõem para que haja o fechamento. descendente, para as regiões mais dependentes da
coluna. A anestesia raquidiana pode restringir- -se
Faz-se uma deflexão de 15° e diminui as chances de aos dermátomos sacrais e lombares inferiores
cefaleia em 3x e a chance de formar fistula liquórica é (“bloqueio em sela”) por meio da administração de
ínfima. soluções anestésicas hiperbáricas com o paciente na
posição sentada.
• Tratamento da cefaleia pós-raqui
o Melhor Tratamento – Prevenção Obs.:
o Tratamento Clínico - repouso, hidratação,
analgésico, corticoides e cafeína.  As soluções hiperbáricas são usadas com vantagem
o Tratamento Definitivo – quando o clinico não é em procedimentos cirúrgicos unilaterais executados
resolvido em 72h – tampão sanguíneo (blood na posição em supino se o sítio operatório for
patch), (injeção asséptica de 10 a 20 mL de dependente durante a injeção do medicamento e o
sangue autólogo no espaço peridural nas
Natália Gondim – Anestesiologia 8

paciente permanecer na posição lateral durante pelo anatômicos cortados na cesariana são: pele, tecido
menos 6 minutos. celular subcutâneo, aponeurose, músculos reto
 As técnicas mais utilizadas são as isobáricas e abdominal e piramidal; abre-se a rafe mediana e
hiperbáricas, sobretudo as técnicas hiperbáricas. chega ao peritônio parietal. Se a anestesia estivesse
 Inicialmente há abolição da temperatura, apenas na altura do umbigo, quando chegasse na
vasodilatação, percepção da dor e depois o bloqueio aponeurose, a paciente iria sentir dor. Por isso que na
dos membros. raquianestesia da cesariana, o bloqueio não deve
 O tempo da anestesia está relacionado com as ficar na altura da cicatriz umbilical. A anestesia deve
características físico-químicas dos anestésicos locais, estar entre o apêndice xifoide e o mamilo. Se o
se for lidocaína será em torno de 1 hora, se for bloqueio ficar em T10, como se faz uso da técnica
levobupivacaína será de 2 a 3 horas. hiperbárica, pode-se fazer Trendelerburg, pois os
 Na cesariana se injeta 2,5mL, se mistura o agente primeiros 15 minutos, o bloqueio sobe até chegar em
anestésico a uma substância análoga a agente T4 a nível do apêndice xifoide. Se fosse a técnica
opioide; a substância entra no espaço subaracnoide e isobárica, o bloqueio não iria subir, portanto, não é
vai banhar toda a parte de fibras nervosas, tanto as útil para cesariana. No entanto, é bom para pacientes
simpáticas quanto as motoras; idosos, com baixa reserva do miocárdio, que irá se
 Quando se faz uma raquianestesia para uma submeter a cirurgia do colo do fêmur, onde não se
cesariana, é necessário bloquear até T4, pois o corte deseja que a anestesia suba além de T10, pois terá
da cesariana é em cima da sínfise púbica; Os planos alterações no sistema simpático.
Natália Gondim – Anestesiologia 9

ANESTESIA INALATÓRIA
OBSERVAÇÃO - ANÉSTESICO VENOSO - O agente venoso agente anestésico. Desse modo, ele irá proporcionar uma
hipnótico-indutor mais usado no ambulatório é o rápida indução bem como rápido despertar.
Propofol. O seu nome químico é 2,6-diisopropilfenol; nele
O anestesiologista busca em uma boa anestesia
há uma substância, o cremofol, que é a base de lecitina.
esse ponto de equilíbrio: tirar a consciência e dor com
Pacientes alergias a ovo, deve-se ter muito cuidado na
despertar de maneira efetiva. Quanto mais precoce o
indução para não ativar o complemento e provocar uma
paciente acordar e retomar seus reflexos e homeostasia,
reação anafilactoidea.
mais rápido e efetivo será sua recuperação pós-
OBSERVAÇÃO: HIPNÓTICO-SEDATIVO/HIPNOTICO- anestésica e consequente ida para enfermaria.
INDUTORES – Farmacocinética e Farmacodinâmica:
• Escala de Aldrete e Kroulik Nota para recuperação
Tempo de meia vida de absorção e de distribuição e
pós-anestesica sendo o padrão ouro igual a 9 para
eliminação acontece muito rápido, devido ao volume de
que se tenha todos os reflexos e parte hemodinâmica
distribuição da droga, a transferência entre os
preservada e obter alta da recuperação pós-
compartimentos acontece de forma acelerada, é
anestesica para enfermaria ou apartamento.
metabolizada no hepatocito, por reação de oxirredução
pelo citocromo P540; Cada droga tem seu tempo de • Ação no SNC: inibem a percepção da sensibilidade;
metabolização (meia-vida) e um tempo de eliminação, Atuam sobre sinpases, interferindo na memória e no
que estão relacionados ao clereanse renal. Em algumas estado de alerta. A inconsciência e amnésia ocorrem
situações há metabolismo plasmático. fruta da ação do anestésico no cérebro.

• Ações secundárias ou colaterais: exercidas em outros


sistemas do organismo, como por exemplo, os casos
CONCEITO
de hipersensibilidade e tolerância individual.
O anestésico inalatória é um agente administrado via
respiratória, como o objetivo
FARMACODINÂMICA
de se obter uma ação farmacológica, com a dose eficaz e
com a menor repercussão sistêmica ao paciente. Como agem os agentes inalatórios:
Na anestesia moderna não se faz apenas a • Expansão de membranas;
anestesia inalatória, é feito a chamada anestesia • Desarranjo de canais iônicos;
balanceada ou cominada, ora endovenosa ora inalatória • Sensibilizam enzimas, sobretudo as superficais.
(usa o que tem de bom do agente venoso com o bom do • CAM: Além desses mecanismos, o mais importante é
inalatório). Se associa um bloqueio periférico ou central que o agente inalatório vai se precipitar no alvéolo,
com a finalidade de analgesia no intra e pós operatório através do vapor, aonde será absorvido e terá nível
com a finalidade de diminuir a quantidades de agentes, sérico plasmático no gás alveolar para que ele faça
tanto inalatórios como venosos. uma partição, ou seja, uma homeostasia entre o
FARMACOCINÉTICA equilíbrio sangue e artéria, o que chamamos de
Concentração Alveolar Mínima (CAM).
Para que os agentes inalatórios tenham
desempenho farmacológica, precisar ter absorção,
distribuição, redistribuição e eliminação. Essa absorção é CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR
responsável pelo nível sérico plasmático e consequente
propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos Existem dois conceitos:
agentes.
• CAM DE50: Concentração de anestésico capaz de
Quanto mais resolutivo for o agente, ou seja, manter 50% de uma população insensível a um
quanto mais rápido for a absorção, distribuição, estímulo doloroso padronizado (como a incisão da
redistribuição e eliminação MELHOR desempenho terá o pele com bisturi).
Natália Gondim – Anestesiologia 10

• CAM TERAPÊUTICA (DE95): Tira a percepção da dor é ÓXIDO NITROSO. O efeito proposto por ele é o
em 95% dos pacientes. chamado

• A diferença farmacodinâmica e farmacocinética entre • Efeito de Segundo Gás. Provoca a Hipóxia Difusional:
elas é a unidade de 1,3CAM: A cada uma CAM, existe uma pressão atmosférica que cada agente
quando se adiciona 30% (1,3) tem-se a exerce para que aja a sua captação pelo alvéolo; o
CAMTerapêutica. Ou seja, a CAM terapêutica é a CAM óxido tem essa percepção no alvéolo muito superior
acrescida de um terço do seu valor. a todos os agentes inalatorios.

• EXEMPLO: A CAM do alotâmico (muito usado na 1° e • O óxido nitroso pode acelerar o tempo de indução da
2° Guerra Mundial) é de 0,74+30%= 1. A CAM do anestesia inalatória. A adição de altas concentrações
enfurano, que é aproximadamente 1,68 quando de óxido nitroso a uma mistura de gases acelera a
acrescenta 30% vai ser aproximadamente 2. elevação da pressão parcial do anestésico volátil no
final da expiração, bem como da sua pressão parcial
arterial. A presença de altas concentrações de óxido
nitroso exerce efeitos de concentração e de segundo
gás, facilitando a indução inalatória pura sob
máscara, principalmente em anestesia pediátrica. O
efeito de segundo gás será tão mais importante com
o óxido nitroso quanto menor for a solubilidade do
anestésico volátil associado. O óxido nitroso aumenta
a captação alveolar do segundo gás na indução da
anestesia ou quando do aumento da sua fração
inspirada durante o procedimento. A maioria dos
IDADE: O paciente mais jovem ele tem taxa metabólica
dados na literatura aponta para interação aditiva
mais elevada;
entre o óxido nitroso e os anestésicos voláteis de
RITMO CIRCADIANO: se operar a noite ou pela manhã forma a diminuir a CAM destes anestésicos em
logo muito cedo, (antes das 10:00 às 16:00hr) a adultos e em crianças. O óxido nitroso exerce
quantidade de agente anestésico usado é um pouco contribuição aditiva ao halotano, à medida que
menor; concentrações crescentes de óxido nitroso são
combinadas, reduzindo sua CAM de modo linear.
DROGAS: algumas interferem ou aumentando ou
diminuindo o tempo de permanência d agente • O óxido nitroso apresenta uma CAM é diferente de
anestésico. Ex.: os agentes inalatórios potencializam em todos os agentes inalatórios, sua CAM é de 104cm de
até 30% os agentes bloqueadores neuromusculares; pressão de vapor. Ou seja, para obter 100% de
anestesia com oxido nitroso isolado era preciso fazer
FUNÇÃO TIROIDIANA: alterações de t3 e t4 podem
mais do que 100% dele. Porém, isoladamente só se
alterar as funções metabólicas do paciente e
pode usar no máximo 75% dessa substância e 25% de
consequentemente a degradação da droga;
oxigênio (se não o paciente tem hipoxia). Os grandes
TEMPERATURA CORPORAL: o paciente hipotenso serviços recomendam usar apenas 2/3 do óxido
necessita de menor droga para induzir o sono e para fazer nitroso e 1/3 de oxigênio.
indução enzimática; paciente com hipertemia tem
hipermetabolismo tendo assim maior consumo da droga.
OBJETIVOS DO ANESTESIOLOGISTA

• Equilibrar o sistema pulmão-circulação (de-95)


EFEITO DO SEGUNDO GÁS
• Conceitos básicos de farmacocinética e
Existe um agente potencializador do agente farmacodinâmica dos agentes inalatórios principais
inalatório, também usado com o intuito de fazer uma • Ter noções farmacológicas na constante de tempo,
simbiose de ação, assim como se faz na associação solubilidade dos anestésicos, captação pelos tecidos,
entre anestésicos venosos e inalatórios. Esse agente
Natália Gondim – Anestesiologia 11

distribuição compartimental, metabolismo e sua veia se usa oxido nitroso com agente anestésico
excreção. inalatório.

Cetamina: indução em crianças; pode ser feito IM

COSNTANTE DE TEMPO Midazolam: tem gosto de framboesa; antes de levar


a criança para o centro cirúrgico, faz dose oral dessa
• Constante de Tempo = Volume/Fluxo
droga para que ela se acalme. Se precisa intuba, se não
Dentro do pulmão há nitrogênio; em toda anestesia, precisar faz o bloqueio.
teoricamente, deve-se retirar todo o nitrogênio para que
Existem alguns bloqueios são feito a nível do hiato
fique totalmente saturado de oxigênio. Durante uma
sacral, quando a criança induz o sono, coloca-a de lado,
indução anestésica, se houver dificuldade de intubaçao, o
clica a membrana sacra e faz o agente anestésico de
paciente leva de 3 a 4 minutos para ter redução da
acordo com o peso da criança. Tem que fazer a conduta
saturação e mais de 5 minutos para ter hipoxia. Como a
anestésica para acordar da melhor forma possível.
maioria dos bloqueadores musculares, como a
succinilcolina, levam em média 5 minutos para que seja
100% metabolizado, quando se faz o processo da
constante de tempo da desidrogenação, mesmo em
paciente dificies de intubar e ventilar, a chance de hipóxia
é mínima.

O principio desse processo é que a cada 1 minuto que


respiramos naturalmente com oxigênio a 100%,
conseguiu lavar 63,% do nitrogênio a nível pulmonar.
Desse modo, ficaria 37%; desses 37% restante, ao se
passar mais 1 minuto, outros 63% são retirados. No
quinto minuto já se tem levado 98% e no sexto minuto SOLUBILIDADE DOS AGENTES INALATÓRIOS
100% do nitrogênio pulmonar deve ter sido retirado, o
• Objetivo do anestesiologista é estabelecer um
que significa dizer que, neste 6° minuto, o alvéolo esta
100% saturado de o2. equilíbrio de pressões parciais do anestésico entre o
alvéolo e o sangue arterial para que exista nível sérico
Portanto, sempre que se desconfiar de intubação plasmático. Através do processo de borbulhamento o
difícil, e houver indicação de succinilcolina, deve-se fazer agente é captado pelo alvéolo e quando consegue o
6 minutos de pré-oxigenação antes da indução da ponto de equilíbrio entre a partição no alvéolo e
anestesia. Fazendo isso, em função da constante de absorção a nível do alvéolo, tem-se absorção
tempo, o paciente não teria hipóxia. sistêmica.
Essa constante é importante não somente no • Os agentes anestésicos que rapidamente conseguem
processo de pré-oxigenação do paciente, mas também no chegar ao coeficiente de partição sangue/gás,
processo de abordagem na via aérea superior do induzem mais rápido o paciente. O éter difenilico
paciente, pois quando se “limpa” o pulmão, retirando o (usada pelo medico no hospital na primeira indução
nitrogênio, estamos retirando uma substância que iria anestésica) tem coeficiente de partição sangue/gás
competir com o agente anestésico inalatório. Desse não muito resolutivo. Ou seja, para induzir o paciente
modo, se o nitrogênio, a indução será muito mais rápida com a mascara levava 40 minutos. Já na indução com
e efetiva, sobretudo ao adicionar o óxido nitroso, pois a o halotano se leva 3 minutos, sobretudo quando se
pressão e precipitação no alvéolo é 5x superior ao do associa ao óxido nitroso (acelera o processo de
agente anestésico. coeficente de partição).
OBSERVAÇÃO! Na indução anestésica em crianças CAPTAÇÃO DOS ANÉSTESICOS
primeiro coloca pra ela cheira uma substância que tem
cheiro de hortelã que a deixa ‘drog’ e a partir daí pega a • Existe uma demanda respiratória que quanto mais
rápida for a frequência e quanto maior a amplitude
Natália Gondim – Anestesiologia 12

da respiração, maior será a absorção e a captação. Na pode ser que facilite a absorção; se for mais elevado,
fase inicial de uma anestesia inalatória o individuo pois um vaso em constrição leva um pouco mais de
acelera a frequência respiratória e a medida que tempo. Tem que haver o equilíbrio e homeostase.
entra no equilíbrio a respiração volta a normalidade. • A maioria dos agentes pode promover diminuição do
• A captação do anestésico no alvéolo depende da debito cardíaco; diminuem contratilidade, débito
perfusão sanguínea do alvéolo e da solubilidade do cardíaco, pressão arterial média, freqüência cardíaca,
agente no sangue, expressa pelo coeficiente de alguns alteram a resistência vascular sistêmica ou
partição sangue/gás. coronariana, alguns aumentam o fluxo sanguíneo
• A relação entre a fração alveolar (FA) e a fração cerebral, e outros fazem sensibilização de
inspirada (FI) retrata a velocidade que ocorre a catecolamina endogenas do miocárdio, promovendo
elevação da concentração no alvéolo em relação a arritmias cardíacas. O isoflurano não tem um
fração administrada. A captação e a distribuição dos aumento significativo do fluxo sanguíneo cerebral,
anestésicos inalatórios sofrem influência de vários então se for fazer uma cirurgia neurológica se
outros fatores: perfusão sanguínea tecidual, massa aconselha o uso desse agente, além disso, faz
corporal magra, massa corporal gorda, duração da vasoconstrição (efeito hobyude) e aumenta a
administração de anestésico, etc. O segundo gás é resistência vascular sistêmica, então em pacientes
responsável por aumentar o FA/FI do primeiro com insuficiência cardíacos deve evitar o uso dessa
anestésico. droga.
• O Desflurano, oxido nitroso e sevoflurano na
• O halotano tem elevada sensibilidade a
sequencia induzem e acordam mais rápido.
catecolaminas endógenas; sempre que em uma
• DESFLURANO>ÓXIDO NITROSO>SEVOFLURANO
cirurgia tiver catecolaminas exógenas deve-se deixar
proscrito o halotano.

EFEITO DA CONCENTRAÇAO • Todos, dependendo da sua dose terapêutica, podem


ser depressores do sistema cardiovascular como
• Quanto maior for à concentração do gás inspirado
também do sistema respiratório.
maior será a velocidade para atingir o coeficiente de
partição do gás no alvéolo. EFEITOS RESPIRATÓRIOS
• Quanto menor o numero de coeficiente de partição a
• Inicialmente eles aumentam a FC, posteriormente
indução do anestésico é mais rápido.
diminuem. Se aprofundar muito podem levar a
• Melhores: DESFLURANO>ÓXIDO
depressão respiratória levando o paciente à apneia, a
NITROSO>SEVOFLURANO.
depender dos processos respiratórios, da dose e da
• Alguns apresentam índice de partição mais lento; se
profundidade da partição sangue/gás do agente
comparar o halotano com o desflurano a indução é
inalatório.
mais rápida com o desflurano.
• ATENÇÃO! O AGENTE INALATORIO MAIS USADO • Quando em uma cirurgia, se diminui a frequência
NOS DIAS ATUAIS É O SEVOFLURANO. respiratória e o volume corrente, se diminui a
• OBS.: O desflurano é muito caro, tem alto consumo, liberação do PACO2 e quando isso ocorre pode
pois sua CAM é alta e é usado em vaporizadores provocar Acidose respiratória. E quando, associada a
calibrados. isso há o uso do halotano, vai sensibilizar ainda mais
o miocárdio, na presença de catecolaminas exógenas
EFEITO VENTILATÓRIO originando arritmias ventriculares.
• Quanto maior for o demanda ventilatorio mais rápido • Halotano: Pode provocar arritmias cardíacas (reação
tem-se o aporte do agente inalatorio dentro do com as catecolaminas endógenas);
alvéolo e mais rápido a indução. • Enflurano: Não usar em pacientes neurológicos com
alterações no encefalograma.
DÉBITO CARDIACO • Isoflurano: Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral, mas
• Varia diretamente com essas constantes e com a não aumentar demasiadamente a pressão arterial
partição sangue/gás. Um debito um pouco inferior
Natália Gondim – Anestesiologia 13

média cerebral, podendo ser indicado nas como os venosos; Pode provocar deslocamento de
neurocirurgias. placenta; Um dos fatores que causa hipertemia
• Desflurano: CAM bastante elevada; preço muito maligna é o uso de anetesicos inalatórios, induz
elevado; Muito indicado para neurocirurgias; uso liberação de catecolaminas;
limitado no Brasil;
CONCLUSÕES
• Sevoflurano: MAIS UTILIZADO. Promove
vasodilatação cerebral, mas pode ser usado nas • Anestesia inalatória ideal:
neurocirurgias; Não apresenta alteração no • Estabilidade molecular,
encefalograma, com reações epilépticas. • Não seja explosiva,
• Oxido Nitroso: Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral; • Elevada potência anestésica. Deve ser razoavelmente
usar sempre de forma racional, via de regra 50% a potente, permitindo o uso de altas concentrações de
75%, de maneira balanceada. oxigênio;
• Baixa solubilidade sanguínea. Esta propriedade
EFEITOS SOBRE A TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR
proporciona indução e recuperação rápidas da
Todos eles aumentam a permanência dos bloqueadores anestesia, e garante flexibilidade no controle da sua
neuromusculares. profundidade.
• Odor não-pungente. Deve ser agradável e não-
DISTRIBUIÇÃO COMPARTIMENTAL
irritante para as vias aéreas, permitindo suave
• A ordem de distribuição dos anestésicos inalatorios é indução e recuperação rápidas da anestesia, e
a seguinte: Orgaos ricamente vascularizados garante flexibilidade no controle da sua
(cérebro, coração, pulmões, rins e fígado); Musculos; profundidade.
Gordura; Pobremente vascularizados (cartilagens e • Não-tóxico. Não deve sofrer biotransformação no
ossos). organismo, nem produzir efeitos tóxicos orgânicos
COMENTÁRIOS específicos, mesmo durante inalação crônica de
• Apesar de todas as evoluções da anestesia inalatória baixas concentrações como ocorre o pessoal dos
ao longo do tempo, ela possui alguns efeitos centros cirúrgicos.
adversos, sobretudo no fígado. Em anestesia • Efeitos colaterais mínimos, especialmente nos
continuadas, pode haver alterações nas sistemas cardiovasculares e respiratório.
transaminases, sobretudo em cirurgias demoradas • Efeitos sobre o sistema nervoso central reversíveis e
(mais de 6 horas); não-estimulatórios. Eles devem ser prontamente
• Paciente que estão muito tempo hospitalizados se reversíveis após a interrupção e não devem
evita o uso frequente do halotano, sobretudo os acompanhar-se de estimulação. O agente deve
pacientes que possuem problema hepático. proporcionar algum grau de analgesia além da
• O Enflurano pode provocar alterações renais; hipnose.
• Na gravidez, nos primeiros 4 meses, pode provocar • Interações farmacológicas. Não deve participar de
mutagenicidade. Não se deve ultrapassar a interações adversas com outros fármacos, nem
concentração plasmática mínima; nessa fase sensibilizar o coração às catecolaminas.
embriogênica, deve-se utilizar outros anestésicos
Natália Gondim – Anestesiologia 14

QUESTÕES ANESTESIOLOGIA
1. Fale sobre o oxímetro de pulso e como funciona? - CAM: o agente irá se precipitar no alvéolo pulmonar,
Trata-se de um dispositivo que tem como função através do vapor, onde será absorvido e terá nível
medir a saturação de oxigênio no sangue do paciente, de plasmático no alvéolo para que faça uma partição, ou
maneira não invasiva, prática, rápida e eficiente. Pode seja, homeostasia a concentraão do fármaco no pulmão
ser colocado no dedo ou no lóbulo da orelha. e circulação sistêmica.

Através de sensores ópticos, o aparelho converte 3. Qual o melhor anestésico venoso e mecanismo de
espectro de luz em sinais elétricos sendo processados ação?
por um pequeno controlador. Os sensores captam a luz O anestésico venoso mais utilizado é o Propofol.
que atravessa com o pulso cardíaco do pulso. A Apresenta rápido início de ação, metabolismo hepático,
saturação e nível de oxigênio tem relação com a antiemético, não causa vasodilatação cerebral,
coloração do sangue. Então quanto maior o brilho e cor propriedade antipruriginosa etc.
vermelha maior será a saturação. Seu mecanismo de ação ocorre através da redução da
dissociação do GABA do seu receptor, impedindo a sua
2. Qual o melhor anestésico inalatório e mecanismo
metabolização.
de ação?
Levando em consideração um anestésico venoso ideal,
Dentre os anestésicos inalatórios disponíveis no Brasil, o
não existe um 100% ideal. É necessário fazer uma
mais utilizado é o Sevoflurano.
associação entre os anestésicos para que se tenha uma
Levando em consideração o anestésico ideal, não existe boa anestesia venosa, e, para isso, o anestésico deve
um anestésico inalatório ideal. Para cada situação um ser/ter:- Sóluvel em água;
anestésico pode ser mais indicado de acordo com a sua - Estável na solução;
ação farmacológica. O anestésico inalatório ideal deve - Indolor e não irritante aos vasos e tecidos;
ser/ter: - Baixa liberação de histamina;
- Estabilidade molecular; - Início de ação rápida e sem atividade excitatória;
- Não explosivo; - Rápido metabolismo;
- Elevada potência anestésica; - Mínima depressão cardiovascular e respiratória;
- Baixa solubilidade sanguínea; - Não elevar a PIC e reduzir o metabolismo cerebral;
- Odor não-pungente; - Retorno rápido e suave da consciência;
- Não tóxico; - Não causar náuseas e vômitos;
- Efeitos colaterais mínimos; - Não causar amnésia prolongada;
- Efeitos sobre o SNC reversíveis e não-estimulatórios; - Não possuir reações psicomiméticas (tontura, cefaleia,
- Não interagir com outros fármacos. sedação prolongada).

Farmacocinética: Possuem ação no SNC, inibindo a O mecanismo de ação do anestésico venoso tem o
percepção da sensibilidade. Atuam sobre sinapses, tempo de meia-vida curto, assim, ele é rapidamente
interferindo na memória e no estado de alerta. absorvido, distribuído, metabolizado e eliminado. A
transferência entre os compartimentos acontece de
Possuem ações secundárias ou colaterais, exercidas em
forma acelerada e metabolizada no hepatócito, pela
outros sistemas do organismo. Excetuando os casos de
reação de oxirredução pelo citocromo P450. Em algumas
hipersensibilidade e tolerância individual, que são raros,
situações o metabolismo é plasmático. Cada droga tem
as ações dos anestésicos inalatórios são dose-
o seu tempo de meia-vida.
dependentes.
4. Quais os critérios de inclusão do paciente
Farmacodinâmica: Os anestésicos inalatórios agem da
ambulatorial?
seguinte forma:
- Presença de acompanhante adulto;
- Expansão de membranas;
- Fácil comunicação com a unidade ambulatorial;
- Desarranjo de canais iônicos;
- Fácil locomoção até a unidade ambulatorial;
- Sensibilizam enzimas;
- Condições de cumprir os cuidados pós-operatórios;
Natália Gondim – Anestesiologia 15

- Nível intelectual adequado. 100% e isso traria uma acidose metabólica e o paciente
entraria em óbito. Então o idela é fazer o balanço com
5. Cite 5 desvantagens dos agentes inalatórios.
Oxigênio a 25% e Óxido Nitroso a 75%.
Podem provocar:
9. Fale sobre a desnitrogenação e o efeito do segundo
- Arritimias cardíacas;
gás.
- Aumentar a PIC;
A Desnitrogenação é feita para tirar todo o N2O do
- Redução da frequência respiratória;
organismo, usando uma terapia de O2 a 100% por 6
- Depressão do sistema cardiovascular;
minutos, para que depois possa se usar qualquer
- Aumentam a permanência dos bloqueadores
anestésico, pois o O2 tem alta difusibilidade, então irá
neuromusculares;
ajudar na difusão dos outros gases.
- Efeitos adversos no fígado e rins;
- Deslocamento de placenta; O efeito de segundo gás é regido pela seguinte lei físico-
- Hipertermia maligna. química: quando um vapor se encontra em equilíbrio no
alvéolo e um gás menor e solúvel é acrescentado, ocorre
6. Cite 5 desvantagens da Cetamina.
aumento na concentração deste vapor. O N2O transfere-
- Aumenta a PIC;
se para o sangue mais rapidamente que o primeiro
- Sensação extracorpórea;
agente administrado, diminuindo assim a sua
- Nistagmo;
concentração nos alvéolos e aumentando a dos gases
- Mioclonias;
remanescentes. Em exemplos práticos, faz-se primeiro a
- Simpaticomimético;
desnitrogenação do paciente (com oxigênio a 100%).
- Estimulação cardiovascular.
Logo depois, aplica-se o agente anestésico inalatório
7. Cite 5 exemplos da cirurgia ambulatorial. (como o halotano) e, concomitantemente, administra-
- Biópsia de linfonodos; se óxido nitroso, o “segundo gás”, responsável por,
- Cistos e fístulas cervicais; de maneira didática, empurrar o primeiro gás contra a
- Colocação e remoção de cateteres; parede dos alvéolos (aumentando, assim, a pressão
- Biópsia de esclera, íris e conjuntiva; parcial do primeiro gás, isto é, do anestésico inalatório),
- Adeneidectomia; aumentando a velocidade de indução do anestésico.
- Remoção de corpos estranhos da faringe;
10. Vantagens da cirurgia ambulatorial?
- Frenotomia;
- Retorno do paciente ao lar;
- Amputação de dedo;
- Maior conforto ao paciente e ao acompanhante;
8. Explique o segundo gás e por que o óxido nitroso - Menor risco de infecção hospitalar;
não poder ser usado sozinho na anestesia. - Liberam leitos hospitalares;
O segundo gás, ele é usado para aumentar a pressão - Redução dos custos hospitalares.
parcial do “vapor” que estava no alvéolo, promovendo
11. Critérios para seleção de pacientes na anestesia
passagem do mesmo para o sangue. Isso é exemplificado
ambulatorial?
pelo uso de Óxido Nitroso como segundo gás, pois usa-
- Paciente ASA I ou ASA II;
se inicialmente um anestésico inalatório convencional,
- Precedimeto cirúrgico não ultrapassar 90 minutos;
logo após, promove a inalação de Óxido Nitroso, o qual
- Possuir monitorização adequada;
irá ajudar o primeiro anestésico a passar do alvéolo para
- Relação custo-benefício;
o sangue, pois como o Óxido nitroso, possui uma
- Doenças pré-existentes;
solubilidade muito elevada, ele passa facilmente do
- Extremo de idades.
alvéolo para o sangue, aumentando a concentração dos
gases do alvelo, pois como ele funciona como diluente, 12. Desvantagens da anestesia ambulatorial?
os anestésico principal irá ficar com uma concentração - Unidade ambulatorial distante da unidade hospitalar;
mais elevada e irá passar para o sangue de forma mais - Revisão obrigatória 24h após a cirurgia;
rápida. - Perda de controle sobre o paciente após a alta.
O óxido nitroso não pode ser usado sozinho pois a sua
13. Fatores que proporcionaram aumento dos
CAM é acima de 100%, e nesse caso teria que tirar todo
procedimentos ambulatoriais?
Oxigênio do paciente para que chegasse no mínimo em
- Segurança do ato anestésico;
Natália Gondim – Anestesiologia 16

- Monitoração adequada; Contraindicações:


- Evolução das técnicas cirúrgicas; - Hipovolemia;
- Evolução de conceitos; - Hipertensão craniana;
- Surgimento de fármacos; - Coagulopatia;
- Analgesia pós-operatória; - Sepse;
- Adequação dos hospitais. - Infecção no sítio de punção;
- Recusa do paciente;
14. O que é a Linha de Tuffier?
- Deformidade da coluna vertebral (relativa);
É uma linha imaginária, transversal, entre as duas cristas
- Cirurgia prévia na coluna (relativa).
ilíacas, passando pelo espaço que corresponde às
vértebras L3 e L4. 18. Quais as complicações da raquianestesia?
15. O que causa a cefaleia pós-raquianestesia? Como - Lesões osteoligamentares;
tratar essa cefaleia? - Complicações neurológicas;
Utilização de agulhas com pontas rombas, punção - Fístulas liquóricas;
inadvertida da dura-mater, secção das fibras da dura- - Hematoma intracerebral;
mater. Essa cefaleia ocorre devido a perda de líquor ser - Infecções;
maior que a quantidade que é produzida. - Síndrome da cauda equina;
- Hematomas compressivos espinhais.
O melhor tratamento é a prevenção. O tratamento
clínico é: repouso, hidratação, analgésico e corticoides); 19. Quais as indicações e contraindicações da anestesia
o tratamento definitivo, quando o clínico não resolve o peridural?
problema, é o tampão sanguíneo (blood patch), o qual se Indicações:
coloca o sangue do próprio paciente (10 a 15 ml) no local - Cirurgias nos membros inferiores, pelve e abdome;
da punção, para que seja feito o tamponamento da - Analgesia pós-operatória com ou sem opióide;
fissuta. - Tratamento da dor radicular;
-Analgesia prolongada.
16. Quais os planos anatômicos puncionados na
Contraindicações:
anestesia subdural e peridural, em puncão mediana
- Hipovolemia;
e paramediana?
- Hipertensão craniana;
Subdural mediana: Pele – TCSC – ligamento
- Coagulopatia;
supraespinhoso – ligamento interespinhoso – ligamento
- Sepse;
amarelo – espaço epidural – dura-máter – aracnoide –
- Infecção no sítio de punção;
espaço subaracnóideo.
- Recusa do paciente;
Subdural paramediana: Pele – TCSC – musculatura - Deformidade da coluna vertebral (relativa);
paravertebral – ligamento amarelo – espaço epidural – - Cirurgia prévia na coluna (relativa).
dura-máter – aracnoide – espaço subaracnóideo.
20. O que é CAM e CAM Terapêutica?
Epidural mediana: Pele – TCSC – ligamento CAM: É definida pela concentração de anestésico capaz
supraespinhoso – ligamento interespinhoso – ligamento de manter 50% de uma população insensível a um
amarelo – espaço epidural. estímulo doloroso padronizado, como a incisão da pele
com bisturi.
Epidural paramediana: Pele – TCSC – musculatura
paravertebral – ligamento amarelo – espaço epidural. CAM Terapêutica: É a dose de anestésico capaz de
sensibilizar pelo menos 90 ou 95% dos pacientes,
17. Quais as indicações e contraindicações da
garantindo uma anestesia efetiva.
raquianestesia?
Indicações:
- Cirurgias pediátricas;
- Pacientes ambulatoriais;
- Obstetrícia;
- Cirurgia cardíaca;
- Terapia da dor aguda ou não.

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