V - Grupo Fundamento de Economia - 072328
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LICENCIATURA EM GADEC
Beira
2024
António José Maela
Daniel Francisco
Francisco Januário
Beira
2024
Sumário
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
2 METODOLOGIA .................................................................................................................... 5
8 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 12
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho da cadeira de Fundamento de Economia, comecamos o desenvolvimento do
presente trabalho debruçando sobre Estratégia de Desenvolvimento Económico para a Sociedade
Moçambicana Uma estratégia de desenvolvimento econômico e social para a sociedade
moçambicana deve ser composta de duas partes. A primeira é o ponto final, ou seja, para onde se
quer levar a sociedade. E a segunda é a trajetória econômica que deve facilitar a chegada ao ponto
final – um país com a máxima qualidade de vida para todos (Sicsú & Castelar, 2009, p. 259).
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2 METODOLOGIA
Olhando para a natureza do trabalho o usamos a pesquisa bibliográfica para o desenvolvimento do
presente trabalho.
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3 IMPORTÂNCIA DAS TEORIAS ECONÓMICAS PARA A SOCIEDADE
MOÇAMBICANA
3.1 Estratégia de Desenvolvimento Económico para a Sociedade Moçambicana
Uma estratégia de desenvolvimento econômico e social para a sociedade moçambicana deve ser
composta de duas partes. A primeira é o ponto final, ou seja, para onde se quer levar a sociedade.
E a segunda é a trajetória econômica que deve facilitar a chegada ao ponto final – um país com a
máxima qualidade de vida para todos (Sicsú & Castelar, 2009, p. 259).
Uma estratégia de desenvolvimento para ser factível deve, acima de tudo, emular o imaginário da
sociedade, ser transformada em sonho, utopia e orgulho. Políticas públicas, instrumentos,
objetivos, metas, mecanismos de avaliação devem, de forma inescapável, compor uma estratégia
de desenvolvimento, mas se ela não for transformada em sonho da maioria dos cidadãos
permanecerá como mais um documento na gaveta (Sicsú & Castelar, 2009, p. 256).
5 CONCENTRAÇÃO DO INVESTIMENTO
Uma das principais características do padrão de crescimento económico em Moçambique é a
dependência em relação a fluxos externos de capitais em forma de investimento directo estrangeiro
(IDE) e créditos comerciais no sistema financeiro internacional. Associada a estes influxos de
investimento está igualmente a concentração da produção num pequeno leque de grandes projectos
focado na produção primária para exportação, que forma o “núcleo extractivo da economia”,
constituído pelo complexo mineral energético e pelas mercadorias agrícolas primárias para
exportação (Castel-Branco, 2010, 2015, 2017).
No que respeita aos fluxos externos de capitais, dados do Banco de Moçambique (BM) mostram
que, entre 2000 e 2019, Moçambique recebeu quase 39 mil milhões de dólares norte-americanos
(USD) em investimento privado externo em forma de IDE e empréstimos comerciais. Dos cerca
de 1,3 mil milhões no início da primeira década deste período, o IDE cresceu para mais de 21 mil
milhões de dólares norte-americanos, seguido por um abrandamento no último quinquénio, com a
crise da economia. Entretanto, mais de 90 % do total de IDE recebido nesse período acorreu na
última década, com o crescimento considerável da indústria extractiva (gás, carvão, areias pesadas,
e outros minerais). No mesmo período, particularmente entre 2002 e 2016, 77 % do IDE teve como
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destino o núcleo extractivo da economia (67 %) e a infra-estrutura e serviços de suporte, com
destaque para transportes e comunicações (10 %) (Langa, 2017)
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Tabela 2: Peso Médio das Exportações de Bens por Produto e por Categoria, 2000-2016 (%)
Tabela 3: Exportações de Bens dos Grandes Projectos e sem Grandes Projectos, 2011-2019
(Milhões USD)
Grande parte dos produtos básicos para o consumo, incluindo cereais, combustíveis, serviços e
materiais para o funcionamento da economia e da indústria são importados. Dados do Banco de
Moçambique (BM) mostram que as importações de bens tiveram uma tendência ascendente ao
longo deste período, tendo aumentado de cerca de 3,5 mil milhões para 8,5 mil milhões de dólares
norte-americanos entre 2010 e 2013 (2,6 mil milhões para 6,5 mil milhões, excluindo os
megaprojetos) (Langa, 2017).
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7 CONCENTRAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO
As dinâmicas de concentração da economia não só se reflectem no investimento, na produção e no
comércio, como também no sistema financeiro. A descrição que se segue sobre o sistema financeiro
é baseada em Castel-Branco (2017a: 140-155). A informação contida neste artigo pode estar
desatualizada, mas, ainda assim, continua a ser uma das melhores e mais sistemáticas que existem.
Entretanto, dado o foco do artigo, a descrição será limitada a alguns aspectos, sobretudo da sua
concentração, que estão em linha com as dinâmicas de concentração da economia em geral.
Em Moçambique, o sistema financeiro é dominando pela banca comercial, que, até por volta de
2015, era responsável por cerca de 90 % do crédito e dos depósitos. A Bolsa de Valores é
responsável por 6 %, enquanto 4 % é controlado por outras pequenas instituições financeiras,
incluindo, por exemplo, as cooperativas de crédito e poupança (instituições de microcrédito). Cerca
de 17 % dos bancos comerciais detêm mais de 80 % dos balcões ou agências no País e são
responsáveis por mais de 77 % do crédito e 79 % dos depósitos do sistema. Estas características
atribuem ao sector financeiro moçambicano um carácter oligopolista. Os dois maiores bancos
(Millennium BIM e BCI), que o Estado usa para realizar a maioria das suas operações, são
controlados por capitais financeiros portugueses e controlam cerca de 53 % dos balcões, 63 % dos
depósitos e 72 % do crédito à economia. À semelhança do investimento privado, a banca nacional
é dominada por capital financeiro externo. Cerca de 70 % das acções dos quatro maiores bancos
comerciais – Millennium BIM, BCI, Standard Bank e Barclays (actualmente ABSA) – são
controladas por bancos comerciais de capitais sul-africanos e portugueses. Além destes bancos, a
maioria dos outros pequenos bancos são também de capital externo.
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superior à média nacional. Ao mesmo tempo, 40 % dos distritos não tinham qualquer instituição
financeira formal.
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8 CONCLUSÃO
Chegado ao fim do presente trabalho da cadeira de Fundamento de Economia, no desenvolvimento
do presente trabalho quando debruçamos sobre a Estratégia de Desenvolvimento Económico para
a Sociedade Moçambicana, podemos concluir que estratégia de desenvolvimento para ser factível
deve, acima de tudo, emular o imaginário da sociedade, ser transformada em sonho, utopia e
orgulho.
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BIBLIOGRAFIA
Brito, L. d., Castel-Branco, C. N., Chichava, S., & Francisco, A. (2010). Economia Extractiva e
Desafos de Industrialização em Moçambique. Maputo: IESE.
Massarongo, E., & Muianga, C. (2011). Financiamento do Estado com recurso à dívida:
problemas e desafos. Maputo: IESE.
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