Decisao Nubank
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1007760-08.2022.8.26.0100 e código CB5D952.
SENTENÇA
Vistos.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TAMARA HOCHGREB MATOS, liberado nos autos em 01/04/2022 às 20:03 .
Trata-se de ação de indenização por danos materiais ajuizada por LUCAS
ARAUJO LUIZ em face de NU PAGAMENTOS S/A (NUBANK), alegando, em síntese, que é
correntista do banco réu desde 27 de agosto de 2020, e aos 10 de agosto de 2021 foi vítima de
crime de roubo em que foi subtraído seu telefone celular. Alega que efetuou os bloqueios
necessários e registrou boletim de ocorrência n° 1464788/2021, porém o valor que possuía
aplicado junto ao réu, um pouco mais de R$ 5.000,00 na área do aplicativo "dinheiro guardado",
foi transferido a terceiro desconhecido na manhã seguinte ao roubo, em uma operação que foge
totalmente ao perfil do autor. Ressalta que entrou em contato com o réu para reaver o valor
transferido, mas teve sua solicitação negada. Sustenta que o banco réu veicula propaganda
informando que os dinheiros depositados na opção "dinheiro guardado" é seguro como guardar em
um cofre, porém houve falha na segurança do aplicativo do réu, razão pela qual requer seja o réu
condenado a restituir-lhe o valor de R$ 5.100,00, corrigido monetariamente até a efetiva
devolução. Pugna pela aplicação do Código de Defesa do Consumidor, com consequente inversão
do ônus da prova. A inicial veio instruída com procuração e documentos.
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nenhum ato ilícito. Pugna pela improcedência da ação. Juntou documentos.
É o relatório.
Fundamento e decido.
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comportando a matéria controvertida deslinde em função da prova documental já existente nos
autos, independentemente da produção de outras provas.
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imediata e eficiente para ocorrência da fraude localizou-se na fragilidade dos sistemas das rés,
que permitiram vazamento de informação sobre existência de conta do autor naquelas
empresas. Isso viabilizou o sucesso da comunicação fraudulenta (fl. 26). Os sistemas de
utilização e-commerce e de pagamentos digitais devem propiciar segurança. E, dentro dessa
expectativa, ser capaz de evitar fraudes e golpes, inclusive aquele narrado na petição inicial. O
terceiro fraudado teve acesso prévio aos dados do autor – e, insista-se, até por isso fez contato
com ele e logrou iniciar e concretizar o golpe. Fortuito interno. Danos materiais. De rigor o
ressarcimento dos valores subtraídos. (R$ 9.800,00). Danos morais. O autor experimentou
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dissabores, transtornos e aborrecimentos advindos não somente da falta de segurança do
sistema das corrés, mas também do atendimento inadequado recebido para sua reclamação. E
viu-se obrigado a permanecer quatro meses com sua conta bloqueada para movimentações do
produto de suas vendas, sofrendo prejuízos e transtornos financeiros. Ação procedente.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO."
(TJSP; Apelação Cível 1032121-63.2020.8.26.0196; Relator (a): Alexandre David Malfatti; Órgão
Julgador: 20ª Câmara de Direito Privado; Foro de Franca - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento:
06/12/2021; Data de Registro: 07/12/2021)
Impõe-se, assim, a responsabilização do réu pelo dano sofrido pelo autor, devendo
restituir ao autor os valores transferidos de sua conta para terceiros, de R$ 5.100,00 (fl.22).
Ante o exposto, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, JULGO
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PROCEDENTE os pedidos da ação para condenar o réu a restituir ao autor o valor de R$5.100,00
(cinco mil e cem reais), acrescido de correção monetária pela tabela pratica do TJSP da data da
transferência bancária (11.08.2021) e juros de mora de 1% ao mês da data da citação.
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Int.
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